terça-feira, 12 de março de 2024

Redenção, uma segunda chance


Um dos pilares do cristianismo, assim como nos fundamentos do Pentateuco que originou a religião cristã trata-se da redenção.

Ou seja, não importa se você tem uma vida errada, atravessada, cometa vários “pecados” e viva contra tudo que ensina a lei de Deus, entretanto se você a qualquer momento, até na hora de sua morte você se arrependa independente do mal que causou e a quem causou você será salvo, desde que que este arrependimento seja sincero. Simples assim. Se redimiu, se libertou, está salvo.

Não se trata de uma crítica, e nem mesmo discordar da ordem divina, afinal quem sou eu? Afinal a justiça divina tende a ser justa. E eu acredito que todos merecem uma segunda chance sim, o erro deva ser reparado se possível, ser perdoado e devemos acreditar na redenção, claro, no meu caso, um pouco diferente da justiça divina, acredito que não pode haver uma repetição do erro, uma continuidade, porque então não houve redenção.

No último domingo, o time do Athletico Paranaense aplicou uma sonora goleada no meu Londrina, nada de muito demais, afinal o nosso Londrina não vive lá seus melhores momentos, está precisando se “redimir”, mas, o novo técnico do Athletico, o Cuca, após falar sobre o jogo resolveu fazer uma quase “mea culpa”, foi uma declaração emocionada, quase admitindo ter errado e declarando que se torna um novo paladino para a luta pela não violência contra as mulheres e que a partir de agora espera que a sociedade o julgue por suas ações e outros assuntos.

Como eu disse, acredito que sempre é necessária uma segunda chance, e quem consegue precisa realmente demonstrar arrependimento e constrangimento e fazer valer esta oportunidade e no dia a dia tentar demonstrar que o arrependimento é verdadeiro, que não se trata de uma jogada de mídia.

Eu acredito em redenção.

Joselito Bortolotto.

sexta-feira, 1 de março de 2024

Tim Maia e seu sobrinho chato

O Tim Maia tinha um sobrinho que ele não dava muita bola, mas o garoto chato, com um certo talento para música, conseguiu seus minutos de fama no embalo da mídia e da sombra larga, convenhamos, do Tio.

O sobrinho do Tim Maia se orgulha de estar na posição 39⁰ da Lista das Maiores Vozes da MPB, segundo a revista Rolling Stone Brasil, mesmo estando abaixo de "grandes vozes" como as de Mano Brown, Chico Buarque e Max Cavalera.

O sobrinho do Tim Maia é mais conhecido pelas asneiras que fala e pelo ego mais inflado que seu privilegiado abdômen, já que coleciona apenas poucos sucessos, que até caberiam numa mão e ainda sobrariam dedos, apesar de ter tido um grande investimento de mídia e gravadoras, segmento que aliás hoje, afastado, ele também critica.

A música "Manoel", seu primeiro sucesso, tem como base um suposto plágio descarado da dançante "You get me hot" de Jimmy Bo Horne, que sequer levou algum crédito.

Já o segundo hit, "Fora da Lei", tem letra da Rita Lee e foi, ao que parece, música de novela, graças ao "jabá" das gravadoras, que tanto o sobrinho do Tim Maia, agora fora do mainstream, critica. E é isto. Parou por aí.

O sobrinho do Tim Maia é mestre em causar polêmicas pra chamar a atenção. Quem não se recorda da vez que ele, num show no exterior, ofendeu brasileiros, desprezando inclusive sua própria língua e nacionalidade?

O mestre da arrogância supostamente não queria brasileiros em seus pequenos "concertos" pelos botecos estrangeiros.

Só esqueceu de dizer que o "sucesso" dele nos EUA, por exemplo, era tão discutível quanto seus impropérios sobre artistas variados, já que, numa das vezes que estive em LA, o sobrinho do Tim Maia estava tocando num bar e, curioso que sou, fui verificar, mas para minha surpresa (e creio que mais ainda para a do sobrinho do Tim Maia) havia apenas um grupo mínimo de pessoas na plateia.

E quer saber? Adivinhe! Eram todos brasileiros, povo aliás que o galã sobrinho do Tim Maia, declarou que considera feio.

