sábado, 31 de janeiro de 2015

Qual é a diferença entre sal e sódio?

Muitas pessoas se confundem e não sabem a diferença entre sal e sódio. O sódio (NA) é um mineral que tem diversas funções no organismo, como equilíbrio entre os fluidos celulares e extracelulares. Atua na transmissão de impulsos nervosos em todo o corpo, permitindo o funcionamento do cérebro e o controle de nossas funções vitais mas, em excesso, é prejudicial à saúde, leva à hipertensão arterial, perda de cálcio na urina, edemas.

Ligado ao cloro (Cl), outro mineral, forma o cloreto de sódio (NaCl), que é o usual sal de cozinha. Os cristais de cloreto de sódio contêm 39,337% de sódio e 60,663% de cloro. O sal de cozinha é o alimento que contém mais sódio. É importante saber que o termo sal é de uso genérico em química, e nem todos os sais contêm sódio.

O sódio está presente na maioria dos produtos industrializados, mesmo nos de sabor doce. Para aumentar a confusão, o sódio não está apenas em alimentos salgados, mas também em conservantes (nitrito de sódio e nitrato de sódio), adoçantes (ciclamato de sódio e sacarina sódica), fermentos (bicarbonato de sódio) e realçadores de sabor (glutamato monossódico).

Uma pesquisa publicada no ano de 2012 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontou o teor de sódio presente em diversos alimentos. Ao todo, foram analisados 496 produtos de 26 categorias de alimentos, o campeão foi o queijo parmesão ralado com teor médio de sódio de 1.981 mg para 100 g do produto.

Nas colocações seguintes, apareceram o macarrão instantâneo com 1.798 mg de sódio para 100 g do produto e a mortadela, com 1.402 mg de sódio para 100 g do produto. Entretanto, esse estudo mostrou que há uma variação na quantidade de sódio entre as diversas marcas do mesmo produto, o que reforça a necessidade de os consumidores observarem os rótulos e, principalmente, a tabela nutricional dos alimentos industrializados. Portanto, a comparação das informações nutricionais dos alimentos de diferentes marcas e/ou sabores é fundamental para a escolha daqueles com menor quantidade de sódio.

A quantidade de sódio dos produtos precisa ser multiplicada por 2,5 para termos o equivalente em sal de cozinha. Um alimento com 500 mg de sódio representa 1.250 mg ou 1,25 g de sal. Por exemplo: macarrão instantâneo com 570 mg de sódio para 33g do produto, contém 1.425 mg ou 1,42 g de sal. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo diário máximo de cinco gramas de sal, o que corresponde a dois gramas de sódio. Porém, a ingestão média do brasileiro é de 12 gramas por dia. Por isso, é importante diminuir o consumo de alimentos industrializados e a utilização de sal nas preparações caseiras. Hoje já é possível encontrar salgantes, que são livres de sódio, controlando a pressão arterial e diminuindo a retenção de líquidos. Pode ser uma boa opção para reduzir o seu consumo.


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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A água e o banho demorado

