domingo, 4 de dezembro de 2011

Não somos nada mais do que estranhos neste mundo


Você me daria um beijo nos olhos? Você conseguiria me encontrar? Mesmo não estando perdido, de quando em vez ele precisava de uma pequena ajuda. Não que fosse um caso perdido ou um perdido por natureza, mas uma mãozinha sempre caia bem quando tudo escurecia sem precedente.

Seria aquelas vozes seu grande tormento? Ou será que, pelo contrário, elas ajudavam sua existência calma e bem passada a não temer mais nada? “Eu não sou nada mais do que um estranho neste mundo” canta o vento firme e sincero. E quem não o é?

A história deles era simples e sincera. Como um beijo nos olhos. Daqueles que nos fazem renascer, em um domingo ensolarado, deitado em um gramado, com os pés descalços, calçados, enrolados, emaranhados como um só. Tudo pintura de duas mentes inventivas que encontram num simples caminhar a maior jornada de suas vidas. Ele era forte, mas não sem ela. E jamais seria, se não fosse ela. Se não fosse o que ele sentia por ela, e se não fosse o que ela sentia por ele, nenhum dos dois existiria em si.

E juntos eles traçaram as trilhas sinuosas. Correram nus na orla gelada. Fizeram amor sem medo de se conhecerem. Explodiram em luzes e fogo até se perderem para sempre no universo infinito do amor. E hoje são estrelas, supernovas em constante transformação, constelações inteiras que guiam, ajudam e se equilibram uma com a outra. Sempre existindo para todo o sempre, sem ao menos saberem o que é o medo de ser e serem. De dois se fundiram em um e hoje jamais sentiriam a solidão de caminhar pelo chão sem sentir o calor da pele um do outro.


Por: Daniel Bittencourt.

Comente este texto, participe da comunidade"Metendo o Bico" no DIHitt, faça sua postagem, vote, seja votado, divulgue, faça amigos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário