sábado, 7 de março de 2015

A realidade do bolso de cada brasileiro

A população de 19 estados brasileiros tem o rendimento nominal mensal domiciliar per capita menor do que a média nacional. Os dados foram divulgados recentemente pelo IBGE, referentes às estimativas em 2014 para o país e às 27 unidades da federação, resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Os números e outras informações foram encaminhados ao Tribunal de Contas da União, uma vez que as estimativas servem de base ao rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Chamada de Pnad Contínua, a pesquisa domiciliar é realizada a cada trimestre e levanta informações socioeconômicas em mais de 200 mil domicílios, distribuídos em cerca de 3,5 mil municípios.
Para chegar ao valor dos rendimentos domiciliares é feita a soma dos rendimentos, do trabalho e de outras fontes, recebidos pelo morador no mês de referência da entrevista, considerando-se todos os moradores do domicílio. O rendimento domiciliar per capita, assim, corresponde à razão entre o total dos rendimentos domiciliares e o total dos moradores, para cada Unidade da Federação e para o Brasil.
A média de nosso país hoje encontra-se em baixos R$ 1.052,00. A unidade onde o rendimento é melhor identificado é o Distrito Federal: R$ 2.055,00. O ranking segue com São Paulo (R$ 1.432,00), Rio Grande do Sul (R$ 1.318.00), Santa Catarina (R$ 1.245,00), Paraná (R$ 1.210,00), Rio de Janeiro (R$ 1.193,00), Mato Grosso do Sul (R$ 1.053,00) e Espírito Santo (R$ 1.052,00).
Todos os demais a seguir têm rendimentos domiciliares menores em relação à média nacional: Minas Gerais (R$ 1.049,00), Mato Grosso (R$ 1.032,00), Goiás (R$ 1.031,00), Pernambuco (R$ 802,00), Roraima (R$ 871,00), Tocantins (R$ 765,00), Rondônia (R$ 762,00), Sergipe (R$ 758,00), Amapá (R$ 753,00), Amazonas (R$ 739,00), Rio Grande do Norte (R$ 695,00), Acre (R$ 670,00), Bahia (R$ 697,00), Paraíba (R$ 682,00), Piauí (R$ 659,00), Pará (R$ 631,00), Ceará (R$ 616,00), Alagoas (R$ 604,00) e Maranhão (R$ 461,00).
Considerando-se o valor atual do salário mínimo nacional, reajustado de R$ 724,00 para R$ 788,00 em 1º de janeiro, o Brasil tem hoje a população de 14 estados onde o rendimento nominal mensal domiciliar per capita é menor do que o mais baixo valor a ser pago a um trabalhador brasileiro.
Ser pobre e ganhar pouco no Brasil é uma questão de ponto de vista. Para o governo federal, tudo melhorou muito nos últimos anos. Para quem recebe de quatro a cinco notas de R$ 100,00 por mês, tudo continua muito difícil.

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