segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A chance final


Parece até doidaria, mas não é: o arquiteto do terror em Paris, morto pela polícia francesa em Saint-Denis, não era sírio, nem iraquiano, nem palestino, nem iemenita, nem saudita; era um cidadão europeu com passaporte belga. Fica o registro. E o alerta. No Brasil, não apartado da ameaça terrorista, o quadro é outro: inflação em alta, queda na produção, desemprego crescente, aumento alarmante do índice de miséria.
A pauta-bomba do Congresso Nacional foi desaperrada. Renan Calheiros, presidente do Senado Federal e declarado desafeto político da chefe da Nação, ora peitado pelo Palácio do Planalto - o preço ninguém desconfia e absolutamente ninguém sabe! - caiu no regaço e lambe as tetas presidenciais.
Eduardo Cunha, presidente da Câmara Baixa e mais do que enrolado com dinheiro mal-havido no Brasil e recambiado para a Suíça, se autodestrói. O impeachment - acertos cá e lá! - morreu na casca.
Pois bem, inexistem justificativas plausíveis e nem possibilidades de colocar a culpa em terceiros. Nesse caso, o que a presidente organiza para sacar o Brasil da grave crise econômica, política e ética que engessou as atividades no ano que vai embora? Até agora nada; absolutamente nada. É aterrador que o ano de 2016 - que bate à porta! - tenha o seu início sem um projeto nacional capaz de retomar o crescimento.
Lula, que mentiu sobre o mensalão e foi atropelado pelo petrolão, lança mais uma de suas pérolas: "Antes de chegar em 2018" - ele sonha com um novo reinado! -, "temos que ajudar a companheira Dilma a sair da encalacrada que a oposição colocou a gente". Caramba! Não foi a oposição que colocou a presidente em uma enrascada.
Por sua irresponsabilidade e incompetência, o governo tomou o bonde errado. E errou feio. Gastou o que não tinha. Para reeleger-se, a companheira jogou o Brasil na recessão. E agora o país patina. E a presidente não sabe o que fazer.
A relação com os congressistas continua medíocre. Tudo são incertezas. De olho na eleição de 2018, o PMDB está pronto para dar o bote final.
Para piorar, a total carência de dinheiro gerou um clima de cada um por si no seio do governo petista. Em Brasília, na cúpula do Dnit, por exemplo, a duplicação do trecho Pelotas-Porto Alegre da BR-116, que marcha à pas de tortue, corre o risco de sofrer paralisação.
O Ministério dos Transportes, ora nas mãos do PR, tem interesses políticos em outras bandas. A ideia, porém, ainda não chegou aos ouvidos da presidente Dilma Rousseff. Portanto, há esperanças...
Livre do impeachment - ao menos por enquanto! - a presidente ressuscita e ganha uma nova chance; talvez a última. Mas - é algo fantasmagórico! - madame não sabe o que fazer com a nova oportunidade. Quelle affaire!

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Inadimplência deve subir


O indicativo é de piora. Os níveis de inadimplência dos empréstimos bancários ainda estão baixos. Porém, segundo o chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Fernando Rocha, a expectativa é de crescimento, devido ao aumento do desemprego e a redução da renda, neste momento de retração da economia.
“É esperado algum crescimento da inadimplência de acordo com o ciclo econômico”, afirmou à Agência Estado. Ele lembrou, no entanto, que os bancos estão bem capitalizados e com dinheiro reservado para lidar com a situação.
De setembro para outubro, a inadimplência das famílias, considerados os atrasos superiores a 90 dias, subiu 0,1 ponto percentual para 5,8%. A inadimplência das empresas subiu 0,2 ponto percentual para 4,3%.
Especificamente no mês passado, a greve dos bancários, entre os dias 6 e 23 de outubro, também influenciou os dados da inadimplência. Segundo Rocha, os clientes podem ter tido dificuldades para renegociar dívidas, no período da greve.
A paralisação dos bancários também gerou impacto na concessão de empréstimos pelos bancos. De setembro para outubro, os bancos concederam menos empréstimos às pessoas físicas (queda de 0,3%) e às empresas (5,5%).
Para Rocha, além da greve, as concessões de empréstimos foram influenciadas pelo aumento do desemprego, a redução na renda das famílias e também nas vendas, que refletem a retração da economia.
Em outubro ocorreu a primeira queda do ano no saldo devedor do crédito, incluídas as novas concessões e os juros devidos pelos clientes aos bancos. O saldo total do crédito chegou a R$ 3,157 trilhões, com retração de 0,1% no mês.
Segundo Rocha, além da influência da queda da atividade econômica, a redução no saldo é impactada pela alta do dólar, porque há empréstimos vinculados à variação cambial. Outro fator é que o saldo do crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, está em 54,7%. “Bem maior do que era antes. Então as taxas [de crescimento] serão naturalmente menores”, disse.
Os dados do BC divulgados recentemente também mostram aumento nas taxas de juros. A taxa média de juros cobradas das pessoas físicas subiu 2,5 pontos percentuais de setembro para outubro, quando ficou em 64,8% ao ano. As empresas pagaram 0,9 ponto percentual a mais, com taxa em 30,2% ao ano.

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domingo, 29 de novembro de 2015

Fábrica de Software para o mercado

Projeto é desenvolvido pelos cursos de Ciência da Computação e Sistemas de Informação da IMED



Com objetivo de desenvolver projetos de software para o mercado através de levantamento de demandas de empresas parceiras e externas, os cursos de Ciência da Computação e Sistemas de Informação da IMED realizaram a banca avaliativa da Fábrica de Software.

