Autoridades
apuram se empresa explora dados de anunciantes para obter vantagens ilegais.
A União Europeia e o Reino Unido abriram investigações antitruste formais sobre o mercado de serviços de anúncios classificados do Facebook, aumentando o escrutínio regulatório sobre a empresa na Europa.
Tanto a Comissão Europeia – a principal autoridade antitruste da UE – e a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido informaram que estão investigando se o Facebook explora os dados que coleta de anunciantes que compram anúncios para dar vantagens ilegais aos seus próprios serviços, incluindo o marketplace da rede social.
O Reino Unido acrescentou que também está
investigando se o Facebook usa dados de anunciantes para dar vantagens
semelhantes ao seu serviço de namoro online. Os dois reguladores disseram que
coordenariam suas investigações.
"Na economia digital de hoje, os dados não devem ser usados de maneiras que distorçam a concorrência", disse Margrethe Vestager, chefe antitruste da UE.
Um porta-voz do Facebook afirmou que seus serviços de marketplace e de namoro "operam em um ambiente altamente competitivo com muitos grandes operadores". "Continuaremos a cooperar totalmente com as investigações para demonstrar que não têm mérito."
Lançado em 2016 o marketplace está
sob escrutínio da UE desde 2019, sendo que a ferramenta é usada em 70 países.
UE irá analisar possível concorrência desleal do
Facebook
A executiva da União Europeia também irá investigar se o Facebook conecta seu marketplace à rede social, o que pode ameaçar a concorrência, já que o vínculo dá à big tech uma vantagem enorme em relação aos demais aos concorrentes de serviços de classificados online.
No Reino Unido as investigações devem mirar a
coleta de dados dos anunciantes, o uso do login único de
acesso a outros sites. Além disso, o marketplace também deve
passar pelo pente-fino britânico, que também estudará possíveis benefícios da
companhia na plataforma de relacionamentos.
"Pretendemos investigar exaustivamente o uso
de dados do Facebook para avaliar se suas práticas de negócios estão dando a ele
uma vantagem injusta nos setores de namoro on-line e de classificados",
informou o presidente-executivo da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA),
Andrea Coscelli, em um comunicado.
(As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
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