Duvida? Busquem no Google aí as afirmações do Mister Universo a respeito do biotipo dos brasileiros.

Bom, a polêmica da vez agora foi ofender, sem dó, grandes nomes da música, que aliás já nem estão mais aqui para se defender.

Convenhamos que nenhum dos ofendidos, evidentemente quando vivos, provavelmente tenha ouvido falar a respeito do sobrinho do Tim Maia.

Primeiro ele esbravejou contra Raul Seixas, o chamando de mau caráter (sem nunca ter conhecido o músico baiano), artista medíocre e um fraco letrista, já que na ideia (ou falta de) do sobrinho do Tim Maia, Paulo Coelho compôs toda a obra de Raul, talvez do mesmo modo que para alguns, Theodor Adorno compôs a obra dos Beatles.

Bom, é indiscutível que Raul deixou um legado invejável a qualquer artista, já que só de sucessos passam de dezenas e as gravações, e regravações, ultrapassam centenas.

Alguém regravou o sobrinho do Tim Maia? ( ED Motta)

A obra de Raul, sempre contemporânea, é tema de comerciais, filmes, novelas, peças e livros.

Até mesmo Bruce Springsteen, o BOSS, quando em turnê pelo Brasil, abriu seus shows cantando (em português) uma música de Raul, e não uma das poucas do sobrinho do Tim Maia se esforçando pra enrolar no inglês.

No mais, você com certeza nunca ouvirá num bar alguém gritar: "Toca o sobrinho do Tim Maia".

Arrisco dizer que Raul diria ao invejoso ferido:

"Convence as paredes do quarto e dorme tranquilo, caro sobrinho do Tim Maia."

As próximas "vítimas" da fúria etílica do sobrinho do Tim Maia foram Elvis Presley e Johnny Cash.

O primeiro, o sobrinho do Tim Maia, mostrando o mais completo desconhecimento, considera um artista insignificante, fabricado por gravadoras, algo digamos assim como o próprio sobrinho do Tim Maia, mas com a sutil diferença de que Elvis era belo, cantava muito mais que o reclamante, tinha charme, talento, carisma e é considerado até hoje como o eterno Rei do Rock, nada mais.

Quem é mesmo o sobrinho do Tim Maia?

Quanto a Johnny Cash, o sobrinho do Tim Maia, em mais um surto megalomaníaco, diz que gostaria de espanca-lo, como se isto fosse possível, tendo em vista que Cash, um homem forte de quase 1,90 metros, com um peido provavelmente faria o sobrinho do Tim Maia chorar pedindo ajuda da mãe, que ao socorrer o bebê chorão, o colocaria no colo e o ninaria ao som de "Cry, Cry, Cry", elegantemente cantada pela poderosa e invejada voz de Cash.

Triste fim do sujeito que tanta sorte e oportunidade, pela provável sombra do tio, teve na vida profissional.

O Brasil coleciona tipos caricatos e megalomaníacos como o sobrinho do Tim Maia.

Eles estão presentes na música, nos cinemas, no teatro, no jornalismo, na Internet, no esporte, na TV, na política, e todos se consideram estrelas únicas de um universo de papelão, desenhado pelos próprios e que só eles enxergam.

Eu só tenho pena.

Deve ser triste passar anos e anos sem alguma relevância musical fora de sua bolha, mesmo sendo sobrinho de um grande nome popular da música, mesmo sendo financiado por grandes gravadoras e tendo ainda presença constante e garantida em programas da maior emissora de TV do país.

Ainda assim, ninguém se importa com sua presença, mesmo sendo impossível não nota-la.

Quer um conselho, sobrinho do Tim Maia?

Toca Raul!!!

A Toca do Lobo.

 

 

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Dona Matemática

Desde muito tempo a ideia de ir para escola, pelos menos na forma de ver dos nossos pais, era que você ia aprender a ler e escrever e fazer contas. Não deixava de ser uma necessidade básica, saber se comunicar e ao mesmo tempo entender de somar, diminuir, multiplicar e dividir. Simples assim. Então, aí tinha mais os “penduricalhos”, geografia, história, moral e cívica (na minha época tinha isto) e outras matérias...

