Referindo-se à família solar,
em nossa Galáxia, e em todo o Cosmo, Emmanuel nos levar a refletir sobre a vida
no sentido universal.
Já não
somos apenas cidadãos da Terra, mas sim cidadãos do Universo, uma vez que Deus,
nosso Pai e Criador – Sábio e Misericordioso – , não admite privilégio a quem
quer que seja, prodigalizando proteção, desvelo e amor, indistintamente, a
todos os seus filhos.
2 – O
referido autor, no livro “Intervalos” , permite-nos, na mensagem abaixo, a
visão de seu pensamento sobre o importante tema, asseverando:
“Em
verdade, o sistema solar – vaso e sublime edifício, de que somos reduzido
apartamento –, é um império maravilho de luz e de vida, cuja grandeza mal
começamos a perceber.
Basta
lembrar que a sede rutilante desse largo domínio cósmico, representada pelo
divino astro do dia, detém o volume correspondente a um milhão e trezentas mil
Terras reunidas, e basta recordar que Júpiter, o filho mais importante do Sol,
é mais de mil vezes maior que o nosso Planeta.
Mas,
não é somente a massa comparada desses gigantes do Espaço, que precisamos
examinar para definir, com segurança, a nossa pequenez.
Reportemo-nos,
igualmente, às distâncias, recordando que Marte, o nosso vizinho mais próximo,
quando menos afastado do educandário em que estagiamos, movimenta-se a
cinquenta e seis milhões de quilômetros de nós, oferecendo-nos justas reflexões
quanto aos estreitos limites de nossa casa terrestre.
Registre-se
ainda que o nosso Sistema, ante a amplidão ilimitada, é insignificante
domicílio na cidade imensa da Via Láctea, na qual milhões de sóis,
transportando consigo milhões de mundos, tanto quanto nos ocorre, procuram,
através do movimento e do trabalho incessantes, a comunhão com a indefinível
Majestade de Deus.
Vega,
Sírius, Canopus e Antares, sóis resplendentes, junto dos quais o nosso não
passará de ponto obscuro, à maneira de lâmpada humilde no coro da Imortalidade,
constituem palácios suspensos, onde a beleza e a perfeição adquirem aspectos
inabordáveis, ainda ao nosso campo de expressão.
Todavia,
é preciso calar, de algum modo, o êxtase que nos assalta, ante a magnificência
do Universo, para atender às obrigações que o mundo nos exige.
Somos
demasiadamente pequeninos para arrojar ao Cosmo o escalpelo de nossas
indagações descabidas.
Aves
implumes no ninho da vida eterna, achamo-nos, ainda, muito longe das asas com
que ultrapassaremos nossas justas e compreensíveis limitações.
Por
isso mesmo, embora aguardando a celeste herança que nos é destinada no curso
dos milênios, busquemos construir a casa de nossos destinos sobre a Rocha do
Amor – Jesus Cristo –, o Sol Espiritual que nos acalenta e soergue para o
grande futuro.
3 – De
acordo com a Lei do Progresso, que vige em todo o Universo, todos os filhos de
Deus estão destinados à perfeição, embora relativa.
Todavia,
dada a perenidade e infinitude da vida, é de compreensiva lentidão a escalada
evolutiva, rumo a Deus, nossa origem. Daí a necessidade que nos cabe de termos
a indispensável paciência ao longo da jornada, mas sempre dentro da vida, seja
de cá, seja de lá.
Encerrando
a mensagem, complementa o autor:
Antes
da ascensão a outras esferas, atendamos às necessidades de nossa própria
moradia.
Melhoremo-nos
para que a nossa residência melhore.
Ajudemo-nos
uns aos outros, para que a vida, em nosso plano, se faça menos dolorosa e menos
inquietante.
E,
convertendo nosso mundo, pouco a pouco, no santuário vivo em que Jesus se
manifesta, estejamos convictos de que a Terra, hoje escura, amanhã se
transformará no espelho divino em cuja face a glória de Deus se refletirá.”
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