Um caso na França pode ser o primeiro
a comprovar este tipo de contágio.
Cientistas acreditam que a relação sexual é uma importante forma de
contágio do zika vírus.
Em uma carta publicada na sexta-feira, 27 de abril, na revista New
England Journal of Medicine, cientistas
levantaram a possibilidade de que o vírus da zika pode ser transmitido pelo
sexo oral, descrevendo um caso na França.
Um único incidente pode parecer trivial, mas até o início deste
ano, havia apenas um caso conhecido de transmissão sexual do vírus. Agora
cientistas acreditam que esta é uma importante forma de contágio que ampliou a
epidemia de zika nas Américas.
Casos já foram registrados em 10 países onde não
há mosquitos que transmitam o vírus, incluindo França, Itália, Portugal e Nova
Zelândia.
No caso francês, um homem de 46 anos voltou a Paris do Rio de
Janeiro no dia 10 de fevereiro, pouco tempo depois de apresentar sintomas do
zika vírus – febre, dor de cabeça e coceira no corpo.
Ele manteve relações
sexuais, incluindo sexo oral, com uma mulher de 24 anos entre 11 e 20 de
fevereiro. Ela adoeceu no dia 20, e ambos fizeram testes para detectar se
estavam contaminados com o vírus no dia 23.
O homem tinha altos níveis do vírus no sêmen e na urina, mas
nenhum no sangue ou saliva. A mulher tinha o vírus na saliva e na urina, além
de anticorpos do vírus no sangue. Um teste vaginal deu negativo para a
infecção.
“Acredito que isso não mude nada, mas mostra quão elaboradas as
formas de contágio podem ser”, disse William Schaffner, chefe de medicina
preventiva da Vanderbilt University Medical School.
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