quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Show da língua portuguesa


'Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.'
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

1A irmã fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) O sobrinho chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:

'A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Somos nós que fazemos sua pontuação. 

E isso faz toda a diferença.


quinta-feira, 27 de julho de 2017

O dia em que vida e morte se encontraram

O martírio tornou-se insuportável

O cenário foi surreal. Dantesco. Aqueles eventos eram comuns. O mundo antigo estava habituado a eles. Contudo, a violência e o descaso com a vida naquele dia obtiveram contornos únicos – e desdobramentos eternos. Picasso e Fellini não conseguiriam retratá-los.

Depois de um julgamento apressado nas caladas da noite, três homens passaram por uma sessão de tortura. Flagelados com 39 chicotadas, os três sofrem bofetes, pontapés e escarros. A noite foi longa. As horas se arrastaram. Sempre que há requintes de crueldade os relógios caminham lentos.

Soldados profissionais amarraram as vítimas às traves em que seriam crucificados. No pescoço de cada um pendia uma placa descrevendo o crime que cometeram. Eles se movem pelas ruas apertadas de Jerusalém – que ficaram conhecidas como Via Dolorosa.

Um dos sentenciados não resistiu e tombou. O martírio tornou-se insuportável. Ele vinha sofrendo um estresse inominável desde que prenunciou o que lhe aconteceria; anos depois seus amigos contaram que ele chegou a suar sangue em um horto.

A procissão seguiu até um monturo de lixo. O cheiro fétido se misturava com a fumaça, daí o lugar começar a ser descrito como o Monte da Caveira. O calor do dia tornava o ar nauseante. A sentença, irrevogável, tinha o selo de Roma e os soldados já conheciam os protocolos. A morte também precisa obedecer certos ritos.

Os três se deitaram sobre o mastro e estenderam os braços na trave que carregaram. Aqueles foram os últimos segundos de descanso. Marretas fixaram o punho de cada um com enormes pregos. A dor foi lancinante. Eles deviam agonizar lentamente para que a mensagem ficasse clara aos habitantes daquele pedaço remoto do mundo: “Roma não admite insurreição de qualquer espécie”.

A cada martelada alguns cavalos relincharam. A princípio ninguém ousou falar coisa alguma. A antessala da morte sempre constrange. Com cordas, os carrascos levantaram as três cruzes. As estacas caíram nos buracos com um solavanco.
Pedras davam a sustentação necessária para que ali permanecessem por alguns dias. Os três penderam para a frente. Os rasgos provocados pelas 39 chicotadas não permitiam que eles se encostassem na madeira.

Alguns ouviram Jesus de Nazaré dizer alguma coisa. Ele era o condenado do meio. Seus lábios mal se mexeram. Os mais próximos afirmam que ele pediu a Deus que perdoasse todos os envolvidos. “Eles não sabem o que fazem”.

Alguns representantes do clero, no afã de mostrar autoridade, gritaram: “Salvou os outros, que salve a si mesmo”. Mais além, um dos religiosos visivelmente transtornado de ódio, também falou: “Se é o Cristo, que mostre seu poder. Ninguém deseja um Cristo que não tenha capacidade de vencer um mero pelotão de soldados romanos”.

Um dos criminosos se desesperou. Ele esperava um último milagre. “Tome alguma atitude, por você e por nós”. O outro bandido, por algum motivo, viu que aquele Nazareno era diferente. Mesmo coberto de hematomas e desfigurado pela brutalidade, ele transparecia uma dignidade ímpar no olhar, uma grandeza única nas palavras, uma gentileza divina nas reações – devia ser rei de algum lugar.
 “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino”. Correu um boato de que esse rapaz se chamava Dimas. Jesus deu-lhe a mais alvissareira de todas as notícias: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.

A morte se avizinhou. Jesus agonizou. Mas lembrou do Salmo que aprendera ainda menino: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Aquelas palavras expressavam o clamor de Israel por séculos – e ele as tomou para si. Antes que o desespero se antecipasse ao último suspiro, o filho de Maria buscou forças para encher o Calvário com a sua voz: “Está consumado. Em tuas mãos entrego o meu espírito”.

O Calvário, seco e violento, continua a representar a humanidade inteira. Ali está um recorte de toda a história. Deus e a condição humana se encontraram em Jesus. Pelos milênios esta cena trouxe, paradoxalmente, esperança para escravos, vilipendiados e destruídos.
 A morte do Filho de Deus tornou-se inspiração e recurso para desesperados. E ele é a salvação de incontáveis – minha, inclusive.
Soli Deo Gloria
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UMA DAS MELHORES PIADAS DE TODOS OS TEMPOS !


- Pai, eu preciso fazer um trabalho para a escola! Posso te fazer uma pergunta?
- Claro, meu filho, qual é a pergunta?
- O que é política, pai?
- Bem, política envolve: Povo; Governo; Poder econômico; Classe trabalhadora; Futuro do país.
- Não entendi, dá para explicar?
- Bem, vou usar a nossa casa como exemplo: Sou eu quem traz dinheiro para casa, então eu sou o poder econômico. Sua mãe administra e gasta o dinheiro, então ela é o governo. Como nós cuidamos das suas necessidades, você é o povo. Seu irmãozinho é o futuro do país. A Zefinha, babá dele, é a classe trabalhadora. Entendeu, filho?
- Mais ou menos, pai vou pensar.
Naquela noite, acordado pelo choro do irmãozinho o menino foi ver o que havia de errado. Descobriu que o irmãozinho tinha sujado a fralda e estava todo emporcalhado. Foi ao quarto dos pais e viu que sua mãe estava num sono muito profundo. Foi ao quarto da babá e viu através da fechadura o pai transando com ela... Como os dois nem percebiam as batidas que o menino dava na porta, ele voltou para o quarto e dormiu. Na manhã seguinte, na hora do café, ele falou para o pai:
- Pai, agora acho que entendi o que é política...
- Ótimo filho! Então me explica com suas palavras.
- Bom pai, acho que é assim: Enquanto o poder econômico fode a classe trabalhadora, o governo dorme profundamente. O povo é totalmente ignorado e o futuro do país fica na merda!!!
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domingo, 25 de junho de 2017

