Martin Luther King Jr., pastor e ativista norte americano, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1964, disse em um de seus discursos, pouco antes de ser assassinado, em 1968, que “o homem que não está disposto a morrer por uma causa, não é digno de viver”.
Na época o foco era o movimento a favor da liberdade e igualdade racial nos Estados Unidos, mas suas palavras exprimem um conceito que pode ser questionado e colocado de outra forma onde diz que “um homem vivo pode fazer muito mais pela causa em questão”.
Levando para o campo da ficção, podemos imaginar uma situação onde nos fosse colocado o seguinte dilema:
Quem estivesse realmente disposto a morrer para melhorar o planeta, que entrasse por uma determinada porta; quem não estivesse disposto, quem tivesse alguma dúvida, ou precisasse de um tempo maior para decidir, que entrasse por outra porta.
Não saberíamos o que aconteceria do outro lado, mas quem optasse pela morte, poderia encontrá-la de imediato do outro lado. Qual seria a reação da grande maioria? Imagino que poucos teriam a convicção de dar a vida pelo planeta e entrar pela porta da morte e que muitos iriam preferir ficar vivos e optariam pela porta da vida.
Por outro lado, vamos imaginar que o responsável pelo teste daria um desfecho inesperado e resolvesse que todos aqueles que entraram decididos a dar sua vida, seriam os únicos sobreviventes e os responsáveis pela condução futura do planeta. Todos os demais seriam sumariamente eliminados sem chance de voltar atrás na decisão.
Novamente fica a questão:
serei mais útil ao planeta vivo ou morto?
Serei mais útil trabalhando pela causa em que acredito ou morrendo por ela e deixando de trabalhar?
Se olharmos tudo o que o ser humano fez ao planeta e ao seu semelhante, vamos concluir que para grande parte, falta dignidade para ser merecedora de algo tão belo quanto uma vida, mas fugir dela não resolve o problema.
Temos sim, que trabalhar pela causa, de todas as maneiras que possamos imaginar. O mundo atual está desmoronando, os sintomas estão presentes no nosso dia a dia e as portas, embora sutis, estão se abrindo ao nosso lado.
É hora de fazer uma opção, de acordo com nosso conhecimento e consciência, mas principalmente, é hora de trabalhar pela causa na qual acreditamos.
Por: Célio Pezza.
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domingo, 22 de janeiro de 2012
Morrer ou viver por uma causa?
Postado por
William Junior
às
23:05
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