sábado, 26 de junho de 2021

Sim ou não? Escolher faz parte da vida

A cada sim, abre-se uma gaveta, uma possibilidade, uma oportunidade. A cada não, acontece o mesmo.


Sim e não: duas pequenas palavras que podem causar bastante desconforto, ansiedade e insegurança. Quem está na posição de responder sim ou não para algo importante, muitas vezes, se questiona sobre as possíveis consequências positivas ou negativas do seu ato.


Independente do grau de desconforto que essas duas palavrinhas possam causar, temos questões diárias que necessitam de respostas: ir ou não a uma festa, aceitar ou não um emprego, acabar ou não um casamento, começar ou não um projeto novo? A cada sim, abre-se uma gaveta, uma possibilidade, uma oportunidade. A cada não, acontece o mesmo.

Quando se diz não para algo, se diz sim para outro algo. Se eu decido não ir à festa, vou a algum outro lugar. Se eu não aceito um emprego, eu abro espaço para muitas outras possibilidades. Se eu decido não acabar o meu casamento, eu digo sim para o meu companheiro. Se eu não começo um projeto novo, eu posso me dedicar mais aos projetos antigos.

No fundo, sim e não são apenas palavras. O que gera toda essa inquietação são as consequências que as escolhas vão trazer. Muitas vezes, as dúvidas são apenas a "maquiagem" usada para justificar as emoções, os receios, as inseguranças. Isso acontece, principalmente, quando as dificuldades em resolver os dilemas tomam como base os sentimentos de terceiros, que não se podem magoar ou decepcionar, por exemplo. Ou seja, o foco sai do protagonista e vai para os coadjuvantes.

E por falar em protagonismo, vamos introduzir uma palavrinha que ainda não foi citada neste texto e que vai fazer toda a diferença a partir de agora: coerência. Ser coerente é estar a serviço de algo que faz sentido para você e, por isso, lhe dá coragem de se posicionar, de seguir firme na direção das escolhas que você fez e de estar disposto a lidar com as consequências.

 

Se essas palavras forem utilizadas de forma coerente, elas terão força suficiente para sustentar qualquer tipo de desconforto. Assim, dizer não para um convite incrível de um grande amigo, porque você está bastante envolvido no projeto dos seus sonhos, é coerente. O seu amigo vai ter que lidar com o desconforto causado pelo não que ele ouviu e você vai continuar focando no seu projeto, preservando, assim, a amizade.

 

Resumindo, fazer escolhas faz parte da vida. Elas não precisam ser boas ou ruins, certas ou erradas. Elas devem ser encaradas, apenas, como necessárias. O convite principal desse texto é à mudança do foco da sua atenção: ao invés de colecionar dilemas, invista em desenvolver um conceito de vida que lhe agrada, que lhe contempla, que faça o seu olho brilhar. Quando esse conceito estiver bem definido para você, dizer sim ou não vai ganhar outro peso. Acho até que você vai descobrir que essas duas palavras nem são tão opostas assim. E aí? Você aceita esse convite para mudar o foco da sua atenção?

Por: Anne K.

 

 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

‘Geração digital’: pela primeira vez os filhos têm QI inferior ao dos pais

 

O neurocientista Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França , afirmou em seu livro intitulado “ A fábrica de cretinos digitais “ Como os dispositivos tecnológicos afetam seriamente o desenvolvimento de crianças e jovens.

“ Simplesmente não há desculpa para o que estamos fazendo aos nossos filhos e como colocamos em risco seu futuro e desenvolvimento ”, disse o renomado especialista na área Desmurget, durante entrevista à rede BBC .



Capa do livro “Die Digitale Kretinfabrik”. (Foto: Amazon)


Seu livro é atualmente um dos mais vendidos na França . No meio da entrevista, Desmurget respondeu à pergunta se a juventude de hoje é a primeira geração da história com um QI mais baixo do que a anterior:

“Sim. O QI é medido com um teste padrão. No entanto, não é um teste “congelado”, mas é frequentemente revisado. (…) E pesquisadores em muitas partes do mundo observaram que o QI está mudando de geração em geração. A geração aumentou, conhecido como “Efeito Flynn”. “.

O neurocientista deixou claro em sua história que o coeficiente é fortemente influenciado por fatores como sistema de saúde, alimentação e escola. No entanto, se “ Em países onde os fatores socioeconômicos têm sido relativamente estáveis ​​há décadas, o efeito Flynn tem diminuído gradualmente. “

“Nesses países, os nativos digitais são os primeiros filhos a ter um QI inferior ao dos pais. Esta tendência foi documentada na Noruega, Dinamarca, Finlândia, Holanda, França, etc. ” ele adicionou.

Desmurget , que trabalhou em centros de pesquisa de prestígio como a Universidade da Califórnia ou o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), disse que vários estudos mostraram que, ao usar televisão ou videogames, o QI e o desenvolvimento cognitivo diminuem ”.

O especialista afirmou ainda que as causas desta situação são claramente identificadas: “ Diminuição da qualidade e quantidade das interações familiares, diminuição do tempo despendido em outras atividades enriquecedoras (trabalhos de casa, música, arte, leitura, etc.), interrupção do sono , superestimulação da atenção, subestimulação intelectual e um estilo de vida excessivamente sedentário “” .

Em outro ponto da entrevista, Desmurget mencionou que “ o tempo de triagem recreativa foi observado para atrasar a maturação anatômica e funcional do cérebro dentro de várias redes cognitivas relacionadas à linguagem e atenção ”.