A iniciativa oferece aos estudantes uma vivência prática de análise e desenvolvimento de software dentro da graduação, desde a coleta de requisitos até a implementação da ferramenta na empresa cliente.

Nesta edição, a Fábrica de Software está distribuída em Projeto Integrado de Software e Desenvolvimento de Software. O primeiro grupo engloba os projetos “Sistema Georrefenciado para controle de chamados de manutenção em postes da PMPF”, dos alunos Alisson Durante, Gustavo dos Santos, Mateus Eduardo da Rosa de Almeida e Lucas Pereira; “Ferramenta Web/Mobile para controle de eventos da Secretaria de Educação”, do acadêmico Júlio Cesar Rodrigues; “Ferramenta Web/Mobile para controle de transporte escolar”, dos estudantes Aline Guaranhi, Conrad Bruno David Oswald, Felipe Jonas Pilatti e Júnior Zilli Campagnolo; e “Sistema para distribuição e armazenamento em Cloud de documentos de uma Associação”, produzido pelos alunos Daniel Foiatto dos Santos, Eduardo do Carmo, Guilherme Bernardi Bortolon e João Pedro da Costa Roso.

Já no segundo grupo os alunos desenvolveram os projetos “Aplicativo de administração das vendas realizadas pelos revendedores de empresa de cosméticos”, dos acadêmicos Fabiano Frizon Oliveira, Fernando Posser Pinheiro, Natanael Kusy e Verlan Fernandes Vieira; “Software para controle de vendas de produtos de limpeza automotiva através de um sistema de controle e gestão”, dos estudantes Anderson Ferreira Bueno, Eduardo Lago lima, Vinícius Belini Mezzomo e William Oliboni Marquesin; “Badawt Automação: Identificar o status e controlar equipamentos eletrônicos por meio de website”, dos alunos Alisson Saggiorato, Mateus Badalotti Petkovicz, Maurício José Bettinelli e Pedro Henrique Wanot Chikoski; e “Badawt Automação: Identificar o status e controlar equipamentos eletrônicos por meio de App Mobile”, do acadêmico Silvano Elias da Silva.

Com dicas sobre as proposições, a banca analisou a temática dos trabalhos e a projeção proposta pelos acadêmicos da disciplina de Projeto Integrado de Software e para os alunos de Desenvolvimento de Software, onde foi realizada uma análise da versão beta dos softwares, bem com dicas de construção de software e codificação de maneira profissional.

A banca foi composta pelos profissionais da área de desenvolvimento e gerenciamento de projetos de softwares, Fábio Magagnin - MV Sistemas, Jackson Pimentel - Sequor Softwares Industriais e Tiago de Ávila Mendes - OBA Softwares e Senac. 

Como funciona a Fábrica de Software?
A proposta inicial é desenvolver projetos de software para o mercado através de levantamento de demandas de empresas parceiras e externas. É estipulado o prazo total de desenvolvimento de projetos de 12 meses, sendo que no primeiro semestre, um grupo de estudantes recebe uma demanda do Professor Orientador e vai até a empresa cliente, buscando detalhar requisitos do software, negociar escopo e cronograma com o cliente real, tendo como entrega todo o projeto e modelagem do sistema.

Já no segundo semestre, o grupo desenvolve a ferramenta com apoio do Professor Orientador, desde banco de dados, design, programação e plano de implantação da ferramenta no cliente, sendo avaliado seu desempenho em termos de qualidade da ferramenta, com feedbacks do cliente, orientador e banca final de projeto.

Ao final, a empresa cliente recebe o código fonte e a autorização para continuar o desenvolvimento dentro da empresa, sem qualquer pagamento de licença ou honorários para a IMED ou para os estudantes, mas se for do seu interesse, pode construir uma parceria com o grupo de estudantes desenvolvedores e continuar o projeto como uma Startup.

A atividade é desenvolvida semestralmente, dentro do cronograma da Disciplina de Projeto e Desenvolvimento de Software.



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Ativismo, uma necessidade!


