segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

O tamanho da nossa ignorância


 

Se há uma coisa que se sobressaiu nesses tempos de pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, essa foi a ignorância humana. São notórias e tonitruantes pelas redes sociais (ou pelos veículos convencionais de comunicação) algumas aberrações sobre tratamentos para COVID-19 e teorias conspiratórias sobre vacinas, que denotam que estamos vivendo sob a égide não da epistemologia e sim da agnotologia.

Historicamente, maior atenção tem sido dada à epistemologia, que estuda e se preocupa com o conhecimento (o que sabemos e como é produzido esse saber), e deixada em segundo plano e pouco teorizada a área que, em tese, deveria lidar com o como e o porquê não sabemos de algumas coisas (a nossa ignorância). Foi assim que, depois de dois eventos criados para tratar dessa temática, o primeiro na Universidade da Pensilvânia, em 2003, e o segundo na Universidade Stanford, em 2005, que Robert N. Proctor, professor de história da ciência em Stanford, reuniu a contribuição dos participantes desses encontros no livro “Agnotology: the making and unmaking of ignorance” (Agnotologia: a construção e a desconstrução da ignorância), publicado em 2008 pela Stanford University Press, e cunhou o termo agnotologia.

O neologismo “agnotologia”, criado por Proctor a partir do radical grego “agnosis”, com o prefixo “a” estrategicamente anteposto ao termo “gnosis” (conhecimento), para denotar “não conhecimento”, presta-se bem ao fim que motivou o seu aparecimento: estudar a produção cultural da ignorância.

Ignorância pode ser um bem ou um mal. Mas é muito mais do que uma simples falta de conhecimento. Não há necessidade de sabermos tudo. Podemos viver bem (e vivemos) sem saber de muitas coisas. O respeito à privacidade, por exemplo, integra as chamadas garantias individuais que são asseguradas pelo Estado Democrático de Direito. Há coisa sobre você, prezado leitor/prezada leitora, que eu não preciso e nem devo saber. A ignorância, nesse caso, é legalmente assegurada. E assim, avultam os exemplos. Mas, sobre outras coisas, como é o caso da COVID-19, evidencia-se a necessidade de entendimento da produção da ignorância, consciente ou inconsciente (deliberada ou não), sobre esse tema, por extrapolar os limites do meramente e justificável “ainda não conhecido”.

 A percepção crítica da ignorância, especialmente quando essa se mostra premeditadamente construída, precisa ser mais bem exercida, especialmente pelas autoridades responsáveis para lidar com o assunto pandemia COVID-19.

A vastidão da nossa ignorância é infinita perto do que conhecemos. Os cientistas, por exemplo, lidam com a ignorância (o que não é conhecido) no seu dia a dia. É a ignorância que faz a roda da ciência girar, insiste Proctor no seu livro de 2008. É a ignorância da falta de conhecimento que vem sendo trabalhada nas ciências da saúde, no mundo todo, visando à busca de uma solução para o problema ora causado pelo vírus SARS-CoV-2. Seja pela via de tratamentos clínicos ou pela vacinação.

 E é nesse território da área médica, sensível e pouco entendido pela maioria, que a produção deliberada de ignorância tem se mostrado eficaz e causado malefícios imensuráveis para a saúde pública e, como contrapartida, para a economia das nações.

Não é de hoje que a ignorância deliberadamente produzida vem sendo utilizada na defesa de interesses corporativos. Quase sempre seguindo o mesmo roteiro, que envolve a criação de dúvida razoável sobre resultados até então obtidos, a alegação de falta de consenso na comunidade científica e a aparente bem-intencionada defesa da necessidade de novos estudos para corroborar a tomada de alguma decisão.

 Foi assim, no passado, com a relação entre uso de tabaco e câncer no pulmão, o papel dos CFCs na formação do buraco de ozônio e a emissão de gases de efeito estufa e o aquecimento global.

Agora, pelo que parece, chegou a vez da COVID-19. A escolha é sua: em caso de opção pelo universo paralelo das fake-news, especialmente a adesão a teses negacionistas, só nos resta desejar boa sorte e que Deus lhe ajude!

Por Gilberto Cunha.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Prepare-se para ver a superfície de planetas distantes com este novo radiotelescópio:

 

Graças a uma nova atualização do Green Bank Telescope (GBT) em West Virgínia (EUA), o maior radiotelescópio totalmente direcional do mundo, os cientistas poderão ter visões sem precedentes da superfície de objetos no Sistema Solar.

Em um teste os cientistas conseguiram usar o telescópio para obter imagens do local de pouso na Lua da Apollo 15, mostrando objetos de até cinco metros de diâmetro.

Um novo transmissor de rádio desenvolvido pela empresa Raytheon permitiu que o GBT enviasse sinais de rádio que foram então recebidos pelo Very Long Baseline Array (VLBA), um sistema de 27 antenas no Havaí.

