O Brasil irá registrar em 2016 um total de 596.070 novos
casos de câncer. Entre os homens, são esperados 295.200 registros, e entre as
mulheres, 300.870. A projeção feita pelo Instituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva (Inca) serve de alerta a toda a sociedade para os
cuidados com a saúde.
O tipo de câncer mais incidente em ambos os sexos será o
de pele não melanoma (175.760 casos novos a cada ano, sendo 80.850 em homens e
94.910 em mulheres), que corresponde a 29% do total estimado. Entre as
mulheres, as maiores incidências serão de cânceres de mama, cólon e reto, colo
do útero, pulmão, estômago, corpo do útero, ovário, glândula tireoide e linfoma
não Hodgkin.
Analisando-se as taxas brutas (número de casos a cada cem
mil habitantes) nas diferentes regiões, observa-se algumas variações
importantes. Entre as mulheres, a Região Norte é a única onde o câncer de mama
não será o mais incidente, excluindo-se o câncer de pele não melanoma. Lá, o
tipo da doença que afeta o sexo feminino mais frequentemente é o câncer do colo
do útero. Já na Região Sul, colo do útero é o quarto tipo mais comum, com os
cânceres de cólon e reto e o de pulmão ocupando o segundo e o terceiro lugares,
respectivamente.
A realidade do país demanda ações tanto gerais, quanto
específicas para determinados grupos, regiões e seus respectivos fatores de
risco, como o combate ao fumo de forma geral, mas com ações direcionadas às
mulheres jovens, especialmente adolescentes, o combate à obesidade, o incentivo
à prática regular de atividade física e a disseminação de informações, explica
Luiz Felipe Ribeiro Pinto, vice-diretor-geral do Inca.
A magnitude do câncer está relacionada aos fatores de
risco, qualidade da assistência prestada, qualidade da informação e
envelhecimento da população. Geralmente, quanto maior a proporção de pessoas
idosas, maiores as taxas de incidência, especialmente dos tipos de câncer
associados ao envelhecimento, como mama e próstata.
O câncer é uma doença multifatorial, o que significa que
diversos fatores concorrem e podem se sobrepor, favorecendo seu
desenvolvimento. O excesso de gordura corporal, por exemplo, pode estar na
origem de boa parte desses novos casos.
O tabagismo tem relação com vários tipos de câncer
(pulmão, cavidade oral, laringe, esôfago, estômago, bexiga, colo do útero e
leucemias). Fumantes chegam a ter 20 vezes mais chances de ter câncer de pulmão
que não fumantes, dez vezes mais chances de ter câncer de laringe e de duas a
cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de esôfago.
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