terça-feira, 25 de agosto de 2015

A Teoria da Relatividade Humana



Parece óbvio que o amigo, ao encontrar o título deste artigo, tenha o primeiro impulso de passar para outra. Fique avisado, então, para não se preocupar. Não vamos falar sobre física. Vamos falar da plenitude humana. Esta ardência que sentimos em nossos corações pelo simples fardo de sermos humanos.

O fardo de sermos os únicos seres, em um planeta vasto de criaturas mais magníficas do que nós, capazes de raciocinar com lógica. Ou não. Depende do ponto de vista. É sobre isso que vale a pena discutir. Ponto de vista.

Alguns diriam que a vida gira em torno de uma única certeza. Algo muito parecido com a tal verdade absoluta. Nasceremos, viveremos, cumpriremos nosso destino biológico (sobrevivência) e, então, iremos cair em uma escuridão, para apenas dar um passo maior à negritude infinita. Morte. Sem falarmos de religião – sendo que a morte ainda não é verdade absoluta especialmente para quem crê -, vamos refletir sobre essas verdades.

Somos seres pensantes, carregados de filosofias e ideologias vívidas em nossos corações. Também carregamos um ego massivo e, às vezes, uma falta de empatia impressionante com pessoas fora de nosso círculo mais próximo – amigos, familiares, etc. Muitas vezes, é simplesmente mais fácil seguir adiante, passar por cima e ignorar a opinião alheia.

 Aí, está o ego. Também não podemos exagerar e dizer que a humanidade é ruim. Claro que não. Somos capazes de coisas maravilhosas, mas não sabemos do quê. Voltaire já dizia que o próprio homem não consegue se entender.

Apesar disso tudo, todos passamos por momentos reflexivos nessa intensa jornada. E se pararmos e analisarmos a teoria da relatividade humana? Não há números aqui. Nem mesmo estatísticos. Há humanidade. Pura e simples.

Às vezes, ao invés de pregarmos tantas verdades e aceitarmos que a opinião do próximo é correta, desde que seja a nossa, deveríamos analisar se tudo nesta terra – o céu, mar, ar – é relativo. Devemos duvidar de todas as questões, mesmo as simples e pensar que as coisas podem não ser exatamente como parecem.

Tudo a nossa volta é relativo e depende de um ponto de vista específico, seja social ou cultural. Quando as opiniões divergem, devemos analisar os fatos, processar tudo e registrar se o próximo, talvez, não estivesse mais perto da verdade. Verdades são extremamente relativas, pois podem ser voláteis e manipuláveis, através do clássico boca a boca.

Somos apenas humanos e erramos. Escutamos coisas e queremos passar esse conhecimento adiante. Brigamos com quem amamos, porque não aceitam nossas verdades. Talvez, em um mundo ideal, deveríamos analisar todos os fatos. Vermos pessoas como nós na rua e imaginarmos como serão suas vidas. Serão difíceis? Fáceis? Melhores do que a nossa? Talvez.

 Se um dia descobrirmos, então chegaremos à conclusão de que o fato descoberto é o mais próximo da verdade. Ainda, assim, estará longe de ser real.

A realidade é uma ficção e é feita de contradições. Somente entendendo isso, podemos viver em paz e abraçar quem somos, mesmo que ainda estejamos muito longe de descobrir.

 Mesmo que, o eu aqui dentro não seja exatamente eu lá fora.



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