quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O filho de deus, segundo a mitologia egípcia

A história do deus egípicio Hórus, que alguns historiadores afirmaram ser a base para a criação mitológica de Jesus Cristo
Hórus, da mitologia egípcia é filho dos deuses Isis e Osíris. Sua estória foi diversas vezes confrontada com semelhanças, posteriormente esclarecidas, com a vida de Jesus Cristo, da crença cristã. Uma destas semelhanças é a grafia “Mrre”, que significa “amada” e  que acompanha o nome de Isis, mãe de Hórus, que seria inspiração para o nome de Maria. Duas datas são referidas ao seu nascimento: o dia 26 de dezembro e o último dia do mês Khoiak, que equivale ao dia 15 de novembro do nosso caléndário.
A história de Hórus inicia-se muito antes de seu nascimento, com a lenda da origem de seus pais, Isis e Osíris. Osíris, o deus Sol, ligado à vegetação e a vida no Além, é sem dúvida o deus mais conhecido da mitologia egípcia. Irmão de Seth, o deus das manobras de guerra, Osíris despertou a inveja do irmão. 
Após um jantar, Seth ofereceu a Osíris uma bela caixa, dizendo ao irmão que se lhe coubesse poderia fica com ela de presente. Sem saber que o irmão havia tirado suas medidas enquanto dormia para a confecção da caixa, Osíris deitou-se para saber se lhe serviria. Seth então o trancafiou no caixão e o jogou no Rio Nilo. Sua apaixonada esposa, Ísis, deusa Lua da maternidade e fertilidade, mergulhou nas águas do Rio Nilo em busca do amado. 
O ambicioso Seth, ao saber do retorno do irmão, o matou definitivamente, dividindo seu corpo em 14 partes que foram distribuídas em toda a terra. Mais uma vezes, Ísis parte em expedição para juntar os pedaços do amado, desta vez auxiliada pela irmã Néftis.
Os pedaços do corpo do deus Osíris foram localizados, excetuando o pênis, que fora devorado por peixes. Para suprir a falta de tal membro, Ísis confecciona a partir de caule de vegetais, um novo órgão genital para o marido. Os irmãos Néftis, Anúbis e Ísis, que além de esposa também era irmã de Osíris, iniciam o processo de mumificação. Isis, transformada em milharem, bate suas asas, resultando num ar divino que dá vida a seu marido novamente. 
Ainda em forma de ave, Isis copula com Osiris, dando origem ao seu filho Hórus, que tinha cabeça de falcão e seus olhos representavam o Sol e a Lua. Hórus foi concebido longe do conhecimento do invejoso tio, e Osíris passou a governar apenas o reino dos mortos.

Na maçonaria, o olho de Hórus é denominado como “O olho que tudo vê”. Posto em uma pirâmide com significação do número três. Faz menção ao ser maior do Universo, que observa a tudo e a todos. Está presente também nas notas de um dólar americano, denominado “O olho da providência”.

Glândula pineal


A glândula pineal é objeto de estudo não apenas da ciência mas também do espiritismo, filosofia e misticismo. Teorias tentam explicar através da glândula pineal fenômenos como clarividência, telepatia e mediunidade. O terceiro olho também tem incrível semelhança com o maior símbolo de poder e proteção egípcia, o Olho de Hórus. O que gera a indagação de que seria possível os egípcios antigos terem tão profundo conhecimento da anatomia humana, a ponto de usar a glândula pineal, que ainda apresenta grandes mistérios para a ciência moderna, como referência para a elaboração de seu maior símbolo.

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Ano-Novo para rever o que tenho de mais valioso: minha essência


O fim de ano chegando e com ele as promessas para 2016. São desejos, sonhos e perspectivas que, por mais simples que sejam, podem mudar consideravelmente nossa vida e ir ao encontro da nossa essência. Por que então, sai ano, entra ano, estes propósitos não se transformam em atitude?
Há muito tempo não falava com uma amiga que prezo profundamente. Tinha o firme propósito de ligar para saber como estava, falar sobre a vida... Porém o propósito não se transformava em atitude. Até que, para a minha felicidade, recebi uma ligação dela.
Fiquei surpresa ao saber que não estava bem, especialmente por conta de uma depressão profunda, seguida da descoberta de que havia se tornado diabética. Momento difícil?
Mesmo com esta situação, percebi sua voz diferente, esperançosa e consciente sobre a mudança e o esforço que teria de fazer a partir de sua nova realidade, para não deixar a "peteca cair".
Ela disse algo que me marcou muito: "Decidi que vou cuidar de mim e rever o que tenho de mais valioso: minha essência. É estranho perceber como as prioridades mudam quando se está na iminência de perder algo que realmente tem valor e que, no meu caso, é a autoestima. O Ano-novo será o melhor da minha vida!"
Exercitar a intuição é algo essencial. Talvez eu pudesse ajudá-la de alguma forma antes. É incrível o quanto temos o "costume" de dar valor para o que tem valor somente quando o perdemos. O tempo é veloz e talvez seja tarde...
E você, quais são suas expectativas? O que pode começar a fazer para tornar seu sonho uma realidade, e suas atitudes em algo concreto? Cada pessoa tem seu jeito de ser e de encarar a vida, seu temperamento e, especialmente, a forma de sentir-se amada, não é?
Veja este caso: a esposa reclamava que há muito tempo seu marido não dizia que a amava, o que a chateava profundamente e até a fazia pensar que realmente o sentimento não existia mais. Ela, uma pessoa sensível, tinha necessidade de ouvir palavras de afirmação para sentir-se amada.
Ele, muito prático, pragmático e, como já havia dito um dia que a amava, não via necessidade alguma de dizer isto novamente, já que nada havia mudado.
Por outro lado, sentia-se profundamente amado por sua esposa porque ela a servia em suas necessidades, cuidava dele, cozinhava muito bem, tratava seus filhos da melhor maneira possível. Logo, ele se sentia amado através de formas de servir.
Não sei de que forma você se sente amado, porém enquanto não se tratar com amor, não será possível transformar seus propósitos em atitudes para o novo ano.
Quanto mais próximo de sua essência estiver e quanto mais consciência tiver do seu valor, e de que, sim, ele pode se perder em meio a sua história de vida por algum motivo, mais possibilidades terá de realizar seus sonhos, com convicção, força e certeza de que merece o melhor!