Acredite nas pessoas

Pes­so­as fir­mes... Ver­da­dei­ras, tran­spa­ren­tes, ami­gas, in­gê­nuas...



Sem­pre pro­cu­ro acre­di­tar nas pes­so­as. É meu es­ti­lo de vi­da. Às ve­zes me de­cep­cio­no? Sim. Mas não dei­xo de acre­di­tar, por is­to ini­cio es­te ar­ti­go 332, em 24 de ju­nho, com o tex­to de Lu­is Fer­nan­do Ve­rís­si­mo, in­ti­tu­la­do, “Acre­di­te”.
“Acre­di­te nas pes­so­as… Na­que­las que pos­su­em al­go mais… Aque­las que, às ve­zes, a gen­te con­fun­de com an­jos e ou­tras di­vin­da­des… Di­go da­que­las pes­so­as que exis­tem em nos­sas vi­das e en­chem nos­so es­pa­ço com pe­que­nas ale­gri­as e gran­des ati­tu­des… Fa­lo da­que­las que te olham nos olhos quan­do pre­ci­sam ser ver­da­dei­ras, te­cen­do elo­gi­os, que pe­dem des­cul­pas com a sim­pli­ci­da­de de uma cri­an­ça…
Pes­so­as fir­mes… Ver­da­dei­ras, tran­spa­ren­tes, ami­gas, in­gê­nuas… Que com um sor­ri­so, um bei­jo, um abra­ço, uma pa­la­vra te faz fe­liz… Aque­las que er­ram… Acer­tam… Não tem ver­go­nha de di­zer não sei… aque­las que so­nham… aque­las ami­gas… aque­las que pas­sam pe­la vi­da dei­xan­do sua mar­ca, sa­u­da­des, aque­las que fa­zem a di­fe­ren­ça… Aque­las que vi­vem in­ten­sa­men­te um gran­de amor… des­co­nhe­ci­do”
Lu­is Fer­nan­do Ve­rís­si­mo é um es­cri­tor, hu­mo­ris­ta, car­tu­nis­ta, tra­du­tor, ro­tei­ris­ta de te­le­vi­são, au­tor de te­a­tro, ro­man­cis­ta com mais de 60 tí­tu­los pu­bli­ca­dos, é um dos mais po­pu­la­res es­cri­to­res bra­si­lei­ros con­tem­po­râ­ne­os. Fi­lho do tam­bém es­cri­tor, Éri­co Ve­rís­si­mo. Nas­ceu em 26 de se­tem­bro de 1936, em Por­to Ale­gre.
Fi­cou co­nhe­ci­do pe­las crô­ni­cas de hu­mor pu­bli­ca­das em di­ver­sos jor­nais. A lin­gua­gem sim­ples e in­te­li­gen­te é mar­ca­da em sua obra, que cos­tu­ma uti­li­zar a iro­nia pa­ra tra­tar de te­mas de­li­ca­dos.
Per­ce­be-se na lin­gua­gem do es­cri­tor o uso de um tom co­lo­qui­al e ele­gan­te. Lu­ís Fer­nan­do co­lo­ca em su­as crô­ni­cas per­so­na­gens que re­pre­sen­tam a re­a­li­da­de bra­si­lei­ra, usan­do es­sas cri­a­ções co­mo for­ma de iro­ni­zar ques­tões so­ci­ais e po­lí­ti­cas. Des­sa ma­nei­ra, faz uma crí­ti­ca ve­la­da e car­re­ga­da de hu­mor. São gran­des su­ces­sos do es­cri­tor: “Co­mé­dias da Vi­da Pri­va­da”, “Ed Mort e ou­tras his­tó­ri­as” e “As Men­ti­ras que os Ho­mens Con­tam”.
Em 1981, o li­vro “O Ana­lis­ta de Ba­gé”, lan­ça­do na Fei­ra do Li­vro de Por­to Ale­gre, es­go­tou sua pri­mei­ra edi­ção em dois di­as, tor­nan­do-se fe­nô­me­no de ven­das em to­do o pa­ís. O per­so­na­gem, é um psi­ca­na­lis­ta de for­ma­ção freu­di­a­na or­to­do­xa, mas com o so­ta­que, o lin­gua­jar e os cos­tu­mes tí­pi­cos da fron­tei­ra do Rio Gran­de do Sul com o Uru­gu­ai e a Ar­gen­ti­na. Ve­rís­si­mo con­so­li­dou-se co­mo um fe­nô­me­no de po­pu­la­ri­da­de ra­ro en­tre es­cri­to­res bra­si­lei­ros, man­ten­do co­lu­nas se­ma­nais em vá­rios jor­nais e lan­çan­do pe­lo me­nos um li­vro por ano, sem­pre nas lis­tas dos mais ven­di­dos, além de es­cre­ver pa­ra pro­gra­mas de hu­mor. Con­sa­grou-se co­mo um dos mai­o­res es­cri­to­res bra­si­lei­ros con­tem­po­râ­ne­os, ten­do ven­di­do ao to­do mais de 5 mi­lhões de exem­pla­res de seus li­vros.
Já an­te­ci­pan­do fé­rias es­co­la­res, tem­po­ra­das no rio Ara­gu­aia e em prai­as, fa­ço uma ho­me­na­gem a Lu­is Fer­nan­do Ve­rís­si­mo e pro­cu­ro tor­nar a sua lei­tu­ra mui­to le­ve, des­con­tra­í­da, pa­ra que es­tes tem­pos de vi­o­lên­cia, cor­rup­ção e ou­tras mui­tas pre­o­cu­pa­ções. Que aqui es­te­ja pre­sen­te a ale­gria e a gra­ça de dois de seus es­cri­tos. No pri­mei­ro, um ca­sa­men­to que du­ra e o se­gun­do, “Bo­le­tim Es­co­lar”.
“Mi­nha mu­lher e eu te­mos o se­gre­do pa­ra fa­zer um ca­sa­men­to du­rar:
Du­as ve­zes por se­ma­na, va­mos a um óti­mo res­tau­ran­te, com uma co­mi­da gos­to­sa, uma boa be­bi­da e um bom com­pa­nhei­ris­mo. Ela vai às ter­ças-fei­ras e eu, às quin­tas.  Nós tam­bém dor­mi­mos em ca­mas se­pa­ra­das: a de­la é em For­ta­le­za e a mi­nha, em São Pau­lo.