Ativismo é uma palavra de peso! Ela representa práticas que pretendem transformações da realidade, saindo da especulação pura e simples, para a atuação quase sempre visível. Há ativistas anônimos, como todos nós, que reciclamos, economizamos, cuidamos do que temos com zelo e responsabilidade.
Quero falar do ativismo escancarado, aquele que presenciamos todos os dias e grita nossas mazelas. Não dá pra imaginar um mundo sem a interferência dos ativistas ambientais, dos Direitos Humanos, das mulheres, dos índios, quilombolas, grupos LGBT, pelas crianças e idosos, enfim, são grupos que incomodam, e como!
A jornalista Adriana Carranca lançou o livro Malala, a Menina que Queria Ir para a Escola (Companhia das Letras), em uma reportagem que retrata a menina de dezesseis anos, paquistanesa, baleada dentro de um ônibus, em 2012, por um grupo radical paquistanês, por querer estudar.
Malala representa as mulheres confinadas em casa, enroladas dentro de burcas, mantidas longe do convívio social e das escolas. Há países conseguindo regredir ao tempo dos califados, tentando reeditar seus princípios. Mas o movimento silencioso dessas mulheres no sentido de libertarem-se das imposições é uma realidade.
O ativismo feminino é transformador. No ocidente do século XX, as mulheres conquistaram o direito de votar, de estudar, de trabalhar ao lado dos homens, de conquistar um lugar em todas as instâncias sociais e políticas, tendo hoje todos os seus direitos assegurados. Há ainda resquícios machistas, que tolhem os plenos direitos que elas conquistaram com tanto fervor.
O que está em marcha no oriente é muito mais difícil, mas as mulheres como Malala, mesmo tão novinha, formam um exército cuja atuação é inexorável. A visibilidade de Malala é um golpe na falta de tolerância e em direção à paz. As mães oprimidas lutam por seus filhos e filhas. Uma mãe que consegue estudar não admite ter filhos ignorantes. As mães alfabetizadas alfabetizam seus filhos. As mães que têm acesso a livros, alcançam o conhecimento aos filhos.
Os movimentos das mulheres são constantes e irreversíveis. As médicas, engenheiras, sociólogas, psicólogas silenciadas no oriente não estão paradas. Elas estão encontrando jeitos que produzem filhos como Malala. A coragem juvenil tem uma origem, que certamente parte de mães que lutam por seus filhos.
Há que ter esperanças enquanto houver mães. A ingerência feminina na vida dos filhos é uma força poderosa. Negligenciar essa força é condenar o mundo à degradação em todos os níveis. São as mulheres que impulsionam as mudanças necessários em direção ao desenvolvimento humano.
Devemos reverenciar o ativismo. Sem os ativistas chatos, persistentes, cuja tenacidade incomoda tanto, o mundo seria muito mais poluído, as mulheres não teriam nenhuma voz e nem vez, as leis seriam favoráveis apenas ao que é imediato e útil.
A exemplo de Miriê Tedesco, a nossa pensadora empreendedora, que colocou a boca no trombone na semana passada, em favor dos que geram empregos e são tão sacrificados pelas políticas econômicas, assim como dos desempregados vítimas da tão propalada crise, devemos ficar atentos e não nos acomodar ao o status quo, que cerceia, que limita nossa atuação cidadã, reagindo cada um na sua área de atuação.
O mundo tem um símbolo de luta. Em qualquer atividade humana devemos olhar para a frente, para o novo, para o desenvolvimento das potencialidades de todas as pessoas. Malala quer estudar e está estudando, apesar de tão requisitada para gritar o que as mulheres querem. A liberdade é a bandeira maior de quem pensa e contribui com a evolução humana.


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A zumbificação nas empresas e a crise

Quando os "mortos-vivos" em estágio terminal de carreira dominam as empresas é sinal que o fim está próximo... e a culpa não é da crise.
Em tempos de aumento de inflação, de vendas em baixa e de demissões em massa, parece que no Brasil não se fala em outra coisa: é a crise! Tudo bem (ou seria mal?) que diante de todo esse cenário todos ficarem (ainda) mais preocupados, fazendo (cada vez mais) contas, procurando alternativas ou oportunidades e planejando planos B e C por aí afora; entretanto, há uma parcela da população que certamente está ainda mais preocupada do que nós, meros mortais, até mesmo porque ainda que pareçam “imortais” (só pareçam), na verdade estão mais zonzos do que nunca sem saber de qual lado virá o golpe certeiro que decretará o seu fim: trata-se dos zumbis corporativos.
Tal e qual o mundo criado nas excelentes graphic novels do The Walking Dead e recriado no ótimo seriado televisivo, o grande livro “Corporate Zombies – Manual de sobrevivência corporativa”, de Victor Sardinha e André Ferreira, bebeu muito bem desta fonte e fez a ponte perfeita para o mundo corporativo para nos ajudar a identificar melhor todo esse processo de zumbificação das pessoas dentro das empresas e como esses tipos específicos de zumbis são mais reais do que poderíamos supor (podem, inclusive, estar na baia ao lado da sua neste momento).
Mas o pior é que eles continuam se proliferando firmes e fortes, independente da posição que ocupam ou do tempo de casa que possuem, vivendo com apenas um propósito: alimentarem-se do poder do sistema.
 E por aí vão se arrastando (e se escondendo), vagando na base do “não mexe com quem está quieto”, sempre próximos das lideranças (quando não são as próprias lideranças!), nunca tomando decisões de alto impacto, participando de projetos medianos, vivendo do passado e desencorajando o novo, de forma que as velhas soluções de guerra continuem sendo tomadas para que nada de fato seja mudado, e assim o status quo seja mantido – até aparecer uma crise (como essa) pelo caminho que obrigue a empresa a se mexer.
Aí, então, será um Deus nos acuda quando os galhos começarem a ser sacudidos e os zumbis que lá estavam escondidinhos começarem a cair – o que acabará sendo ótimo para as empresas, diga-se de passagem, até mesmo porque eles não fazem falta alguma e também não deixarão a menor saudade, pois se não estão nem um pouco preocupados com a própria evolução, o que dirá com a evolução da empresa.
O problema maior, na verdade, será se eles não caírem nessa sacudida e nem forem identificados a tempo, sob o risco de a empresa toda estar contaminada e já ter se transformado numa verdadeira empresa-zumbi sem ter percebido – e aí será muito fácil colocar a culpa na crise quando o fim (falência) for decretado, quando na verdade o verdadeiro problema estava ali o tempo todo e ninguém viu ou não quis ver, ou ainda não entendeu.
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sábado, 28 de novembro de 2015

Alguns conselhos para que tem dificuldades de acreditar em si mesmo

É completamente normal tentar e falhar, colocar-se em situações desconfortáveis e não ser perfeito.