Não sei se trata apenas de sentimento, mas parece que naquela época os alunos tinham vontade e os professores faziam questão de “empurrar” as matérias de português e matemática, afinal isto era o básico, e a gente acabava até gostando e por estas e outras que acabamos aprendendo alguma coisa e até gostar de matemática.

Nos dias de hoje, podemos ver que grande parte dos alunos em suas próprias palavras “detestam” matemática. Preferem as áreas de humanas (mais ou menos), sociologia, filosofia, e outras coisas (que não acredito serem desimportantes) entretanto faz com que muitos, simplesmente abdicam da matemática.

E a questão que o próprio governo, através dos seus programas de educação, corroboram para a atual situação. Lógico que no meio disto tudo tem a internet, os tik-tok, os chamados “influencers” querendo explicar o inexplicável e muitos jovens acreditam nestas “carreiras”.

Não acho que todos devam gostar de matemática, também não acredito que todos devam seguir a área de exatas, mas, acho que deveria um pequeno esforço para entender um pouco melhor o que a matemática pode proporcionar, na sequência de um ensino de finanças básicas para o dia a dia, para entender um pouco melhor de economia, e não ficar perdido quando o governo informa que vai arrecadar o bastante para pagar suas despesas e todos sabemos que isto é quase impossível com a atual situação.

Eles acabam aplicando a matemágica e muita gente acaba acreditando. E ficam apenas sorrindo, não pode ser diferente, não estão entendendo nada.

Joselito Bortolotto.

 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Intoxicação Eletrônica

A internet é pior babá eletrônica do que foi a televisão em outros tempos. A partir do momento em que a mobilidade permitiu que cada integrante de uma família usasse uma tela para assistir ou jogar o que bem entendesse, houve a individualização de um processo que antes era coletivo. Dar um tablet para uma criança ficar quieta pode ser abrir a porta para um estado de passividade.

 “A infância é um momento de estruturação em que o cérebro, o corpo e o psiquismo estão em formação. As experiências de vida são decisivas para quem a criança será no futuro, e por isso é tão importante pensar que lugar se dá para a ela em casa, na escola e na sociedade”, afirma a psicanalista Julieta Jerusalinsky, professora do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Puc-SP) e especialista em primeira infância e desenvolvimento infantil.

Precisamos pensar em como arrumar tempo e lugar para transmitir à criança aquilo que achamos que é decisivo para que ela se torne o adulto de amanhã. Dá muito trabalho, é verdade. Mas ao conviver com uma criança acabamos inventando brincadeiras e evocando passagens da nossa própria infância que, se não fosse pela criança, cairiam no esquecimento. Assim elas acabam por nos fazer um favor aos nos tirar do automatismo da vida adulta e nos convidar a construir uma brincadeira entre gerações. Costuma ser surpreendente o que pode acontecer quando desligamos as telas e abrimos lugar para o convívio.

Há 20 anos, se discutia quanto tempo de televisão uma criança poderia assistir. Mas a televisão implicava que todos assistissem juntos, o que permitia comentários. Com uma tela individual, não há mais a conversa. A programação da televisão terminava; a internet não termina. Os pais já não sabem mais o que as crianças estão vendo, a não ser as muito pequenininhas. 

Outro aspecto é a passividade. Uma criança que brinca está em atividade, construindo uma história. A criança que está na frente da tela é uma espectadora. Não se trata de demonizar as novas tecnologias, mas de considerar que uso fazemos delas.

As intoxicações eletrônicas não começam quando se larga o celular na mão de uma criança. A questão é como nós, adultos, estamos usando esses aparelhos. Com a internet móvel, não temos mais divisão entre o tempo de trabalho e de lazer. Um pai chega em casa e senta para brincar com seu filho, enquanto olha para as mensagens no celular. Ao ficarmos o tempo inteiro disponíveis aos que não estão ali, perdemos a importância da presença dos que estão ali conosco.

Para as crianças, que dependem radicalmente do lugar que os pais lhes dão, isso tem consequências muito mais contundentes. Dizer “não” não basta. Em primeiro lugar é preciso pensar o que se propõe à criança. Em segundo lugar é preciso considerar o que o próprio adulto faz. Muitas vezes, as crianças convivem com um adulto que está de corpo presente, mas psiquicamente ausente olhando para uma janela virtual. As crianças não aprendem simplesmente pelo que os adultos lhes dizem, mas pelo cruzamento disso com o que eles mesmo fazem. 