Eu le­vo mi­nha mu­lher a to­dos os lu­ga­res, mas ela sem­pre acha o ca­mi­nho de vol­ta. Per­gun­tei a ela on­de gos­ta­ria de ir no nos­so ani­ver­sá­rio de ca­sa­men­to, “em al­gum lu­gar que eu não te­nha ido há mui­to tem­po!” ela dis­se. En­tão, su­ge­ri a co­zi­nha.
Nós sem­pre an­da­mos de mãos da­das… Se eu sol­tar, ela vai às com­pras! Ela tem um li­qui­di­fi­ca­dor, uma tor­ra­dei­ra e uma má­qui­na de fa­zer pão, tu­do elé­tri­co. En­tão, ela dis­se: nós te­mos mui­tos apa­re­lhos, mas não te­mos lu­gar pra sen­tar”. Daí, com­prei pra ela uma ca­dei­ra elé­tri­ca.
Lem­brem-se: o ca­sa­men­to é a cau­sa nú­me­ro 1 pa­ra o di­vór­cio. Es­ta­tis­ti­ca­men­te, 100 % dos di­vór­cios co­me­çam com o ca­sa­men­to. Eu me ca­sei com a “se­nho­ra cer­ta”. Só não sa­bia que o pri­mei­ro no­me de­la era “sem­pre”. Já faz 18 mes­es que não fa­lo com mi­nha es­po­sa. É que não gos­to de in­ter­rom­pê-la. Mas, te­nho que ad­mi­tir: a nos­sa úl­ti­ma bri­ga foi cul­pa mi­nha.
Ela per­gun­tou: “O que tem na TV?” E eu dis­se: “Po­ei­ra”.
O se­gun­do.
“Uma ga­ro­ta ti­nha que en­tre­gar o bo­le­tim es­co­lar de­la pa­ra os seus pa­is e, as no­tas ali, não eram as no­tas do so­nho de ne­nhu­ma mãe, mui­to me­nos de ne­nhum pai. Ela usou a cri­a­ti­vi­da­de pa­ra con­tar es­sa ma­ra­vi­lho­sa no­tí­cia.
Oi pa­pai! Oi ma­mãe!
É com o co­ra­ção par­ti­do, mas mui­to fe­liz da vi­da que eu di­go pa­ra vo­cês que eu sai fo­ra com o Du­du, ele é o ho­mem da mi­nha vi­da. Ele é tu­do de bom.
Es­tou ab­so­lu­ta­men­te fas­ci­na­da com as su­as ta­tu­a­gens, com aque­le ca­be­lo moi­ca­no, com aque­les fer­ros e pi­er­cings que ele co­lo­ca na­que­le cor­pi­nho ma­ra­vi­lho­so. En­tre­tan­to, te­nho que lhes con­tar que não é só is­so. O Dou­glas, aque­le me­ni­no que vo­cês não gos­tam de­le de jei­to ne­nhum, es­tá com a gen­te. Por­tan­to não se pre­o­cu­pem co­mi­go. Já te­nho 15 anos e sei mui­to bem me vi­rar so­zi­nha tá.
Com amor e ca­ri­nho da sua que­ri­da fi­lhi­nha. Ah! Pai, mãe, is­so é só uma brin­ca­dei­ri­nha viu! Es­tou na ca­sa da Ma­ri­a­na, só que­ria mos­trar pa­ra vo­cês que há coi­sas bem pi­o­res na vi­da que es­tas no­tas que es­tão aí no bo­le­tim. Não se es­tres­sem Ok!. No ano que vem eu me re­cu­pe­ro. Bei­ji­nhos!
Res­pos­ta dos pa­is: Que­ri­da fi­lhi­nha, quan­do a sua mãe leu a sua ca­ri­nho­sa car­ti­nha, ela pas­sou mui­to mal e foi pa­rar no pron­to so­cor­ro. Ime­di­a­ta­men­te vo­cê foi re­ti­ra­da do nos­so tes­ta­men­to e sua par­te da he­ran­ça se­rá do seu ir­mão. To­das as coi­sas do seu quar­to fo­ram do­a­das pa­ra o pes­so­al do or­fa­na­to, can­ce­la­mos o seu ce­lu­lar e o seu car­tão de cré­di­to. To­dos os seus Cd’s do NX0, do Jus­tin Bi­e­ber, do Res­tart, do Ci­ne, do Jo­nas Bro­thers, do Fi­uk e do Lu­an San­ta­na, nós do­a­mos pa­ra a Ka­ri­na do se­gun­do an­dar, aque­la mes­ma ga­ro­ta que vo­cê acha in­su­por­tá­vel. Lem­bra, ela é aque­la ga­ro­ta su­per le­gal que no ano pas­sa­do rou­bou o Ra­fi­nha, aque­le seu na­mo­ra­do ga­ti­nho que até ho­je vo­cê não es­que­ce. Po­de ir ar­ru­man­do um bom em­pre­go por­que di­nhei­ro da­qui de ca­sa nem em so­nho viu. En­fim, es­pe­ro que vo­cê se­ja mui­to fe­liz na sua no­va vi­da.
No­ta! Fi­lha que­ri­da, cla­ro que tu­do is­so não pas­sa de uma brin­ca­dei­ri­nha da nos­sa par­te. A sua mãe es­tá aqui co­mi­go as­sis­tin­do Eu a Pa­troa e as Cri­an­ças e tu­do es­tá bem.
Só que­rí­a­mos lhe mos­trar que há coi­sa bem pi­o­res do que pas­sar as pró­xi­mas cin­co se­ma­nas sem sa­ir de ca­sa, sem ce­lu­lar, sem In­ter­net, sem ví­deo ga­me, sem te­le­vi­são e, prin­ci­pal­men­te, sem ir à ca­sa da Ca­mi­la. Tu­do is­so por cau­sa des­sas no­tas ri­dí­cu­las e, des­sa brin­ca­dei­ra idi­o­ta que vo­cê fez com a gen­te”.