A água, ou melhor, a falta de água em algumas grandes cidades brasileiras está no centro do debate nacional. Daqui vai um recado, baseado em dados. Sabe aquele banho demorado do seu filho adolescente no banheiro? Atenção, ele não é o vilão dessa história. Vamos por etapas.
Primeiro, nada mais simples para o poder público do que jogar a culpa no cidadão, usuário da água tratada. As redes de distribuição das grandes cidades estão sucateadas. Há trincas por toda à parte. Metade da água tratada nas grandes cidades se perde nessas trincas e rachaduras de encanamentos das companhias distribuidoras de água. Toda vez que fecham o registro em nome do racionamento, a Sabesp por exemplo, ganha dinheiro, pois não perde água tratada pelos buracos de seus canos, antes dela chegar ao hidrômetro do consumidor. Com a desculpa do racionamento, fica mais fácil empurrar aumento para a população em suas tarifas e, assim, a vida segue.
Segundo. O consumo residencial é de apenas 10% da água. A agricultura consome 70% do uso humano da água e a indústria 20%. Para se colocar um quilo de carne à mesa, são gastos 17 mil litros de água, provavelmente muito mais que um mês de banho demorado no chuveiro. Para produzir um litro de cerveja, gasta-se 5 litros e meio de água, e no café da manhã, aquela manteiga que você passa no pão, utilizou 18 mil litros de água para cada quilo produzido.
A falta de água em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outras cidades brasileiras, retrata um problema que existe em decorrência de vários fatores que se misturam. São eles, basicamente: a falta de comprometimento no planejamento e administração das áreas urbanas, mudanças climáticas e um modelo de agricultura cada vez mais voltado para a produção de grãos.
A escassez de chuvas, há tempos provoca calamidades em regiões do sertão nordestino, vez ou outra no sul do país e recentemente no Amazonas. Indiferente se essas oscilações no clima são provocadas pelas intervenções profundas dos humanos no meio ambiente, ou, se estamos outra vez passando por uma era de aquecimento do planeta, o fato é que, esse fenômeno, agora ao atingir metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, chama a atenção, acende o sinal de alerta e provoca o  debate nacional. Só agora esse debate, depois que milhões de nordestinos migraram para construir Brasília, São Paulo e outras cidades no Centro-Sul do Brasil.
Enquanto na agricultura a água é usada na maior parte para a produção de grãos, que depois se transformarão em ração para animais de abate, o uso doméstico é o menor de todos. Aquele banho demorado pode pesar na sua consciência, mas fique sabendo que o seu modo alimentar pode interferir mais no desperdicio de água do que uma chuveirada. A irrigação de plantações para a produção de graõs que se destinarão a fabricação de ração animal, se divide com o uso para a transformação em biocombustiveis. Mais de dois terços da água do planeta é pulverizada para essa finalidade.
Enquanto a população mundial cresce, aumenta também a necessidade de ampliação da produção de alimentos. Ocorre que as plantações regionais dão lugar as sementes do agronegócio. Alimentos locais são produtos descartados na escala de produção a granel. O mundo precisa dobrar a produção de alimentos até 2050 e ainda não conseguimos erradicar a fome. Quase um bilhão de pessoas passam fome no planeta e isso ocorre não por falta de produção, mas sim por desperdício e uma melhor distribuição mundial.
A falta de água talvez chegará com força juntamente com a falta de energia elétrica e de alimentos, isso também em escala mundial. Talvez sim, talvez não. Muitos outros fatores interferem nessas possibilidades, além do desperdício, como guerras, contaminações, embargos e pestes. As cidades precisam se adaptar tanto à falta de água para consumo, como também precisam se preparar para as fortes chuvas que cada vez mais despencam nos grandes centros.
O calor retido durante o dia pelos prédios, asfaltos e pisos impermeáveis, forma nuvens que provocam chuvas torrenciais nos finais de tarde. Com pouca área permeável, a água das chuvas acaba inundando córregos e rios, escorrendo sobre asfaltos e invadindo casas e prédios comerciais. Essa mesma água poderia ter um destino melhor, sendo captada para uso diário, reservando a água tratada para beber e preparar alimentos na cozinha.
Obras de drenagem e de melhorias na distribuição de água são urgentes, assim como uma política voltada para a produção de alimentos. O presente nos cobra nossa indiferença praticada no passado. O futuro se desenha com base no que estamos começando a viver. Ainda dá tempo de melhorá-lo, para isso precisamos de inteligência, bom senso e honestidade na aplicação de recursos públicos. A água é de todos nós e é direito de cada um poder usá-la de forma responsável. É claro que nós precisamos fazer a nossa parte e talvez, a mais importante de todas, além de cuidar da água que temos é, na hora de votarmos, escolhermos na fonte a água menos suja.


