Dói-me ver as injustiças sociais. Angustia-me continuar a assistir ao descaso com que os agentes públicos e políticos tratam a sociedade mais carente no Brasil.
Não se fortalece a infraestrutura básica social, mas o governo e os políticos se preocupam muito com a macroeconomia e se esquecem de fazer o dever de casa, onde cidadãos brasileiros ainda vivem de forma rudimentar em pleno século 21.
Realmente, a gente tem que duvidar da seriedade de nossos políticos e governos. Temos um inchado e inoperante Congresso Nacional, que não se preocupa com as mazelas sociais, ou seja, com o que está ocorrendo com a sociedade carente por todo o rincão brasileiro.
Mas para fazer política mesquinha, estreita, de interesse pessoal ou de grupos que representam, os ditos ilustres parlamentares são muito hábeis. É só com politicagem que eles se preocupam.
Enquanto isso, a realidade brasileira - desconhecida no resto do mundo - dos descamisados, dos desassistidos, dos infortunados e dos que não tiveram a sorte de ser político para desfrutar as benesses públicas contrasta com o status opulento dos congressistas e de nossos governantes, que fingem combater a miséria nacional e não dão a devida atenção, por exemplo, ao problema educacional brasileiro.
Veja o autêntico retrato do Brasil, que se questiona. Recentemente, a televisão apresentou cena patética da forma como o poder público - políticos e governos - trata a questão educacional. Na zona rural de Brasília - nas barbas do governo federal, próximo ao Congresso Nacional, e não nas paragens longínquas do Amapá, Rondônia etc - crianças para se deslocarem à escola têm que caminhar em estradas empoeiradas por cerca de cinco quilômetros até o ponto onde se encontra uma passarela de madeira, em péssima condição e intransitável a qualquer veículo, para poderem tomar o ônibus que as levará à escola e isso se repete diariamente na volta das aulas.
Pois bem, uma das crianças, de seis ou sete anos, se manifestou de forma melancólica e disse: "A gente é criança e cansa muito andar na poeira para ir à escola". Ora, Isso punge o coração de qualquer cidadão, mas, certamente, não abala o empedernido político brasileiro.
Por: Júlio César Cardoso.
Comente sobre mais um descaso do inchado e desorganizado Congresso Nacional!
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