Esses dados foram então usados por cientistas para criar imagens de radar de alta resolução, o ápice de dois anos de pesquisa. Antes da atualização, o GBT era apenas um receptor de sinais de rádio.

“Quando o sinal refletido voltar, você pode usá-lo para criar uma imagem do objeto de onde o sinal foi saltado”, disse Dave Finley, porta-voz do Observatório Nacional de Radioastronomia, ao Albuquerque Journal.

Um transmissor maior

Usando dados coletados durante o teste, os cientistas esperam construir um sistema de radar de 500 quilowatts, incluindo um transmissor ainda maior, que pode fazer observações de outros objetos além de Urano e Netuno com detalhes e sensibilidade sem precedentes.

“O sistema planejado será um avanço na ciência dos radares, permitindo o acesso a características nunca antes vistas do Sistema Solar daqui mesmo na Terra”, disse Karen O’Neil, diretora do site do Observatório green bank, em comunicado.

 

“E usando várias antenas amplamente separadas da VLBA para receber os sinais refletidos, provavelmente seremos capazes de fazer imagens 3D”, disse Finley ao Albuquerque Journal.

Fonte: Hypesciencie.

 


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Autoconhecimento resolve problemas que você criou sem saber

 

O processo do autoconhecimento é muito importante para a sua evolução em todas as esferas da vida.


Há anos, quando fui viver num monastério na Índia, aprendi a ser monge. Lá, eu também queria muito saber sobre meditação.. E uma das coisas que eu aprendi é que é impossível meditar sem entrar no caminho do autoconhecimento.

 

Mas o que é o autoconhecimento? Já adianto que não é só sabermos o que preferimos, se é chocolate ou baunilha, ou se é praia ou montanha, por exemplo. Autoconhecimento significa nos entendermos. É como ler um manual de instruções: saber o que faz os botões, como mexer nas alavancas, como atingir a nossa melhor performance.

E mais importante ainda é descobrir para onde levar essa máquina do eu. Quem eu sou? Para onde eu vou? E o que eu vim fazer nesse mundo? Isso é o autoconhecimento. 

 

O processo do autoconhecimento é muito importante para a sua evolução em todas as esferas da vida

Além disso, o caminho do autoconhecimento é uma descoberta de que não somos uma coisa só, e sim feitos de várias partes, que inclusive tem vontades contraditórias. Por exemplo: às vezes, naqueles dias frios, tem uma parte nossa que quer continuar no cobertor quentinho, mas tem uma outra que deseja levantar, trabalhar e ter sucesso na vida

Portanto, somos feitos de várias partes, mas no final somos nós mesmos que decidimos o que fazer quando elas entram em conflito, qual vai vencer e qual vai sumir das nossas vidas.  No vídeo a seguir, descubra mais detalhes sobre esse processo do autoconhecimento e o que fazer para alcançar o seu.



 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Menina de 12 anos limpa lápides por hobby e sonha em trabalhar no cemitério.


 Uma garota australiana de 12 anos tem um hobby para lá de inusitado: limpar lápides. Tj Kleeman fez isso pela primeira vez aos 4 anos, pois tinha medo de fantasmas e sua mãe deu a sugestão de ir até o cemitério que fica atrás da casa dela para superá-lo. Desde então, a menina se sente bem no local e diz que seu emprego dos sonhos é limpar lápides "para todo o sempre". Tj e a família dela se mudaram para uma casa que dava para um cemitério com mais de 3.500 túmulos, na cidade de Tweed Heads, em 2012. 

Com 4 anos na época, a criança tinha pavor de fantasmas, então a mãe dela a levou para uma caminhada noturna no cemitério para provar que as assombrações não existem.

Durante o passeio, Tabetha sugeriu que a filha limpasse um dos túmulos para exorcizar de vez o medo de fantasmas e, nesse instante, Tj acabou descobrindo um propósito para sua vida. "Eu gosto de limpar túmulos porque isso me dá um sentimento ótimo, e quero fazer isso para todo o sempre", afirma hoje a garota, que frequenta o cemitério duas ou três vezes por semana para se dedicar à limpeza de lápides.

A aluna do 8º ano do ensino fundamental aproveita quando não tem lições de casa para ir ao cemitério retirar as flores mortas das lápides, varrer as folhas secas no chão e limpar a sujeira do concreto e azulejos com uma escova e água com sabão. Tj tenta dar uma atenção especial aos túmulos que não são visitados pois assim ela sente que está ajudando pessoas necessitadas.

 O objetivo da garota é limpar todas as 3.500 lápides anualmente, então ela segue uma sequência de limpeza e sempre sabe onde parou. "Ela sabe que é uma tarefa interminável e que sempre precisará ser feita, mas ela está bem com isso', disse Tabetha para o jornal Daily Mail, após explicar que não deixa a filha ir só.

Fonte: jornal Daily Mail.