terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Crise que poderia não existir



O Brasil vive um momento de profunda crise financeira, tanto que o orçamento do Executivo, para o próximo ano, enviado à apreciação do Congresso, apresenta rombo superior a R$ 100 bilhões, por conta de gastos fora de controle.
Interessante, no entanto, que essa crise, segundo os auditores fisicais, poderia não existir se o governo cobrasse com rigor o que lhe é devido por sonegação de impostos, através de grandes firmas que, simplesmente, não restituem aos cofres públicos altas somas, agarrada a leis preparadas para “fazer o tempo correr”, com protelação da quitação.

Com isso, a máquina estatal passa a depender, em grande parte, da categoria empresarial média, que paga em dia suas obrigações através de uma soma de impostos e taxas que se posicionam entre as mais altas do mundo. Os pobres, pela clara condição, não suportam mais o peso da carga tributária a que estão submetidos, embora o governo continue teimando em tirar sempre mais, enquanto as categorias mais ricas são protegidas, sobrando à classe intermediária o azeitamento da máquina pública.

Por que tanta dificuldade para a cobrança do que é devido ao governo pelos grandes grupos financeiros, que, segundo dados, pode superar em muito o montante gerador da crise? Por que as grandes fortunas não são taxadas, carreando para os cofres públicos somas fantásticas, que poderiam deixar o País estabilizado e com condições de maiores e melhores investimentos? 

Por que os governos, de uma maneira geral, não cortam na própria carne, como seria natural em períodos de crise, com forte enxugamento da máquina e larga economia interna?

Fácil, bem mais fácil, buscar no aumento de impostos, o dinheiro para tapar os rombos administrativos, enquanto fazem vistas grossas e incompreensíveis ao que é devido por empresas que estão no pico da cadeia de devedores.

Infelizmente, neste País, existe proteção aos poucos da categoria superior, como acontece com o sistema bancário que cada vez arrecada mais, enquanto no outro lado da balança, taxação violenta aos que realmente já sustentam a máquina e geram o grande percentual de empregos.


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