sexta-feira, 5 de maio de 2017

Como a sociedade tem induzido o aumento de suicídio entre adolescentes

Uma análise psiquiátrica

Em nosso último artigo, abordamos a série de TV “13 razões porque”, muito aclamada pela mídia, que têm induzido ao suicídio jovens com problemas psiquiátricos.
Discutíamos , então, que há um grande risco de confundir-se a tristeza de causas psicológicas, familiares, sociais, com aquela tristeza causada pela doença biológica “depressão”.
Glamourizar uma doença é algo muito perigoso, é o que vamos abordar abaixo, dando continuidade ao nosso artigo de terça.
A glamourização romântica da Dor e da Doença podem muito bem serem vistas nas paginas da Revista Juvenil/Feminina Capricho , citada acima: fazem lá uma ode ao masoquismo. O masoquismo, assim como nos “50 Tons de Cinza”, alçado à condição de “arte altamente rentável”.

Automutilar-se e matar-se já não é um problema “romântico/glamourizado/artístico”; já envolve uma doença, pois aqui uma pessoa se auto-prejudica, inclusive naquilo que uma mulher tem de mais caro, ou seja, a aparência e a própria vida. Onde há uma desadaptação biológica auto-prejudicial, há doença. E aqui, nitidamente, o há. O problema é o uso financeiro, artístico, político, ideológico, que a Sociedade Ocidental faz de tudo isso.
Tudo aqui , nesta doença, é motivo para as “treze razões” : “denunciar o machismo dos pais”, a “opressão do sistema econômico”, a “frieza dos professores”, o oportunismo sexual dos machos, a truculência do abuso “pedófilo” de “crianças” de 14 anos de idade, etc.
Tudo que pode até ser psicologicamente ou socialmente justificável é aplicado numa fôrma que não tem nada a ver com relações psicológicas ou contexto social, pois trata-se de doença.

Quando se pega uma doença e se a glamouriza, (caso “Baleia Azul”, caso “13 Razões PorQue”) o resultado é o que se está aí a ver : o que para uns é arte, para outros é caixão. A massa consumidora, como sempre ignara e superficial, não tem nem idéia da manipulação financeiramente oportunística de que está sendo vítima.
Pelo contrário, “sente-se bem” ao ver que “toda essa hipocrisia está sendo denunciada”. Ótimo mesmo que toda hipocrisia seja denunciada, mas que se o faça com os instrumentos certos e não utilizando-se de doentes para fazê-lo.

É extremamente perigoso dar-se uma “solução psicológica”, uma “solução sociológica”, para um problema cuja raiz é essencialmente biológica. Os riscos inclusive estão aí para se ver : ao se “glamourizar” a doença, e não medicalizá-la, os doentes estimulam-se mais e mais a matarem-se. Ao invés de julgar-se prosaicamente, banalmente, “reducionisticamente”, num caso desses, de que o que se precisa é de um médico, de um psiquiatra ( arghhh… ) , de um diagnóstico, é muito mais “glamouroso “ dizer-se que o problema é o “mal-estar-da-civilização-burguesa-branca-adulta-machista-apodrecida”, ou o de que “meu suicídio é um libelo para a libertação de milhares que sofrem como eu”.
 “Vejam o que fizeram comigo”, “vejam como sua frieza, libido, violência, ganância, materialismo, interesses, me destruíram” : na sociedade coitadista/feminista de hoje , me digam, isso não é uma declaração muito mais “doce”, mais moralmente corretora, mais politicamente engajada, mais suscitadora de indignação/compaixão/ativismo/amor do que uma declaração machista/psiquiátrica/fria/amoral/científica/fálica/empresarial/farmacêutica de que “simplesmente sua serotonina baixou” ?