Houve um longo período de tempo em que a falta de fé em mim mesmo foi um grande incômodo em minha vida. Eu não persegui uma carreira ideal ou comecei meu próprio negócio porque eu pensava que não podia. Não me mantive fiel aos hábitos porque eu realmente não acreditava que tinha disciplina. Eu era tímido com as garotas, tinha dificuldades em fazer novos amigos, não me afirmava no meu ambiente de trabalho e não me empurrava para sair da zona de conforto.
Tudo porque eu realmente acreditava que não podia.
Mesmo que eu não esteja livre da insegurança agora, posso dizer honestamente que acredito em mim mesmo como nunca antes. Isso não significa que eu ache que nunca vou falhar ou desistir: eu irei. Provavelmente, frequentemente. E isso é normal.
O truque que aprendi é que é completamente normal tentar e falhar, se colocar em situações desconfortáveis e não ser perfeito, dizer olá para uma garota e ela não amar você imediatamente, criar algo e ter pessoas julgando você.
Fracassos, imperfeição, erros, pessoas que não concordam com você, não ser completamente aceito: essas não são coisas negativas. Elas são positivas.
Como um fracasso pode ser positivo? Porque é a única maneira de realmente aprender. Por exemplo: você pode ler um livro de matemática, mas até que você tente e falhe, você nunca vai ver onde está sua falta de compreensão. A melhor forma de aprender algo é estudá-la um pouco, fazer testes práticos, cometer erros e então aprender um pouco mais.
Como erros podem ser positivos? Eles são pequenas partes do feedback necessário para você crescer e aprender.
Como ser rejeitado é positivo? Significa que estou crescendo além da esfera do absolutamente aceitável pela sociedade. As melhores pessoas da história não eram aceitas socialmente: aqueles que falavam verdades como Sócrates, Jesus, Gandhi, Proudhon, Bakunin e Martin Luther King Jr, o defensor dos direitos dos animais Peter Singer, o pioneiro na "desescolarização", John Holt, ativistas dos direitos das mulheres, abolicionistas, e tantos outros. Essas coisas que nós temos medo são, na verdade, desejáveis. Precisamos aprender a vê-las dessa forma e abraçá-la, abandonando o medo.
Quando conseguirmos ficar bons nisso - o que requer bastante prática - nós poderemos começar a remover as coisas que estão nos prendendo.
Então, pratique:
1. Supere seu desconforto, criando um método para lidar com ele. 
2. Coloque-se em situações desconfortáveis e fique bem em não saber se as pessoas vão te aceitar.
3. Atenha-se a um hábito, não escute o diálogo interno negativo que normalmente o impede de agir.
4. Cumpra suas tarefas um pouco mais e aprenda a confiar em si mesmo.
5. Aprenda através de repetidas tentativas que é normal falhar, que você pode ficar bem após um fracasso.
6. Aprenda através de repetidos experimentos que você é mais forte do que pensa, que é mais capaz e mais tolerante ao desconforto do que pensa.
Nessa prática você vai se encontrar. E perceber que você era bom por todo esse tempo.
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Mulheres usam tecnologia para combater assédio sexual

Embora acreditem que a educação seja a principal forma de conter o machismo, as jovens adotaram tecnologias que, a curto prazo, servem como aliadas às mulheres.


Cansadas de ouvir 'cantadas' ofensivas a cada esquina e/ou o som do velho "fiu fiu", jovens mulheres resolveram usar atecnologia para combater o assédio sexual, conforme publicou o site G1.

A ideia surgiu após cada uma delas presenciar ou mesmo viver casos de violência. 

Embora acreditem que a educação seja a principal forma de conter o machismo, as jovens adotaram tecnologias que, a curto prazo, servem como aliadas às mulheres. E diversos apoiadores e admiradores da causa têm investido altas quantias nas invenções por meio de 'vaquinhas virtuais'.

A empresa Roar for Good, por exemplo, criou o Athena, um dispositivo do tamanho de uma moeda que, ao ser acionado, envia pedidos de ajuda a conhecidos. O aparelho portátil ainda emite sons que afastam possíveis agressores.

A gaúcha Babi Souza, 24, está desenvolvendo um aplicativo que atua como uma espécie de “Waze do abuso”. A partir do app, as mulheres poderão relatar casos de ameaças que encontram pelos trajetos que percorrem diariamente, a exemplo da falta de iluminação e das 'cantadas' frequentes que recebem.  

Logo, quando uma rota for traçada, as mulheres saberão em quais lugares há fontes de assédio. O app deve estar disponível para celulares Android e iOS em janeiro de 2016.

A estudante paulista Catharina Doria, 17, preferiu utilizar o dinheiro de sua viagem de formatura para bancar a criação do aplicativo "Sai pra lá". Em funcionamento desde a primeira semana de novembro, o app mapeia as manifestações de assédio, desde buzinadas a contatos físicos.

Após uma 'enxurrada' de acessos, o servidor congestionou. Por volta das 18h, por exemplo, o app chegava a receber cerca de 250 envios.
 
No intuito de otimizar a infraestrutura do "Sai pra lá", Catharina iniciou uma campanha de financiamento coletivo na internet e, no período de quase dois meses, já arrecadou 112% da meta inicial, de R$ 5 mil.


