quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Quem paga o pato?


Que tempos, que costumes!

Vivemos, nós aqui da Pátria amada, salve, salve numa eterna montanha russa. Quando achamos que vamos pro beleléu alguém mostra luz no fim do túnel, a esperança renasce, o otimismo volta e gente respira fundo e vai em frente. Agora, porém, essa luz no final desse interminável túnel mais parece trem correndo em nossa direção e lá se foi o otimismo por água abaixo. Estamos de novo em busca da saída.
Nos últimos 13 anos o canto da sereia dizia que a gente valia o peso em ouro. Andávamos faceiros como ganso novo em taipa de açude. Saímos pelo mundo a cantar de galo. Queimávamos na fogueira das vaidades. Tudo veio para ficar, isso não mudará nem que a vaca tussa afirmaram peremptoriamente os guias do povo. No frigir dos ovos nos venderam gato por lebre. A máxima “o que é bom dura pouco” nos pega em cheio. E agora José, onde estão os que sabiam fazer a hora?
Quem comandava passou a ideia de que sabia dar nó em pingo d’água. Conhecia perfeitamente o caminho das pedras. Era tudo muito fácil, logo mostraria com quantos paus se faz boa canoa. Tudo firula, faziam cortesia com o chapéu dos outros. Era inevitável, essa gente acabou dando uma de João sem braço. E a barra ficou pesada para quem mesmo? Quem paga o pato? O povo, como, sempre será responsabilizado por algo que não fez, sofrerá as consequências de algo que não causou. E ficará com a impressão de que é mais fácil sustentar um burro a pão de ló do que consertar o País.
Pois é isso mesmo, o sonho vira pesadelo. Aquela misturança de gente que sabia tudo, que podia tudo só arrumou sarna para nos coçar. Afinal, quem pisou no tomate? Quem pisou na bola? Quem botou o carro na frente dos bois? Ficaram jogando água pra fora da bacia – jogaram farofa no ventilador – e agora, após termos sido lírio de campo somos tiririca do brejo. E temos que meter o rabo entre as pernas?
A real é que nossos grandes timoneiros, sob as bênçãos de Lula, vieram com histórias do arco da velha e se tornaram especialistas (mesmo) em lamber bota de graúdo. E, quem diria, faltou saliva! E o bolo abatumou. Tudo desandou, ficaram achando que rabo de porco é saca-rolha e deu no que deu: cavaram a própria sepultura e nos jogaram num mar de lama.
O time do Lula fica 13 anos sempre cortando o baralho, sempre dando as cartas, sempre sendo mão, sempre saindo com coringa e pifado por par e ponta e nos joga nessa aflição, nesse caos. De onde saiu tanta incompetência?
A geração da ética e bons costumes que auto assumiu a missão de nos salvar da malandragem quis enfeitar o pavão e num trágico resumo de ópera bufa está ensacando fumaça. Não pode agora chorar lágrimas de crocodilo, não pode. Não pode varrer a sujeira para baixo do tapete, não pode. Não pode porque o povo está com pedra no sapato, tem náuseas desse gosto de cabo de guarda-chuva que não sai da língua e tem traumas por ouvir o galo cantar sem saber onde ele está.
Só para enticar com as vestais de esquerda que nos enfiaram nesse caos, pego frase de um símbolo mundial da direita – Ronald Reagan –: “Política é como o show business: você tem uma estreia fantástica, desliza por algum tempo e acaba num inferno”. E quem, sempre, paga o pato?
Comente este artigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário