terça-feira, 28 de abril de 2015

Mais qualidade de vida, mais produtividade

Se os empresários colocassem no papel o número de horas não trabalhadas todos os meses por funcionários que precisam se afastar por problemas de saúde, veriam que é muito mais vantajoso investir em programas de qualidade de vida no ambiente de serviço do que simplesmente aceitar as jornadas que deixam de ser cumpridas por força de circunstâncias de difícil controle.
Mudar o olhar para questões individuais, conhecer e interpretar as causas, e agir no sentido de tentar reduzir os motivos dos afastamentos são exercícios que, se implantados, passam a se tornar aliados. Ganham os funcionários - passam a adoecer menos - e a própria empresa.
Esse foi o tema abordado pelo médico Alberto Ogata, membro do Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a unidade federativa mais produtiva do Brasil.
De acordo com Ogata, que palestrou durante o Encontros Fiesp Sustentabilidade - Conectando Pessoas, Compartilhando Valores, e usou dados de uma pesquisa feita pelo Ibope, mais de um quarto da população adulta brasileira tem doenças musculoesqueléticas e a maioria não procura ajuda médica. Em razão disso, perde, pelo menos, oito horas de trabalho por semana por estar com o problema.
Segundo ele, dores lombares, na coluna cervical ou fibromialgia (dores em todo o corpo por longos períodos) são exemplos de males que podem afastar o trabalhador de suas atividades. "É preciso fazer alguma coisa para reduzir esse indicador, para ter menos gente afastada ou com problemas por esses distúrbios."
As empresas de pequeno em médio porte são aquelas que mais sofrem com afastamentos de trabalhadores doentes. A sugestão do médico para superar essa dificuldade é a criação de redes entre empresas menores para compartilhar serviços de qualidade de vida, conhecer os recursos oferecidos no entorno da sede e buscar parcerias que permitam pouco ou nenhum investimento.
Informações da agência Indusnet Fiesp.

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