Incorruptos

Quando se fala de corrupto é quase automático você vincular algum tipo de político. Claro, a corrupção ocorre em qualquer lugar do mundo, dentro e fora da política, é um grande mal, a pessoa corrupta significa que a mesma foi de certa forma comprada, subornada quase sempre em troca de algo palpável, dinheiro ou algum tipo de bem.

Quando se fala em incorrupto, o que vem logo a mente seria o contrário do corrupto, ou seja, alguém virtuoso. Entretanto esta denominação é usual e mais vista dentro principalmente da Igreja Católica para se referir aos santos que tem o seu corpo preservado durante séculos desafiando as leis da natureza, pois normalmente os corpos sofrem uma degradação após a morte e caso o mesmo não seja devidamente preparado com algum tipo de “mumificação” muito utilizado pelos egípcios a tendência que com o decorrer do tempo o corpo simplesmente se decomponha por completo.

Os Santos Incorruptos, na verdade não são aqueles que não foram subornados para receber alguma vantagem divina, na verdade seus corpos de alguma forma desafiaram as leis naturais e não se degeneraram com o tempo, mesmo que alguns não estejam 100% preservados ainda se consegue de forma natural distinguir por muitas vezes sua face, e em alguns casos a preservação é tão natural que se acredita muitas vezes que o “morto” esteja apenas dormindo.

Dentro da igreja católica existem vários casos de santos incorruptos, apesar que a igreja durante muito tempo para “santificar” alguém fazia a exumação do cadáver para verificar se o corpo estava incorrupto, ou se pelos menos algumas partes estavam preservadas, e neste caso havia uma grande probabilidade de “santificar” a pessoa. Nos dias de hoje esta questão já não é mais necessária, apesar que continue a haver o mistério nisto tudo.

O Vaticano autorizou e retiraram o corpo de Santa Tereza de Ávila que morreu em 04 de outubro de 1582, quase 500 anos, em no último dia 28 quando reabriram seu tumulo o mesmo continuava conservado, ou seja, incorrupto.

Apesar que estes casos continuam a fascinar durante séculos, e apesar de muita gente não acreditar e entender que se trata de uma “corrupção” interna da igreja, o mistério ainda persiste. Mas, afinal, quem somos nós que vivemos num mundo onde as incertezas sempre foram, são e serão maiores do que qualquer certeza.

Joselito Bortoloto.