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Brasil, a Ilha da fantasia

 A total falta de transparência, especialmente dos órgãos públicos, vem transformando o Brasil em verdadeira ilha da fantasia. Tudo, ou quase tudo, que é dito como oficial deixa sempre uma ponta de desconfiança, pois logo ali na frente, pode acontecer uma outra versão, também oficial, desmentindo ou oferecendo uma nova cor à primeira. Falta seriedade.
São Paulo, como exemplo, já vem sofrendo o problema do desabastecimento de água há algum tempo, considerando as condições precárias dos reservatórios e, principalmente, os atrasos nas obras de captação de água para distribuição ao povo, que paga por ela, e paga caro. Os mandatários, em todas as aparições, para falar sobre o assunto, alegavam o aproveitamento do tal “volume morto” com a afirmação de que o líquido não faltaria nas torneiras.
Agora, o tema volta aos debates e as “palavras oficiais” mudam de tonalidade. O racionamento poderá acontecer em até cinco dias por semana. O mesmo se ouve dizer com relação ao sistema energético, onde o recente “apagão” foi camuflado como fato esporádico. Agora, está sendo sinalizado o perigo do desabastecimento, pela falta de geração de energia, que está condicionada ao volume baixíssimo das represas. 
O mesmo também se diz com respeito aos problemas da Petrobras e de tantos outros que se espalham por este Brasil. Por que as vozes oficiais, quer no Planalto, como nos Estados, escondem a verdade do povo e somente quando não mais é possível esconder, mudam a versão dos fatos?
Como podem querer que o povo tenha confiança nos políticos, se eles mesmos escondem a verdade daqueles que deveriam representar e, não raro, são surpreendidos pelas novas versões, que terminam aparecendo e, não se diga que processos dessa natureza são ligados diretamente a uma determinada sigla, quando a verdade é que muitos Estados são comandados por legendas diferentes, mas o procedimento não é nada diferente.
O que se pode depreender de tudo isso é que os governos deixam de fazê-lo, no acompanhamento das demandas, com aproveitamento do dinheiro para projetos, muitas vezes politiqueiros e, no momento em que os fatos acontecem, os senhores da palavra oficial passam a “enrolar” enquanto possível, porque não tem como explicar a falta de investimentos que deveriam ter feito no tempo hábil.

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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Crase. Sempre ela.

Estavam prontos para pichar o prédio público. Dois ficaram na esquina, dando cobertura ao terceiro, que caminhou em direção à parede, na parte mais escura da rua. Ele puxou a lata de spray e escreveu a primeira palavra: Não. A seguir escreveu a letra A e a acentuou. Foi quando um dos parceiros correu em sua direção.
- O que tu está fazendo?
- Pichando, cara. Não é pra isso que estamos aqui?
- Eu sei que estamos pichando. Mas isso aí na parede?
- O quê?
- Acentuou o A.
- E não tem acento?
- Tem crase. Tu colocou acento agudo.
- Crase? Que droga é essa?
- Crase. O risco está errado. É pra cá. Tu botou pra lá. Muda tudo.
- Ah, não enche. Nós viemos aqui protestar, não para ter aula de Português.
- Sim, porque se fosse para ter aula tu estarias reprovado. Não sabe usar crase.
Começaram a discutir em voz alta e esqueceram da pichação. Até que o terceiro colega foi até eles e perguntou o motivo da briga.
- Esse maluco estragou tudo. Acentuou o A de forma errada.
- Não estraguei nada. O cara aí vem com esse papo de crase, de Português. Acha que se eu tivesse estudado estaria pichando muro, me arriscando a ser preso?
- Então cai fora. Quer sujar parede e não sabe escrever direito. Babaca.
O amigo precisou separar os dois. Estavam prontos para se estapear. A muito custo convenceu a dupla a deixar para lá a "bobagem" de crase e terminar o vandalismo. Voltaram à esquina e ficaram observando. O pichador borrou com tinta o acento agudo e fez o sinal para o lado esquerdo. Depois olhou em direção ao desafeto, como quem pergunta: "satisfeito?" A seguir deu início à terceira palavra. Fez um H. Mas antes de continuar foi atacado pelo, agora sim, desafeto. Rolaram pelo chão e tudo terminou na delegacia. Os vizinhos chamaram a polícia.
Nos depoimentos, um acusou o outro. O delegado perguntou qual a frase que pretendiam pichar. O sujão de paredes respondeu:
- Não à intolerância.
E o outro gritou:
- Com crase, com crase. E intolerância não é com H.
Saíram no tapa outra vez.



