sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Brasil, a Ilha da fantasia

 A total falta de transparência, especialmente dos órgãos públicos, vem transformando o Brasil em verdadeira ilha da fantasia. Tudo, ou quase tudo, que é dito como oficial deixa sempre uma ponta de desconfiança, pois logo ali na frente, pode acontecer uma outra versão, também oficial, desmentindo ou oferecendo uma nova cor à primeira. Falta seriedade.
São Paulo, como exemplo, já vem sofrendo o problema do desabastecimento de água há algum tempo, considerando as condições precárias dos reservatórios e, principalmente, os atrasos nas obras de captação de água para distribuição ao povo, que paga por ela, e paga caro. Os mandatários, em todas as aparições, para falar sobre o assunto, alegavam o aproveitamento do tal “volume morto” com a afirmação de que o líquido não faltaria nas torneiras.
Agora, o tema volta aos debates e as “palavras oficiais” mudam de tonalidade. O racionamento poderá acontecer em até cinco dias por semana. O mesmo se ouve dizer com relação ao sistema energético, onde o recente “apagão” foi camuflado como fato esporádico. Agora, está sendo sinalizado o perigo do desabastecimento, pela falta de geração de energia, que está condicionada ao volume baixíssimo das represas. 
O mesmo também se diz com respeito aos problemas da Petrobras e de tantos outros que se espalham por este Brasil. Por que as vozes oficiais, quer no Planalto, como nos Estados, escondem a verdade do povo e somente quando não mais é possível esconder, mudam a versão dos fatos?
Como podem querer que o povo tenha confiança nos políticos, se eles mesmos escondem a verdade daqueles que deveriam representar e, não raro, são surpreendidos pelas novas versões, que terminam aparecendo e, não se diga que processos dessa natureza são ligados diretamente a uma determinada sigla, quando a verdade é que muitos Estados são comandados por legendas diferentes, mas o procedimento não é nada diferente.
O que se pode depreender de tudo isso é que os governos deixam de fazê-lo, no acompanhamento das demandas, com aproveitamento do dinheiro para projetos, muitas vezes politiqueiros e, no momento em que os fatos acontecem, os senhores da palavra oficial passam a “enrolar” enquanto possível, porque não tem como explicar a falta de investimentos que deveriam ter feito no tempo hábil.

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