Há bebês que, siderados por eletrônicos, podem acabar caindo em diagnósticos de transtorno do espectro do autismo. Não estou dizendo que o autismo é causado pelos eletrônicos, mas que muitas crianças com intoxicações eletrônicas são colocadas nessa valeta diagnóstica, ou em outra grande valeta diagnóstica da contemporaneidade que é o déficit de atenção e hiperatividade.

Fonte:
JULIETA JERUSALINSKY 

 

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Entre a cruz e a espada


 De vez em quando ouvimos esta expressão. Não se tem ideia realmente quando foi proferida pela primeira vez e quais circunstâncias. Alguns historiadores acreditam que ela pode ter sido dita a Jesus Cristo, onde ele teve de escolher entre as espadas dos soldados romanos ou a crucificação. Para dizer a verdade acho um pouco forçado. Acredito mais na outra versão, da idade média, na época das cruzadas, onde a Igreja Católica acreditava que devia fazer uma conversão de todos aqueles que tinham uma outra religião, principalmente dos árabes, onde era dado a “escolha” de ser converter ao cristianismo ou morrer pela espada dos cavaleiros.

Deixando de lado as divagações da origem da expressão, a questão como hoje procuramos utilizar no dia a dia, que quer dizer que por vezes ficamos numa encruzilhada, numa escolha muito difícil, afinal, toda escolha ao mesmo tempo é uma renúncia. E em certas situações é muito difícil porque qualquer caminho a ser escolhido nem sempre é garantia que será o melhor, e nem que será o “menos pior”.

O povo argentino está nesta situação. Ou escolhe o atual ministro das finanças do atual governo, o Sérgio Massa ou o Milei que se auto intitula de libertário com propostas radicais que nem sempre poderão ser cumpridas. Hoje a Argentina tem uma população muito dependente de ajudas do governo e a eleição do Milei pode acabar ou diminuir muito esta ajuda, entretanto a inflação da Argentina supera 140% ao ano onde nenhuma ajuda é o bastante.

Nenhum dos dois candidatos trará de imediato qualquer mudança na atual situação na Argentina, isto não impede que ambos os candidatos prometam de tudo. E qualquer que seja o resultado nas eleições na Argentina ainda vai ficar longe que o país consiga sair da atual situação. Infelizmente sempre é assim, o povo mais cedo ou mais tarde sempre vai pagar pelos desmandos dos políticos. Afinal político não tem ideologia, tem apenas desejo de poder.

Joselito Bortolotto.

 

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Mídia e Religião



 Não é de hoje, desde muito tempo as religiões se aproximaram muito da mídia para poderem divulgar a sua fé na busca de novas ovelhas. Lembro ainda quando era criança, quando a televisão ainda estava começando, ainda era um bem discricionário e atingia um público ainda especifico, as religiões, principalmente a católica já se utilizava da rádio como divulgadora de suas mensagens. A igreja católica principalmente tinha no seu patrimônio emissoras radiofônicas onde a principal atração era as pregações, missas e as palavras dos padres procurando ensinar a boa nova para os ouvintes.

 

No decorrer dos tempos, principalmente com o surgimento da Igreja Evangélica Universal do Bispo Macedo, a mídia passou a ser utilizada de uma forma draconiana, até que ele comprou a TV Record, que além de ser uma TV comercial, onde em principio a sua programação não fosse totalmente direcionada, muito de sua programação era entendida como religiosa, especificamente para sua religião, evangélica universal.

 

Não posso afirmar, mas, provavelmente em sua TV não é divulgada outras igrejas ou religiões, mesmo que seja evangélica. Inclusive as suas novelas bíblicas têm toda a visão da religião segundo as crenças.

Claro, as demais religiões têm os seus canais em tv fechada, outras alugam horários em canais tradicionais e todas acabam um pouco mais ou um pouco menos divulgando as suas mensagens.