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Uma análise sistemática e psicológica de pessoas que precisam de ajuda psicológica, mas não procuram e as que procuram, mas não querem a cura!


Não temos a pretensão e nem o direito de dizer que todas as pessoas estão doentes e precisam de ajuda; entretanto, não podemos negar que no mundo atual diante de tanta violência, há um número que se eleva dia a dia de pessoas que precisam buscar ajuda profissional (uma boa psicoterapia) para melhorar a si mesma e com isso melhorar ou ajudar na melhora daquelas que estão a sua volta.
Como temos coloca em nossos textos sobre as fugas psíquicas, observamos cada vez mais pessoas fugindo de si mesmas. Como nos coloca Chico Buarque quando diz que “solidão é quando perdemos a nós mesmos e em vão procuramos nossa alma”. Hoje os maiores refúgios dessas pessoas estão no álcool e nas outras drogas tidas como ilícitas, mas que é usada em qualquer lugar, como, por exemplo, a maconha e, porque não, também a cocaína.
Tenho dito aos meus pacientes no início do tratamento que comigo eles têm duas opções durante o tratamento: ‘ou eles se curam, ou eles se curam’, não costumo dar a eles uma terceira opção; mas muitos deles na verdade não procuram terapia para se curar ou se melhorar; mas apenas para dizerem que estão se tratando, motivo esse do porque muitos abandonam o tratamento ou ficam pulando de galho em galho – a cada mês está com um profissional diferente ou buscando tratamentos alternativos que apenas mascaram a dor e o sofrimento; mas não chegam à raiz do ‘problema’. Trabalham os sintomas; mas não buscam a causa real do transtorno.
Também não podemos negar que um tratamento psicoterápico requer um tempo maior, ou seja, não inferior a seis meses. Assim com os custos que a priori está fora do orçamento; porém, os custos serão ainda maioria quando chegar ao corpo físico e necessitar também de terapia medicamentosa. Embora cada caso seja um caso.
Nem todas as pessoas têm recursos internos iguais para lidar com situações adversas e superá-las; aspectos biológicos e socioculturais influem nessa preciosa habilidade de sobreviver aos desafios do mundo atual. As dores psíquicas sempre acompanharam os seres humanos. Porém foi praticamente a partir de Freud que essas dores foram melhores estudas e hoje grandes profissionais da área têm buscado maiores recursos para melhorar ajudá-los.
A psicoterapia breve holística faz uso de uma dinâmica maior no tratamento e o profissional não é mais aquele do século passado que fica apenas olhando para o paciente a espera de informações e dados. Existe uma interação real entre psicoterapeuta e paciente.
Algumas pessoas possui uma estrutura de personalidade que poderíamos chamar de “personalidade resistente” às mudanças. São pessoas que vivem em função do ego e se caracterizam dentro de padrões por ele mesmo criado. São, na maioria, egoístas, arrogantes, intransigentes, orgulhosos, etc.; mas ao mesmo tempo está nos pontos opostos do que chamamos de “QI” ou possui um ‘QI’ muito elevado ou fica a desejar quanto ao nível de intelectualidade. São também pessoas com desvio de caráter. Pessoas ansiosas, calculistas, materialista ao extremo – apegadas.
Essas pessoas não procuram ajuda quase nunca; pois se veem como melhores do que as outras e jamais admite ter que dividir suas ‘intimidades’ com um desconhecido. Esquecem que são desconhecidas delas mesmas. São as mesmas pessoas que projetam no outro tudo aquilo que não quer enxergar em si mesmas. Nada é para ela ou dela; mas do outro. Estão sempre devolvendo ao outro qualquer tipo de sugestão para um tratamento psicoterápico: “Eu não preciso de ajuda!”. “Você é que precisa desse tipo de ‘médico’”. “Eu não estou doido, apenas tenho personalidade forte e ninguém vai me mudar”. Etc.
Não raro, os psicoterapeutas, psicólogos, psicanalistas recebem em seus consultórios os doentes de desesperança, “pessoas capturadas pela reação terapêutica negativa, que procuram ajuda, mas ao mesmo tempo resistem como se empreendessem uma ‘greve psíquica’” – Fátima Flórido Cesar.
No texto Análise terminável e interminável, de 1937, Freud questiona seu método veementemente, reconhecendo a importância da psicanálise como teoria, mas desconfiando de seu valor terapêutico. Nesse mesmo texto, Freud se refere a resistência poderosa de algumas pessoas à mudança: a reação terapêutica negativa. Estudos de 1923 nomeados de ego e id. Vê-se nessas pessoas uma ordem invertida: é buscado o desprazer. Também podemos ver essas pessoas na relação de pulsão de vida e pulsão de morte. A lógica que se supõe em tais casos é que a pessoa se agarra ao sofrimento, que repetem dia-a-dia suas mágoas, que se recusam a melhorar – é denominada de “lógica do desespero, da desesperança”. Os nomeio também como: “síndrome do vitimismo”.
Tais comportamentos ou tipo de pensamentos estão muito presentes nos viciados em álcool e outras drogas. Pessoas resistentes à mudança.
São doentes de desesperança que atacam a nossa própria esperança: Pierre Fédida denomina-os de “casos difíceis”. J. B. Pontalis, de “casos intratáveis”. Eu de “casos desafiadores”. São pacientes que desafia o próprio profissional quanto a sua posição (do profissional). Para eles nós teríamos que ser “deuses” para poder tratá-los, pois qualquer erro nosso é motivo para questionamento deles em relação a nossa tentativa de ajudá-los. Entretanto, somos chamados, atraídos pelo sofrimento alheio, enquanto questionamos, tal como fez Pontalis: “Que loucura é esta que nos acomete de quer mudar os outros?”. Fato que não é visto por mim, pois não nos cabem “Cientistas da alma” pensar que para ajudar o outro é preciso que nos tornemos “deus”, mesmo porque não cabe ao profissional in loco mudar o outro, pois como é sabido, ninguém muda ninguém; mas podemos sim ajudar o outro a encontrar a si mesmo e melhor se adaptar à vida e fazer melhores escolhas para estar em paz consigo mesmo.
Em detrimento do número de informação que as pessoas têm atualmente, cada dia requer do psicólogo e/ou psicoterapeuta larga experiência profissional e pessoal, isso não quer dizer que o profissional não pode errar e ter “problemas”, enquanto formos espíritos em evolução erraremos e teremos problemas.
No texto de Joan Riviere temos: “Há falta de esperança extrema, a proposta de cura analítica, ou seja, ficar bem e feliz, é sentida pelo paciente como equivalente ao abandono de seus objetos internos”. Uns amam a dor; outros o amor!
Nesse caso o profissional deve trabalhar com astúcia para fazer com que o paciente (inconscientemente) abandone esses objetos internos amados pelo amor a si mesmo. Colocando a si próprio em primeiro lugar, os “destrói”, em vez de ajudá-los.  Essa resistência tão poderosa é marcada pelo amor aos objetos internos, que provoca culpa e dor intoleráveis – e pede o sacrifício de sua vida. Motivo pelo qual a pessoa vai suicidando lentamente, na maioria, através dos vícios. Funciona como uma autopunição. O profissional ‘já desperto’ trabalha então os objetos internos primários, pois o paciente não se cura em autossacrifício.
“O que constitui a mola da reação terapêutica negativa é uma paixão, de curar a mãe enlouquecida no interior de si mesmo”. Pontalis.
O re-agir corresponde a uma ação circunscrita ao território das origens, a recusa é uma tentativa de libertação de mandatos parentais; é como se o paciente dissesse: “Reajo, logo existo”. Tenho que assumir a responsabilidade sobre meus atos e ações, não posso mais culpar ninguém pelos meus fracassos e sofrimentos; mais cômodo é me manter doente.
Como nos coloca Eurípedes Barsanulfo: “É fácil curar a doença; mas difícil é curar o doente”.
Para esses pacientes eles não são quem são; mas o que fizeram dele e como os outros (começando pelos pais) o “construíram”: uma pessoa fraca e doente. Não há cura para mim; mas eles têm que pagar pelo que fizeram e conservando minha doença os deixo culpados e me vingo.

