Saiba identificar se você está
preso dentro do círculo vicioso da inércia para não acabar cozido como o sapo
da historinha.
Volta e meia algum grande empresário, quando questionado a
respeito do segredo do seu sucesso, solta a seguinte resposta: “Sorte – e
quanto mais eu trabalho, muito mais sorte eu tenho”.
Aí o sujeito que está lá sentado no trono do seu apartamento com
a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar (parafraseando Raul
Seixas), de olho gordo no Facebook alheio e compartilhando dezenas de vídeos e
fotos de gosto duvidoso WhatsApp afora, bota o chapéu de pobre coitado na
cabeça e veste-se com a certeza de que seu chefe (se tiver) e o mundo conspiram
para que ele jamais se transforme num honorável cidadão de sucesso tal e qual
esses grandes empresários.
O grande problema é que esta pobre vítima do mundo cruel
não percebeu que está vivendo como o sapo que é colocado na panela. Não
conhecem esta história? Pois bem, não tentem isto em casa, mas reza a lenda que
se colocarmos um sapo dentro da panela com água a uma temperatura próxima à da
lagoa e ligarmos o fogo, ele não saltará para fora porque não perceberá a tempo
o aquecimento gradual da água e, desta forma, acabará por morrer cozido ali
mesmo. Triste, hein?
Olhando por outro ângulo, podemos dizer que esta pobre vítima do
mundo cruel está presa num verdadeiro círculo vicioso da inércia, pois como ela
está lá quietinha dentro da sua panela sem fazer rigorosamente nada, não há
sinal de nenhuma iniciativa que lhe permita começar a gerar algum tipo de
oportunidade. Sem iniciativa, não há oportunidades e, sem oportunidades,
não há evolução (pessoal, trabalho etc), apenas estagnação.
Aí ela começará a entrar num terreno muito perigoso, pois a
estagnação desencadeia o aumento da insatisfação e desperta o sentimento de
inveja contra os “afortunados” que estão evoluindo. E como sentimentos ruins
fazem (muito) mal à saúde, ela acaba criando novos vícios (ou reforçando
antigos), que passarão a influir diretamente no desempenho
(pessoal/profissional) e aumentarão ainda mais essa sensação de que o mundo é
contra ela.
Sentindo-se impotente, só lhe resta ficar cada vez mais presa na
sua panelinha, sem criar iniciativas e gerar oportunidades, aumentando a
estagnação e dando ainda mais corda para que este círculo vicioso não pare de
rodar indefinidamente até um dia em que a água esquentará de vez – e aí, tomara
que esta singela e pobre vítima do mundo cruel não tenha ficado cozida no meio
do caminho.
Portanto, a única alternativa para quebrar este, que é o
principal e o mais nocivo dos círculos viciosos e começar a ter “sorte” de
verdade, só há um caminho a seguir: pular dessa panela. Já!
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