quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Utopia e paz social




Salta aos olhos de qualquer cidadão atento o clima de radicalismo em que vivemos. Refiro-me aqui, especificamente, ao nosso Brasil, de incitações e de desentendimentos, sobre qualquer ambiente.
A animosidade parece sempre ser bem-vinda, nesta verdadeira “civilização do espetáculo”, hipócrita por falsa necessidade. Para este tipo de sentimento disseminado, sempre haverá aplausos, consequência natural para um País carente de apaziguamento, de pacificação dos espíritos acirrados.
Percebo que enquanto perdurar esta fórmula estúpida, permaneceremos muito afastados de qualquer esboço de paz social. Conceito utópico para muitos, não vejo o menor sentido em assumir responsabilidades públicas sem a busca de objetivos convergentes, independente da formação ideológica de cada cidadão.
 Poucos representantes são capazes de exercer esse papel. A representação política, definitivamente, não é para amadores. O problema é que os “amadores”, sejam criminosos ou simplesmente irresponsáveis despreparados, são cada vez mais a regra vigente no nosso meio político.
Mais humanidade e compreensão! Menos fórmulas prontas, dignas dos ultrapassados sabichões, que apontam o dedo antes de ouvir. Insisto em alertar que existe um sistema falido, que não mais atinge às expectativas da sociedade contemporânea. Por isso, trago à tona a ideia de “paz social”.
E já alerto que o rótulo de “utópico” me cai bem, tendo a plena noção de que o tempo é finito e que estamos de passagem. Para minhas filhas, quero ensinar a lição de Eduardo Galeano: “A utopia está lá no horizonte (…) Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.
Respeitando sempre as determinações Constitucionais que regram o País, não me abstenho de lançar uma visão de mundo, responsável com minha geração e as próximas que virão: mais diálogo, menos intolerância. Ouvir muito mais, falar bem menos! Nosso tempo é finito e, sobre essa avaliação, é fundamental a tentativa de deixar a nossa melhor mensagem.
 Christopher Goulart.
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