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Evolução no tratamento da esclerose sistêmica


O transplante de medula óssea para portadores de esclerose sistêmica que não apresentam melhora com o uso de medicações aumenta a capacidade funcional e dá independência às atividades do dia a dia. Os resultados apareceram em estudo com portadores da doença, submetidos ao transplante autólogo de células-tronco sanguíneas na Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCRP) da USP.
A qualidade de vida desses pacientes, que antes do transplante viam progressivamente a perda de movimentos de dedos e mãos, além de falta de ar, foi observada com acompanhamento e testes de nove mulheres de média de idade de 32 anos e dois anos de diagnóstico da esclerose sistêmica antes do transplante.
Os resultados positivos, comprovados cientificamente, são festejados pela fisioterapeuta e pesquisadora Karla Ribeiro Costa Pereira. O trabalho é parte da pesquisa de doutorado de Karla, ainda em andamento na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, com a orientação da professora Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, da Divisão de Imunologia, Departamento de Clínica Médica da FMRP.
O estudo recebeu, inclusive, o prêmio Fani Job de melhor trabalho apresentado no último Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea.
Karla acredita que os benefícios observados auxiliem os pacientes a optar pelo tratamento, quando indicados ao transplante com células tronco. Ela comenta que esse transplante para esclerose sistêmica vem sendo estudado mundialmente pois, apesar de ser um procedimento com grandes riscos, pode ser a única resposta para muitos desses doentes. É que a melhor terapia medicamentosa hoje disponível, a ciclofosfamida, só evita a progressão da doença em poucos casos.
Doença autoimune que afeta progressivamente as células do tecido conjuntivo, causando alterações vasculares e fibrose da pele e de órgãos internos, a esclerose sistêmica é relativamente rara; atinge uma em cada 50 mil pessoas. Mas pode levar à morte se afetar tecidos de órgãos como o pulmão, coração ou intestino. Em casos graves, a taxa de mortalidade pode chegar a 50% em cinco anos.

