O projeto de lei de
inteligência britânico pode se tornar um exemplo para outros países.
Se acertarem nos detalhes, a Grã-Bretanha
pode se tornar um modelo de como equilibrar segurança e liberdade (Foto:
Flickr)
Poucos equilíbrios são tão difíceis de manter quanto aqueles que
envolvem gerir uma agência de espionagem. Depois de um ataque terrorista,
eleitores exigem ação, e os políticos respondem dando aos seus espiões maiores
poderes para plantar escutas e supervisionar atividades, como no Ato Patriota
americano, de 2001, e a lei da grande rede de monitoramento passada depois dos
ataques na França no ano passado.
Mas esses poderes podem, se usados em abuso, distorcer o sistema
político, limitar a liberdade de expressão e influenciar a balança da justiça.
Quando toda a extensão de atividades clandestinas vêm à tona, como no
caso das revelações de Edward Snowden sobre a Agência Nacional de Segurança dos
EUA, muitos se sentem violados.
Então há muita coisa em jogo na tentativa do Reino Unido de atualizar a
lei em relação às atividades domésticas das suas agências de espionagem. O projeto
de lei vai explicar, de forma explícita, como a agência de inteligência
eletrônica, GCHQ, pode (com um mandato) plantar escutas em computadores e
outros dispositivos, coletar e analisar informações (como atividade pelo
celular e histórico de uso da internet) e ler mensagens privadas.
Se acertarem nos detalhes, o Reino Unido pode se tornar um modelo
de como equilibrar segurança e liberdade; se errarem, séculos de liberdade
podem ser estragados.
O maior sucesso da lei é o seu autocontrole. Não requer que empresas
enfraqueçam os sistemas que vendem aos clientes, como políticos de muitos
países, incluindo o Reino Unido, gostariam. Se as pessoas querem segurança na
internet, não têm alternativa se não uma forte criptografia.
As agências têm outros meios de coletar informações, incluindo escutas
em telefones e computadores.
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Eu também concordo. Isso tem que acabar. O terrorismo põe em pânico todos os países desenvolvidos. Por enquanto.
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