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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A lei só beneficia os ricos

Aqui no Brasil, o nosso Código Penal, que é de 1941, já nasceu discriminando o menos favorecido e favorecendo os ricos.
Na escala de valores do homem, em primeiro lugar, vem a honra; depois, a integridade física, e, por último, o patrimônio. E o próprio dia a dia demonstra isso: a vítima implora ao bandido que leve o carro, o dinheiro e o que quiser, em troca de não a molestar, não lhe tirar a vida; e, muitas vezes, uma pessoa mata para “lavar a honra”, num crime dito passional.
Pois bem, para o crime de injúria (art. 140), a pena é de detenção, de 1 a 6 me-ses ou multa. Para a lesão corporal (art. 129), é de detenção, de 3 meses a um ano; mas para o crime de roubo mediante violência ou ameaça (o famoso assalto), é de quatro anos a dez anos e mais multa.
Agora, pergunto eu:
Já se viu tramitar um processo em que um rico empresário praticou um assalto? Ou um em que um pobre carroceiro processou alguém por injúria, calúnia ou difamação? Se existe, ainda não vi na minha carreira. Daí, eu, sem medo de errar, digo que há “crime de rico” e “crime de pobre”.
Isto, porque tais penas foram adequadamente fixadas para beneficiar o rico e prejudicar o pobre, num Código Penal fascista.
Há um outro paralelo interessante: no Código Penal há um crime chamado “esbulho possessório” (art. 161), que consiste na apropriação de terras mediante violência ou grave ameaça, que se assemelha, apenas para efeito de comparação, “ao roubo mediante violência ou grave ameaça”, Enquanto o “esbulho possessório”, que é praticado quase que exclusivamente por fazendeiros abastados, comina uma pena de detenção de um a seis meses (só no papel, pois nunca vi uma condenação), o “roubo mediante ameaça”, exclusividade do menos bafejado pela fortuna, rende uma pena de quatro a dez anos de reclusão. É uma verdadeira incoerência, já que o bem subtraído pelo rico é infinitamente mais valioso do que o surrupiado pelo pobre.
Pelo nosso Código Penal, é menos grave apropriar-se, nas mesmas circuns-tâncias, de uma fazenda do que de um mísero relógio do Paraguai.
Se o Brasil fosse um País sério não haveria tanto protecionismo. Um dos exemplos é a prisão especial. No âmbito do Direito Processual Penal, há a previsão de prisão especial para ministros de Estado, governadores e seus respectivos secretários, prefeitos municipais, vereadores, chefes de Polícia, parlamentares, oficiais das Forças Armadas e das Polícias Militares, magistrados, diplomados em qualquer curso superior e assim por diante.
Aí é que está a incoerência: se o indivíduo tem instrução ou cargo relevante deveria dar o exemplo. Em países evoluídos, a lei é igual para todo mundo. Há pouco tempo, um ex-primeiro ministro português, atuante na política lusitana, teve sua prisão decretada. E Lula, Dilma e outros declaradamente corruptos estão soltos. Nem processados são.
A legislação vigente costuma punir com rigor o cidadão, mas não autoriza o Judiciário a punir os bancos. Se alguém receber determinado valor ou objeto de outra pessoa, não pode retê-lo ou utilizá-lo sem autorização do dono, sob pena de responder por apropriação indébita (art. 168 do CPB); mas se alguém faz um pagamento mediante depósito em conta-corrente, o banco, sem autorização do correntista, sempre saca o dinheiro e o movimenta por vários dias até entregá-lo ao credor. E não há qualquer penalidade para o banco.
Outro absurdo é a alienação fiduciária em garantia: um banco, ao financiar um bem-durável (um carro, por exemplo), assegura-se pelo instituto da alienação fiduciária, firmando um contrato, e, no caso de qualquer atraso de pagamento, é autorizado pela lei a requerer sumariamente a busca e apreensão do bem financiado; e mais absurdo ainda o decreto-lei 911/69 praticamente obriga o julgador a conceder a liminar para o banco (“a qual será concedida liminarmente”, diz a lei); mas se um particular vende um carro, e o devedor atrasa o pagamento, não pode pedir a apreensão do veículo. Terá que discutir na Justiça o contrato de compra e venda, o que pode se arrastar por meses e meses, e, às vezes, por anos.
Como magistrado, jamais concedi uma liminar com base no decreto-lei 911/69.
Como já disse antes, neste mesmo espaço: eu não acredito na Justiça, mas não me refiro aos julgadores, e sim à própria lei, que é moldada para atender a interesses de quem a cria.
Quando o juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão dos chefões de famosas e ricas empresas, causou espécie, como se rico tivesse que obedecer a legislação diferente.
É isto que dá um País potencialmente rico e privilegiado (sem intempéries, como vulcões, terremotos, furacões, etc.) não ir para a frente: é governado por títeres de um molusco analfabeto, que agasalha a corrupção dos políticos, entravando o progresso. E embotando a seriedade e a credibilidade, onde a desonestidade é que é a regra.