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Os cânceres mais incidentes em 2016


O Brasil irá registrar em 2016 um total de 596.070 novos casos de câncer. Entre os homens, são esperados 295.200 registros, e entre as mulheres, 300.870. A projeção feita pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) serve de alerta a toda a sociedade para os cuidados com a saúde.
O tipo de câncer mais incidente em ambos os sexos será o de pele não melanoma (175.760 casos novos a cada ano, sendo 80.850 em homens e 94.910 em mulheres), que corresponde a 29% do total estimado. Entre as mulheres, as maiores incidências serão de cânceres de mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão, estômago, corpo do útero, ovário, glândula tireoide e linfoma não Hodgkin.
Analisando-se as taxas brutas (número de casos a cada cem mil habitantes) nas diferentes regiões, observa-se algumas variações importantes. Entre as mulheres, a Região Norte é a única onde o câncer de mama não será o mais incidente, excluindo-se o câncer de pele não melanoma. Lá, o tipo da doença que afeta o sexo feminino mais frequentemente é o câncer do colo do útero. Já na Região Sul, colo do útero é o quarto tipo mais comum, com os cânceres de cólon e reto e o de pulmão ocupando o segundo e o terceiro lugares, respectivamente.
A realidade do país demanda ações tanto gerais, quanto específicas para determinados grupos, regiões e seus respectivos fatores de risco, como o combate ao fumo de forma geral, mas com ações direcionadas às mulheres jovens, especialmente adolescentes, o combate à obesidade, o incentivo à prática regular de atividade física e a disseminação de informações, explica Luiz Felipe Ribeiro Pinto, vice-diretor-geral do Inca.
A magnitude do câncer está relacionada aos fatores de risco, qualidade da assistência prestada, qualidade da informação e envelhecimento da população. Geralmente, quanto maior a proporção de pessoas idosas, maiores as taxas de incidência, especialmente dos tipos de câncer associados ao envelhecimento, como mama e próstata.
O câncer é uma doença multifatorial, o que significa que diversos fatores concorrem e podem se sobrepor, favorecendo seu desenvolvimento. O excesso de gordura corporal, por exemplo, pode estar na origem de boa parte desses novos casos.
O tabagismo tem relação com vários tipos de câncer (pulmão, cavidade oral, laringe, esôfago, estômago, bexiga, colo do útero e leucemias). Fumantes chegam a ter 20 vezes mais chances de ter câncer de pulmão que não fumantes, dez vezes mais chances de ter câncer de laringe e de duas a cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de esôfago.

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Bloquear Facebook na empresa: vale a pena?


Como lidar com o uso das redes sociais em sua empresa? Bloquear Facebook é uma saída?


Um problema comum entre as empresas brasileiras nos últimos anos é o uso de redes sociais no ambiente de trabalho.
Não é por menos, os acessos aumentam a cada dia, assim como o número de pessoas que tem um smartphone, o que facilita ainda mais esse “vício”.
Segundo uma análise de mercado divulgada pela comScore e Shareablee em 2014, o Brasil bomba no uso das redes sociais com a média de 12 horas mensais de engajamento.
Entre os continentes, a América Latina tem a maior média, 8,13 horas mensal por pessoa, seguida pela Europa (7,41), América do Norte (6,38), África (4,96) e Ásia Pacífico (2,49).
Na verdade, estes números são bem discretos próximos aos dados da pesquisa mais recente: “Futuro Digital em Foco Brasil 2015”. Veja só!
Neste ano, calcula-se que 45% dos brasileiros gastam nada menos do que 650 horas em média por mês nas redes sociais. São 290 horas a mais do que navegando em portais de notícia e 60% mais do que o resto do planeta. Do total de usuários a internet no Brasil, 78% tem acesso a redes sociais e cada visita ao canal dura em média 21,2 minutos.
Os números são expressivos e crescentes e, é claro, o mercado de trabalho sofre o impacto dessas mudanças. São mais de 120 milhões de usuários ativos no Brasil e, principalmente, em ambientes corporativos é difícil encontrar alguém que não possua um perfil em rede social.
Na verdade, chega a ser estranho quando nos deparamos com pessoas fora dela, não é mesmo?
Mas vamos ao que interessa: o que fazer com todos esses números?
O mais importante é refletir sobre a utilização das mídias, suas vantagens e desvantagens, e criar alternativas para que isso não afete a produtividade e qualidade de sua empresa. Bloquear Facebook vale a pena?
Vamos aos pontos que devemos considerar:

Ansiedade

O Facebook mexe bastante com as nossas emoções. Você já se sentiu um pouco mais triste ou feliz após acessar a rede social?
Isso é comum. Estamos em contato com diversas opiniões, notícias e informações que afetam o nosso emocional.
Uma pesquisa inglesa, do instituto Anxiety, mostrou que o uso de redes sociais, como o Twitter e Facebook, aumenta a ansiedade e pode até provocar dificuldade para relaxar e dormir.
Mesmo assim, Nicky Lidbetter, que chefiou os trabalhos, ficou surpreso com o alto número de entrevistados incapazes de ignorar as demandas de seus gadgets, tendo como única saída para pausa desligar os aparelhos.
Realmente, existe uma dependência ao uso das redes sociais em qualquer que seja o dispositivo. Mas, a ansiedade que pode ser causada pelo seu uso excessivo também pode decorrer da sua privação em usa-las.
Acontece que o Facebook, por exemplo, instaura uma sensação de urgência, em que a timeline está sendo atualizada a cada segundo e quem não está online vai “ficando para trás” e perdendo os melhores momentos da rede.
Assim, no trabalho, não é difícil perder o foco em suas atividades pensando no que está acontecendo no Facebook e no momento em que poderá conferir as novidades.
Se você está pensando que ficou ainda mais perdido depois dessas informações, fique tranquilo. Este é mesmo um dilema, mas antes de qualquer coisa precisamos manter em mente que, não há como negar, as redes sociais são, sim, inimigas da produtividade e todos temos que ser capazes de admitir isso.
Elas têm o seu lado bom como o de relacionar pessoas, se atualizar e até estimular e desafiar habilidades. Mesmo assim, é preciso colocar na balança tudo o que ela pode trazer de bom e ruim para dentro da organização.

Vida pessoal X profissional

Com os dispositivos móveis, é muito fácil que, mesmo após o expediente, um colaborador continue recebendo demandas do trabalho ou mesmo conversando sobre ele com os chefes e colegas.
Se ele leva trabalho para casa, logo se vê no direito de levar seus interesses pessoais para o trabalho.
Cada vez mais, os âmbitos se misturam e, por isso, é tão importante se colocar no lugar do outro e ver até que ponto o trabalho ocupa sua vida e influencia suas necessidades próprias.
O próprio Google é um exemplo de empresa que preza pelos projetos pessoais de seus colaboradores, destinando 20% do expediente de cada um para os projetos que desejarem.
Não é só uma tendência, mas uma necessidade, se preocupar com a quantidade de tempo livre que sua equipe tem para cuidar de seus objetivos próprios.
A sensação de estar a par com a vida pessoal deixa o colaborador mais tranquilo no trabalho, sabendo que não está abdicando de outras coisas igualmente importantes para ele.
Vale a pena discutir este ponto em equipe!

Fanpage da Empresa

A sua empresa também possui uma página no Facebook?
A presença digital de uma empresa está bastante ligada à sua Fanpage. Para quem pratica o marketing de conteúdo, é essencial abastecer essa mídia com informações relevantes e interações ricas.
É igualmente importante gerar buzz e ter pessoas comentando sobre sua página na rede, logo este é um bom motivo para incentivar o uso consciente do Facebook no trabalho.
Converse com a equipe a respeito da importância de gerar bons links para a empresa, curtir e comentar as publicações da página.
Este pode ser um momento de descontração e envolvimento positivo para a empresa.

Uso consciente, liberação consciente

Proibir nunca foi a melhor forma de resolver um problema, certo? Por isso, o mais importante aqui é instruir.
Os seus colaboradores sabem como usar a rede de forma consciente? (Relembre o nosso texto sobre Políticas de Segurança da Informação aqui).
Por via das dúvidas, a melhor saída é orientar sobre a gestão de tempo no trabalho, apresentando maneiras de otimizar as atividades e aproveitar alguns intervalos de tempo livre para checar as redes sociais.
Nenhum ser humano é capaz de se manter focado 100% do tempo em que está no trabalho. Admitindo isso será mais fácil implementar regras que beneficiam ambos os lados.
Uma boa dica é estimar um tempo em que os colaboradores podem gastar em suas redes sociais e liberar em horários pré-determinados, de acordo com a política da empresa.
O bom senso, discernimento e maturidade, nesse caso, farão toda a diferença para que o Facebook não atrapalhe as questões corporativas.
Lembre-se também que, mesmo sendo flexível, é altamente recomendável acompanhar relatórios do dia a dia para entender como tem sido a navegação no ambiente empresarial, e mesmo, realizar testes de produtividade.
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Ideia inusitada: na Itália, empresa cria sorvete de maconha


A novidade foi criada em homenagem ao cantor Bob Marley
Uma sorveteria de Alassio, cidade italiana na província de Savona, anunciou um sabor de sorvete inusitado na rede social. O sorvete, criado em homenagem ao cantor Bob Marley, conta com sementes de maconha e recebe o nome “Marley”.
Foto: reproduçãoA novidade surgiu com a parceria entre a sorveteria Perlecò e a associação ‘Canapa Ligure’, que busca promover os benefícios da droga à saúde física e mental. Os criadores da ideia afirmam que o sorvete é bom e faz bem.

Eles ainda explicam que é um sorvete com sementes de cânhamo, que vêm da espécie cannabis sativa. Segundo eles, contém todas as propriedades benéficas da planta, que ajudam a prevenir distúrbios entre os quais arteriosclerose, distúrbios cardiovasculares, colesterol e outros.
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Educação empreendedora


A capacidade empreendedora é inata a cada ser humano. Seria possível pensar, em um primeiro momento, que ensinar empreendedorismo é uma redundância, pois pode parecer desnecessário instruir para o uso de uma habilidade natural. As nossas experiências no meio educacional e acadêmico, porém, nos mostram o contrário.
A escola e a faculdade são espaços substanciais de formação para o trabalho. A pergunta é: para que tipo de trabalho? As relações de trabalho atualmente são fortemente impactadas pela tecnologia e por novas formas de ver o mundo. 
Dificilmente um diploma em uma universidade bem conceituada e um histórico escolar fenomenal serão garantia de empregabilidade. Muitos jovens estão entrando no mercado de trabalho com a ilusão de que uma trajetória brilhantemente obediente aos preceitos escolares e acadêmicos os garantirá um "bom" lugar profissional.
Precisamos formar indivíduos que sejam capazes de criar suas próprias oportunidades, sem que fiquem aprisionados à lamentação de que isso é responsabilidade do governo, de grandes empresários ou mesmo de seus pais. 
E é essa a grande contribuição que a Educação Empreendedora proporciona. O ensino do Empreendedorismo não se restringe à formação de empresários; busca preparar indivíduos para estarem mais conectados com o que o mundo requer deles, podendo expandir seu potencial sem frustrações por acreditar ou esperar por terceiros.
Algumas experiências já realizadas, inclusive em território nacional, demonstram práticas de ensino de Empreendedorismo já nas séries iniciais escolares. Nada mais correto. Por mais que tenhamos um potencial empreendedor dentro de cada um de nós, vivemos em um ambiente cuja cultura censura essa força. 
Crianças ainda não internalizaram plenamente os valores antiempreendedores; por isso agem como autênticos empreendedores.
Adicionalmente, metodologias específicas vêm sendo desenvolvidas para ensino de Empreendedorismo a crianças, jovens e adultos. O desafio é grande: mesmo com cargas horárias reduzidas, o espaço é um convite para que os estudantes pensem "fora da caixa" - o que nem sempre é fácil. Nossas escolas e universidades foram pensadas em consonância com a ideia de o emprego como a relação central de trabalho. 
Em um cenário assim, aquele que se destaca no mundo dos negócios acaba frequentemente visto como sendo alguém que tem um dom, um poder mágico que o torna diferente dos demais, que estão fadados à sina de buscar um emprego, e que por atribuição primeira, devem se preparar ao máximo para essa tarefa.
Enquanto ficamos presos no impasse sobre qual o papel da educação e o que pertence ou não a ela como atribuição, muitos jovens estão abandonando os bancos escolares e acadêmicos para criar negócios promissores, às vezes contando com sua própria sorte, às vezes contando com a ajuda de algum mentor, mas quase na totalidade das vezes com a convicção de que o ensino formal não preparou para nada daquilo. 
Esses mesmos jovens estão sendo responsáveis por uma revolução que não usa bandeiras, não protesta nas ruas e nem protagoniza acaloradas discussões, mas que está de fato mudando o mundo. E o ensino do Empreendedorismo tem tudo a ver com isso.


