Uma pesquisa
recente mostrou a frustração de muitos casais sem filhos ou que não conseguiram
ter uma família tão numerosa como gostariam
Para um número
cada vez maior de casais, a pior fonte de angústia é de ter menos filhos do que
gostariam, ou de não ter filhos.
O
planejamento familiar tem sido um grande sucesso. A taxa de fecundidade mundial
diminuiu de 5,1 crianças por cada mulher em 1964 para a taxa atual de
2,5. Só na África subsaariana ainda existem famílias numerosas, mas ainda
assim, o número de filhos está diminuindo.
É uma notícia importante. Mostra que
as mulheres têm mais controle sobre seus corpos e que os pais não precisam mais
se reproduzir, não só pelo prazer de ter filhos, como também pelo medo da morte
de alguns deles.
Mas essa vitória do planejamento
familiar esconde um problema crescente. Para um número cada vez maior de
casais, a pior fonte de angústia é de ter menos filhos do que gostariam, ou de
não ter filhos.
A pedido da revista The
Economist, a empresa de consultoria Globescan realizou uma pesquisa
em 19 países, na qual os entrevistados disseram quantos filhos gostariam de ter
e quantos imaginariam ter em termos concretos.
Nos países desenvolvidos, os
casais eram menos férteis do que gostariam e muitos casais em países em
desenvolvimento também se ressentiam de não serem tão férteis como desejariam.
A infertilidade é uma das causas do
problema, não só nos países desenvolvidos, onde os casais adiam os planos de
terem filhos até um momento em que é tarde demais, mas também em países pobres,
com condições piores de saúde pública.
Além disso, deBrooklyn a Pequim, o
custo de moradia e educação é tão alto, que muitos casais jovens não têm o
número de filhos que gostariam por razões econômicas.
Em alguns casos, o sofrimento de não
ter filhos ou de ter menos do que o desejado causa depressão e, em países em
desenvolvimento, pode ser uma fonte de catástrofe social.
Os casais se
empobrecem com as tentativas de tratamentos de fertilização ineficazes; os
maridos se divorciam de mulheres estéreis e, muitas vezes, elas são
estigmatizadas pela sociedade ou sofrem punições severas.
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