terça-feira, 21 de julho de 2015

Monstrengo em gestação no Estado do Rio Grande do Sul

Embora o governador José Ivo Sartori não admita publicamente, nas entranhas do Palácio Piratini está em gestação monstrengo semelhante ao criado pela administração Dilma Rousseff. O "Frankenstein" dilmista devorou o poder de compra do brasileiro e impôs pacotaço de maldades.
Suprimiu empregos e renda, aumentou impostos, tirou recursos da saúde, da educação, de conquistas sociais, da segurança, desferiu paulada na já entontecida dignidade nacional, provocou clima de desesperança e revolta, o sentimento de que o povo é apenas massa de manobra de interesses mesquinhos e politiqueiros.
 Indiferente ao fato de que a União já extorque os gaúchos ao máximo - até as penúltimas gotas de sangue e suor, a equipe econômica do "Sartorão da massa" dá os retoques finais no "Frankenstein da Pampa". É o pacotão de ruindades previsto para agosto.
Se confirmado o tarifaço, apesar da grita geral e da incontestável injustiça, vai secar de vez a fonte da arrecadação de tributos, sem considerar que, em paralelo, estará acabando com a paciência da sociedade. E isso pode causar dissensões de efeitos funestos ao Estado, seria como jogar gasolina no fogo. Sartori quebra promessa de campanha, perde o pouco da credibilidade que ainda lhe resta e se coloca no nível do governo Dilma. À semelhança da maioria dos governantes, apela à solução milenar para cobrir o rombo das contas públicas: aumenta impostos.
 Não foi para isso que ele foi eleito. Tentar solucionar a crise repassando o ônus da incompetência, incapacidade e falta de criatividade à coletividade, é muito fácil. Sequer precisa de muita largueza intelectual e gerencial.
 Esperava-se que Sartori, com sua fala mansa, perfil conciliatório e auréola de "gringo" habituado à dura lida da vida, encontrasse alternativas para melhorar as contas do governo sem penalizar ainda mais a população. Passados quase sete meses de atuação, a administração peemedebista é decepcionante, similar à do governo central no que se refere à gerência dos interesses e necessidades do povo. Menos mal que, a exemplo de tentativas de governos anteriores, a Assembleia Legislativa ouvirá o clamor das ruas e não terá ousadia, tampouco, coragem de aprovar tamanho disparate. Ou terá?
Expectativa
Indiciamento de executivos da Andrade Gutierrez, do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, condenação de gente da cúpula da Camargo Corrêa por corrupção na Petrobras... A Polícia Federal e a Justiça não estão para brincadeira. A expectativa se concentra, agora, em Marcelo. Ele está na iminência de aceitar a delação premiada. Se ele realmente abrir a boca, sai da frente!

Jogo de xadrez
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é o bode expiatório ideal para amenizar a crise política e tirar o foco do governo Dilma Rousseff. O poder de fogo do PT e aliados, inclusive no Judiciário, vai se concentrar na tentativa de destituir Cunha do cargo por exigir propina. A briga vai longe e terá consequências imprevisíveis.

Desafio
Eduardo Cunha é carne de pescoço. Disse ontem que aceita acareação com o lobista Júlio Camargo, em cuja delação premiada acusou Cunha de ter recebido 5 milhões de dólares ilegalmente. O peemedebista, porém, exige acareação da presidente Dilma com o doleiro Alberto Youssef, do ministro da Comunicação, Edinho Silva, com o presidente da UTC, Ricardo Pessoa etc. Cunha não vai deixar barato. O rolo é grosso.

Fritura
Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, está com as horas contadas no cargo - na marca do pênalti. Petistas, "aliados" e até o ex-presidente Lula da Silva querem a cabeça de Mercadante numa bandeja. Ministro da Defesa, Jacques Wagner, é o preferido nas apostas de bastidores. Há sinais de outras mudanças no Ministério...

Pedaladas
Termina amanhã o prazo dado pelo Tribunal de Contas da União para a presidente Dilma explicar as "pedaladas fiscais" de 2014. Caso o TCU rejeite os argumentos do governo, o processo será enviado ao Congresso Nacional, a quem cabe aprovar as contas do Executivo. O resultado do imbróglio depende de "acertos" secretos.

BNDES
PMDB fez acordo com a oposição para presidir a CPI do BNDES. O processo se inicia em agosto e vai investigar empréstimos da instituição financeira desde o primeiro mandato do presidente Lula da Silva. A Procuradoria da República do Distrito Federal apura suposta relação de Lula com a Odebrecht, fartamente beneficiada pelo BNDES.



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