Que tempos, que costumes!
Vivemos,
nós aqui da Pátria amada, salve, salve numa eterna montanha russa. Quando
achamos que vamos pro beleléu alguém mostra luz no fim do túnel, a esperança
renasce, o otimismo volta e gente respira fundo e vai em frente. Agora, porém,
essa luz no final desse interminável túnel mais parece trem correndo em nossa
direção e lá se foi o otimismo por água abaixo. Estamos de novo em busca da
saída.
Nos
últimos 13 anos o canto da sereia dizia que a gente valia o peso em ouro.
Andávamos faceiros como ganso novo em taipa de açude. Saímos pelo mundo a
cantar de galo. Queimávamos na fogueira das vaidades. Tudo veio para ficar,
isso não mudará nem que a vaca tussa afirmaram peremptoriamente os guias do
povo. No frigir dos ovos nos venderam gato por lebre. A máxima “o que é bom
dura pouco” nos pega em cheio. E agora José, onde estão os que sabiam fazer a
hora?
Quem
comandava passou a ideia de que sabia dar nó em pingo d’água. Conhecia
perfeitamente o caminho das pedras. Era tudo muito fácil, logo mostraria com
quantos paus se faz boa canoa. Tudo firula, faziam cortesia com o chapéu dos
outros. Era inevitável, essa gente acabou dando uma de João sem braço. E a
barra ficou pesada para quem mesmo? Quem paga o pato? O povo, como, sempre será
responsabilizado por algo que não fez, sofrerá as consequências de algo que não
causou. E ficará com a impressão de que é mais fácil sustentar um burro a pão
de ló do que consertar o País.
Pois
é isso mesmo, o sonho vira pesadelo. Aquela misturança de gente que sabia tudo,
que podia tudo só arrumou sarna para nos coçar. Afinal, quem pisou no tomate?
Quem pisou na bola? Quem botou o carro na frente dos bois? Ficaram jogando água
pra fora da bacia – jogaram farofa no ventilador – e agora, após termos sido
lírio de campo somos tiririca do brejo. E temos que meter o rabo entre as
pernas?
A
real é que nossos grandes timoneiros, sob as bênçãos de Lula, vieram com
histórias do arco da velha e se tornaram especialistas (mesmo) em lamber bota
de graúdo. E, quem diria, faltou saliva! E o bolo abatumou. Tudo desandou,
ficaram achando que rabo de porco é saca-rolha e deu no que deu: cavaram a
própria sepultura e nos jogaram num mar de lama.
O
time do Lula fica 13 anos sempre cortando o baralho, sempre dando as cartas,
sempre sendo mão, sempre saindo com coringa e pifado por par e ponta e nos joga
nessa aflição, nesse caos. De onde saiu tanta incompetência?
A
geração da ética e bons costumes que auto assumiu a missão de nos salvar da
malandragem quis enfeitar o pavão e num trágico resumo de ópera bufa está
ensacando fumaça. Não pode agora chorar lágrimas de crocodilo, não pode. Não
pode varrer a sujeira para baixo do tapete, não pode. Não pode porque o povo
está com pedra no sapato, tem náuseas desse gosto de cabo de guarda-chuva que
não sai da língua e tem traumas por ouvir o galo cantar sem saber onde ele
está.
Só
para enticar com as vestais de esquerda que nos enfiaram nesse caos, pego frase
de um símbolo mundial da direita – Ronald Reagan –: “Política é como o show
business: você tem uma estreia fantástica, desliza por algum tempo e acaba num
inferno”. E quem, sempre, paga o pato?
Comente
este artigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário