sexta-feira, 26 de maio de 2023

Baobá, um Mistério da Arqueologia e História

O Baobá é a árvore com o tronco mais grosso do mundo! Seu caule oco chega a medir mais de 20 metros de diâmetro e pode armazenar até 120 mil litros de água. Seu tamanho é tão impressionante que alguns baobás são usados como casas, depósitos de grãos ou abrigos de animais, mas infelizmente a espécie está ameaçada de extinção.

Esta árvore se divide em oito diferentes espécies, seis delas nativas de Madagascar, na África, uma proveniente do Oriente Médio e outra que surgiu na Austrália. Todas as espécies, no entanto, existem em outros países, incluindo o Brasil.

Recife é uma das cidades brasileiras que possuem mais exemplares desta árvore. Elas aparecem nas ruas e quintais e são cultivadas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde são objeto de estudo.

Os baobás também são considerados por alguns biólogos como as árvores mais antigas da Terra. Estima-se que elas possam atingir até dois mil anos de existência, calculados pelo seu diâmetro. Seu nome científico é Adansônia Digitata, mas elas são conhecidas também como embondeiros, imbondeiros ou calabaceiras.

A árvore é realmente poderosa: abriga centenas de animais, aves e insetos em seus imensos troncos. Suas flores chegam a medir 20 cm e florescem uma única noite, mas possuem néctar e frutos que servem de alimentação para as tribos e animais nas épocas de escassez, além de haver indícios de seu uso para a cura da malária.

Da seiva desta árvore retira-se um óleo especial; de seu tronco, os nativos de Madagascar constroem as pirogas (espécie de canoa comprida); e sua cortiça possui composto medicinal para combater a epilepsia. Não à toa, na África, os baobás representam a vida: são símbolos de fertilidade, fartura e cura.

Lendas do baobá

Há diversas lendas africanas sobre a origem dos baobás, mas duas são mais conhecidas. Dizem que, no momento da criação, Deus presenteou todos os animais com a semente de uma árvore. O babuíno, um macaco conhecido por sua preguiça, recebeu as sementes de baobá e, ao invés de plantá-las, simplesmente as jogou na terra. As sementes teriam brotado de ponta-cabeça, deixando as raízes da árvore à mostra e sua copa enterrada. Algumas tribos africanas atribuem a aparência da árvore a esta incrível lenda.

A segunda lenda diz que a árvore reinava sobre toda a África, mas o baobá era tão soberbo que os deuses se enfureceram e as colocaram de cabeça para baixo como castigo. A lenda diz, ainda, que aqueles que comerem seus frutos serão amaldiçoados com a morte pela boca de um leão.

Mistérios da Arqueologia e História.


segunda-feira, 1 de maio de 2023

Um novo caminho para a humanidade

A vida foi seguindo: família, escola, namoro, casamento, filhos. O tempo passando: pizza, vinho, futebol, trabalho. De repente, algo estranho fez tudo mudar, como a perda de rumo, perda de interesse e motivação, desânimo, a sensação de vazio se estendendo pelo mundo, a ansiedade aumentando. Qual rumo seguir? 

De onde vem a vida? A natureza é fabulosa, pois nela há vida e movimento, seja no solo, no ar, na água. Com tantos problemas na Terra, o que vão fazer em Marte? Quanto tempo demora para se chegar lá? Os seres humanos buscam o que está distante, meio fora do alcance, mas descuidaram da Terra, explorando-a e destruindo. É espantoso quanto gastam estupidamente para satisfazer as próprias cobiças por riqueza e poder. Tragicamente quase nada foi feito para deter o retrocesso mental e espiritual da espécie humana nos últimos 50 anos.

Os efeitos da cultura da jovialidade tudo faz para ocultar a naturalidade do ciclo da vida. Em tempos passados, os idosos eram considerados sábios. Agora esse contingente tem a saúde agravada por sintomas de doenças decorrentes da falta de cuidados com o corpo e hábitos errados e exagerados, além da alimentação inadequada na qualidade e preparo. Alegria e gratidão deveriam ser as motivações essenciais, mas na falta disso surgem conflitos na mente por questões mal resolvidas. É o momento para refletir sobre o significado da vida e buscar a ascensão espiritual.

Nesta fase tão mecânica temos de oferecer aos jovens uma base que os habilite a desenvolver um projeto de vida e de crescimento pessoal de forma consciente. De maneira geral, as novas gerações não têm recebido bom preparo para seguir pela estrada da vida construindo e beneficiando. Ou são lançadas no conformismo e estagnação, ou torpedeadas com ideologias marcadas pelo ódio. 

Em ambas as alternativas, falta uma visão elevada tendente a conduzir a humanidade para o aprimoramento pessoal e melhor futuro, sendo impulsionadas para a perda da própria essência, em vez do fortalecimento de cada indivíduo para que se movimente em busca de seus sonhos de evoluir, construir e beneficiar em paz e liberdade. É indispensável alfabetizar adequadamente e promover a leitura para formar seres humanos com raciocínio lúcido, fortes, aptos e dispostos a construir um Brasil melhor.

A crescente miséria pelas cidades indica que há algo errado na trajetória do ser humano. O que será? O carma? A desigualdade na apropriação dos recursos naturais? O querer egoístico? Ou será o resultado do retrocesso espiritual que se intensificou a partir das décadas finais do século 20? É tudo isso, uma coisa em decorrência da outra, a grande semeadura esquecida que está apresentando os frutos todos de uma vez. A grande catástrofe para a humanidade será se as novas gerações continuarem perdendo a sua essência humana.

Os jovens trazem renovação, mas precisam da base sólida adquirida no lar com carinho e severidade, para que se tornem aptos e dispostos a darem a sua contribuição para o bem geral. Sem isso, perdem o rumo, desperdiçam o tempo concedido para o autoaprimoramento. Estamos numa fase em que as dificuldades estão aumentando. No atual deserto de inspirações e ideais nobres, buscar o enobrecimento do viver é algo essencial. O tempo se torna curto, faz-se o que é possível, mas o movimento certo é indispensável. Os interesses menores cerceiam as boas iniciativas.

Cada indivíduo, cada povo, a humanidade inteira, sempre colhem o que semeiam. A fase é a da colheita geral, tudo de uma vez, sem trégua, num período relativamente curto, onde terão melhor colheita aqueles que buscarem reconhecer e viver de acordo com as leis do Criador. No Brasil e no mundo atravessamos a crise gerada pelo ser humano que abandonou a intuição, a voz do espírito.

Recursos naturais limitados, ameaça de falta de alimentos, murmúrios de guerra grande. O que deveria surgir para impedir o esvaziamento da essência humana? Que caminho a humanidade deveria seguir? Romper a estagnação em que caiu buscando a evolução espiritual, integrando a ciência com a natureza e suas leis, para dela colher o que de melhor nos oferece, sem agredi-la destrutivamente.   

Benedicto Camargo Dutra