Existem termos que crescemos escutando e fazem parte do nosso dia a dia, como é o caso de "efeito estufa" e "aquecimento global". Geralmente esses dois são usados em conjunto e, por conta disso, algumas pessoas tendem a confundi-los como a mesma coisa. Mas será mesmo?
Na verdade, eles estão interligados,
mas têm diferenças entre si. A intensidade, a forma como são causados e as
consequências podem divergir bastante. Sendo assim, nesse texto vamos te
explicar o que cada um realmente significa para não restar mais nenhuma dúvida.
Preste atenção!
O que é efeito estufa?
(Fonte: Shutterstock)
A manutenção da vida na Terra depende
de uma série de fatores que precisam estar em equilíbrio. Um desses fatores é
manutenção da temperatura. Como você sabe, o Sol é o grande fornecedor de
energia do nosso planeta e o calor fornecido por essa estrela nos aquece
durante o dia, faz com que as plantas e plânctons produzam oxigênio, etc.
Calor demais e calor de menos colocariam
o planeta em maus lençóis. É por isso que a natureza atua de forma brilhante,
emitindo gases que criam uma camada de proteção ao redor da Terra. Essa camada
parte do calor do Sol, refletindo o excesso de volta ao espaço. Se não fosse
assim, não teríamos vida no planeta. Os gases envolvidos nesses processos são:
- Vapor de água
- Clorofluorcarbono (CFC)
- Ozônio (O3)
- Metano (CH4)
- Óxido nitroso (N2O)
- Dióxido de carbono (CO2)
Todos eles ocorrem naturalmente.
Contudo, as muitas atividades humanas aumentaram a emissão de gases, fazendo
com que a temperatura média do planeta se eleve. É como se vivêssemos em uma
estufa de vidro, daquelas usadas para plantar flores. A luz entra, é absorvida
e aquece o ambiente — por isso o nome efeito estufa.
O que é o aquecimento global?
(Fonte: Shutterstock)
Como vimos, o efeito estufa é um
processo natural fundamental à vida, mas que tem sido intensificado pela
humanidade. A consequência disso é o aquecimento global. Como o nome
sugere, trata-se do aumento progressivo da temperatura da Terra.
O aquecimento global acaba bagunçando
toda a temperatura do planeta, fazendo com que calor e frio extremos sejam
vivenciados com mais frequência. Além disso, grandes períodos de seca e chuvas
torrenciais também podem ocorrer.
Peguemos o caso do Brasil, que sempre
teve verões chuvosos. Contudo, o volume dessas chuvas tem aumentado
significativamente, ajudando a formar enchentes e criando desastres naturais como os vistos neste ano na Bahia, Minas Gerais e Rio
de Janeiro — mesmo que essas tragédias também tenham contado
com a falta de obras de urbanização, escoamento de água e habitação.
Essas mudanças ainda prejudicarão a
agricultura, aumentarão os desertos, farão com que cidades litorâneas
fiquem inabitáveis, extinguirão espécies nativas de animais e plantas e poderão
contribuir para o surgimento de novas doenças. Trata-se de um grande desafio
que tem chamado a atenção dos líderes mundiais e exigido compromisso público
entre as nações, como o que ocorreu na COP26.
Everton Lima.
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