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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Nosso frágil planetinha azul

Ao dar início “À formatação” do artigo para envio aos Jornais Impressos e Portais de Notícias com os quais colaboro, me deparei com um dilema existencial. Não... minto... um verdadeiro drama existencial! Abro meu querido notebook e eis que todos os assuntos, nos quais havia juntado informações ou rabiscado linhas avulsas, eram sobre “quase” tragédias. “O pacote de maldades da nova fase do Governo Dilma.” “O programa Fantástico substituindo matérias culturais por campanhas de salvamento de traficantes presos na Indonésia e aquelas criaturas 'voluntariamente' encrencadas em Cancún.” “A Andressa Urach vendendo as próprias fotos hospitalares para se manter no alvo da mídia.” “O desastre do meio milhão de redações zeradas no Enem.” Ufa!               
Então, fechei “a pasta criativa” e infantilmente abri uma caixa de chocolates para compensar o baixo astral que se apossou do meu ambiente de labuta. Ok... Ok... pensamento pra frente: “não desistiremos do Brasil,” ainda que nem o falecido Eduardo Campos era tão inocente assim quanto sua imagem nos apregoava. Tá bem.. tá bem... dando alguns tropeços, o Governo Dilma irá acertar bordoadas na cabeça do dragão da inflação. Vejam amigos, o quanto minhas expectativas otimistas não se arrefeceram.  
            
Deixe-me pensar... talvez como dizem os críticos, o Fantástico esteja mesmo em processo de decadência de audiência e inteligência, então, melhor é trocar de canal, assistir a um filme ou ler um livro. Quanto a Andressa Urach, se isso for realmente fato e não boato, está precisando de acompanhamento psicológico com urgência e a culpa desse desequilíbrio mental deve ser repartido com “seus ardorosos fãs & seguidores,” que incentivam a exposição máxima até atingir (postando no Instagram e Face, senão perderia a graça) as próprias entranhas... tipo as outras companheiras do mesmo time e não menos espalhafatosas Rihanna, Kim Kardashian, Lady Gaga e Miley Cirus.                     
Ah, sim, e o meio milhão de redações zeradas no Enem?!?  Ops... me diz aí você!!! Pausa para respirar fundo e falarmos sobre o nosso frágil planetinha azul.  (Realmente me faltam sinônimos decentes para explicar esse meio milhão!)               Chama-se “Terra Frágil – O que está acontecendo com o nosso planeta?” lançado no Brasil pela Editora Senac e publicado originalmente em inglês pela Harper Collins “Fragile earth: what’s happening to our planet,” um livro fascinante com 300 páginas de fotos, gráficos e informações detalhadas. (E você deve estar se perguntanto por que dissertar sobre Ecologia numa hora dessas? E por que não? Já te respondo...) Li o livro direto, sem pausa para o almoço e não poderia ser diferente. É megafantástico (desculpe, não resisti ao chiste) e não se trata tão somente sobre os caminhos e descaminhos da Ecologia. É sobre a exploração de recursos naturais, mudanças climáticas, desenvolvimento, deslocamento e sobrevivência dos seres humanos.   
            