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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Como a sociedade tem induzido o aumento de suicídio entre adolescentes

Uma análise psiquiátrica

Em nosso último artigo, abordamos a série de TV “13 razões porque”, muito aclamada pela mídia, que têm induzido ao suicídio jovens com problemas psiquiátricos.
Discutíamos , então, que há um grande risco de confundir-se a tristeza de causas psicológicas, familiares, sociais, com aquela tristeza causada pela doença biológica “depressão”.
Glamourizar uma doença é algo muito perigoso, é o que vamos abordar abaixo, dando continuidade ao nosso artigo de terça.
A glamourização romântica da Dor e da Doença podem muito bem serem vistas nas paginas da Revista Juvenil/Feminina Capricho , citada acima: fazem lá uma ode ao masoquismo. O masoquismo, assim como nos “50 Tons de Cinza”, alçado à condição de “arte altamente rentável”.

Automutilar-se e matar-se já não é um problema “romântico/glamourizado/artístico”; já envolve uma doença, pois aqui uma pessoa se auto-prejudica, inclusive naquilo que uma mulher tem de mais caro, ou seja, a aparência e a própria vida. Onde há uma desadaptação biológica auto-prejudicial, há doença. E aqui, nitidamente, o há. O problema é o uso financeiro, artístico, político, ideológico, que a Sociedade Ocidental faz de tudo isso.
Tudo aqui , nesta doença, é motivo para as “treze razões” : “denunciar o machismo dos pais”, a “opressão do sistema econômico”, a “frieza dos professores”, o oportunismo sexual dos machos, a truculência do abuso “pedófilo” de “crianças” de 14 anos de idade, etc.
Tudo que pode até ser psicologicamente ou socialmente justificável é aplicado numa fôrma que não tem nada a ver com relações psicológicas ou contexto social, pois trata-se de doença.

Quando se pega uma doença e se a glamouriza, (caso “Baleia Azul”, caso “13 Razões PorQue”) o resultado é o que se está aí a ver : o que para uns é arte, para outros é caixão. A massa consumidora, como sempre ignara e superficial, não tem nem idéia da manipulação financeiramente oportunística de que está sendo vítima.
Pelo contrário, “sente-se bem” ao ver que “toda essa hipocrisia está sendo denunciada”. Ótimo mesmo que toda hipocrisia seja denunciada, mas que se o faça com os instrumentos certos e não utilizando-se de doentes para fazê-lo.

É extremamente perigoso dar-se uma “solução psicológica”, uma “solução sociológica”, para um problema cuja raiz é essencialmente biológica. Os riscos inclusive estão aí para se ver : ao se “glamourizar” a doença, e não medicalizá-la, os doentes estimulam-se mais e mais a matarem-se. Ao invés de julgar-se prosaicamente, banalmente, “reducionisticamente”, num caso desses, de que o que se precisa é de um médico, de um psiquiatra ( arghhh… ) , de um diagnóstico, é muito mais “glamouroso “ dizer-se que o problema é o “mal-estar-da-civilização-burguesa-branca-adulta-machista-apodrecida”, ou o de que “meu suicídio é um libelo para a libertação de milhares que sofrem como eu”.
 “Vejam o que fizeram comigo”, “vejam como sua frieza, libido, violência, ganância, materialismo, interesses, me destruíram” : na sociedade coitadista/feminista de hoje , me digam, isso não é uma declaração muito mais “doce”, mais moralmente corretora, mais politicamente engajada, mais suscitadora de indignação/compaixão/ativismo/amor do que uma declaração machista/psiquiátrica/fria/amoral/científica/fálica/empresarial/farmacêutica de que “simplesmente sua serotonina baixou” ?