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Uma crise para evoluir



A cultura brasileira de reclamar e apontar o dedo para o outro, buscando os erros alheios sem nada fazer, está sendo questionada fortemente. Reclamação sem participação já soa como hipocrisia, afinal, quem é a sociedade (tão criticada) senão o conjunto de nós mesmos? A máxima do "seja a mudança que você quer no mundo" anda em alta.
A dificuldade de muitos para essa revolução é explicada - mas não justificada! - pelo costume de uma acomodação tipicamente brasileira, que todos nós conhecemos bem e que muitas vezes se camufla, tendenciosamente, como pacifismo. Quem nunca reprovou no seu íntimo ou mesmo explicitamente um cidadão reivindicando seus direitos? "Que sujeito chato esse que trava a fila do mercado por conta de um preço errado ou alguma falta de cumprimento da lei a seu favor" - pensamos algumas vezes, certo? Errado.
Fazer a nossa parte não é apenas lutarmos pela garantia de nossos direitos, mas cumprirmos também com nossos deveres, deveres de cidadão. É jogar lixo no lixo, não poluir, respeitar diferenças, ser solidário, pensar coletivamente; no exercício da verdadeira cidadania.
Estamos na crise do crescimento moral e ético, quando se contestam valores, pensamentos; atos comuns até então. A cultura do individualismo, amiga do egoísmo, que vinha sendo apreciada e disseminada já está sendo vista com outros olhos. Já há um despertar para a verdade de que juntos formamos uma unidade, já que vivemos de forma social.
Neste momento de crise, há que se pensar nas oportunidades. Falo aqui da oportunidade de olharmos para nós com disposição e coragem para mudar e nos tornarmos, de fato, pessoas melhores. Por um mundo melhor. Sem essa honestidade para conosco mesmos, torna-se impossível qualquer mudança real. É a oportunidade de uma nova tomada de consciência. E podemos aproveitar para evoluir como sociedade.

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A valorização da produção local como protagonista da moda



O faturamento do setor de vestuário brasileiro quadruplicou em 10 anos, somos o 2º maior gerador de empregos do país, responsável por 6% do PIB industrial. Esses dados revelam nosso potencial consumidor, essencialmente ávido por novidades e com uma tendência a priorizar o consumo para sensação de pertencimento. Com a democratização da moda, impulsionada por blogs e mídias sociais, podemos dizer que passamos a última década encantados por todas as possibilidades de acesso a produtos de vestuário oferecidos por marcas nacionais e internacionais.
Recentemente estamos experimentando um novo momento, onde as pessoas procuram um sentido para consumir. Querem se ver representadas, buscam detalhes exclusivos, algo que torne o produto especial e faça sentido dentro de seu estilo de vida. Deixando de lado os esforços contínuos que o varejo faz para reinventar-se, percebemos uma valorização do trabalho manual, das características regionais e do saber passado de geração em geração. Em inúmeras regiões do país estão sendo resgatados conhecimentos prestes a serem extintos devido à baixa remuneração enfrentada por comunidades artesãs. O momento é de reconhecer a beleza sublime do fazer artesanal.
Nem sempre é fácil escolher, no entanto, um consumidor consciente se preocupa de onde vem o produto e analisa se o valor pago é capaz de cobrir custos de produção, impostos e ainda assim ter a capacidade de ser resultado de mão de obra remunerada dignamente. Valorizar a produção local denota uma série de valores. Este tipo de consumidor apoia quem ama o que faz e escolheu aquele trabalho, faz parte de seu estilo de vida buscar alternativas às ofertas de grandes corporações e acredita no poder de fortalecer a economia da cidade ao mesmo tempo em que apoia sonhos.
Esse interesse é validado por estudos de comportamento do consumidor ao redor do mundo, a relação com marcas independentes e artesanais criou um novo segmento, um novo nicho consumidor. Este nicho não deseja a imposição do que vestir, procura uma marca que ouça seus desejos e produza inspirada por eles. Uma das únicas maneiras de conseguir isto é com uma proximidade que permita escutar e criar para este consumidor, ou seja, compartilhando experiências em um mesmo contexto.
Ao analisar o aspecto local, temos Pelotas como um polo de conhecimento e qualificação profissional na área da moda. Marcas pelotenses apostam em produtos diferenciados, criadores e designers independentes emprestam sua bagagem a itens repletos de significado, entregando ao consumidor final produtos únicos e de qualidade. Podemos encontrar por aqui roupas e acessórios que fariam amantes da moda em qualquer lugar no mundo suspirar.
Ao observar atentamente podemos perceber que esta não e uma tendência de consumo apenas da moda, ela reflete o momento atual da sociedade. Os fatores citados também estão presentes em outras áreas como arte, gastronomia, música e turismo.
Proporcionar novas experiências e inspirar pessoas é o grande desafio. Inserir um negócio nesse cenário de valorização da cultura e empoderamento é capaz de pequenas revoluções e grandes resultados.

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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Qual é o limite?



