Nos íngremes degraus da sabedoria estão as frestas da
ignorância apinhadas de desafiadoras informações mal concebidas, nelas se
escondem todas as formas da teimosia, da intolerância, da arrogância, da
avareza, da prepotência, da petulância e de outros adjetivos elevados a mais
alta construção da incompatibilidade do saber. Entre um degrau e outro na busca
do conhecimento, tropeçamos nessas fissuras que insistem em nos prender em
algum degrau mal construído e, às vezes, a preguiça nos obriga a parar por ali.
Porém, os fortes avançam incansavelmente.
Vencer a distância entre todos os degraus é uma façanha
impossível para o homem comum, nessa busca alucinante do mais alto saber é de
fundamental importância ter a consciência das dificuldades de se ter o êxito
pretendido, pois é a certeza de não encontrar respostas para tudo é o que nos
move em direção a alguma verdade.
Contudo, muitos homens ficam entre as frestas dos degraus
e de lá observam os movimentos dos mais perseverantes e se vestem de seus
mantos e assumem suas personalidades, mas, continuam submersos na escuridão da
ignorância ecoando o som ouvido por tantos sábios que transitam por cima dos
degraus.
Assim, os petulantes e pobres de saber vão aos palanques e
desabafam suas palavras no mais alto dos sons e convertem os incautos em seres
submissos as suas vontades. Nesse emaranhado barulho, a política surge como uma
ignóbil tranca das portas da sabedoria e aprisiona os desprovidos de intelecto.
Depois de presos a este sistema os fracos homens são
jogados às fortes massas capitalistas que formam uma esmagadora onda que
arrasta todo o conhecimento para detrás dos muros da filosofia que atende aos
ideais de todo o poder. E os prisioneiros se cobrem de adornos e aparelhos
eletrônicos como soldados da causa político-capitalista.
Do outro lado, encontram-se os livros intocados por uma
sociedade que se rendeu ao pensamento universal convencionado pelos barulhentos
movimentos publicitários. Entre esses mundos a única saída são as páginas desses
livros, que levam o homem em direção à luz.
O certo é dizer que enquanto houver o domínio da Política
sobre nós, e não o do Estado De Direito, o saber será o nosso único trunfo para
vencer o imperialismo político e, nesse sentido serão de fato livres os que
possuírem o conhecimento e, somente esses, poderão realmente dizer que vivem
num Estado Democrático De Direito. Ainda acrescento que o conhecimento vale
mais que qualquer salário. Pois, dinheiro algum compra a liberdade, senão o
saber.
Entretanto, pode ser que eu esteja errado, e no Brasil o
Estado Democrático De Direito é a máscara da política de interesses e estamos
sobre o domínio de suas vontades.
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O conhecimento nos levará a nossa busca de sentido e a questionamentos sobre oque está acontecendo agora no país.
ResponderExcluirParabéns pelo post, abraços!
É vero meu caro...
ResponderExcluirParo o Brasil: deveríamos voltar a cartilha caminho suave>>>>
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