 

Do outro lado temos a Globo. Que desde sempre tinha um fundamento católico, e até pela religião ou não, apenas comercial, talvez, houve muitas “brigas” por vezes se atacando mutualmente com a Record. Mas, de certa forma isto ficou para trás, e passaram a serem mais profissionais e inclusive também com o aumento dos fiéis das igrejas evangélicas, a Globo passou a adotar um cardápio mais variado, incluindo aos poucos os evangélicos procurando ser mais eclética, principalmente entendendo que nesta área, principalmente da mídia não deve desagradar uma fatia importante do mercado que são os evangélicos.

 

Entretanto nem tudo são flores. Denúncias ao Ministério Público alegam que a Globo em suas novelas está praticando intolerância religiosa, segundo a denúncia, de forma explicita um diretor importante da Globo orientou aos autores de dramaturgia em não mais investir em temas espiritas, religiões afros com o intuito de privilegiar os evangélicos.

Ou seja, uma novela estilo de a Viagem esta nos dias de hoje totalmente fora de questão, um tema politicamente incorreto, assim, como um Casseta e Planeta.

 

Eu não tenho a mínima ideia, se isto é verdadeiro ou não. Mas o Ministério Público por extensão também deveria investigar a Record, afinal esta emissora aparentemente também não promove nenhum tipo de novela onde esteja presente outras religiões.

 

Toda a Mídia é capciosa, para algumas em primeiro lugar esta o lucro, tenta agradar uma maioria que possa trazer um retorno. Outras pensam apenas em doutrinação. Algumas religiões, principalmente a evangélica e a católica discrimina sim qualquer outro tipo de religião, que não partilha da mesma forma de pensar.

 

Todas as demais religiões mesmo que tenham o cristianismo como base, desde que não partilhe do mesmo pensamento, são consideradas seitas e os seus integrantes estão fadados a queimar para sempre no inferno. As mídias são apenas consequências que trazem mais combustíveis nesta fogueira que vai muito além das vaidades.

 

Joselito Bortolotto.

sábado, 14 de outubro de 2023

“A ansiedade excessiva é um mal do século e poderá levar o país a uma paralisação” diz especialista.


 Especialista dá dicas para ajudar a controlar crises.

De acordo com o psiquiatra especialista em ansiedade Dr. Flávio H.Nascimento – autor do estudo “Mecanismo da ansiedade e do medo; relação com o indivíduo”, realizado em parceria com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, e publicado na revista científica Caderno Pedagógico, que analisa aspectos do seu método comprovado para abordagem de ansiedade – a ansiedade excessiva é uma patologia e precisa de uma abordagem humanizada.

De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde – o Brasil é o país com o maior número de pessoas sofrendo de ansiedade no mundo, com cerca de 9,3% dos brasileiros com o problema.

“ELA É O MAL DO SÉCULO E PODERÁ LEVAR O PAÍS A UMA PARALIZAÇÃO GENERALIZADA EM POUCO TEMPO SE NÃO OLHARMOS COM HUMANIDADE PARA ELA”, EXPLICA DR FLÁVIO.

Existe uma enorme diferença entre a ansiedade adaptativa e a ansiedade excessiva, a adaptativa propicia o indivíduo a tomar as medidas necessárias para sua sobrevivência, porém quando excessiva, torna-se uma patologia.

Os sintomas da ansiedade excessiva é a preocupação constante, a inquietação e o medo desproporcional, o que acaba prejudicando a concentração e o sono, bem como a capacidade do indivíduo de responder positivamente as situações do presente. Fisicamente, ela desencadeia sintomas como palpitações, sudorese, tremores e problemas gastrointestinais.

O tratamento de ansiedade

“A ansiedade é um problema muito particular, muitas vezes, relacionada a eventos e ambientes específicos que se tornam gatilhos para as crises, por isso, é preciso adequar o seu tratamento de forma personalizada para evitar a extensão desnecessária do tratamento, tornando-o mais humano e eficaz”, afirma.

De acordo com o Dr. Flávio existem tratamentos muito eficientes, já disponíveis para todos, porém, poucas informações sobre eles estão circulando nos veículos de mídia.

Se você sofre com ansiedade excessiva procure profissionais da saúde mental que estão aptos para aplicar essas terapias:

1) Terapia cognitivo-comportamental;

2) A psicoconstrução;

3) A estimulação magnética transcraniana;

4) E também a realidade virtual;

Essa última ferramenta vem sendo amplamente estuda pelo Dr. Flávio que desenvolveu um método onde aplica em seus pacientes a realidade virtual e, segundo ele, vem tendo ótimos resultados.

