segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Reescrita: identificação e satisfação




Pensar que os alunos irão se interessar por todos os gêneros textuais e obras literárias que o professor tentar inserir na sala de aula é uma doce ilusão, pois sabe-se que cada dia mais os alunos mostram-se opinativos e participativos em ralação à leituras e atividades de aula.
A iniciativa de Jandira Stand, professora da EMEF Humberto de Campos, em São Paulo, foi aceita de forma surpreendente, exatamente pela maneira como ela resolveu trabalhar com seus alunos o gênero textual fábula. 
O trabalho da professora Jandira consiste em fazer com que o aluno reescreva uma fábula, com a intenção de que o mesmo entenda melhor o desenrolar da história e o gênero textual com que estão trabalhando.
O método da reescrita utilizado pela professora é o que falta em grande parte dos docentes que tenta trabalhar com obras clássicas no Ensino Médio, pois ainda hoje alguns deles pensam que trabalhar com o cânone é exigir dos alunos análises críticas dessas obras.
 Os alunos de Ensino Médio que, na maioria das vezes, não estão prontos para isso, todavia submetem-se a fazer a árdua tarefa de analisar a obra exigida porque “necessitam” passar de ano.
Sendo assim, tem-se uma ideia do por que os alunos acabam rejeitando os clássicos e, muitas vezes, qualquer outra obra. Segundo Furtado, “etapas devem ser seguidas para a aproximação de uma obra clássica o aluno, e que qualquer salto dessa aproximação gradual à leitura dos clássicos pode deixar como sequela uma rejeição prévia a toda sugestão de leitura de textos literários não contemporâneos”.
Pensando assim, trabalhar com a reescrita é dar a oportunidade do aluno ler um texto clássico ao seu tempo, fazer suas diversas leituras e interpretações e, assim, expressá-las, relacionado com a sua realidade, seu ponto de vista e os aspectos que lhe parecem importantes; isso faz com que o aluno absorva, sinta o clássico, pois deste modo possuirá tempo para pensar sobre o que foi lido, e reconhecer-se – identificar-se na obra, e será esse tempo de reescrita e reflexão que poderá fazer com que o aluno sinta satisfação de reescrever algo tão importante para literatura.
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terça-feira, 20 de novembro de 2018

O Dia do Professor




“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo” (Paulo Freire)
Foi no dia 15 de outubro de 1827 que D.Pedro I baixou um Decreto Imperial criando o Ensino Elementar no Brasil.Ele estabelecia que “todas as cidades,vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”.
O decreto falava de muita coisa: descentralização do ensino, salário dos professores,as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados.A ideia era inovadora,revolucionária.Faltou apenas ser cumprida.O dia dedicado ao professor,entretanto,somente foi comemorado 120 anos depois, em 1947.
Foi iniciativa de professores de uma pequena escola da Rua Augusta,em São Paulo.Quatro professores tiveram a ideia de organizar um dia de parada para evitar a estafa e também de congraçamento e análise dos rumos para o restante do ano, já que o longo período letivo do segundo semestre ia de 1º.de junho a 15 de dezembro,com apenas 10 dias de férias em todo este período.
A celebração,que se mostrou um sucesso,espalhou-se pela cidade de São Paulo e pelo país nos anos seguintes,até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.Desde então muita coisa mudou na atividades dos professores.
Hoje,pais não aceitam as notas dos filhos,ameaçam e questionam professores.
Os filhos,sem limites,brigões,cultivadores do bulling passam a ter toda a razão.As escolas,temerosas de perder clientes,avalizam em muitas ocasiões tais comportamentos, justificando-os como “rebeldia característica de adolescentes”.E em meio a tudo isto está o professor.
Agora o professor enfrenta um novo desafio: uma tentativa irracional de evitar as luzes do conhecimento via defensores da estapafúrdia, anacrônica e medieval “escola sem partido”. São os donos de uma compreensão das mais estreitas do que é educação e do que é ensinar.
