segunda-feira, 26 de março de 2012

Absolescência programada, sabe o que é isso?



Você já ouviu falar neste termo? Ainda não? Mas acredito que já tenha sofrido na pele seus nefastos efeitos, ou seja, os produtos que compramos, muitas vezes com grandes doses de economias e sacrifícios estão sendo feitos com data marcada para pifar, próprio para que novamente voltemos a consumir, consumir.

É o que se chama de obsolescência programada. Faz parte da lógica do sistema fabricar produtos frágeis e rapidamente deterioráveis, sejam lâmpadas, sejam automóveis ou eletrodomésticos que logo serão substituídos por outros, geralmente mais sofisticados. O desperdício e as necessidades artificiais dão corpo prático a essa lógica absurda para que se mantenha a economia girando, girando a favor de alguns e contra outros. E lógico, produzindo lixo, muito lixo!

Uma amiga foi vítima recentemente em uma compra de um carro novo. Lá estava ela com o carro novo que se supõe sem problemas a viajar pelas estradas do Brasil, tudo ia bem, mas nem tanto, pois o carro começou a apresentar problemas na roda direita, um barulho bastante estranho para o novato carro. Ao buscar solução, eis que o fabricante do mesmo não apresenta soluções a curto prazo e soube que o mesmo saiu de fábrica com tal problema, lavando as mãos de suas responsabilidades e obrigações. Quem comprou o modelo é que está com o problemas e não quem o vendeu ou mesmo quem o fabricou.

A tal obsolescência programada está cada vez mais programada, acreditem!

É tão vergonhosamente programada que as impressoras de computadores estão sendo vendidas com chips para funcionar apenas por determinado período, o que dá uma senhora raiva porque estamos sendo enganados, sem ao menos termos consciência. Porém, mesmo que a tivéssemos, não teríamos muitas alternativas e nem saídas. Somos os consumidores tão somente na hora da compra, depois você passa a ser o problema.

Assisti a uma sessão na TV Senado, que poucos assistem, onde o palestrante falava do nosso consumo e a necessidade de que temos de mudar para que tenhamos mais tempo de vida sobre a Terra. Ele falava de como as coisas se deterioram rapidamente e de forma assombrosa, nisto mostra uma foto de um suéter que ganhou de sua mãe ao iniciar a faculdade e que naquela ocasião o estava usando, passados 42 anos.
Havia um tempo em que as coisas eram feitas para durar.

Certamente, era de bom material este suéter, hoje dificilmente conseguiríamos expor tal bravata, pois nossas coisas não duram, talvez seja esta a razão que nós seres humanos também estejamos sendo descartados em nossas relações afetivas e amorosas com facilidade.

Posso trocar, provar, mexer, mudar os produtos que o dinheiro me possibilita, porque não posso fazer exatamente o mesmo com as pessoas que me cercam. Arriscaria dizer que entendemos perfeitamente este conceito de que tudo é terrivelmente precário, vazio e apenas para um período o mais curto possível, não para 40 anos para que voltemos a nos alimentar de novos e diversos produtos ou subprodutos.

Frequentemente estamos consumindo pessoas e objetos. Viva o capitalismo selvagem, como canta a música dos Titãs, programando nossa obsolescência também como espécie humana.

por: Maria Emília Bottini.

Comente, paticipe....

2 comentários:

  1. O título está com um erro de digitação: obsolescência e não Absolescência. Embora no texto esteja escrito de forma correta.
    Abraços.

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  2. Muito interessante.

    Uma boa semana, gostaria de informar que meu blog Sei que Deus existe foi excluído sem eu saber porque, estou fazendo um blog novo e gostaria de convida-la para conhecer, já te sigo com meu perfil, não alterou nada nesta parte, obrigada.

    http://www.blogueirosquepensam.blogspot.com/

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