quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O Brasil se fosse descoberto no século XXI, descrito em uma carta


As grotescas trocas de favores entre a política e a indústria de petróleo estão diminuindo a passos largos. Mas, a indústria de energia, automóveis, e principalmente minério estão estreitando suas fronteiras com a dos interesses partidários. Não há empresa no Brasil que não tenha em seu comando, do alto escalão, um político influente.
Até mesmo os grandes frigoríficos estão entre os que captam políticos carreiristas para seu quadro de funcionários. Com esses homens representando as empresas no mercado internacional é lucro certo.
Há países que entram em contato com o Itamaraty para perfilar a relação com o Brasil e o órgão indica "amigos" para pactuarem no mercado lá e cá. Os afiliados no partido do governo recebem cargos nas empresas e repassam comissões por cada carga negociada lá fora. Essa relação anômala existe para criar fundos, com isso os partidos patrocinam as eleições de seus líderes.
Entretanto, se até eu sei disso e sou um tolo, que dirá as polícias especiais, a força tarefa, a polícia federal, o bureau da inteligência (se de fato há brasileiros inteligentes), os partidos de oposição e a... Não importa quantos sabem dessas operações de interesses partidários, mas que existem em baixo dos nossos olhos, existem! Fazemos cara de espanto quando deparamos com noticiosos que falam dessas trambicagens, mas, já sabemos que o Brasil está contaminado com a política de mafiosos.
Fico aqui pensando se o Brasil estivesse nesse momento político, embora falando Tupiniquim, e os portugueses descessem em nossas terras o descobrindo sob o ponto de vista de Portugal. Como seria a carta do escriba? Claro que não seria igual aquela de Pedro Vaz de Caminha, tampouco ele viria por mar.
Mas, supondo que algum descobridor, que cruzasse de avião o nosso território e os narcotraficantes o abatessem, e por acaso, com falhas no motor fizesse um pouso de emergência em nossas terras.
Como seria essa carta? Talvez assim: "Caro primeiro-ministro, cá encontro uma nação que desconhece a civilização, poluem os rios e queimam a mata para plantar e exportam a colheita enquanto o seu povo passa fome. Extraem de camadas profundas, pré-sal, o petróleo, com o custo do dobro do qual vendem e o dinheiro vai para os bolsos dos políticos corruptos. A gasolina que usam para seus carros a compram dos EUA. O povo se prostitui nas praias e as ruas são tomadas por arrastões de marginais que levam desde celular a carros para adquirirem drogas. Os cidadãos são manipuladores e desrespeitosos com as mulheres e anciãos. Cá não há internet que funcione e os pássaros que gorjeiam aí por cá vivem presos em gaiolas. Nos rios não há peixes apenas rejeitos das mineradoras. Quanto ao esporte, todos os clubes de futebol estão envolvidos em maracutaias. E os negros ainda são trancados em depósitos humanos tal qual fazíamos nos tempos da escravidão. Aqui o povo ainda está em processo de evolução humana, aquela descrita por Charles Darwin. Eu, não mais voltarei, estou viciado em uma pedra fedorenta e vendi a aeronave para pagar o consumo, estou envergonhado, arrependido e morando nas ruas, sem mais. Ass. (..

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