sábado, 16 de fevereiro de 2019

A Era da Devastação




Cientistas há algum tempo alertam que estamos chegando a um ponto sem volta na questão das mudanças climáticas, em função das agressões ao meio-ambiente.
Não há mais dúvida. A terra está se aquecendo e a causa é a queima de combustíveis pelo homem. Basta sentir as temperaturas deste verão entre nós. Insuportáveis e assustadoras.
As evidências científicas comprovam a necessidade de mudanças na relação do homem com a natureza. Não é possível mais ignorar as agressões que ela vem sofrendo.
Dela estamos extraindo cada vez mais recursos, despejando quantidades enormes de lixo e veneno, mudando a composição do solo, água e da atmosfera.
O equilíbrio que se configurou ao longo de milhões de anos, está sendo rompido de forma irresponsável e criminosa. Estamos nos metamorfoseando em verdadeiros assassinos ecológicos. Mariana e Brumadinho são exemplos gritantes.
A mudança climática é, sem dúvida, a ameaça maior. É o perigo presente. Todos nós, a cada ano, sentimos que o clima está mudando num ritmo assustador.
Entretanto, alguns insistem em colocar os interesses nacionais em primeiro lugar. Yuval Harari, em seu mais recente livro, “21 lições para o séc.21”, assevera:
“nacionalistas se tranquilizam dizendo que podem se preocupar com o meio-ambiente mais tarde, ou deixar para pessoas de outros lugares. Ou então podem negar a existência do problema.
Não é coincidência que o ceticismo à mudança climática tende a ser exclusivo da direita nacionalista. Raramente veem-se socialistas ou a esquerda proclamar que ‘a mudança climática é um embuste chinês’”.
É o que vemos entre nós. O novo governo vem acenando com o afrouxamento do controle sobre as agressões ao meio-ambiente.
Ao contrário do que apregoam os predadores do capitalismo insano, árvores, animais, rios não atravancam o progresso da nação nem servem apenas como adorno decorativo da paisagem para turista ver.
Ciência, conhecimento, diversidade é o que o meio-ambiente oferece. Entretanto, nesta verdadeira Era da Devastação, isto parece não sensibilizar a maioria da sociedade brasileira.
Talvez agora, após mais uma tragédia, o governo repense sua postura sobre a questão ambiental. Na verdade, precisamos evitar que a política bolsonariana de agressão à natureza, abençoada pelo ministro do Meio-Ambiente, entre em ação.
Fico pasmo ao constatar como o homem responde com vingança atroz à insignificância a que a natureza o reduz.



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