domingo, 21 de agosto de 2011

Vem aí: Lixo nacional na tv por assinatura



Foi aprovado no Senado, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 116, que amplia o mercado de venda de TV a cabo no Brasil para as operadoras de telecomunicações e acaba com as limitações à participação de capital estrangeiro nessas empresas.

De acordo com a nova lei, serão criadas cotas para a exibição de programas com conteúdo nacional e a competência da Agência Nacional de Cinema (Ancine) será ampliada.

Os canais deverão veicular três horas e meia por semana de conteúdo produzido no Brasil das 18h às 22h. Há ainda a determinação de que metade da cota nacional seja produzida por empresas que não sejam vinculadas a grupos de radiodifusão. Será um total semanal de uma hora e 45 minutos de programação independente.

Antes de debater a questão da qualidade das produções nacionais e do nosso direito de escolha, vamos olhar a coerência. O legislador brasileiro é tudo, menos coerente, vou dizer porquê. A razão é que se querem tanto fomentar o cinema e a produção áudio-visual brasileira, porque não criaram então um canal aberto para que todos possam assistir o conteúdo.

Quanto à qualidade, cá entre nós, a qualidade do áudio-visual brasileiro deixa a desejar, salvo raras exceções.

Em entrevista à revista Época durante a temporada de promoção de seu filme Linha de Passe, de 2008, o badalado cineasta Walter Salles, aquele apologista de Che Guevara, sintetizou a filosofia dos cineastas brasileiros: cinema não deve lucrar, deve fazer retratos da sociedade. E para ele, filho de banqueiro multimilionário, suas aventuras particulares devem ser bancadas por todos os pagadores de impostos.

Indagado se a anêmica audiência dos filmes nacionais naquele período poderia ser comparada ao marasmo cinematográfico decorrente do fechamento da Embrafilme no governo Collor, Sales deu uma aula de sensibilidade artística que somente as pessoas maravilhosas do terceiro mundo geográfico e mental sustentadas por verba pública têm condições de oferecer:

"Cinema não é sabão em pó. O papel do cinema é gerar uma memória de nós mesmos, um retrato de uma sociedade num dado momento. O problema é que estamos julgando hoje o cinema brasileiro com os instrumentos que são utilizados para avaliar o cinema de mercado norte-americano. É um pouco como comparar o público do McDonald’s com daquele restaurante de bairro, que te propõe uma comida autêntica, de um lugar específico. Então, a pergunta que talvez devêssemos fazer é a seguinte: os filmes brasileiros têm tido sucesso em refletir nossos desejos e contradições?"


Salles e outros tantos não conseguem aceitar o fato de que filmes, assim como picolés, camisas e sabão em pó, dependem da vontade do público. Dói em suas almas de artistas visionários que sua arte não seja prestigiada como imaginam ser merecido. Eles querem é retratar a sociedade usando dinheiro alheio, e aí temos o ciclo: como não precisam se preocupar com retorno financeiro, livram-se da necessidade de oferecer a mínima qualidade que se pague em troca. Os retratos da sociedade morrem na bilheteria, e então pedem mais dinheiro aos ministérios. Em nome da cultura, naturalmente.


A revista também perguntou a Salles quais seriam os motivos para a diminuição do público do cinema nacional. Disse o filho de banqueiro: "Nos países onde existe uma compreensão solidificada de que o cinema é algo necessário para a cristalização de uma identidade nacional, como é entendido por exemplo na França, o cinema vai bem, obrigado. Nos países onde o cinema é abandonado às leis de mercado, as cinematografias nacionais morrem".


A hipótese de que sua arte seja uma porcaria, aliás, é inconcebível aos nossos gênios incompreendidos, que odeiam o livre mercado porque se sabem ignorados naquele momento crucial: quando o espectador tira a carteira do bolso.

Com as cotas querem nos entuchar lixos áudios-visuais de cineastas brasileiros que mesmos ignorados pelo público, querem obrigar as pessoas a assistirem.