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Garoto invisível


Muita gente não acredita em pessoas com superpoderes. Mas eu acredito. Na verdade conheci um rapaz com um poder incrível: a invisibilidade.
Era uma pessoa comum, como nós, simples mortais. Perambulava pelas ruas, sem ambição, sem rumo. Uma das primeiras experiências com o superpoder foi numa noite fria de agosto. Ele andava pelo centro da cidade quando parou em frente à janela de uma pizzaria.
O cheiro e a imagem do queijo derretendo lhe causaram dor no estômago. Foi então que ele percebeu que algo incrível acontecia. Ninguém podia vê-lo! Mas para sua surpresa uma pessoa era imune ao seu poder: o homem do caixa, que saiu na rua furioso, escorraçando nosso herói.
Dali em diante ele percebeu a dimensão de seu poder. Não importava o que fizesse ninguém o enxergava. Ele dormia na calçada, tomava banho no chafariz, revirava o lixo alheio e simplesmente ninguém era capaz de vê-lo. A não ser os guardas municipais, seguranças e donos de estabelecimentos, que assim como o cara do caixa, eram imunes ao seu poder.
O garoto invisível já estava acostumado com sua condição especial. Vivia numa cidade sem ser notado. Porém, o que ele não sabia era que seus dias com superpoderes estavam contados.
Numa noite de verão, na orla da praia, muitas pessoas bebiam, namoravam e exibiam os sons potentes dos seus carros. Nosso herói estava sentado embaixo de uma árvore comendo o resto de uma à la minuta que estava jogada no lixo. Sem ele imaginar que seus poderes momentaneamente falhariam, cinco rapazes conseguiram enxergá-lo.
O grupo partiu pra cima dele. O agrediu com chutes, socos, pauladas na cabeça e o esfaqueou.
Depois de derrotar o garoto invisível, os cinco rapazes saíram correndo, entraram num carro e foram embora. Passada a dor e a angústia, só restou o sangue que escorreu, levando consigo a vida.
Do outro lado da rua, uma menina que segurava a mão do pai exclamou:
- Olha pai! Um homem morto!
- Não minha filha. É só um mendigo.

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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Mistério: jovem de 18 anos sangra pelos olhos, ouvidos, unhas e nariz


Marnie Harvie chega a ter sangramentos 5 vezes ao dia
Com 18 anos, Marnie Harvie pode ser a única pessoa no Reino Unido, e talvez do mundo, com uma condição rara que faz com que olhos, orelhas, nariz e unhas escoarem sangue. Os médicos estão perplexos com a situação da adolescente que chega a ter sangramentos até 5 vezes por dia e sem previsão.

Exames e testes feitos ainda não conseguiram encontrar uma causa para a doença que deixa Marnie exausta e com enxaqueca.
A jovem foi forçada a colocar sua vida me espera, já que teve que abandonar a ideia de fazer uma faculdade por enquanto. Namorados, viagens e até mesmo trabalhos também são fatores da vida pessoal da garota que são afetados devido ao seu estado de saúde.

Marnie diz que nunca sabe quando os sangramentos podem acontecer, e tem receio por não querer assustar as pessoas. Ela diz ainda que quando o sangramento começa, demora cerca de meia hora até que pare.
Em fevereiro de 2013 Mernie começou a tossir muito sangue, ela explica que pelas dores de cabeça que sentia, começou a faltar muito a escola. Até que em Julho deste ano, Mernie começou a ter sangramentos a partir de seus olhos; e no dia seguinte, os sangramentos começaram a ocorrer também por seu nariz e orelhas.

Exames médicos feitos deixam claro que no histórico familiar dos pais da jovem não há ocorrência de qualquer tipo de hemorragia ou mesmo problemas parecidos.
A família diz ter encontrado um outro caso similar . Em 2008, na Índia, Twinkle Dwivedi, de 14 anos também teria tido sangramento misterioso.
A mãe de Marnie, Catherine, diz que no caso de sua filha, os sintomas são diferentes, porque ela não sangra pelos pés ou cabeça e que um diagnóstico oficial ainda não foi feito.
A família espera que compartilhar a história da filha possa aumentar a esperança de um diagnóstico para a jovem. “Quero encontrar um amaneira de ajudá-la para que possa viver sua vida”, acrescenta.
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Sem projetos eficientes para reciclagem, sem educar a população