Há um limite individual, um limite familiar, um limite cultural, um limite da sociedade. Devem existir muitos outros, acredito que depende de uma série de circunstâncias de educação ou vivências, mas o importante é ter consciência do que é limite.
Em que momento da vida é que aprendemos este conceito? Minha avó Elvira sempre dizia que o que não se aprende no lar a vida ensina de uma maneira muito mais dura.
Alguns anos atrás fiz uma crônica sobre a perda de nosso cachorro Ricky, ele foi o cachorro mais dócil e doce do mundo. Faz alguns meses adotamos Jorginho, um vira-lata que agora parece uma mistura de Border Collie com Sheep Dog e um São Bernardo. Podem imaginar o inteligente que é e o tamanho. É enorme e um bebê, tem somente 7 meses, não tem consciência do tamanho, já que está em crescimento, e somente quer brincar.
 Muitas vezes quando faz algo que nós achamos que não deve fazer, fica olhando para a gente de uma maneira como se dissesse: Não sabia que não podia fazê-lo, ninguém me explicou nada.
Não adianta escrever para um cachorro ou para os seres humanos o que pode e o que não pode fazer. A única solução é ensinar pelo exemplo, as pessoas se espelham em aqueles que os dirigem.
A lei pode dizer ou estabelecer um limite, mas se aquele que é um líder não dá um bom exemplo acontece o que no Brasil se diz: “A lei não pegou”. Os cachorros e os seres humanos seguem e aprendem com os exemplos.
Qual é o limite que uma sociedade pode suportar de carga tributária, quando seu dinheiro é roubado e não utilizado em benefício do povo?
Qual é o limite que se pode suportar ouvindo os caras de pau dizendo que as contas bancárias no seu nome, na realidade são de outras pessoas?
Qual é o limite que os doentes precisando de uma intervenção cirúrgica podem suportar em filas intermináveis, que duram muitas vezes anos a fio?
Qual é o limite que a educação de um país suporta quando os professores são mal pagos, os alunos mal alimentados e as escolas caindo aos pedaços?
Qual é o limite que, as empresas do povo, geridas pelo governo, suportam perdas financeiras inomináveis por causa do roubo ou má gestão?
Qual é o limite do que se pode suportar da delinquência sendo mais efetiva que os órgãos de segurança?
Qual é o limite que as pessoas honestas e provas podem suportar da desonestidade e corrupção na sua volta?
Qual é o seu limite antes de dizer BASTA?
Não sei qual é o seu limite, mas o meu chegou, estou cansado da hipocrisia na minha volta, da falta de vergonha na cara daqueles que deveriam nos dar o exemplo, e do desperdício e malversação do dinheiro público. Para mim chega!!!
E você querido leitor ainda está com paciência? 

Ricardo Irigoyen


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Os perigos de um câncer silencioso

Quando alguns sinais começam a aparecer, 95% dos tumores de próstata já estão em fase avançada.
A cada 7,6 minutos, mais um caso de câncer de próstata é diagnosticado no Brasil. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) preocupa, mas o Novembro Azul dispara o alerta também em outras direções. Afinal, as principais causas de morte masculina prematura - entre 20 e 59 anos - são a violência e os acidentes de trânsito, que correspondem a mais de 89,5 mil óbitos (36,4%).
 Na sequência, despontam as doenças cardiovasculares e os infartos. As neoplasias ocupam apenas a terceira colocação. É preciso, portanto, despertar atenção integral à saúde do homem. É um chamamento que se espalha pelo país.
E o foco é certeiro: incentivar o autocuidado. “Homem não é super-herói, eles precisam quebrar o mito de serem fortes o tempo todo. Essa cultura do não se olhar é que faz com que morram antes das mulheres”, destaca Angelita Herrmann, do Ministério da Saúde.
 Em Pelotas, as equipes também estão orientadas a estimular a mudança de comportamento. Nem que, para isso, em um primeiro momento, tenham de captá-los na sala de espera, enquanto acompanham outros pacientes - conta a coordenadora do Departamento de Saúde do Homem, a enfermeira Simone Amez de Azevedo.
Os profissionais das Unidades Básicas, então, são imprescindíveis para bem funcionar esse acolhimento, com ações voltadas à promoção e à prevenção. “Precisamos falar em vários temas, como as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), a alimentação, a hipertensão, a paternidade responsável. São muitos assuntos a serem abordados, não só em novembro”, destaca Simone.
“Temos que aprender a preservar a saúde”
Em fala mansa, o aposentado José Armindo Chagas admite: centrou o alvo no trabalho e se descuidou da saúde. Hoje, aos 72 anos, divide-se entre o tratamento do câncer de próstata e o cotidiano sem exageros para preservar o coração. “Tive que fazer três pontes de safena e, pra próstata, faço uma injeção por mês. Já tô há sete ou oito anos em tratamento.”
E com a experiência de quem morou na área rural por três décadas e ficou órfão de pai e mãe aos 17 anos, o trabalhador de serviços gerais ensina: o melhor é apostar na prevenção e realizar exames periódicos. Tudo para ter disposição de viver alegrias ao lado de familiares e amigos.
Um dia de alerta à comunidade
Quem passou pelo largo Edmar Fetter nesta quarta-feira (25), durante todo o dia, foi convidado a refletir e deixou o local com material informativo e o laço da campanha do Novembro Azul preso ao peito. A ação desenvolvida pelo Hospital-Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel) tinha o objetivo de reforçar a importância da prevenção.
Um recado já assimilado pelo comerciante João Osmar Flores da Silva, 70. Ao conversar com o Diário Popular, o santa-mariense, logo, mostrou a data dos exames de rotina e garantiu: a prática é anual.
O morador de Pelotas há 11 anos, é adepto de corridas e caminhadas. Passa longe de bebidas alcoólicas e nunca fumou. Está sempre atento em preservar a saúde. Ainda assim, acabou de superar a hepatite C, contraída em uma transfusão. “Quase morri e cheguei a pensar: por que comigo?”. Hoje, quando se envolve em atividades com um dos cinco netos - como fazia na manhã desta quarta, nos brinquedos infláveis - o também radialista, conhecido como J Flores, reforça a convicção: “Vou seguir em frente. As árvores morrem em pé. E o querer ainda é o prolongamento da vida”.
Engaje-se. Quem se encarregará da sensibilização à comunidade neste sábado, 28, será a Organização Não Governamental (ONG) Parceiros Voluntários. Haverá panfletagem no calçadão da Andrade Neves, das 10h às 15h, em mais um chamado ao autocuidado.


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