Prevenção de ansiedade

De acordo com o estudo publicado, existem alguns cuidados simples que podem ajudar a prevenir ou moderar crises de ansiedade que podem trazer ápices dos sintomas no dia a dia.

“Uma crise de ansiedade é um episódio intenso e abrupto de sintomas como palpitações, sudorese, falta de ar, tremores e medo irracional, a partir de um estado calmo ou desencadeada por situações estressantes, e pode ser debilitante, afetando gravemente a saúde da pessoa”, explicou.

Diversos famosos já relataram sofrer com crises de ansiedade, como Wesley Safadão, Preta Gil, Giovanna Ewbank, Mel Maia e a cantora Lexa, muitos deles, tiveram que paralisar suas carreiras profissionais por conta dela, e essa previsão de paralisação, devido a quantidade de pessoas que sofrem com ansiedade no Brasil, é quase que inevitável, o que afetará negativamente a economia do país.

Sono de qualidade

Uma pessoa com ansiedade excessiva, geralmente, sofre com a privação do sono, essa é uma consequência negativa que afeta diretamente a produtividade do indivíduo. “O sono de qualidade é essencial para regular os níveis de ansiedade. A privação de sono afeta negativamente a função cognitiva e emocional, tornando mais difícil lidar com o estresse”, explica o Dr. Flávio.

Meditação

Comprovadamente, a prática da meditação vem sendo amplamente dissiminada para aqueles que sofrem de ansiedade, porém, uma pessoa ansiosa terá mais dificuldade de meditar do que as outras e precisará insistir com disciplina para colher seus resultados.

“Práticas de atenção plena e meditação, comprovadamente, ajudam a focar no presente, diminuindo preocupações sobre o futuro e reduzem sintomas de ansiedade”, afirma Dr. Flávio H. Nascimento.

Lazer

Outra forma de prevenção é fazer mais atividades que te tragam prazer. “Momentos de lazer são importantes para melhorar sintomas de ansiedade. Direcionar seus pensamentos em determinados momentos para outras atividades que promovam mais relaxamento ajudam no controle da doença”, explicou.

Acompanhamento profissional

Muitas pessoas ainda alimentam o preconceito de que terapia é para gente maluca que não tem discernimento de certo e errado, com isso, perdem a oportunidade de se conhecerem e entenderem o que de fato está causando essa ansiedade.

De acordo com o Dr. Flávio, em muitos casos, o acompanhamento profissional é a única maneira de evitar as crises. “A realização de terapia ou, em alguns casos, administração de medicamentos são importantes para a recuperação plena, controle de sintomas e melhora da qualidade de vida, por isso, é fundamental que pacientes com crises de ansiedade procurem ajuda profissional

Dr. Flávio Henrique.

SE TORNE CADA DIA MAIS RESILIENTE E DESENVOLVA A CAPACIDADE DE SOBREPOR-SE POSITIVAMENTE FRENTE AS ADVERSIDADES DA VIDA.

 

 


quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Setembro Amarelo


 Eu sei, tem um pouco de tabu. A grande mídia procura não divulgar causas de morte quando ocorre um suicídio, principalmente de pessoas “famosas”, ou que são mais conhecidas.

E ainda neste mês, no mês de alerta, chamado de setembro amarelo lamentavelmente tivemos mais um caso onde uma jogadora se atirou do décimo sétimo andar do seu apartamento.

Infelizmente alguém que toma uma atitude extrema desta, com toda certeza está sofrendo muito, e acredita que colocar um ponto final na vida estará se libertando, estará acabando com o sofrimento. Em outros casos podemos ter também alguém que esteja fora do seu juízo perfeito e não tem nem ideia do que está fazendo, isto pode ocorrer devido a um problema mental ou influenciado por algum tipo de psicotrópico.

Não temos elencados todas as causas que pode levar alguém a tomar uma atitude extrema desta, mas, o stress, a depressão e a própria pressão da vida podem ser uma causa e acontece nos mais diferentes níveis de idade, classes sociais, regiões. E apenas no caso as estatísticas diferem um pouco mais entre homens e mulheres, que no caso dos homens chega a ser até três vezes mais do que as mulheres.