O lixo continua sem solução
Em 2013, o país gerou 76 milhões de toneladas de resíduos sólidos. Quase metade disso foi parar em lixões ou em aterros de baixa segurança, colocando em risco a saúde do meio ambiente e da população. Pior, quase 10% de todos os resíduos que produzimos no ano   sequer foi coletado pelos municípios, sendo lançado em rios e áreas clandestinas.
A política do laissez-faire com relação ao manejo do lixo resulta em situações como a que deixou atônita a população da região de Salto, em Sorocaba. Por conta da estiagem severa, o Rio Tietê, que corta o centro da cidade, transformou-se num fio de água e expôs toneladas de lixo acumulado ao longo de décadas.
Exame.com listou 10 números que mostram como o Brasil ainda cuida muito mal do seu lixo. Os dados são do novo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2013. O estudo anual foi lançado nesta semana pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
1) 76 MILHÕES DE TONELADAS: é quanto o Brasil gerou de resíduos sólidos em 2013;
2) 7,2 MILHÕES DE TONELADAS: quase 10% do total gerado sequer foi coletado, sendo lançado em rios e áreas clandestinas;
3) SÓ 58,3% dos resíduos sólidos urbanos coletados tiveram destinação final adequada;
4) Enquanto 41,7% do total coletado no ano (cerca de 28,8 milhões de toneladas) foi depositado em lixões e aterros que não garantem condições de segurança;
5) 3.344 MUNICÍPIOS encaminharam seus resíduos para locais inadequados. Destes, 1.569 utilizaram lixões, que é a pior forma de destinação;
6) NORDESTE TEM A PIOR SITUAÇÃO: 837 cidades usam lixão. A região é seguida pelo Norte (247 cidades), Sudeste (206), Centro-Oeste (158) e, por último, a região Sul (121);
7) POUCO MAIS DE 62% DOS MUNICÍPIOS registraram alguma iniciativa de coleta seletiva*. *Muitas vezes estas atividades resumem-se à disponibilização de entrega voluntária ou convênios com cooperativas de catadores;
8) MAIS DE 42 MILHÕES DE TONELADAS de resíduos de construção e demolição foram descartados em vias públicas em 2013, um aumento de 4,6% em relação a 2012;
9) 1 Kg: Quantidade de resíduo sólido que cada brasileiro gerou, em média, por dia em 2013;
10) R$ 114,84: Foi quanto os municípios gastaram, em média, por habitante/ano na coleta e demais serviços de limpeza urbana. Isso dá menos de R$ 10 por habitante ao mês. 
Fonte EcoDesenvolvimento.
A geração de lixo no Brasil aumentou 29% de 2003 a 2014, o equivalente a cinco vezes a taxa de crescimento populacional no período, que foi 6%, de acordo com levantamento divulgado hoje (27) pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A quantidade de resíduos com destinação adequada, no entanto, não acompanhou o crescimento da geração de lixo. No ano passado, só 58,4% do total foram direcionados a aterros sanitários.
Mais de 41% das 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos gerados no país em 2014 tiveram como destino lixões e aterros controlados. Segundo a Abrelpe, esses locais são inadequados e oferecem riscos ao meio ambiente e à saúde. No ano anterior, o percentual foi 41,7%. A metodologia da pesquisa envolveu 400 municípios, o equivalente a 91,7 milhões de pessoas. Por dia, o brasileiro gera, em média, 1,062 quilo de lixo.
Esse dados mostram que mais de 78 milhões de brasileiros, ou 38,5% da população, não têm acesso a serviços de tratamento e destinação adequada de resíduos sólidos. Além disso, mais de 20 milhões de pessoas não dispõem de coleta regular de lixo, pois cerca de 10% dos materiais gerado não são recolhidos. O volume de lixo produzido aumentou 2,9%, entre 2013 e 2014. A coleta de resíduos, por sua vez, melhorou 3,2%.
Esta é a primeira pesquisa que retrata a situação da gestão dos resíduos, depois da vigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010. Em relação à reciclagem, a pesquisa revela uma evolução de 7,2 ponto percentual. Em 2010, apenas 57,6% dos municípios tinham alguma iniciativa de coleta seletiva. No ano passado, o percentual aumentou para 64,8%.
O lixo não tratado constitui uma mazela na organização do saneamento básico no Brasil, pois traz diversas patologias (dengue, verminoses, micoses etc) à população além de constrangimentos como mal cheiro, detrimento visual das cidades. Poucas são as prefeituras em nosso país que desenvolvem soluções ecologicamente corretas ou destinam alguma atenção ao problema aqui apresentado.
Uma solução para tal problema encontrada por países desenvolvidos como França e Alemanha foi transmitir essa responsabilidade para a iniciativa privada e educar a população para obter sua colaboração. Por exemplo, quando um cliente vai adquirir uma pilha nova, deve devolver uma antiga já utilizada.
Algumas cidade brasileiras (Ex: Betim-MG, Rio Negro-Pr, Taboão da Serra-SP) possuem um plano municipal de gestão de resíduos sólidos.
 Nada ainda muito expressivo, pois são iniciativas isoladas e ainda não contam com uma uniformidade em suas legislações. Já funcionam, claro, como uma esperança de futuras iniciativas em massa adotadas a nível nacional, porém atualmente a saída mais adotada pelos governos para destino do lixo (os aterro) ainda representa risco à saúde da população.
De acordo com um estudo feito pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) no fim do ano passado aponta que, em 232 municípios goianos, apenas nove tratam o lixo urbano de maneira adequada.
O Diagnóstico do Monitoramento dos Sistemas de Disposição do Lixo Urbano dos Municípios Goianos revela que, ao todo, 146 cidades – ou 62,93% do total – utilizam lixões para armazenar os resíduos, que é considerado o pior tipo de sistema para deposição dos rejeitos, que não recebem qualquer tipo de tratamento.
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Jesus Cristo, São Nicolau e a Coca-Cola