Só um detalhe, o filme Central do Brasil do picareta do Walter Salles Jr. não passa de uma cópia mal-feita do filme Alice nas Cidades do cineasta alemão Wim Wenders. Philip Winter, que vai para os Estados Unidos para fazer algumas reportagens. Ele não consegue, tendo que voltar para a Alemanha. Só que o aeroporto está fechado, e ele só consegue passagem para o dia seguinte. Ele conhece uma mãe e uma filha na mesma situação, com quem divide seu quarto em um hotel. Quando acorda na manhã seguinte, a mãe da menina foi embora e ele assume de vez o papel paterno da jovem Alice.

Outra coisa que acompanha bem as porcarias que nossos cineastas fazem, tem toda razão para não quererem ver porcaria feita aqui.

Existe também o direito de escolha, afinal a pessoa está pagando, TV por assinatura não é gratuita, nada mais justo que está atenda ao gosto do cliente, sem tentar empurrar conteúdo que não seja de seu interesse.

Estando em uma democracia, existe espaço para um gosto eclético, não devendo ser nada imposto, portanto se eu desejo ver um canal com conteúdo 100% norte-americano, nada mais justo que seja respeitado, afinal a pessoa está pagando e existe uma liberdade aqui. Querer interferir no que as pessoas devem ou não ver é dos regimes totalitários.

Fonte: http://guerreirodareal.blogspot.com.

Que catástrofe para nós, telespectadores. O que você acha disso??? Opine, participe!!!

11 comentários:

  1. Porra, esse país eh uma poca vergonha mesmo, o senado só fode com o povo burro, e ninguem se manifesta! tsc tsc

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  2. mais uma vez os politico ferrando a gente, agora querem nos obrigar a assistir o que eles querem sendo que nós estamos pagando...

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  3. Trabalho com CG e apesar de não compartilhar na totalidade o que foi dito acima concordo q a lei é absurda e pouco produtiva.
    Criou se no brasil um péssimo costume de querer resolver problemas complexos com leis q restringem cada vez mais a população se parecendo muito mais com ditadura do que com democracia.

    quanto a qualidade nacional é muito boa batendo a de fora pelomenos tecnicamente o problema são as formatações e as pessoas q controlam os investimentos.

    Temos no CG (computação Grafica) exelente profissionais que são melhores que muitos estrangeiros mas aqui no brasil encontram um mercado parasita que os força a trabalhar muito com poucas condições e salários incompatíveis com seu grau de especialidade.

    Temos aqui Brasileiros como Carlos Saldanha (diretor de amimação da Blue Sky Studios), Fausto de Martini ( diretor de cinematic da Blizzard), Alex Oliver (ex modelador da Blizzar)
    e esses são apenas alguns exemplos.

    Oque falta no brasil e ai sim sou a favor de incentivo a investimento e uma regulamentação na areá para que não tenhamos que optar sair do brasil para que tenhamos uma chance de receber salários dignos.

    La fora já sabem que somos bons só não temos investimentos, prova é que empresas como a ubisoft, já possui uma sede aqui e outras já especulam também vir, só que se não colocarmos td em ordem o que ira acontecer é só uma exploração de mão de obra boa e barata no lugara do desenvolvimento de um nova potencia áudio visual.

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  4. Essa é mais uma das leis absurdas que vem para acabar com a vida do brasileiro , pra começar me obrigar a assistir programas nascionais, isso por si só já é um absurdo tenho tv pr assinatura exatamente pelo o motivo de nela não passar globo, band, sbt e afins , canais brasileiros cvom programação tirada do lixo. E tem coisa pior pelo que li sobre essa nova lei vão obrigar as tvs por assinaturas a serem dubladas. Que porra eu tenho a ver com anafalbetos que não tem capacidade nem inteligencia para ler as legendas. Ae vou pensar um pouco acredito que muitos como eu não assistem programação nascional e acredito que muitos mais odeiam filmes e séries dublados acredito que empresas como sky com 550mil assinaturas vai ter uma queda para 150 mil assinaturas com isso o preço quadriplica ae eles perdem mais umas 100 mil e abrem falencia e temos mais uns mil brasileiros desempregados...

