A palavra vem desde a ação dos gregos em suas cidades-estado, denominadas “polis” e surgidas no século VIII a.C. Os cidadãos - então chamados “politikos” - reuniam-se na praça e decidiam os destinos e as melhorias da comunidade. As cidades de então eram pequenas. O crescimento tornou impossível a prática pessoal, e o caminho encontrado foi o da representação.
Num determinado dia, o povo é chamado a votar em eleições e escolhe, entre centenas ou até milhares de candidatos, os concidadãos para representá-lo no Executivo e no Legislativo.
No Brasil, elegemos presidente da República, governadores e prefeitos para cuidar do Poder Executivo e senadores, deputados federais e estaduais e vereadores para compor o Poder Legislativo. Da polis até nossos dias, muita água passou debaixo da ponte. Os pensadores gestaram inúmeras formas de governo, outras se impuseram por conta de guerras e revoluções e muita coisa – boa e ruim – aconteceu. Religiões, ideologias, costumes e interesses presidiram mudanças radicais e nem sempre acertadas.
Podemos dizer que hoje temos o resultado de séculos de experimentações, incompreensões, entendimentos e desentendimentos. Política, no sentido original do termo, é o oxigênio do ar que se respira na sociedade mundial. A atividade está presente em todos os pontos onde há a presença humana e não se restringe à ação partidária.
Todo ato de relacionamento entre indivíduos, grupos, ideologias, crenças e interesses é exercício político. A política começa no lar, através do relacionamento entre pai, mãe, filhos e irmãos, e estende-se por sendas infinitas e inimagináveis.
É através dela que as empresas, as entidades sociais, as organizações religiosas, as agremiações esportivas e todas as áreas de interesse humano interagem e desenvolvem-se. Desde a antiga Grécia, o homem é considerado um animal político e, assim, continuará enquanto viver em sociedade. Todos os seus atos são políticos, mesmo que ele não se dê conta disto.
Infelizmente, política e político partidário tornaram-se palavrões na opinião de expressiva parcela da população brasileira. Resultado de desmandos cometidos por maus políticos e falta de uma boa solução aos seus agravos. A própria política, no entanto, pode levar à solução dos erros com a mais justa e transparente aplicação das sanções aos errantes.
Para tanto, a sociedade, como titular e destinatária de todas as “políticas”, precisa estar permanentemente mobilizada para, por seus meios, cobrar o cumprimento de boas políticas na administração pública, no Judiciário, na igreja, no clube, no local de trabalho, na vizinhança e em toda parte.
Em vez da cômoda postura de desgostar, se afastar ou até odiar os políticos partidários, cada um do povo deve fazer a sua “política” pela melhoria de suas condições de vida e da dos seus semelhantes.
Quanto aos errantes, a força política da própria sociedade organizada será suficientemente forte para expurgá-los.
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William ,
ResponderExcluirEu gostei muito do artigo .
Como aliás , gosto muito de política .
E concordo com o artigo , quando diz que política deve fazer parte da oxigenação da sociedade . O que não vem acontecendo até aqui em boa parte da mesma . Talvez por isso , nossos políticos continuam fazendo oque bem entendem e continuam sendo reeleitos .
abs
Francisco
Vamos trocar de link´s?
ResponderExcluirhttp://colunawagnereustaquio.blogspot.com/
Aguardo retorno.
wagnerdireitobh@hotmail.com
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