Quando se dá munição da “romântica consciência psicológica” para destruir ainda mais a “reducionista consciência biológica” está se dando munição de um potencial suicida ( que deveria ser diagnosticado e tratado ) para suicidar-se de “modo heróico” e “justificado” : “olhem o que que fizeram comigo”, “sintam a culpa de minha destruição”. É um mecanismo muito perigoso porque na depressão , muitas vezes, há a emergência de um mecanismo masoquista de auto-destruição :
 “já que nada disso presta, nada vale a pena, não há saída, ninguém muda, ninguém me ajuda, então vou destruir todo mundo, inclusive a mim mesmo”. Dá-se mais munição psicológica para uma consciência biológica patológica que está exatamente à caça de “motivos psicológicos-sociais” para se justificar, para se explicar, para se compreender.
O leigo que enxerga isso de fora acha tudo muito “bonito”, muito “romântico”, desde que não seja com seu filho, é claro. É muito “bonito” ver a denúncia e o sacrifício que um adolescente auto-imolador faz por toda a humanidade : “ele deu sua vida para denunciar um abuso”, “fez isso para nos salvar”, “o sacrifício dele não foi em vão”, “foi um tapa na nossa cara, temos de mudar”, “o que estamos fazendo com nossos jovens ?”, “ela morreu mas foi por uma boa causa”, “coisa boa para os pais, tomara que agora se emendem”, “ coisa boa para o namorado mulherengo dela, agora carregará eternamente o peso de te-la traído”.
Como se vê, tudo se joga no fácil jogo da “compreensibilidade psicológica total”, sem a mínima desconfiança de que possa haver “um estranho no ninho”, algo aí que nem toda psicologia, nem toda sociologia do mundo possam vir a explicar. Todas essas mensagens glamourosas de “heroísmo”, “sofrimento”, “altruísmo”, “denúncia corajosa”, “perspicácia psicológica”, entram na mente do futuro suicida turbinando-a ao acme. Justifica-se mais e mais. Tudo muito bem apoiado por uma
sociedade que precisa, a todo momento , sempre, projetar, coitadisticamente, ( de “coitadismo” ) , as próprias culpas nas costas dos outros. Isenção completa de auto-culpa, isenção completa de possíveis auto-falhas. Muito mais “humanístico”, melhor, projetar sobre treze externos as mazelas psico-sociais de toda uma Sociedade do que culpar friamente/reducionisticamente a um só – ele mesmo – por ter uma “doença com baixa de dopamina”.
Não podemos mais sofrer, não podemos mais errar, sermos fracos, doentes, vis, o importante é projetar tudo nas costas dos outros : “vejam o que vocês treze fizeram para acabar comigo”. “Treze razões porque” , em suma, é muito mais chique do “Uma razão para”. O subjetivismo diáfano é muito mais romântico do que o objetivismo médico. Afinal, a “Ciência é o maior dos Instrumentos Fálicos”…
Solução ? – podem me perguntar. Instituir-se censura fálica-psiquiátrica-machista-ditatorial-etc-etc sobre o suicídio, sobre a automutilação ? Não , muito pelo contrário : que se escancare tudo !! Que se automutilem, que se esquartejem, que se matem…
Como seu “livre-arbítrio” e sua “liberdade humanística” assim os permitirem. Mas que se escancare inclusive o que a “tal sociedade politicamente correta”, oportunisticamente, hipocritamente, tendenciosamente, evita de falar : que existe doença que a psicologia ou a sociologia não explicam; que nem tudo é “causa psicológica, causa social, “discutir a relação”; que o mundo pode ser prosaicamente cinzento, pode ser tristemente fruto de matéria adoecida e não só de romantismos cor-de-rosa.
Não que eu seja um empedernido materialista; pelo contrário,  sou um espiritualista cristão. Só defendo a honestidade : a verdade colocada no lugar certo.
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quinta-feira, 4 de maio de 2017

O Acaso e a Inteligência Suprema


Pelo que se nota, a ciência (no sentido amplo), não tem certeza de nada.

Na realidade, o acaso não existe. Imagine, agora, o acaso com relação ao Universo, obra belíssima e sem jaça, resultado do Plano Divino da Inteligência Suprema?

A questão nº 8, de “O Livro dos Espíritos” e respectiva resposta são explícitas e de lógica irretocável:
8 – Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?

“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”
Comentário de Allan Kardec:

“A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um caso inteligente já não seria acaso.”

