domingo, 28 de fevereiro de 2016

Cientistas ponderam a possibilidade de existir câncer contagioso


Para cientistas, a chance de existir células de câncer que se transferem de um corpo ao outro não é tão remota

Em experimentos de laboratório, células cancerígenas foram transferidas por mosquito de um hamster ao outro.

Embora não haja nenhum sinal de uma ameaça iminente, diversos estudos recentes sugerem que o eventual aparecimento de um câncer humano contagioso está dentro do campo das possibilidades médicas.

Diferentemente de doenças, como o câncer cervical, que é desencadeado pela propagação de vírus, os cientistas se referem a células cancerígenas que se deslocariam de uma pessoa a outra e se propagariam neste novo organismo.

Esse tipo de transmissão tem ocorrido apenas em circunstâncias não usuais. Um dos casos foi de uma técnica laboratorial de 19 anos que se picou com uma seringa com células cancerígenas e desenvolveu um tumor na mão.

 Outro caso foi de um cirurgião que adquiriu câncer de um paciente após ter se cortado acidentalmente durante a operação. Ainda há casos de células malignas sendo transferidas de uma pessoa para a outra através de transplante de órgãos ou através do feto.

Em todos os casos, o tumor maligno não se desenvolveu tanto. Os únicos casos de câncer que continuaram a se transferir de corpo a corpo, desviando do sistema imunológico, foram encontrados em outros animais não-humanos. Em experimentos de laboratório, por exemplo, células cancerígenas foram transferidas por mosquito de um hamster ao outro.

Até agora, três espécies com câncer contagioso foram descobertas na natureza: cachorros, diabos da Tasmânia e siris.

Apesar de existirem poucos exemplos de transmissão, cientistas alertam para a possibilidade destes casos ocorrerem de modo parecido em outros animais não-humanos.

 Em teoria, os animais são mais vulneráveis que os seres humanos, já que são menos diversificados geneticamente. No entanto, cientistas afirmam que a possibilidade da existência de um câncer contagioso não é tão remota e que “merece uma investigação mais aprofundada do risco de que essas doenças possam chegar aos humanos”.


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