Essas pessoas de um reacionarismo espantoso, acreditam piamente no mito da neutralidade da ação docente, segundo o qual, o professor não tem cara, não tem lado, não toma partido, não pensa nem intervém de modo transformador na realidade social.
Para elas, o professor deve estar unicamente comprometido com a sagrada missão de transmitir conteúdos anonimamente escolhidos, aparentemente desinteressados e oficialmente listados.
Os defensores da “escola sem partido”, são os extremamente partidários e ideologizados. O caminho por eles apontado é do retrocesso, já que são portadores do “chip fascista” da extrema-direita.
Não aceitam que o professor é o condutor do processo de conhecer, aprender,isto é, mudar.O verdadeiro portador da vocação ontológica de cada ser humano:ser livre,produtor de cultura,história.E isto ele faz trabalhando o conhecimento enquanto práxis:teoria e método que desvelam a contradição existente em todos os fenômenos e coisas.
É ele que desperta o jovem para a transformação e a criatividade.Paulo Freire chamou a isso de Curiosidade Epistemológica, isto é, acrescentar ao mundo algo nosso.Ao assim proceder escola, professores e alunos estão mudando o mundo. E mudando para melhor.
Mas para que este processo seja concretizado, as coisas não podem acontecer apenas e tão-somente na sala de aula.O professor precisa ser valorizado com piso salarial, carreira, condições de trabalho, acesso aos bens culturais e tecnológicos,respeito,diálogo,formação permanente e participação efetiva na gestão da educação.
Os processos avaliativos devem ser democráticos, internos e externos (por meio de universidades públicas), onde será valorizado o mérito,em contraposição à “meritocracia” de inspiração neoliberal.Afinal,professor não é jogador de futebol que deve ganhar de acordo com o número de gols marcados.
Sabemos que os melhores professores se caracterizam por ter vários anos de experiência,ter um conceito positivo de si mesmo e do seu trabalho,ter expectativas positivas com relação a todos os seus alunos e conseguir fazer todos os alunos aprenderem.
O bom professor é aquele que consegue fazer com que seus alunos aprendam bem o que precisam aprender, no ritmo correto. A sociedade espera tudo dos professores,os pais transferem a eles muito das suas responsabilidades.
A propósito encontrei uma carta de Abrahan Lincol,enviada ao professor do seu filho, em 1830.Isto é,antes da primeira metade do século 19, já aos professores tudo era atribuído.Eis o que pedia Lincoln:
“Caro professor,ele terá que aprender que nem todos os homens são justos,nem todos são verdadeiros,mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói,que para cada egoísta,há também um líder dedicado,ensine-lhe por favor que para cada inimigo haverá também um amigo,ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada,ensine-o a perder, mas também a saber gozar a vitória,afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso,faça-o maravilhar-se com os livros,mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu,as flores no campo,os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa,ensine-o a acreditar em si,mesmo sozinho contra todos.Ensine-o a ouvir todos,mas,na hora da verdade,a decidir sozinho,ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram”.
Um grande abraço a todos os colegas professores pela passagem do nosso dia. Vamos continuar lutando pela educação crítica e livre. Jamais evoluiremos como sociedade sem examiná-la com rigor, visando melhorá-la!!

. (José Ernani de Almeida – Professor)


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A Arte de Viver




O homem nasce para atingir a vida, mas tudo depende dele. Ele pode perdê-la. Ele pode seguir respirando, ele pode seguir comendo, ele pode seguir envelhecendo, ele pode seguir se movendo em direção ao túmulo - mas isso não é vida. Isso é morte gradual, do berço ao túmulo, uma morte gradual com a duração de setenta anos.
 E porque milhões de pessoas ao redor de você estão morrendo essa morte lenta e gradual, você também começa a imitá-los. As crianças aprendem tudo daqueles que estão em volta delas e nós estamos rodeados pelos mortos. Então temos que entender primeiro o que eu entendo por 'vida'. Ela não deve ser simplesmente envelhecer. Ela deve ser desenvolver-se. 
E isso são duas coisas diferentes. Envelhecer, qualquer animal é capaz. Desenvolver-se é prerrogativa dos seres humanos. Somente uns poucos reivindicam esse direito.
Desenvolver-se significa mover-se a cada momento mais profundamente no princípio da vida; significa afastar-se da morte - não ir na direção da morte. Quanto mais profundo você vai para dentro da vida, mais entende a imortalidade dentro de você. Você está se afastando da morte: chega a um momento em que você pode ver que a morte não é nada, apenas um trocar de roupas ou trocar de casas, trocar de formas - nada morre, nada pode morrer. A morte é a maior ilusão que existe.
Como desenvolver-se? Simplesmente observe uma árvore. Enquanto a árvore cresce, suas raízes crescem para baixo, tornam-se mais profundas. Existe um equilíbrio; quanto mais alto a árvore vai, mais fundo as raízes vão. Na vida, desenvolver-se significa crescer profundamente para dentro de si mesmo - que é onde suas raízes estão.
Para mim o primeiro princípio da vida é meditação. Tudo o mais vem em segundo lugar. E a infância é o melhor momento. À medida que você envelhece, significa que você está chegando mais perto da morte, e se torna mais e mais difícil entrar em meditação. Meditação significa entrar na sua imortalidade, entrar na sua eternidade, entrar na sua divindade.
 E a criança é a pessoa mais qualificada porque ela ainda está sem a carga da educação, sem a carga de todo o tipo de lixo. Ela é inocente. Mas infelizmente a sua inocência está sendo considerada como ignorância. Ignorância e inocência tem uma similaridade, mas elas não são a mesma coisa. Ignorância também é um estado de não conhecimento, tanto quanto a inocência é. Mas também existe uma grande diferença que passou despercebida por toda a humanidade até agora. A inocência não é instruída - mas também não é desejosa de ser instruída. Ela é totalmente contente, preenchida...
O primeiro passo na arte de viver será criar uma linha de demarcação entre ignorância e inocência. Inocência tem que ser apoiada, protegida - porque a criança trouxe com ela o maior tesouro, o tesouro que os sábios encontram depois de esforços árduos. Os sábios têm dito que se tornaram crianças novamente, que eles renasceram...
Sempre que você perceber que perdeu a oportunidade da vida, o primeiro princípio a ser trazido de volta é a inocência. Abandone o seu conhecimento, esqueça as suas escrituras, esqueça as suas religiões, suas teologias, suas filosofias. Nasça novamente, torne-se inocente - e a possibilidade está em suas mãos. Limpe a sua mente de todo conhecimento que não foi descoberto por você mesmo, de todo conhecimento que foi tomado emprestado dos outros, tudo o que veio pela tradição, convenção, tudo o que lhe foi dado pelos outros - pais, professores, universidades. Simplesmente desfaça-se disso. Novamente seja simples, mais uma vez seja uma criança. E esse milagre é possível pela meditação.
Meditação é apenas um método cirúrgico não convencional que corta tudo aquilo que não é seu e só preserva aquilo que é o seu autêntico ser. Ela queima tudo o mais e o deixa nu, sozinho embaixo do sol, no vento. É como se você fosse o primeiro homem que tivesse descido na Terra - que nada sabe e que tem que descobrir tudo, que tem que ser um buscador, que tem que ir em peregrinação.

O segundo princípio é a peregrinação. A vida deve ser uma busca - não um desejo, mas uma pesquisa: não uma ambição para tornar-se isso, para tornar-se aquilo, um presidente de um país, ou um primeiro-ministro, mas uma pesquisa para encontrar 'Quem sou eu?'. É muito estranho que as pessoas que não sabem quem elas são, estão tentando se tornar alguém. Elas nem mesmo sabem quem elas são neste momento! Elas não conhecem os seus seres - mas elas têm um objetivo de vir a ser. Vir a ser é a doença da alma. 
O ser é você e descobrir o seu ser é o começo da vida. Então cada momento é uma nova descoberta, cada momento traz uma alegria. Um novo mistério abre as suas portas, um novo amor começa a crescer em você, uma nova compaixão que você nunca sentiu antes, uma nova sensibilidade a respeito da beleza, a respeito da bondade.
Você se torna tão sensível que até a menor folha de grama passa a ter uma importância imensa para você. Sua sensibilidade torna claro para você que essa pequena folha de grama é tão importante para a existência quanto a maior estrela; sem esse folha de grama, a existência seria menos do que é. E essa pequena folha de grama é única, ela é insubstituível, ela tem a sua própria individualidade.
E essa sensibilidade criará novas amizades para você - amizades com árvores, com pássaros, com animais, com montanhas, com rios, com oceanos, com as estrelas. A vida se torna mais rica enquanto o amor cresce, enquanto a amizade cresce...
Quando você se torna mais sensível, a vida se torna maior. Ela não é um pequeno poço, ela se torna oceânica. Ela não está confinada a você, sua esposa e seus filhos - ela não é confinada de jeito algum. Toda essa existência se torna a sua família e a não ser que toda essa existência seja a sua família, você não conheceu o que é a vida. - porque homem algum é uma ilha, nós estamos todos conectados. Nós somos um vasto continente, unidos de mil maneiras. E se o nosso coração não está cheio de amor pelo todo, na mesma proporção a nossa vida é diminuída.
A meditação lhe traz sensibilidade, uma grande sensação de pertencer ao mundo. Este é o nosso mundo - as estrelas são nossas e nós não somos estrangeiros aqui. Nós pertencemos intrinsecamente à existência. 
Nós somos parte dela, nós somos o coração dela.
Em segundo lugar, a meditação irá lhe trazer um grande silêncio - porque todo o lixo do conhecimento foi embora, pensamentos que são partes do conhecimento foram embora também... Um imenso silêncio e você é surpreendido - esse silêncio é a única música que existe. Toda música é um esforço para manifestar esse silêncio de algum modo.
Os videntes do antigo oriente foram muito enfáticos a respeito da questão de que todas as grandes artes - música, poesia, dança, pintura, escultura - são todas nascidas da meditação. Elas são um esforço para, de algum modo, trazer o incompreensível para o mundo do conhecimento, para aqueles que não estão prontos para a peregrinação - presentes para aqueles que ainda não estão prontos para partirem na peregrinação. Talvez uma canção possa despertar um desejo de ir em busca da fonte, talvez uma estátua.
Na próxima vez que em você entrar em um templo de Gautama Buda ou de Mahavira, sente-se silenciosamente e olhe a estátua... porque a estátua foi feita de tal forma, em tal proporção que se você olhá-la, você cairá em silêncio. É uma estátua de meditação; não é a respeito de Gautama Buda ou de Mahavira...
Naquele estado oceânico, o corpo toma uma certa postura. Você próprio já observou isso, mas não estava alerta. Quando você está com raiva, você observou? seu corpo tomou uma certa postura. Na raiva você não pode manter as suas mãos abertas: na raiva, a mão se fecha. Na raiva você não pode sorrir - ou você pode? Com uma certa emoção, o corpo tem que seguir uma certa postura. Pequenas coisas estão profundamente relacionadas no interior...
Uma certa ciência secreta foi usada por séculos, de modo que as gerações futuras pudessem entrar em contato com as experiências das gerações mais velhas - não através de livros, não através de palavras, mas através de algo que vai mais profundo - através do silêncio, através da meditação, através da paz.
 À medida que seu silêncio cresce, sua amizade cresce, seu amor cresce; sua vida se torna uma dança, momento a momento, uma alegria, uma celebração.
Você já pensou sobre o porquê, em todo o mundo, em toda cultura, em toda sociedade, existem uns poucos dias no ano para a celebração? Esses poucos dias para a celebração são apenas uma compensação - porque essas sociedades tiraram toda a celebração de sua vida e se nada é dado para você em compensação, sua vida pode tornar-se um perigo para a cultura. 
Toda cultura criou alguma compensação e assim você não se sentirá completamente perdido na miséria, na tristeza... Mas essas compensações são falsas. Mas no seu mundo interior pode existir uma continuidade de luz, canções, alegria.
Sempre lembre-se que a sociedade o compensa quando ela sente que a repressão pode explodir em uma situação perigosa se não for compensada. A sociedade encontra algum jeito de lhe permitir soltar a repressão. Mas isso não é a verdadeira celebração, e não pode ser verdadeira. A verdadeira celebração deveria vir de sua vida, na sua vida.
E a celebração não pode estar de acordo com o calendário, que no primeiro dia de novembro você irá celebrar. Estranho, o ano todo você é miserável e no primeiro dia de novembro, de repente, você sai da miséria, dançando. Ou a miséria era falsa ou o primeiro de novembro é falso.; ambos não podem ser verdadeiros.
 E uma vez que o primeiro de novembro se vai, você está de volta em seu buraco negro, todo mundo em sua miséria, todo mundo em sua ansiedade.
A vida deveria ser uma celebração contínua, um festival de luzes por todo o ano. Somente então você pode se desenvolver, você pode florir. Transforme pequenas coisas em celebração... Tudo o que você faz deveria expressar a si próprio; deveria ter a sua assinatura. Então a vida se torna uma celebração contínua.
Inclusive se você adoece e você está deitado na cama, você fará daqueles momentos de repouso, momentos de beleza e alegria, momentos de relaxamento e descanso, momentos de meditação, momentos para ouvir música ou poesia. Não há necessidade de ficar triste porque você está doente. Você deveria estar feliz porque todo mundo está no escritório e você está na cama como um rei, relaxando - alguém está preparando chá para você, o samovar está cantando uma canção, um amigo se oferece para vir e tocar flauta para você. Essas coisas são mais importantes do que qualquer remédio. 
Quando você está doente, chame um médico. Mas, mais importante, chame aqueles que o amam porque não existe remédio mais importante que o amor. Chame aqueles que podem criar beleza, música, poesia à sua volta, porque não existe nada que cure como uma atmosfera de celebração.
O medicamento é o mais baixo tipo de tratamento. Mas parece que nós esquecemos tudo, assim nós temos que depender dos medicamentos e ficar rabugentos e tristes - como se você estivesse perdendo uma grande alegria que havia quando você estava no escritório! 
No escritório você era miserável - simplesmente um dia de folga, mas você também se agarra à miséria, você não a deixa ir.

Faça todas as coisas criativas, faça o melhor a partir do pior - isso é o que eu chamo de arte. E se um homem viveu toda a vida fazendo a todo momento uma beleza, um amor, um desfrute, naturalmente a sua morte será o supremo pico no empenho de toda a sua vida.
Os últimos toques... sua morte não será feia como ordinariamente acontece todo dia com todo mundo. Se a morte é feia, isso significa que toda a sua vida foi um desperdício. A morte deveria ser uma aceitação pacífica, uma entrada amorosa no desconhecido, um alegre despedir-se dos velhos amigos, do velho mundo...
Comece com a meditação e muitas coisas crescerão em você - silêncio, serenidade, êxtase, sensibilidade. E o que quer que venha com a meditação, tente trazer para a sua vida. Compartilhe isso, porque tudo o que é compartilhado cresce mais rápido. E quando você atingir o momento da morte, você saberá que não existe morte. Você pode dizer adeus, não existe nenhuma necessidade de lágrima de tristeza - talvez lágrimas de felicidade, mas não de tristeza.
Osho