quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Que a verdade seja dita


Doa a quem doer
“O homem é um animal político.”
(Aristóteles)
Toma-se a assertiva dita por Aristóteles como um ponto de partida, não apenas para enfatizar que todas as relações sociais são dotadas de um viés político, mas para mostrar também que tal relação é intrínseca ao ser humano.
 O cenário político brasileiro atualmente é degradante e famigerado, e isso está sendo escancarado a olhos vistos.
 Como acadêmico de direito, e amante das ciências humanas e sociais aplicadas, é percebido que alguns indivíduos com um mínimo conhecimento da lei, e dotados de bela eloquência em seus argumentos, ou dotados de um alto poder aquisitivo, na maioria das vezes representando majoritariamente a classe política brasileira, tem dito em imprensa escrita, falada e digital, algumas verborragias que tem assustado quem ainda não tem intimidade com tais ciências aplicadas, no caso a maioria da população brasileira.
Aqueles poucos, que poderiam ser considerados como integrantes da “elite intelectual” da nação, em sua grande maioria, se abstém do processo político. Não apenas por medo ou indisposição, mas pela mais pura covardia.
Os olhos críticos, e ao mesmo tempo inertes da sociedade, e a impopularidade; que tal classe política fomenta a cada dia, com inúmeros casos de corrupção, serviu e serve de força motriz para a postergação de um sistema “às avessas” e sem perspectiva nenhuma de melhora.
Na qual, predominam desde os primórdios: valores hedonísticos em conjunto com os interesses da minoria elitista brasileira que colidem com os interesses da população brasileira, gerando assim um ninho de serpente, conforme se faz conhecido de todos nós.
Até quando será negligenciado, e postergado o caos das instituições políticas de nosso País? Até quando a carreira política estará associada a ascensão financeira? Onde foram parar as ideologias? Parafraseando o poeta Cazuza, “Ideologia, eu quero uma pra viver”.
 Se faz mister tomarmos a nossa posição como agentes fomentadores de mudança. Combatendo assim a corrupção alheia, como poderemos furar uma fila?  Como podemos estacionar em um local proibido? É preciso além de uma mudança estrutural, uma mudança de conduta e de cultura.
 Eliminando assim famoso “jeitinho brasileiro”. Poderia divagar por horas relatando os inúmeros casos que fazem parte da vivência da população brasileira, e casos que ocorrem dentro da Academia, local este que em tese deveria servir de exemplo, e ser um fomentador de caráter, e de posturas sérias e condizentes, com aquilo que é prelecionado na legislação vigente em nossos dias.
Seria necessário para eliminar a corrupção, propor uma educação emancipatória? Ou quem sabe delegar a terceiros uma obrigação que é estipulada constitucionalmente, já que como é do conhecimento de todos, a polêmica em relação as Organizações Sociais – OS, na Rede Estadual de Educação em Goiás tem fomentado todo o tipo de discussões,mal-estar e  rixas, trazendo insegurança a toda a sociedade, haja vista que tal implementação está tendo mais um caráter para enxotar a máquina estatal e impor “goela” a abaixo um sistema de ensino, que possivelmente não irá beneficiar o filho do trabalhador, mas a interesses escusos, mas isto poderá ser explanado em um outro momento.
Voltando ao tema desta explanação, durante toda a história brasileira, fomos marcados por formas degeneradas de governo (oligarquia, demagogia, etc.), o que na maioria das vezes só beneficiou alguns iluminados, e fomentou a sua sanha por poder, em detrimento do restante da população brasileira.
Para reduzir tais mazelas poderia se fazer um reducionismo e culparmos apenas os portugueses, por tais situações infames? Ou culpar a forma de colonização baseado na colônia de exploração? Seriam verdadeiramente estas, as explicações para a “falha moral” de nosso povo e das instituições políticas no Brasil? Creio que o buraco seja mais embaixo.
Por fim, estas linhas serão encerradas com um desabafo contra tudo isto que está ocorrendo em Terras Brasileiras, e que também foi um alerta feito por Joseph de Maistre, já no século XIX, e que a Que a verdade seja dita, doa a quem doer… Pois “cada povo tem o governo que merece”.
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