Quando se dá munição da “romântica consciência psicológica” para destruir ainda mais a “reducionista consciência biológica” está se dando munição de um potencial suicida ( que deveria ser diagnosticado e tratado ) para suicidar-se de “modo heróico” e “justificado” : “olhem o que que fizeram comigo”, “sintam a culpa de minha destruição”. É um mecanismo muito perigoso porque na depressão , muitas vezes, há a emergência de um mecanismo masoquista de auto-destruição :
 “já que nada disso presta, nada vale a pena, não há saída, ninguém muda, ninguém me ajuda, então vou destruir todo mundo, inclusive a mim mesmo”. Dá-se mais munição psicológica para uma consciência biológica patológica que está exatamente à caça de “motivos psicológicos-sociais” para se justificar, para se explicar, para se compreender.
O leigo que enxerga isso de fora acha tudo muito “bonito”, muito “romântico”, desde que não seja com seu filho, é claro. É muito “bonito” ver a denúncia e o sacrifício que um adolescente auto-imolador faz por toda a humanidade : “ele deu sua vida para denunciar um abuso”, “fez isso para nos salvar”, “o sacrifício dele não foi em vão”, “foi um tapa na nossa cara, temos de mudar”, “o que estamos fazendo com nossos jovens ?”, “ela morreu mas foi por uma boa causa”, “coisa boa para os pais, tomara que agora se emendem”, “ coisa boa para o namorado mulherengo dela, agora carregará eternamente o peso de te-la traído”.
Como se vê, tudo se joga no fácil jogo da “compreensibilidade psicológica total”, sem a mínima desconfiança de que possa haver “um estranho no ninho”, algo aí que nem toda psicologia, nem toda sociologia do mundo possam vir a explicar. Todas essas mensagens glamourosas de “heroísmo”, “sofrimento”, “altruísmo”, “denúncia corajosa”, “perspicácia psicológica”, entram na mente do futuro suicida turbinando-a ao acme. Justifica-se mais e mais. Tudo muito bem apoiado por uma
sociedade que precisa, a todo momento , sempre, projetar, coitadisticamente, ( de “coitadismo” ) , as próprias culpas nas costas dos outros. Isenção completa de auto-culpa, isenção completa de possíveis auto-falhas. Muito mais “humanístico”, melhor, projetar sobre treze externos as mazelas psico-sociais de toda uma Sociedade do que culpar friamente/reducionisticamente a um só – ele mesmo – por ter uma “doença com baixa de dopamina”.
Não podemos mais sofrer, não podemos mais errar, sermos fracos, doentes, vis, o importante é projetar tudo nas costas dos outros : “vejam o que vocês treze fizeram para acabar comigo”. “Treze razões porque” , em suma, é muito mais chique do “Uma razão para”. O subjetivismo diáfano é muito mais romântico do que o objetivismo médico. Afinal, a “Ciência é o maior dos Instrumentos Fálicos”…
Solução ? – podem me perguntar. Instituir-se censura fálica-psiquiátrica-machista-ditatorial-etc-etc sobre o suicídio, sobre a automutilação ? Não , muito pelo contrário : que se escancare tudo !! Que se automutilem, que se esquartejem, que se matem…
Como seu “livre-arbítrio” e sua “liberdade humanística” assim os permitirem. Mas que se escancare inclusive o que a “tal sociedade politicamente correta”, oportunisticamente, hipocritamente, tendenciosamente, evita de falar : que existe doença que a psicologia ou a sociologia não explicam; que nem tudo é “causa psicológica, causa social, “discutir a relação”; que o mundo pode ser prosaicamente cinzento, pode ser tristemente fruto de matéria adoecida e não só de romantismos cor-de-rosa.
Não que eu seja um empedernido materialista; pelo contrário,  sou um espiritualista cristão. Só defendo a honestidade : a verdade colocada no lugar certo.
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quinta-feira, 4 de maio de 2017

O Acaso e a Inteligência Suprema


Pelo que se nota, a ciência (no sentido amplo), não tem certeza de nada.

Na realidade, o acaso não existe. Imagine, agora, o acaso com relação ao Universo, obra belíssima e sem jaça, resultado do Plano Divino da Inteligência Suprema?

A questão nº 8, de “O Livro dos Espíritos” e respectiva resposta são explícitas e de lógica irretocável:
8 – Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?

“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”
Comentário de Allan Kardec:

“A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um caso inteligente já não seria acaso.”

2 – A opinião de inúmeros filósofos e cientistas coaduna-se com a questão em apreço, da obra básica do Espiritismo. Um deles, o insigne Michio Kaku, em sua festejada obra “O Futuro da Mente” (Editora ROCCO Ltda./Rio-RJ – 21001 – tradução de Angela Lobo – cap. 15, p. 346/348) , in Questões Filosóficas, expõe:

“Enfim, alguns críticos afirmam que a ciência foi longe demais na revelação dos segredos da mente, uma revelação que desumaniza e degrada. Por que apreciar a descoberta de algo novo, aprender uma nova habilidade, divertir-se numa viagem de férias, se tudo pode ser reduzido a alguns neurotransmissores ativando alguns circuitos neurais?
Em outras palavras, assim como a astronomia nos reduziu a grãos insignificantes de poeira cósmica num universo indiferente, a neurociência nos reduziu a sinais elétricos circulando em circuitos neurais. Mas, isso é mesmo verdade?

