terça-feira, 29 de novembro de 2011

Geração “quase” perdida...



“Não existem mais pais (famílias) e professores (escolas) como antigamente.” Essa é uma frase bastante usada hoje em dia sempre que tentamos explicar as inúmeras ocorrências envolvendo jovens adolescentes. O que estaria acontecendo com essa jovem geração que tanto se envolve com drogas, bebidas, brigas e crimes? Lembrando que essas ocorrências são registradas em todas as classes sociais.

Atualmente, um pai não pode corrigir um filho com uma palmada ou puxão de orelha, pois está sujeito a ser preso. Um professor não pode mais colocar um aluno perturbador sentado ou lhe chamar atenção, pois corre o risco de ser denunciado por Bullyng, palavra essa que tem virado modismo. Qualquer coisa que acontece para um aluno numa escola, agora é tratada como crime.

Nunca fui exemplo de aluno, mas no meu tempo pelo menos tínhamos respeito pela figura do professor. Bastava um olhar atravessado do mestre, e sabíamos que tínhamos ultrapassado dos limites. Em casa era a mesma coisa. O pai olhava e nos aquietávamos. Quando prosseguíamos com a arte, vinha uma boa chinelada ou cintada. Para mim, e creio que para muitos daquela geração, esse tipo de correção foi ótima para a nossa formação. Vergões nas nádegas e pernas em nada influenciaram de forma negativa a minha psicologia. Lembro também dos oficiais de menores, que deixavam suas casas para fiscalizarem as atitudes dos menores que frequentavam as noitadas. Será que hoje conselheiros tutelares, promotores e policiais fazem o mesmo?

A geração de hoje, o pouco conhecimento que tem da vida, o conseguiu através de uma tela de computador. Dá para acreditar que para muitos desses jovens o computador (internet) é sua vida? Mas que vida é essa que os torna uns parasitas? Poucos estudam e nem aí estão para o seu futuro profissional. Ou melhor, estudam através do MSN, Twitter e Facebook, mantendo contato com os colegas. Esse é o tipo de relação pessoal que eles mantêm. Também usam essa ferramenta para falar mal dos seus desafetos, entre eles os professores, que são considerados “malas”, “chatos”, “imbecis”, idiotas” e por aí vai. Mas afinal de contas, quem é o idiota?
O professor que estudou, se formou, constituiu família, tem carro, casa, salário e uma vida ativa? Ou o idiota é o aluno-adolescente, que não se relaciona com ninguém, é depressivo, não tem interesse e acha que será sustentado o resto da vida pelos pais? Esse provavelmente será um profissional frustrado, isso se tudo correr bem, caso contrário poderá ser um futuro usuário de drogas e vagabundo.

O que mudou então? Por que essa geração, que tem ampla liberdade de expressão nada faz? Parecem uns zumbis, esperando o tempo passar. Não foi a tecnologia avançada ou liberdade de mídia que provocou essa mudança. A culpa não é da sociedade, mas sim da falta de controle por parte de pais, que geram filhos e não assumem a responsabilidade de educá-los. Pais que não conhecem a palavra limite.

Esse texto, num primeiro momento parece generalizar todos os adolescentes. Mas não é essa minha intenção. Sei muito bem, que a sociedade só não está perdida, ainda, por existirem pais que educam seus filhos com uma cultura familiar antiga. Com mais liberdade, sim, mas sem deixar de lado a rigidez quando essa se faz necessária. São dessas famílias que surgem os jovens que ainda utilizam o estudo e a busca do conhecimento como forma de tornarem-se bons cidadãos e bons profissionais, preocupados com o seu futuro, com o seu sucesso, mas também com uma sociedade cada vez melhor.

por: Maurício Paim em ONacional PF.

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7 comentários:

  1. verdade mudou muito mesmo
    .gostei muito da matéria
    valeu.

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  2. Há quem lembre da famosa "palmatória" que era dada pelos professores nos alunos, ainda hoje usada em muits escolas da china.
    Realmente está o CAOS a nova juventude, para que possamos educar nossos filhos, devemos agir com outras artimanhas para que seja possível que os filhos entendam valores.
    Muito me preocupa...

    www.tudoemvolta.com.br

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  3. O problema é que o próprio governo e sociedade atual, incentiva a rebeldia de tais jovens, a internet e rede sociais só contribuem para que os mesmos fiquem confinados, cada um em seu mundinho egoísta achando que só existe a si mesmo, e que os limites não existem.

    Estamos caminhando para um declínio moral extremo os valores importantes como respeito e civilidade já não existirão mais.

    Infelizmente este é o cenário mundial em que nossa sociedade se encontra.

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  4. Belo texto, narra uma verdade. Mas faço ressalvas, os pais de hj em dia são os maiores culpados por não se responsabilizarem e não imporem limites, mas a sociedade individualista, consumista, permissiva e tendente a querer só os direitos e se esquecer dos deveres, também tem culpa solidária, ou comum (linguajar de concurso, hehe) para esse quadro lamentável. A imposição do professor ter que agir como se os alunos fossem intocáveis é absurda, concordo, mas não banalize um assunto grave e sério, como o buylling, que acontece sim, geralmente de alunos covardes em grupo, metidos a valentões, contra um fraco e tímido. Isso existe sim! Não é modismo.

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  5. Impor limites aos filhos? Sempre escuto essa palavra " impor limites " virou um jargão chato, porque todo mundo fala isso, mas nunca escuto o que realmente interessa:
    QUAIS? QUE LIMITES SÃO ESSES?
    Palmadas, vergôes? esse seriam os limites?
    a pergunta é: PRA QUE AS PALMADAS?
    Ninguém faz mais isso porque ninguém sabe o PRA QUE FAZER ISSO...Ninguém quer admitir que quando fica cara a cara com seu filho, ( Depois dele ir pro quarto e ficar um semana sem flar com você ) que não sabe O QUE dizer a ele...

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  6. Tudo começou quando os psicólogos, por não terem clientes, descobriram que precisavam aumentar suas consultas e inventaram que ninguem mais sabia cuidar dos filhos, que o modo praticado por décadas, inclusive eles foram criados assim, não mais funcionava. Inventaram que crianças, apesar de crianças não deviam obedecer aos pais, pois que tudo deveria ser discutido com elas...esqueceram que a criança precisa ser orientada, precisa de um norte, e o adulto é quem sabe este norte. Cabe ao adulto mostrar o caminho, não fosse assim a criança já nascia adulta. Esqueceram que o diálogo com a criança só vai até um limite, quando não há mais como discutir...se o adulto sabe que está certo, deve deixar claro par a a criança que não há margem para discussão e pronto. Sempre foi assim e sempre funcionou assim. Se não acreditam, comparem a quantidade de jovens no crime e principalmente a faixa etária que hoje já está imersa na criminalidade. Em minha é poca de adolescente não havia meninos de 12 anos chefiando quadrilhas.
    Abraços.

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  7. Olá meu caro amigo William, boa tarde!!!
    Meu amigo, bela postagem, assunto muito interessante e verdadeiro, pois é o que realmente acontece nos dias atuais. Com o tempo a família, baseada no que seria evolução e liberdade, acabou por perder a sua função de educadora no que se refere aos bons costumes e dignidade dos filhos, com isso passamos a fabricar pessoas mais frias e calculistas, que não se importam com ninguém e com nada. Precisamos resgatar urgentemente essa cultura familiar antiga, principalmente no que diz respeito aos seus conceitos sobre a vida em comum.
    Parabéns meu amigo, bela postagem, valeu!
    Tenha uma tarde maravilhosa e abençoada!
    Grande abraço e muita paz!!!

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