Inevitável se torna, ainda que repetindo tudo o que já foi dito
por muitos, em relação à tamanha atrocidade acontecida em Paris e radicalizada
em vários outros países, consternar-se, por motivo de pesar, tristeza, dor,
angústia, e, por fim, expressar a imensa preocupação, uma vez que as ameaças
continuam nos assolando.
A Cidade Luz enlutada...
O mundo todo em alerta! A facção terrorista do Estado Islâmico assume os
atentados. Feitos covardes e repugnantes. Chocante!
Fica, então, o convite, longe de se retirar ou perder o foco da
imensa tragédia, mas nos valermos deste momento, para refletir sobre as tantas
outras formas de morte, em pleno século 21, causadas por guerras de ódio, de
fome, de intolerância, de irresponsabilidade, onde se constata e se
contabilizam fatos.
As guerras de fome registram, por exemplo, que a produção de
alimentos aumentou muito nos últimos 30 anos, no entanto, não há dinheiro para
comprar ou terras produtivas, disponíveis aos mais pobres, para cultivar, o
que, aliás, uma vez ” educados”, seriam espaços tão úteis, ao imenso número de
miseráveis.
De acordo com o Sistema de Previsão Geológica dos EUA, estima-se
que ocorram, em média, 19 grandes terremotos por ano, danificando prédios, rachando
o solo, causando milhões de mortos, uma vez que as melhorias tecnológicas
reduzem apenas um pouco o número de atingidos pela desgraça. Isso sem falar nas
barragens em Mariana.
Nosso Planeta está contaminado por doenças erradicadas no
passado, em várias partes do mundo, as quais voltam a assombrar a humanidade;
Mal de Chagas avança na Europa e mata. A China vive o terror da Sífilis. A
Dengue aflige o Brasil.
Ainda que o livro do Apocalipse possa ser considerado, sob a
ótica do gênero literário apocalíptico, tão somente, em detrimento a um Livro
Sagrado, envolto em todo simbolismo, trazendo no seu bojo revelações passadas,
revelações ao longo da história apresentadas ou futuristas, o livro citado, há
muito, já nos fez tais relações.
Importa a esta reflexão, que assim como determinadas doenças já
haviam sido erradicadas e tornam a aparecer em meio a tanto desenvolvimento
intelectual, tecnológico, científico, social, achar respostas e soluções, de
onde nascem tamanhas atrocidades.
Afinal, por que se cultiva até hoje a intolerância, a ganância,
o individualismo, a soberba, o desrespeito, entre tantas outras formas de
desamor, desde que mundo é mundo?
Oremos, sim, por uma Paris e pelo nosso planeta como um todo,
sedento de paz, mas está mais do que na hora de, assim como fazemos uso dos
joelhos que se dobram em petição, elevar nossos olhos ao alto, suplicando um
basta!
No Bataclan, a banda foi calada com tiros de fuzis, causados
pela intolerância política, econômica, religiosa.
Em Santa Maria, a banda também foi calada, matando centenas de
jovens, fruto da irresponsabilidade de muitos e ganância de outros.
Nas ruas das cidades, maiores ou menores, o povo também é calado
pelo toque de recolhida ou pelo ruído das armas, num confronto de bandidos e
polícia, atingindo inocentes, também calando o sonho de vida.
Paris e demais países estão em alerta máximo contra o
terrorismo. Qual será o nível de alerta dado ao nosso País? Ou os que aqui
morrem ou são ameaçados, também não representam situação preocupante?
O livro do Apocalipse prenuncia o fim do mundo. Sim, o fim de um
Velho Mundo, onde o homem não mais está suportando a falta de viver a paz, o
respeito, a esperança.
Que nasça um Mundo Novo, onde os verdadeiros valores possam
nortear o homem que também se tornará Novo.
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