Começamos nossa discussão destacando os dois maiores mistérios de toda a ciência: a mente e o universo…”

3 – Descrevendo sobre as força nuclear e, ao mesmo tempo, a gravidade, em todo o Universo, explana o autor:
“… Se a força nuclear fosse só um pouquinho maior, o Sol teria explodido bilhões de anos atrás, antes que o DNA pudesse brotar. Se a força nuclear fosse só um pouquinho menor, o Sol jamais poderia ter entrado em ignição, e também não estaríamos aqui.
Da mesma forma, se a gravidade fosse mais forte, o universo teria se contraído até o Grande Colapso bilhões de anos atrás, e teríamos morrido torrados. Se fosse um pouquinho mai fraca, o universo teria se expandido tão depressa, atingindo o Grande Congelamento, e todos teríamos morrido de frio…”

4 – E, dando a entender que o universo obedece e um projeto tão inteligente e preciso, nos mínimos detalhes em todos os seres e coisas, que não poderia ter surgido por acaso, mas, ao contrário, por vontade e impulso de uma inteligência sem precedentes, completa:
“… Esse ajuste se estende a todos os átomos do corpo. A física diz que somos feitos de poeira de estrelas, que os átomos que vemos em tudo à nossa volta foram forjados no calor de uma estrela. Somos literalmente filhos das estrelas…”
“… Há tantos parâmetros, que precisamos de ajustes que alguns afirmam que não pode ser coincidência. A forma fraca do princípio antrópico sugere que a existência da vida obriga os parâmetros físicos do universo a serem definidos com a maior precisão. A forma forte do princípio antrópico vai mais além, afirmando que Deus, ou algum projetista, precisou criar um universo “bem certinho” para tornar a vida possível.

5 – Não hã hoje qualquer dúvida de que as ciências naturais se alteram indefinidamente, à medida de novos surtos de descobertas. Por esta razão, apegam-se ao raciocínio indutivo, empírico, através das experimentações, o que levou-as à concepção da Teoria da Incerteza.
Repita-se, porém, que, tendo em vista que tudo no universo está conectado e interdependente, as ciências naturais podem também atuar com o raciocínio dedutivo, puro, mais exato, ou atuar com os dois sistemas de raciocínio – dedutivo e indutivo –, ao mesmo tempo.
Pelo que se nota, a ciência (no sentido amplo), não tem certeza de nada, como confessam os próprios cientistas-filósofos, cumprindo o sagrado dever de continuar pesquisando e analisando e também cogitando ou filosofando, por que não?

O que vem à tona, espontaneamente, é que, no fundo, os filósofos e cientistas, muitos deles ainda apegados à forma, suspeitam da realidade de uma inteligência superior às demais, que, com precisão matemática, administra e governa todo o Universo.
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segunda-feira, 1 de maio de 2017

A síndrome dos 20 e tantos


"Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Dá-se conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc.
E cada vez desfruta mais dessa Cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.

As multidões já não são ‘tão divertidas’, às vezes até lhe incomodam.

Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.

Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto e te achou o maior infantil, pôde lhe fazer tanto mal.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.

De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.

O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes.
Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça…

Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…
Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?"

Autor desconhecido.

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sábado, 15 de abril de 2017

12 tipos de pessoas das quais você deveria se afastar se quiser ter alta performance


Seu círculo mais próximo é o que mais influencia você – para o positivo mas também para o negativo

Quando escreveu ‘O Príncipe’, Maquiavel não disse “Diga-me com quem andas e te direi quem és” por acaso.
Na nossa caminhada rumo à alta performance, estamos sempre buscando duas coisas:
- Reconhecer e eliminar o máximo possível fatores de baixa performance
- Reconhecer e ampliar o máximo possível fatores de alta performance
Uma das maiores causas da baixa produtividade (e um dos assuntos mais polêmicos também) é seu círculo mais íntimo de pessoas.
Seu círculo mais próximo é o que mais influencia você – para o positivo mas também para o negativo.
Jim Rohn, considerado por muitos um dos maiores filósofos empresariais que já tivemos, dizia que você é a média das 5 pessoas com as quais mais convive. Esse círculo pode fazer surgir e reforçar o  seu ‘melhor você’.
Ou pode facilmente reforçar o seu ‘pior você’.
Esta semana resolvi criar rapidamente uma lista de pessoas com as quais você deveria evitar conviver.
São todas características negativas. Eu raramente trabalho assim (prefiro dar foco ao que é positivo), mas é sempre um trabalho importante reconhecer as forças que nos levam para trás e chamá-las pelo nome.
Veja o que acha, se lhe faz lembrar de alguém e se tem alguma característica na lista que você incluiria:

