quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O risco de abandonar o tratamento médico



Mais da metade dos brasileiros não segue à risca o tratamento proposto pelos médicos. A pesquisa desenvolvida para a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) pelo Ibope Inteligência, além de revelar o número preocupante, mostrou também que, do percentual total, 31% das pessoas às vezes esquecem de tomar remédio, fazer exercício ou de seguir uma dieta, embora façam até o fim o tratamento pelo tempo estabelecido pelo profissional.
 Já 22% não seguem completamente o tratamento proposto, pois adaptam a sua condição financeira, o tempo disponível e as preferências (comida ou remédio).
Para 30% dos entrevistados, a principal causa da não adesão ao tratamento é o preço alto do medicamento, pois em alguns meses conseguem comprar e em outros não. Outros motivos são dificuldades em retornar ao consultório para acompanhar o tratamento (agenda do médico, fila de espera, custo), mencionado por 26%; e efeitos colaterais dos remédios (como dores de barriga, insônia, sonolência), por isso interrompem o tratamento, citado por 23%.
Há também 21% que param o tratamento quando se sentem melhores, mesmo que não tenham acabado o período orientado; 20% que têm dificuldades em lembrar os horários do remédio e 16% que param o tratamento quando querem se divertir, tomar uma bebida alcoólica ou comer algo fora da dieta.
A pesquisa, por outro lado, mostra que 47% são pacientes dedicados, seguem à risca todo o tratamento proposto, incluindo horários de medicamentos, restrições alimentares e rotinas de exercício.
O estudo também verificou que 53% dos entrevistados tirariam dúvidas e se aconselhariam sobre os medicamentos que estão utilizando; 51% realizariam exames preventivos para várias doenças; 48% aceitariam receber um programa de tratamento e acompanhamento para parar de fumar; 48% pediriam ajuda ao farmacêutico sobre a melhor forma de organizar o tratamento e 46% aceitariam receber materiais educativos e relatórios de acompanhamento.
A parte quantitativa da pesquisa foi realizada entre maio e junho de 2015, em 143 municípios, com 2.002 pessoas de 16 anos ou mais.

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