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  5. Convido você a participar do mais novo agregador de conteúdo http://colmeiaviva.com.br onde a imagem fala mais que mil palavras.

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  6. É exatamente isso que as grandes empressas da TV nacional e internacional querem que você pense. Quando que fomentar a industria audiovisual é perda de tempo ou catástrofe? Como se na TV aberta ou por assinatura não passasse um monte de merda estrangeira. Pode parecer uma imposição no início, mas com certeza vai gerar muito emprego e aumentar em muito a qualidade dos programas nacionais que todos tanto criticam. Além disso, você acha que medidas desse tipo não são feitas em outros países, principalmente nos EUA? Por que você acha que a industria A/V deles é tão fortalecida? Esse com certeza é um dos motivos. Pra quem não sabe, pra um país importar dos EUA um blockbuster, ele é OBRIGADO a comprar outras dezenas de filmes "B", aqueles que ficam parados nas prateleiras de locadora e que nunca vão pro cinema. Eu não sei por que motivos todo mundo pensa que qualquer medida de fomento a cultura no Brasil é "ditadura". Pensamento mané, de quem é contra a próprio país. Além disso, não sei em que país você vive, mas tem muita coisa boa sendo produzida aqui, tanto na TV como no cinema. O fato de você não saber, não conhecer e provavelmente nem procurou saber não quer dizer que nossa industria A/V seja ruim.

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  7. Um exemplo bom do que o colega citou aí, é o 9mm São paulo, na fox, produção muito boa.

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  8. Na boa, e vou falar numa linguagem popular pra não plagiar,você nem nossos nobres cineastas cada um pensa como quiser não acho cinema nacional ruim entendo teu ponto de vista e dos cineastas só gostaria de ressaltar que cinema comercial deve ser autosustentavel mas alternativo não isso não acontece só no Brasil ou estou enganado, de fato a industria cinematográfica Norte Americana nos surpreende mas o que mais surpreende é alguém tão eloquente defendendo um cinema 100% comercial sinceramente me surpreende a qualidade de algumas produções Brasileiras tanto na tv quanto no cinema mas o que surpreende ainda mais é saber que teu discurso preconceituoso digo isso por frases como o filho do banqueiro como se isso diminuísse alguém e seu talento, pareça algo coerente sinceramente ja vi americano fazer tanta merda que achar que eles são os bam bam bams é motivo de vergonha, a tv americana é um lixo e eu acho que você sabe disso.

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  9. O engraçado é que todo mundo quer comentar, mas poucos entenderam oque esse projeto de lei diz, muito menos oque o autor do post escreveu... resumindo:
    Sim, existem produções nacionais de qualidade, mas garanto que a maioria dessas produções são dos proprios canais ou produzidos sob encomenda ou em parceria com os proprios canais, ou por empresas ligadas a grupos de radio difusão (ex. Globo Filmes), e oque o autor do post diz é que querem obrigar aos canais a passarem produções independentes, excluindo assim produçoes como as acima citadas.

    E essas tal produções independentes, financiadas por dinheiro do povo, pois quem patrocina normalmente sao empresas estatais (Caixa, Petrobras, Ministerio da Cultura, etc)

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  10. Porchat na fox? Porno chanchada as 20:00 vão se ferrar lixo pago com incentivo do governo passa na globo! Lindo pago TV pra ver conteúdo que me agrade não quero dublagem canal aberto passa prison break e TV paga Elmiro Miranda vão tomar no furico

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  11. Porchat na fox? Porno chanchada as 20:00 vão se ferrar lixo pago com incentivo do governo passa na globo! Lindo pago TV pra ver conteúdo que me agrade não quero dublagem canal aberto passa prison break e TV paga Elmiro Miranda vão tomar no furico

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