12 tipos de pessoas das quais você deveria se afastar se quiser ter alta performance
1)      Pessoas que GRITAM e constrangem você na frente de todo mundo;
2)      Pessoas que falam e fazem uma coisa de maneira pública e depois fazem e falam o oposto de maneira privada;
3)      Pessoas que são ótimas em reconhecer e falar sobre os erros dos outros mas nunca reconhecem os seus próprios erros;
4)      Pessoas que reclamam de maneira constante que estão sendo sempre injustiçadas e/ou perseguidas, seja qual for a situação;
5)      Pessoas que só focam no problema e não na solução;
6)      Pessoas que estão presas de maneira melancólica a um passado que, por definição, já foi;
7)      Pessoas que não tratam bem nem são educadas com as crianças e as pessoas mais idosas;
8)      Pessoas que destratam ou não respeitam funcionários ou pessoas em situação mais simples;
9)      Pessoas que se incomodam com a alegria dos outros;
10)   Pessoas que estão sempre procurando mais um motivo ou justificativa para desistir ou não fazer;
11)   Pessoas que dizem que elas foram as responsáveis quando um projeto é um sucesso mas sempre terceirizam a culpa quando o projeto não dá certo;
12)   Pessoas que não querem que você cresça.
Para você que é líder, um trabalho interessante para fazer com uma equipe de alta performance, por exemplo, seria debater esses assuntos e criar uma lista de 12 características das pessoas que somam na sua vida e que lhe ajudam a ter alta performance. A maneira mais fácil é simplesmente substituir essa lista negativa pelas características contrárias, positivas. Mas no debate podem surgir coisas novas, muito interessantes.
E aí, tem alguma outra característica dessa lista que você incluiria? Abraços de alta performance e uma boa semana!
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sábado, 25 de março de 2017

A leitura como um aprendizado para a vida


Para formar leitores críticos e conscientes de sua cidadania

Um dos mais importantes temas em educação e em formação humana é, certamente, a leitura e a formação de leitores.
Adquirindo um sentido muito mais amplo do que apenas decifrar a palavra escrita, o ato de ler deve ser entendido sob muitos matizes: como atribuição de sentido ao texto escrito, como prática social, como compreensão do contexto (“a leitura do mundo precedendo a leitura da palavra”, lembrando Paulo Freire, para quem a “compreensão do texto implica a percepção das relações entre texto e contexto”), etc. Ler, assim, é explorar o texto em busca de respostas textuais e contextuais, é ser questionado pelo mundo e por si mesmo, o que gera uma ação crítica do sujeito no mundo.
Nesse sentido, o ato de leitura é um ato de abertura para o mundo. Ao entrarmos no território dos textos com tudo o que somos e lemos, emergimos da leitura com mais clareza do nosso universo interior e exterior, reinaugurando nosso repertório. Olhar é ler, e ler, antes de tudo, é uma operação de percepção, em que estão envolvidos muitos processos: neurofisiológico, cognitivo, afetivo, argumentativo, simbólico, não necessariamente nessa ordem, daí a complexidade e abrangência do conceito de leitura.
Discutir, estudar ou revisar o conceito que temos ou tínhamos de leitura, neste momento do século 21, é mais do que oportuno. Em primeiro lugar, porque exige pensar a respeito da formação de leitores e escritores no espaço escolar, tendo como mote nada mais do que uma das funções essenciais da escola, que é desenvolver a competência comunicativa dos alunos, tornando-os, assim, capazes de compreender a realidade em que estão inseridos e participar ativamente da construção do mundo histórico e cultural.
Em segundo lugar, e não menos importante, a função da escola em educar sensibilidades, em formar pela arte. Não há como pensar em um projeto de nação sem pensar em leitura e formação de leitores.
Se a função do educador e da escola der conta de tornar o aluno capaz de ler e pronunciar o mundo, citando novamente Paulo Freire, responderemos ao desafio maior de não só formar leitores críticos e conscientes de sua cidadania, mas também pessoas que exercitem a expressão da criatividade e do espírito como preparo para uma vida adulta de valorização do humano.

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Continente desaparecido há 200 milhões de anos é encontrado debaixo do Oceano Índico




Sob as águas das Ilhas Maurício, no Oceano Índico, se escondem fragmentos de um continente que desapareceu há 200 milhões de anos. É o que afirma uma equipe de pesquisadores da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul.
De acordo com a pesquisa, publicada na revista Nature Communication, os fragmentos se desprenderam do supercontinente Gondwana, quando este se desintegrou para formar a África, Índia, Austrália, América do Sul e Antártida.
A descoberta foi feita a partir de um mineral chamado zircão, de 3 bilhões de anos, encontrado na superfície da ilha Maurício, a maior do país, localizado no sul do Oceano Índico, a leste de Madagascar. A revelação surpreendeu os geólogos, já que Maurício é uma ilha vulcânica jovem, que não tem mais de 9 milhões de anos.

Fragmentação complexa

Acredita-se que os fragmentos encontrados no oceano, batizados coletivamente de Mauritia, são pedaços da crosta terrestre que mais tarde foi coberta de lava de erupções vulcânicas da ilha.
"O fato de termos encontrado zircões desta idade mostra que nas Ilhas Maurício existem materiais da crosta terrestre muito mais antigos que só poderiam ser originários de um continente", diz Lewis Anshwal, principal autor da pesquisa.
A ruptura do Gondwana não foi um processo simples no qual o supercontinente se dividiu em dois, mas uma fragmentação complexa que deixou pedaços de crosta terrestre de tamanhos diferentes "à deriva na bacia do Oceano Índico em evolução".

