sábado, 7 de março de 2015

Insônia potencializa outras doenças

Conheça as principais causas e sintomas que provocam a insônia. Mulheres estão entre os grupos mais prejudicados pela privação do sono
Ultrapassar 30 minutos para adormecer, acordar várias vezes durante a noite ou sentir que o sono não foi suficiente são alguns dos sinais que podem ajudar no diagnóstico de insônia. O mal se caracteriza pela incapacidade de conciliar o sono e pode manifestar-se em seu período inicial, intermediário ou final. O sintoma também pode ser classificado em três dimensões. A primeira é a transitória, que pode durar até 7 dias. O segundo estágio é o intermediário, que tem duração de até 3 semanas, já o último grau é o crônico e dura mais que 3 semanas.
O neurologista Alberto Antunes explica que as causas da insônia podem estar ligadas a problemas orgânicos e psíquicos. Para identificar os reais motivos, o médico diz que é preciso analisar o histórico de vida do indivíduo. “A princípio, o médico submete o paciente a alguns exames, como o actígrafo, aparelho que capta movimentos e registra os períodos de sono e vigília durante 24 horas. Ele ainda pode requisitar um diário do sono. Outro procedimento que auxilia no diagnóstico pode ser feito pela polissonografia, que detecta distúrbios relacionados à insônia”, explica.
CAUSA
O médico frisa que o tratamento adequado depende da causa identificada, mas em algumas situações apenas mudanças de hábitos, terapia cognitivo-comportamental, prática de atividade física e até medicamentos podem auxiliar na qualidade do sono. “Em alguns casos, a insônia é causada por um problema físico, mas tratável. Por exemplo, acordar com vontade de urinar, dor, excesso de suor, coração acelerado, queimação na garganta, sede ou boca seca são sinais de alerta e que devem ser encaminhados a um médico”, orienta.
Mulheres representam 70% da comunidade dos sem-sono
Alberto Antunes avalia que as mulheres estão mais suscetíveis a desenvolver insônia. “Elas representam cerca de 70% dos pacientes que reclamam dos sinais. Isto ocorre porque são mais propensas a doenças como depressão, ansiedade e alterações hormonais”, afirma. A associação do especialista também se deve a preocupação do grupo feminino com o trabalho e as tarefas de casa. “A perda de noites de sono com os filhos e as alterações hormonais que ocorrem no dia a dia, seja na TPM, gestação, menopausa ou até mesmo na fase pós-parto. Além do uso abusivo de medicamentos”, esclarece.
O otorrinolaringologista Sandro Gomes avalia os prejuízos da privação do sono para a saúde em longo prazo. “Aumento do risco de doenças como a hipertensão arterial, diabetes, depressão e até obesidade.
Estudos recentes também têm fortalecido a ideia do risco cardiovascular em pacientes que sofrem de insônia. A falta de sono ativa o sistema de estresse durante a noite, com consequente sobrecarga cardiovascular, o que aumenta o risco de doenças do coração e acidentes vasculares cerebrais”, diz.
DESGASTES
Sono na quantidade adequada e com qualidade é uma das garantias de saúde e longevidade. Já que é durante o sono que o organismo se recupera dos desgastes ocorridos durante o dia.
“O sono não é uma atividade em que o corpo fica sem fazer nada, não é um processo passivo. É um mecanismo ativo do cérebro com consequências profundas na qualidade de vida, na reparação e recuperação dos danos que sofremos”, explica o médico Gomes.
E depois de dormir bem que conseguimos pensar com mais clareza, resolver problemas com soluções mais estruturadas e criativas, convergem os especialistas em medicina do sono. “Os pacientes que não dormem o número de total de horas suficiente costuma ficar com sonolência durante o dia e dificuldade de raciocínio. O corpo precisa alcançar seu equilíbrio. Eliminar boa parcela dos radicais livres”, afirma.
saiba mais
Determinados fatores que podem causar insônia:
Álcool, cafeína e nicotina
Medicamentos
Fatores ambientais
Sedentarismo
Estresse ou depressão
Tentar resolver questões importantes
ou pensar em problemas não resolvidos na
hora de dormir
Principais sintomas de insônia podem incluir:
Dificuldade para adormecer à noite
Despertar durante a noite
Despertar muito cedo
Não se sentir descansado após uma noite de sono
Cansaço ou sonolência diurna
Irritabilidade, depressão ou ansiedade
Dificuldade para prestar atenção, concentrar-se em tarefas ou se lembrar de alguma coisa importante
Aumento do risco de acidentes
Dores de cabeça localizadas
Problemas gastrointestinais
Preocupações contínuas com o sono
Dicas para afastar a insônia:
Reduza a atividade mental (sem computador e televisão antes de dormir)
Faça mais atividades físicas durante o dia
Priorize o sono
Procure não fragmentar o sono
Busque deitar-se e acordar sempre no mesmo horário
Não exagere em cafés (evite a bebida após às 17 horas), ou refrigerantes
Opte por atividades relaxantes à noite
Use travesseiros que alinhem o pescoço e o tronco
O colchão também pode ser um causador do mau sono, pois deve se adaptar às curvas anatômicas do corpo e ser confortável.


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