Os motivos da comemoração não foram comprovados

O meu amigo Gaeta disse que este artigo deveria ter o título: “O capitalismo estragou o ‘Papai Noel’” e, já que as festas natalinas passaram, ou melhor, voaram, volto a reafirmar que está comprovado: Jesus Cristo não nasceu no mês de dezembro.
Não é preciso ser teólogo e nem muita pesquisa, os relatos bíblicos, especialmente os dos evangelistas mostram que o clima era ameno, com pastores cuidando de suas ovelhas, o que não ocorre no inverno, quando os animais eram e são até hoje mantidos, ou seja, guardados nos apriscos.
O misericordioso leitor ficará impressionado com a quantidade de material que existe na Internet comprovando o que afirmo, e as razões pelas quais as festas “saturnais”, celebradas nesta época no passado, num processo de “sincretismo religioso” foram paulatinamente substituídas pelo “Natal”.
Como já mencionei em um publicado neste matutino vanguardista sob o título: “Natal, mentiras e hipocrisias”,  foi a “Coca-Cola” quem deu o empurrãozinho final para transformar um “santo refinado”, São Nicolau, arcebispo de Mira, na Turquia no século IV, que costuma, anonimamente, deixar sacolas com moedas de ouro na chaminé das casas das pessoas com dificuldades financeiras, num “velhinho bonzinho”, bonachão, de roupas vermelha e branca, botas pretas, as cores da marca, ou do logotipo da poderosíssima multinacional, enfim, deixa pra lá, pois não deixa de ser bom ver as crianças inocentes, alegres com seus brinquedinhos, se é que seus puderam satisfazê-las.
Ah, só mais uma coisinha. Não era costume nem dos hebreus e nem dos judeus comemorarem aniversário e, pior, nos dois únicos relatos de “festa de aniversário” na “Bíblia Sagrada”, a de um Faraó e a de Herodes, ocorreram dois assassinatos. No do último, a cabeça de João Batista, aquele que batizou Jesus Cristo, foi oferecida numa bandeja de prata.
Alguém poderia me informar quando nasceu José ou Maria ou, então, Moisés, Elias, os evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João ou o apóstolo Paulo? Até!
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Depoimento: Eu, pecadora por convicção


