Ayham Hussein foi julgado
pelos tribunais que aplicam a sharia em Mosul
O Estado Islâmico –
que domina territórios na Síria e no Iraque – confirmou na quarta-feira
que assassinou no Iraque um adolescente de 15 anos por escutar música pop.
Conforme as agências
internacionais, Ayham Hussein foi decapitado pelos membros do Estado Islâmico,
que consideram o fato grave, punível com pena de morte.
O jovem foi
encontrado com um aparelho que reproduz o formato Mp3. Nele constavam
hits atuais que tocam nas rádios do ocidente e também música oriental.
Preso em Mosul,
ele foi levado rapidamente para um dos vários tribunais islâmicos. Após
ouvir a sentença de condenação à execução pública, Hussein foi levado
à praça da cidade comandada pelos integrantes do EI onde teve o pescoço cortado
LEI
Desde 2014, o EI
vetou a audição de música nos carros.
É também vetada a
audição em lojas, escolas e espaços públicos. É considerado falta grave,
e do mesmo nível cometido pelo jovem, ser flagrado em uma festa animada por
músicas – mesmo as músicas de origem islâmica e religiosa.
Pela interpretação
do Islã realizada pelos chefes do Estado Islâmico, considerado grupo
terrorista pelo ocidente, a música de qualquer espécie ocupa a mente das
pessoas, quando elas deveriam pensar nas passagens do Corão.
Eles também
descrevem a música como instrumento de corrupção e licenciosidade.
A sharia, a lei
muçulmana, rege tudo na vida dos moradores. Mulher usar calça, por exemplo,
rende 40 chibatadas.
Nem todos países
interpretam ao pé da letra a sharia, baseada na conduta e vida de Maomé, que
teria inspirado os muçulmanos a buscarem a “felicidade”.
Mas uma das
características do grupo terrorista Estado Islâmico é exatamente dar a entender
que ele segue à risca o que manda o conjunto de leis culturais e religiosas.
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