Desmurget , por fim, afirma que as crianças de 2 anos passam em frente às telas “ quase três horas por dia ”, As crianças de oito anos “Cerca de cinco horas” e os jovens “Mais de sete horas”. É por esse motivo que as crianças são incentivadas a participar dos danos causados ​​pelas telas.

“ Elas devem ser informadas de que as telas recreativas prejudicam o cérebro, interferem no sono, interferem na aquisição da linguagem, diminuem o desempenho escolar, prejudicam a concentração, aumentam o risco de obesidade, etc. ”.

Leia a entrevista completa AQUI

 






quinta-feira, 10 de junho de 2021

Por que as pessoas veem cores diferentes na internet?

 

Você se lembra do caso do vestido que ninguém sabia se era preto e azul ou branco e dourado? Essa imagem chocou o planeta em 2015 e desde então surgiram mais alguns exemplos de peças de roupas e objetos que apresentavam colorações divergentes para cada espectador da foto, como foi o caso do tênis azul e cinza ou rosa e branco.

Essa discussão, entretanto, vai muito além do que uma briga boba de internet para definir quem está certo sobre o assunto. Afinal, por que cada usuário enxerga uma coloração diferente? Todo esse assunto envolve como os olhos e cérebros humanos evoluíram biologicamente para conseguir perceber as cores em um mundo iluminado pelo sol.

O olho humano

A luz é captada pelos olhos através do cristalino, que capta diferentes comprimentos de onda representando cores diferentes. Então, a luz atinge a retina na parte de trás do olho, onde os pigmentos geram conexões neurais com o córtex visual, a parte do cérebro que processa todos esses sinais em uma só imagem.

Quando a primeira "explosão" de luz que ilumina o mundo ao nosso redor é dada, no entanto, ela passa a refletir em todos os objetos e gera reações na nossa cabeça. Sem você notar, seu cérebro descobre qual cor está sendo refletida pelo objeto ao qual você está direcionando sua visão e, essencialmente, subtrai essa cor da coloração "real" dele.

Apesar desse sistema funcionar muito bem na maioria das vezes e fornecer uma coloração padronizada para todas as pessoas, ele não é a prova de problemas. Os seres humanos evoluíram para ver à luz do dia, mas ela também é responsável por mudar a coloração. Ou seja, dependendo da posição do Sol em relação a Terra, cada objeto apresentará uma cor diferente para o espectador.

Outro fator importante a se considerar nessa equação é a necessidade do cérebro de criar interpretações para tudo que vemos. Portanto, ao menor sinal de que o pixel de uma imagem possa ser azul ou branco, a mente humana trabalhará para gerar um bloco de informações que seja mais fácil de ser absorvido e simplificará o conteúdo do produto.

Dessa forma, uma vez que chegamos a conclusão sobre a coloração de uma imagem, dificilmente mudaremos de opinião. No caso das figuras vistas na internet, é bastante provável que a iluminação da tela ou o horário do dia em que cada pessoa deu a primeira olhada nas imagens polêmicas tenha sido fundamental para estabelecer sua opinião.

Isso quer dizer que a nossa interpretação varia conforme o contexto no qual estamos inseridos e que, no fim das contas, qualquer palpite sobre a coloração de uma imagem é um mero "chute no escuro".

Megacurioso.


sábado, 5 de junho de 2021

Facebook enfrentará investigações antitruste na União Europeia

Autoridades apuram se empresa explora dados de anunciantes para obter vantagens ilegais.


A União Europeia e o Reino Unido abriram investigações antitruste formais sobre o mercado de serviços de anúncios classificados do Facebook, aumentando o escrutínio regulatório sobre a empresa na Europa.

Tanto a Comissão Europeia – a principal autoridade antitruste da UE – e a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido informaram que estão investigando se o Facebook explora os dados que coleta de anunciantes que compram anúncios para dar vantagens ilegais aos seus próprios serviços, incluindo o marketplace da rede social.

O Reino Unido acrescentou que também está investigando se o Facebook usa dados de anunciantes para dar vantagens semelhantes ao seu serviço de namoro online. Os dois reguladores disseram que coordenariam suas investigações.

"Na economia digital de hoje, os dados não devem ser usados de maneiras que distorçam a concorrência", disse Margrethe Vestager, chefe antitruste da UE.

Um porta-voz do Facebook afirmou que seus serviços de marketplace e de namoro "operam em um ambiente altamente competitivo com muitos grandes operadores". "Continuaremos a cooperar totalmente com as investigações para demonstrar que não têm mérito."

Lançado em 2016 o marketplace está sob escrutínio da UE desde 2019, sendo que a ferramenta é usada em 70 países.

UE irá analisar possível concorrência desleal do Facebook

A executiva da União Europeia também irá investigar se o Facebook conecta seu marketplace à rede social, o que pode ameaçar a concorrência, já que o vínculo dá à big tech uma vantagem enorme em relação aos demais aos concorrentes de serviços de classificados online.

No Reino Unido as investigações devem mirar a coleta de dados dos anunciantes, o uso do login único de acesso a outros sites. Além disso, o marketplace também deve passar pelo pente-fino britânico, que também estudará possíveis benefícios da companhia na plataforma de relacionamentos.

"Pretendemos investigar exaustivamente o uso de dados do Facebook para avaliar se suas práticas de negócios estão dando a ele uma vantagem injusta nos setores de namoro on-line e de classificados", informou o presidente-executivo da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), Andrea Coscelli, em um comunicado.

(As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)