Muitas (ou quase todas) religiões “condenam” o suicídio, trata como sendo um pecado capital, que a fuga da vida através das próprias mãos é uma transgressão a ordem natural, inclusive porque a vida, apesar no livre arbítrio, é uma dadiva de Deus, assim, apenas Ele poderá dizer qual é a hora.

Indiferente de credo, acredito que todos querem ajudar nesta prevenção. Todas as igrejas sérias têm pessoas responsáveis e capaz de ajudar, temos o CVV (Centro de Valorização da Vida) que funciona 24 horas por dia de domingo a domingo atendendo pelo telefone 188 com pessoas preparadas para ajudar.

Dentro das famílias, das redes de contatos físicas e digitais, provavelmente a pessoa que tem algum desejo neste sentido irá emitir um sinal, um pedido de socorro, mesmo que seja velado, uma brincadeira, algo que poderá trazer luz no que está ocorrendo, e quem consegue entender estes pequenos detalhes poderá talvez com apenas algumas palavras desfazer este pensamento.

Joselito Bortoloto.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Império Romano: 5 invenções que revolucionaram o mundo


 Uma brincadeira que tomou as redes sociais recentemente fez com que o mundo refletisse sobre o impacto deste período nos dias atuais

Nos últimos dias, uma pergunta inusitada se espalhou pelas redes sociais ao redor do mundo. Com que frequência os homens pensam no Império Romano? Aparentemente, muita. 

O que começou como uma brincadeira, fez com que as buscas pelo período histórico em ferramentas de busca aumentassem exponencialmente. Nos Estados Unidos, as pesquisas sobre o tema no Google atingiram seu maior número em dez anos, com um crescimento de 600% de uma semana para outra. 

Mas, afinal, o que há para pensar sobre o Império Romano de forma tão frequente nos dias atuais? 

Fundado em, aproximadamente, 27 a.C., o Império Romano existiu por cerca de 500 anos e teve seu fim em 476 d.C, com a queda do Império do Ocidente. Durante esse período, ele dominou grande parte da Europa Ocidental, assim como pedaços do norte da África e do Oriente Médio.

O Império Romano, caracterizado por sua organização política, militar e administrativa altamente sofisticada, estabeleceu uma série de instituições e leis que influenciaram profundamente a cultura e a política subsequentes em todo o mundo ocidental. Seu impacto perdura até os dias de hoje em áreas como governo, direito, língua e cultura.

 

Confira a seguir algumas das invenções do Império Romano que continuam presentes na vida das pessoas atualmente: 

1- Concreto

Os antigos romanos desenvolveram, por volta do século III a.C, uma forma primitiva de concreto, conhecida como “opus caementicium”, que era composta por uma mistura de cinzas vulcânicas, cal, pedras e água. Esse material foi utilizado para construir uma variedade de estruturas, inclusive aquelas que se tornaram pontos turísticos nos dias presentes como o Panteão, o Coliseu e o Fórum Romano. 

Desde então, o concreto se tornou um dos materiais mais amplamente usados na construção civil devido à sua versatilidade, durabilidade e resistência. Desde então, ele tem sido usado em uma variedade de aplicações, desde edifícios e pontes até barragens e estradas, desempenhando um papel fundamental na infraestrutura moderna.

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2- Estradas

No seu auge, o Império Romano cobria uma vasta área. Presidir e administrar um território tão grande exigia um sistema rodoviário sofisticado. As estradas romanas, muitas das quais  ainda são usadas, foram construídas com terra, cascalho e tijolos feitos de granito ou lava vulcânica endurecida e acabaram se tornando o sistema de estradas mais sofisticado que o mundo antigo já viu.

Os engenheiros aderiram a regras arquitetônicas rígidas, criando estradas famosas por seu formato reto e com laterais e margens inclinadas para permitir o escoamento da água da chuva. Por volta de 200, mais de 80.000 quilômetros de estradas haviam sido construídos, o que permitiu que a legião romana viajasse até 40 quilômetros por dia. 

Placas de sinalização informavam aos viajantes o quão longe eles teriam que percorrer, e equipes especiais de soldados atuavam como patrulha rodoviária. Juntamente com uma complexa rede de correios, as estradas permitiam uma transmissão mais rápida de informações.