Não houve contaminação

Não é a primeira vez, no entanto, que zircões desta idade são encontrados nas Ilhas Maurício.
Um estudo de 2013 encontrou vestígios do mineral na ilha, mas recebeu inúmeras críticas, indicando que o material poderia ter aparecido ali por outros motivos - pelo vento ou contaminação, por exemplo.
Mas, depois de uma análise cuidadosa para evitar a contaminação cruzada com outros minerais, Ashwal concluiu que os zircões "não poderiam ter sido introduzidos nas rochas pelo vento ou pelas ondas do mar, nem poderiam ter sido transportados por aves, rodas de carros ou sapatos".
Para o pesquisador, as rochas só poderiam ter se originado a partir de uma erupção vulcânica.
A descoberta lança nova luz sobre os mecanismos a que estão submetidas as placas tectônicas.
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Alguns motivos que levam as pessoas a gastarem mais do que ganham e se endividarem




O que leva as pessoas ao endividamento e à inadimplência? Basicamente, pode-se dizer que é gastar mais do que se ganha. Contudo, de trás dessa ação existem diversos fatores que levam ao comportamento de descontrole financeiro. O resultado são milhões de brasileiros com sérios problemas financeiros.
Muitos vão rapidamente relacionar o momento de crise e instabilidade econômica que vivemos como o principal problema. Com certeza, isso tem reflexo nos números, mas repare que, mesmo antes desse período de dificuldades, a quantidade de inadimplentes já era alta. Enfim, existem outros fatores que geram essa situação e, para melhor entendimento, decidi detalhar os sete principais pecados que levam as pessoas a gastarem mais do que ganham:
Falta de educação financeira: sem possuir educação financeira, as pessoas não conhecem sobre a importância do dinheiro e as formas corretas de utilizá-lo, então, ficam a um passo das dívidas. Isso acontece com a maior parte da população, pois nem os pais e nem as escolas ensinam isso para as crianças e adolescentes e depois que crescem, ficam expostos a sociedade de consumo, na qual esse tipo de informação não é interessante. O caminho para sair desta situação é buscar cursos e livros sobre o tema. Também é fundamental a preocupação com as crianças, ensinando de forma lúdica e solicitando a inserção deste nas escolas.
Falta de planejamento: as pessoas não sabem para onde vai o dinheiro que recebem e não possuem controle. Isso é reflexo direto do pecado anterior, as pessoas ganham e gastam sem controle nenhum ou com um controle superficial, não se dando conta que o descontrole financeiro não acontece nos grandes gastos, mas sim nos pequenos. Para evitar que isso ocorra, o correto é o preenchimento de uma caderneta diária de todos os gastos, que chamamos de apontamento, e realizar uma planilha mensal por três meses, conhecendo, assim, os seus verdadeiros números.
Marketing e publicidade: a suscetibilidade às ferramentas de marketing e publicidade faz com que as pessoas comprem o que elas não precisam. Isso acontece diariamente por meio de ações expostas na televisão, nas ruas, no trabalho. As mensagens são muitas e as pessoas passam a acreditar que parte do que é oferecido é realmente necessário. O caminho para evitar esse problema é não comprar por impulso; o ideal é se questionar se realmente precisa desse produto, qual a função que terá em sua vida, etc. Também é interessante deixar a compra para outro dia, quando terá refletido sobre se quer realmente o produto.
Crédito fácil: buscar ferramentas de crédito fácil, como empréstimos, crediários, financiamentos, limite do cheque especial ou pagar o mínimo de cartão de crédito já é uma forma de endividamento. O mercado oferece milhares de produtos de fácil acesso, contudo, os juros cobrados são abusivos e fazem com que a inadimplência se torne alta. Assim, a solução é evitar esses meios. No caso de cartão de crédito, o ideal é ter só um e, em caso de descontrole, até mesmo eliminar. Também é interessante não ter limite de cheque especial e evitar os empréstimos e crediários.
Parcelamentos: ao parcelar as compras, as pessoas não percebem que já estão se endividando. Para piorar, muitas vezes, o consumidor esquece de colocar esses valores no orçamento, o que pode comprometer seriamente as finanças. Um parcelamento, na verdade, é uma forma de crédito, pois você está usando um dinheiro que não possui para comprar um produto. Caso seja fundamental parcelar, deverá constar no orçamento mensal da pessoa, que sempre que receber seus rendimentos, separará parte do valor para pagar essa dívida. Também é interessante ter uma poupança paralela, para que, em caso de imprevistos, tenha como arcar com esses valores.
Falta de sonhos: não ter objetivo para o dinheiro causa inadimplência. Se a pessoa não tem determinado o objetivo para o dinheiro, gastará de forma irresponsável, levando ao endividamento. Isso ocorre muito pela falta de capacidade das pessoas de sonharem, vivendo apenas o presente. Para sair deste problema, é recomendável fazer um exercício simples, refletir sobre quais são realmente os seus sonhos, o que se quer para o futuro. Tendo isso estabelecido, deve cotar os valores e determinar parte de seu dinheiro, quando recebê-lo para esse fim. Com isso em mente, será muito mais difícil cair nas armadilhas do consumismo e crédito fácil.
Necessidade de status social: acreditar que consumir é importante para ser aceito socialmente faz com que as pessoas comprem sem ter condições. Isso porque acreditam que possuir alguma coisa é o que fará a diferença para os outros, e não o que ela realmente é. Isso é um valor errado de que ter produtos é sinônimo de felicidade. O consumo dessa maneira irá apenas suprir a dificuldade de relacionamento interpessoal. A solução para esta questão é ter objetivos claros e perceber que é muito mais importante ter conteúdo do que ter produto.
Ao citar esses sete erros que levam à inadimplência, não quer dizer que não existam outros, mas acredito que esses sejam vitais para que uma pessoa ou família se atentem. Quem investe em seus conhecimentos, tem maior chance de se dar bem na vida e, quem tem a educação financeira como um dos requisitos básicos para se viver bem, certamente, poderá desfrutar muito melhor desta vida. Enfim, vamos todos investir em nossa saúde financeira para dar sustentabilidade às nossas principais saúdes: física, mental e espiritual.

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