Apesar da manifestação a
passagem do coletivo urbano sofre um novo reajuste
Em meio aos desmandos dos holofotes
de 2014, em época que não era pelos 20 centavos, a população brasileira saiu às
ruas, para protestar. “Sem lenço e sem documento” como diz a canção, Alegria,
Alegria de Caetano Veloso. O cidadão saiu às ruas em um protesto indefinido.
Recordo-me de um amigo que aproveitou a ocasião, não sei se em tom de
brincadeira, mas, queria vender seu Chevette 79, conforme o cartaz que
carregava nas mãos.
À época achei interessante, e
participei do movimento, pois desde cedo me aventurei em associações, grémio
estudantil e coisas do tipo. Participei da caminhada aqui em Goiânia,
precisamente na Praça Cívica, que por sinal estava cercada de policiais
militares para manter a ordem e o patrimônio.
Os manifestantes foram recebidos com
flores entregues pelos policiais. Não houve tumulto, a não ser um ou outro foco
de correria, a maioria sem saber o real motivo daquele estrondoso corre corre.
As horas passaram e os manifestantes ao hino nacional, que era praticamente o
grito de guerra que se ouvia ecoar naquele mar de pessoas, além dos diversos
cartazes que podia se ver.
Alguns tentaram sem sucesso
politizar o movimento no início, mas percebia-se com nítida clareza que a
grande multidão não estava preocupada com a política ou coisa parecida. Queriam
fazer parte do movimento, apenas carregavam seus cartazes com diversos dizeres.
Hoje a passagem do coletivo urbano
sofre um novo reajuste, depois de alguns já ocorridos anteriormente, após
àquela manifestação. Diferentemente daquela época o cidadão reclama, reclama,
mas não se escuta sua voz, o poder econômico sempre vence o pobre,
principalmente o assalariado.
A população, já cansada de tanto
sofrer, ainda, tem a plena certeza que o aumento não trará nenhum benefício a
ele. As próprias empresas fazem questão de noticiar isso. Quem é transportado
de sua casa ou bairro até o trabalho, de forma permita-me dizer, “desumana”,
sem o menor nível de segurança e conforto não vê outra alternativa a não ser
enfrentar essa agonia diária.
O transporte está cada vez mais
caro, e cada vez mais entregue aos empecilhos do trânsito de nossa cidade, pois
aqueles que conseguem encontrar alternativas para se deslocar de casa para o
trabalho ou lazer, o fazem o quanto antes ou assim que surge a oportunidade.
Dessa forma, o trânsito fica cada vez mais caótico, e o número de acidentes com
vítimas, também acontecem com mais frequência devido ao frenético número de
veículos e motocicletas que circulam em nossas ruas.
Jornais escritos, e audiovisuais
demonstram quase que diariamente, a situação do trabalhador que sofre nessa
empreitada diária. Agora a passagem que era de R$ 3,30 (três reais e trinta
centavos) passa a custar R$ 3,70 (três reais e setenta centavos), uma diferença
de R$ 0,40 centavos, e pasmem o dobro dos vinte centavos que praticamente levou
muitos as ruas naquela época.
Ao cidadão resta pagar o novo valor
da passagem, pois banalizaram tanto um movimento que era legítimo e ordeiro em
busca dos seus direitos e que aos poucos foi sendo politizado em uma busca
frenética de alterar o resultado de uma eleição.
Agora fica a pergunta: conseguiremos
nos organizar novamente de forma a exigir nossos direitos sem interferência de
A ou B?
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