Hoje, a construção e manutenção de estradas é uma parte vital da infraestrutura em todo o mundo. Elas desempenham um papel fundamental na mobilidade, no comércio e na conectividade global e sua qualidade e eficiência continuam a ser melhoradas pela tecnologia moderna.

3- Aquedutos e sistema de saneamento

Embora os antigos romanos não tenham sido os primeiros a implementar um método de saneamento, o seu sistema era muito mais eficiente e se baseava nas necessidades do público. Eles construíram não apenas um sistema de drenagem, como também banheiros, linhas de esgoto interligadas, latrinas e um sistema de encanamento eficaz.

A água do riacho passava pelas tubulações de água e descarregava regularmente o sistema de drenagem, o que o mantinha limpo. Ainda que as águas residuais fossem despejadas no rio mais próximo, o sistema era eficaz como meio de manter um nível de higiene.

Estas inovações sanitárias foram, em grande parte, possíveis graças ao aqueduto romano, que foi desenvolvido por volta de 312 a.C. Ao utilizar a gravidade para transportar água ao longo de condutas de pedra, chumbo e betão, grandes populações foram libertadas da dependência de abastecimento de água próximo.

Centenas de aquedutos cobriram o império, alguns deles transportando água até 60 milhas, e alguns até sendo usados ​​hoje. A Fonte de Trevi, em Roma, por exemplo, é abastecida por uma versão restaurada do Aqua Virgo, um dos 11 aquedutos da Roma antiga.

Atualmente, os aquedutos continuam sendo parte importante dos sistemas de abastecimento de água modernos, que utilizam uma variedade de métodos e tecnologias para garantir que água limpa e segura esteja disponível para as populações urbanas e rurais. 

Já o saneamento básico, ainda que enfrente desafios em muitas partes do mundo, tem um impacto significativo na melhoria da saúde pública e na qualidade de vida de comunidades espalhadas por todo o planeta.

4- Serviço postal

Estabelecido por volta de 20 a.C pelo imperador Augusto, o sistema postal criado pelo Império Romano era conhecido como ‘cursus publicus’ e se tratava de um serviço de correio obrigatório e supervisionado pelo Estado. Nele, eram transportadas mensagens, receitas fiscais entre a Itália e as províncias, e até funcionários quando estes precisavam de viajar por grandes distâncias.

Para este fim, era utilizada uma carroça conhecida como ‘rhedæ’. Em um dia, um mensageiro montado podia viajar 80 quilómetros e, com a sua vasta rede de estradas bem concebidas, o sistema postal da Roma antiga foi um sucesso e funcionou até ao século VI.

Séculos depois, os serviços postais em todo o mundo oferecem uma ampla gama de serviços, desde a entrega de correspondências e pacotes até serviços bancários e logísticos. As agências de correio modernas são essenciais para a comunicação global e o comércio internacional.

5- Subsídio governamental

Os programas governamentais de bem-estar social, mesmo que possam ser considerados um conceito moderno, já existiam na Roma Antiga, em 122 a.C. Na época, foi implementada uma lei conhecida como “lex frumentaria”, que ordenava ao governo de Roma que fornecesse aos seus cidadãos quantidades de cereais baratos.

Em seguida, surgiu um programa chamado ‘alimenta’, que ajudou a alimentar, vestir e educar crianças pobres e órfãs. Outros itens como azeite, vinho, pão e carne de porco foram posteriormente adicionados a uma lista de bens com preço controlado, que provavelmente foram recolhidos com fichas conhecidas como ‘tesserae’. 

Essas ações eram populares entre o público da época, mas, de acordo com alguns historiadores, contribuíram para o declínio económico de Roma.

Até os dias atuais, muitos países utilizam os subsídios governamentais em diversas áreas, como agricultura, energia, educação, saúde, transporte e indústria. Eles podem ser usados para atingir diversos objetivos, incluindo o apoio a setores estratégicos, a redução da desigualdade, o estímulo ao crescimento econômico e a promoção de políticas públicas específicas. A natureza e o escopo dos subsídios variam amplamente de acordo com as políticas e as necessidades de cada nação.

E você, com que frequência pensa no Império Romano?

Anna Dulce.