quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Os cânceres mais incidentes em 2016


O Brasil irá registrar em 2016 um total de 596.070 novos casos de câncer. Entre os homens, são esperados 295.200 registros, e entre as mulheres, 300.870. A projeção feita pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) serve de alerta a toda a sociedade para os cuidados com a saúde.
O tipo de câncer mais incidente em ambos os sexos será o de pele não melanoma (175.760 casos novos a cada ano, sendo 80.850 em homens e 94.910 em mulheres), que corresponde a 29% do total estimado. Entre as mulheres, as maiores incidências serão de cânceres de mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão, estômago, corpo do útero, ovário, glândula tireoide e linfoma não Hodgkin.
Analisando-se as taxas brutas (número de casos a cada cem mil habitantes) nas diferentes regiões, observa-se algumas variações importantes. Entre as mulheres, a Região Norte é a única onde o câncer de mama não será o mais incidente, excluindo-se o câncer de pele não melanoma. Lá, o tipo da doença que afeta o sexo feminino mais frequentemente é o câncer do colo do útero. Já na Região Sul, colo do útero é o quarto tipo mais comum, com os cânceres de cólon e reto e o de pulmão ocupando o segundo e o terceiro lugares, respectivamente.
A realidade do país demanda ações tanto gerais, quanto específicas para determinados grupos, regiões e seus respectivos fatores de risco, como o combate ao fumo de forma geral, mas com ações direcionadas às mulheres jovens, especialmente adolescentes, o combate à obesidade, o incentivo à prática regular de atividade física e a disseminação de informações, explica Luiz Felipe Ribeiro Pinto, vice-diretor-geral do Inca.
A magnitude do câncer está relacionada aos fatores de risco, qualidade da assistência prestada, qualidade da informação e envelhecimento da população. Geralmente, quanto maior a proporção de pessoas idosas, maiores as taxas de incidência, especialmente dos tipos de câncer associados ao envelhecimento, como mama e próstata.
O câncer é uma doença multifatorial, o que significa que diversos fatores concorrem e podem se sobrepor, favorecendo seu desenvolvimento. O excesso de gordura corporal, por exemplo, pode estar na origem de boa parte desses novos casos.
O tabagismo tem relação com vários tipos de câncer (pulmão, cavidade oral, laringe, esôfago, estômago, bexiga, colo do útero e leucemias). Fumantes chegam a ter 20 vezes mais chances de ter câncer de pulmão que não fumantes, dez vezes mais chances de ter câncer de laringe e de duas a cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de esôfago.

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