quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A arte de viver juntos

Conta à lenda dos índios Sioux que certa vez Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas à tenda do velho feiticeiro dizendo: “Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas queremos um conselho que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure um estar ao lado do outro até a morte. O que podemos fazer? E o velho emocionado ao vê-los, tão apaixonados e tão ansiosos, disse: Há o que possa ser feito, ainda que seja tarefas difíceis. Tu Nuvem Azul deves escalar o monte e ao norte da aldeia, apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu Touro Bravo deves escalar a Montanha do Trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverá apanhá-la trazendo para mim viva. Os jovens se abraçaram com ternura e logo partiram para cumprir a missão. No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves. O velho tirou-os dos sacos e constatou que eram verdadeiramente famosos exemplares dos animais que tinha pedido. O que faremos? Os jovens perguntaram. Peguem as aves e amarrem uma na outra pelos pés com fitas de couro. Quando estiverem amarradas soltem para que voem livres. Eles fizeram o que lhes fora ordenado e soltaram os pássaros. A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas saltar pelo terreno. Minutos depois irritados pela impossibilidade do vôo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, brigando até se machucar. Então o velho disse: Jamais esqueçam o que estão vendo, esse é meu conselho. Vocês são como águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro , ainda que por amor, não só viverão se arranhando-se como também, cedo ou tarde começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados. Libere o pássaro que você ama para que ele possa voar com as próprias asas. Essa é uma verdade no casamento e também nas relações familiares, de amizade e profissional. Respeite o direito das pessoas de voar rumo a seus sonhos. A lição principal é saber que somente livres as pessoas são capazes de amar”.É mais que uma lição de vida, é uma lição de amor A nossa liberdade termina, quando começa a do próximo, mas é tão difícil de enxergar esta frágil e quase transparente linha demarcatória que limita este espaço. Alguém já disse que não devemos sair atrás das borboletas para aprisioná-las, mas que simplesmente cuidemos de nosso jardim, que elas vêm de livre e espontânea vontade. Assim são os relacionamentos, não devemos sufocar a quem amamos, nem asfixiar a liberdade que deve ser oxigenada a todo instante, com respeito e muito amor. Monopolizar tudo e exceder nossos limites, produzem efeitos contrários. A luz faz ver, mas se excessiva cega. A dor faz gritar, mas se excessiva, emudece. Assim é o amor, naturalmente une, mas se é excessivo , ou possessivo divide! Devemos ter a dosagem certa para que todo os dias possamos conquistar e se deixar conquistar, por quem escolhemos para viver ao nosso lado. Prescindir o momento certo de regar a flor, tomando a iniciativa de oferecer gotas de amor, para aquecer o afeto e abrir espaço para a liberdade e a felicidade. Já que a felicidade é uma viagem, não um destino. Ela é o caminho e como tal deve receber muita atenção e dedicação para que possamos dividi-la com a pessoa amada. Enfim tudo é válido, quando se tem um grande amor e queremos ficar e voar juntos, sem amarras físicas, apenas de espírito. Como diria o grande Victor Hugo: “O homem é a águia que voa; a mulher um rouxinol que canta”. Voar é diminuir “os espaços; Cantar é conquistar a alma”! 
 Por: Jabs Paim Bandeira.  
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2 comentários:

  1. Olá meu caro amigo William, boa noite!!!
    Bela lição meu caro amigo, para que uma vida em comum perdure e resista ao tempo é necessário um respeitar a liberdade do outro... Valeu meu amigo, um grande e rico ensinamento!!!
    Tenha uma noite excelente e abençoada!!!
    Grande abraço e muita paz!!!

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  2. E como saber qual é o limite? Pois sabemos que numa relação, acabamos abrindo mão de algumas coisas.. Concordo com o texto, mas, na prática, às vezes é difícil enxergar a linha.

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