É preciso olhar para si mesmo, e não julgar o próximo

 Não foi a política, foi uma palavra que me separou do grupo religioso familiar e caminha a passos largos para me separar da humanidade inteira. Eu, que sempre defendi os méritos das religiões, sou obrigada a reconhecer que um erro de tradução do cristianismo condenou uma civilização inteira, talvez até a espécie humana.
Sim, o “Não julgueis” é o verdadeiro culpado pelo estacionamento da raça humana na trajetória infinita da evolução espiritual e da nossa espécie. Graças a isso é que somos tão parecidos aos animais irracionais. Obviamente a culpa é dos tradutores que fizeram algo parecido com substituir na obra de Sheakspeare o ‘ser’ pelo ‘ter’: “Ter ou não ter, eis a questão.” Obviamente teríamos acreditado que foi assim que Hamlet falou desde a estreia, já que refletir sobre coisas consolidadas ou incoerências é sempre visto como um ato subversivo.
Pois com o “não julgueis” aconteceu o caso hipotético de Hamlet, a frase nega e invalida todo o Cristianismo. A contradição é tão óbvia que o próprio Jesus nos ensinou a julgar: “Uma árvore boa não produz maus frutos e uma árvore má não produz bons frutos.” E teve ainda o cuidado de nos apontar meios e referências para julgar de forma mais justa que é colocando-nos no lugar do outro para facilitar o entendimento das motivações e antídotos para os erros e aderir aos acertos.
A lei do perdão, máxima do Cristianismo, fica toda revogada sem que se julgue se o ato é ofensa, quem errou contra quem?… Sem julgar, o que há para perdoar? “Vá e não torne a pecar’ ou ‘atire a primeira pedra quem não tiver pecado” – não negou o pecado. “Bem aventurados os que têm sede de justiça.” Como vou ter sede de justiça se não posso julgar o que é justo e injusto?
Toda a reflexão e a busca do conhecimento foram condenadas quando se proibiu o julgamento, até porque relegou à humanidade um estado de pecado eterno, pois ao proibir algo inerente ao raciocínio como a água é indissociável da vida, forçou a todos a negarem a prática mais cotidiana a fazê-lo às escondidas, em segredo.
A vida em coletividade se torna impossível se abrimos mão de julgar: “Andou jogando uma bomba em Hiroshima? Quem sou eu para julgar?” “Bateu na mulher? Quem somos nós para julgar?” Um atraso e tanto para a evolução das leis isso de “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”. Quem julgará então? Na fala do religioso, só Deus; na prática, todo mundo; nas leis humanas julgavam os reis e hoje julgam os tribunais.
E então nos tornamos submissos, verdadeiros zumbis comandados por critérios alheios e apedrejamos as mulheres passando por cima do próprio Cristo, mesmo tendo ele incitado o povo a ignorar o tribunal que regulava a lei do apedrejamento e fazer julgamento próprio.
A única conclusão racional disso é que o erro da tradução colocou a palavra “julgar” onde deveria constar “condenar”. Julgar demanda investigação, análise aprofundada de provas, tomada de depoimentos, direito de defesa da vítima. É a razão de ser da filosofia e da busca do conhecimento em todas as áreas das ciências humanas.
Já condenar é decretar e executar a sentença, castigar, punir. Para viver em comunidade é notório que as sentenças e condenações serão mais justas quando atribuídas a colegiados neutros, mas o julgamento cabe a cada um até para termos o discernimento das condenações injustas, como o apedrejamento sustado num exemplo claro de que a reflexão e o juízo próprio é peça integrante para contestar as crueldades e pertinência das leis.
A questão brotou no meu grupo de estudo religioso uns seis anos atrás, quando a proibição de julgar (como ocorre na sociedade) era inquestionável. Encerrado o decreto com vitória arrasadora de que julgar é um pecado, passávamos todos para a sala do lanche onde sem nenhuma metodologia ou critério nos dedicávamos a condenar o comportamento alheio pulando o processo do julgamento, aquele pecaminoso que interroga, analisa, concede direito de defesa e ouve o lado da defesa e da acusação.
De acordo com os princípios bíblicos estava certo. Nunca ninguém disse “Não condeneis”, estamos todos santificados. Não xeretamos a vida dos outros, não gastamos tempo, não nos debruçamos em análises das lacunas. Apenas definimos o que é a “opinião” de cada um e pronto. Lembro que passei a ser a chata do grupo, insistindo na discussão de um ponto tão óbvio contra todos, sem exceção, unanimidade absoluta. Até que, enfim, renunciei à questão.
Mas eis que toda omissão produz efeito tal e qual toda e qualquer ação. E então a política saiu de seu esconderijo e guetos secretos invadindo ruas e lares. Foi quando os efeitos letais do “Não julgueis” se materializaram com seu avassalador poder de destruição de relações, amizades, famílias e até de nações.
Quem dera tivéssemos aprendido antes a julgar, a nos reunirmos para analisar provas e indícios, ouvir o lado da acusação e da defesa, esgotar a possibilidade de buscas de elementos… O que poderia ser análise filosófica e material conjunta com poder de nos unir, saltou essa etapa e nos dividiu.
Sem julgamento, “Dilma vagabunda – Quadrilheiros – Corja de ladrões – Acabou com o Brasil – Copiou de FHC – Lulinha milionário – cortou o dedo para se aposentar” e tantos outros julgamentos realizados e consolidados sabe Deus onde ganharam espaço no círculo religioso, no familiar, na mesa do jantar, nos almoços de domingo. A imprensa adquiriu status de tribunal.
Nem todos concordavam com as condenações decretadas, mas como não nos cabe julgar e analisar elementos, ficou assim: cada um tem o direito às próprias opiniões e não se discute, mesmo sendo dialética a base da política e sendo a política o instrumento da implantação da justiça social.
Ao negar o pensamento crítico como prática constante e inerente à natureza humana, tratando-o como pecado, essa tradição condenou o pensamento, o raciocínio, acovardou e limitou nossa espécie. Silêncio e omissão passou a ser coisa de alma elevada porque passa a ideia de não julgamento, quando na verdade os mais calados são os árbitros mais duros, pois recusam ao julgado o direito de defesa ou contestação de suas conclusões, muitas vezes errôneas, parciais e cruéis. Julgamos e somos julgados o tempo todo. Somos e temos nos outros verdadeiros espelhos, aprendemos e somos exemplo de boas ou más ações. Senso de justiça para julgar e humildade ao sermos julgados produziria séculos de avanço intelectual e moral em anos.
Em sinal de protesto contra o apedrejamento sem julgamento me afastei do grupo de debate religioso até que aceitem guardar as pedras e revogar a lei do não julgueis. Não vão guardar as pedras nem revogar a prática. Então não vou voltar.
Desde criança vivo em pecado e decidi continuar assim. Sempre reparei e julguei o efeito dos atos alheios, as posturas dos colegas e dos meus superiores no trabalho, como cada um se vestia, falava e se comportava e o que resultava disso nas promoções e demissões. Meti minha colher em briga de marido e mulher, chamei polícia, entrei em briga de pivete de rua, ouvi em pesquisa dezenas de mulheres vítimas de violência doméstica, alcoólatras, usuários de drogas, políticos, estudei leis, métodos, fucei o mundo julgando (investigando – analisando) pra ver o que produzia melhores e piores resultados.
Julgo tudo o que vejo e leio, mas não atiro pedras, assumo defesa de lados. Condenar ou executar penas não cabe a mim, como entendi no discurso de Cristo. E aí os que não julgam estranham quando digo que não ligo pra se Cunha vai preso ou não, só quero um novo Congresso para que o Brasil possa seguir em paz.
Eu, pecadora convicta, escolhi a coerência ao rigor duvidoso da tradução e não renuncio ao direito nem ao dever de julgar. Sobretudo antes de condenar apontando quem são os bandidos e mocinhos de cada história.”
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