2 – A opinião de inúmeros filósofos e cientistas coaduna-se com a questão em apreço, da obra básica do Espiritismo. Um deles, o insigne Michio Kaku, em sua festejada obra “O Futuro da Mente” (Editora ROCCO Ltda./Rio-RJ – 21001 – tradução de Angela Lobo – cap. 15, p. 346/348) , in Questões Filosóficas, expõe:

“Enfim, alguns críticos afirmam que a ciência foi longe demais na revelação dos segredos da mente, uma revelação que desumaniza e degrada. Por que apreciar a descoberta de algo novo, aprender uma nova habilidade, divertir-se numa viagem de férias, se tudo pode ser reduzido a alguns neurotransmissores ativando alguns circuitos neurais?
Em outras palavras, assim como a astronomia nos reduziu a grãos insignificantes de poeira cósmica num universo indiferente, a neurociência nos reduziu a sinais elétricos circulando em circuitos neurais. Mas, isso é mesmo verdade?

Começamos nossa discussão destacando os dois maiores mistérios de toda a ciência: a mente e o universo…”

3 – Descrevendo sobre as força nuclear e, ao mesmo tempo, a gravidade, em todo o Universo, explana o autor:
“… Se a força nuclear fosse só um pouquinho maior, o Sol teria explodido bilhões de anos atrás, antes que o DNA pudesse brotar. Se a força nuclear fosse só um pouquinho menor, o Sol jamais poderia ter entrado em ignição, e também não estaríamos aqui.
Da mesma forma, se a gravidade fosse mais forte, o universo teria se contraído até o Grande Colapso bilhões de anos atrás, e teríamos morrido torrados. Se fosse um pouquinho mai fraca, o universo teria se expandido tão depressa, atingindo o Grande Congelamento, e todos teríamos morrido de frio…”

4 – E, dando a entender que o universo obedece e um projeto tão inteligente e preciso, nos mínimos detalhes em todos os seres e coisas, que não poderia ter surgido por acaso, mas, ao contrário, por vontade e impulso de uma inteligência sem precedentes, completa:
“… Esse ajuste se estende a todos os átomos do corpo. A física diz que somos feitos de poeira de estrelas, que os átomos que vemos em tudo à nossa volta foram forjados no calor de uma estrela. Somos literalmente filhos das estrelas…”
“… Há tantos parâmetros, que precisamos de ajustes que alguns afirmam que não pode ser coincidência. A forma fraca do princípio antrópico sugere que a existência da vida obriga os parâmetros físicos do universo a serem definidos com a maior precisão. A forma forte do princípio antrópico vai mais além, afirmando que Deus, ou algum projetista, precisou criar um universo “bem certinho” para tornar a vida possível.

5 – Não hã hoje qualquer dúvida de que as ciências naturais se alteram indefinidamente, à medida de novos surtos de descobertas. Por esta razão, apegam-se ao raciocínio indutivo, empírico, através das experimentações, o que levou-as à concepção da Teoria da Incerteza.
Repita-se, porém, que, tendo em vista que tudo no universo está conectado e interdependente, as ciências naturais podem também atuar com o raciocínio dedutivo, puro, mais exato, ou atuar com os dois sistemas de raciocínio – dedutivo e indutivo –, ao mesmo tempo.
Pelo que se nota, a ciência (no sentido amplo), não tem certeza de nada, como confessam os próprios cientistas-filósofos, cumprindo o sagrado dever de continuar pesquisando e analisando e também cogitando ou filosofando, por que não?

O que vem à tona, espontaneamente, é que, no fundo, os filósofos e cientistas, muitos deles ainda apegados à forma, suspeitam da realidade de uma inteligência superior às demais, que, com precisão matemática, administra e governa todo o Universo.
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segunda-feira, 1 de maio de 2017

A síndrome dos 20 e tantos


"Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Dá-se conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc.
E cada vez desfruta mais dessa Cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.

As multidões já não são ‘tão divertidas’, às vezes até lhe incomodam.

Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.

Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto e te achou o maior infantil, pôde lhe fazer tanto mal.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.

De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.

O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes.
Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça…

Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…
Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?"

Autor desconhecido.

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