E de repente você fica meditando por que o Brasil não avança, não dá certo, não se encaixa, não se emenda, não cresce e aparece no cenário mundial como uma grande, jovem e próspera Nação? Não sofremos terremotos avassaladores, não temos vulcões medonhos prestes a explodir sob nossas cabeças, nunca fomos atingidos por tsunamis, tornados, tempestades de areia, etc, etc, etc... Será que somos abençoados pela mãe-natureza na sua totalidade mas amaldiçoados pelos governantes que elegemos para tomar conta de nossa grande, jovem e próspera Nação? Ops... me diz aí você!!!  
            
Recomendo a obra “Terra Frágil” porque é magnífica e não vou falar além disso, para não lhe tirar o prazer da leitura. Recomendo que, em 2015, você leia esse e outros livros legais também. E faça palavras cruzadas. E namore bastante. E assista a bons filmes. E ande de bicicleta. E brinque com seu cachorro. Ah, sim, e prepare-se, porque 2015 não vai ser molezinha, não, por isso tenha sempre à mão “muitos chocolates” para levantar o seu astral! Também pode ser pizza de atum com guaraná!  



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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Sobre o desprezo

"Dói mais ao nosso amor-próprio sermos desprezados, que aborrecidos."
Marquês de Maricá
Se no ambiente em que convive você tem sofrido desprezo por parte de algumas pessoas e tem sentido dor, tristeza, depressão, essas atitudes só têm contribuído para sua baixa autoestima. O que você deve fazer? Como deve agir?
Uma das primeiras informações importantes que você precisa saber é que o problema pode ser resultado de sua atitude; primeiro precisa estar ciente de sua saúde emocional, pois pode ser uma reação de suas ações também.
 Depois de fazer essa autoavaliação e ter conhecimento que o problema não é proveniente de você, estará apto(a) para saber julgar que, realmente, o problema de desprezo é real e pode ser visto de muitas formas: um olhar de desprezo no sentindo de intimidar; a ausência de um bom dia, boa tarde ou boa noite quando a pessoa passa por nós.
O que as pessoas nem sempre percebem é que estão cometendo o ato de desprezar e deixando de se comunicar. Mas todos nós sabemos que o ser humano precisa dar e receber atenção, é uma necessidade mesmo para aqueles que, com orgulho ferido, dizem que não, que são capazes de viver sozinhos, o fato é que ninguém vive sem as pessoas ao lado e é feliz em sua totalidade.
O desprezo tem se tornado uma praga, uma doença contagiosa e comum hoje na sociedade. Praga essa que afasta as pessoas umas das outras, destrói relacionamentos sociais e mexe com o que é bom da natureza humana e transforma em lixo, destrói os sentimentos das pessoas e baixa a autoestima daqueles que são desprezados.
As pessoas que cometem o desprezo, a maioria delas sente-se melhores que as outras, julgam que estão acima do outro por causa de cargos, seus bens, seus sentimentos. Mas também muitas delas nem percebem que estão cometendo o desprezo, algumas foram vítimas na infância, na adolescência, na juventude e na idade adulta também e não conseguiram ainda lidar com a situação.
Por terem uma baixa autoestima, tentam reduzir essa dor emocional menosprezando os outros.
Mas o que devemos fazer quando somos desprezados por essas pessoas? E o que devemos fazer para não cometer o desprezo também?
Lembre-se que para não haver desprezo precisamos interagir com as pessoas. Precisamos ser transparentes com elas. Se você sente que foi desprezado(a), vá até a pessoa e converse com ela. Cumprimente-a e sorria.
Para você não cometer o desprezo, esteja atento(a) com aqueles que estão a sua volta. Dê importância para elas, não selecione, evite discriminar, podemos aprender com todas as pessoas alguma coisa importante para nossa vida.
Não se concentre no ato de desprezo, não pense que está sendo desprezado em todas as situações, o outro pode até estar se sentindo desprezado também e por isso não fala, ou não dá atenção. "Sê humilde quando a sorte te bafeja, e paciente quando te despreza." (Baltasar Gracian)
Lembre-se que todos têm problemas, sempre achamos que nossos problemas são maiores e mais importantes, o que não entendemos é que não se pode medir ou sentir a intensidade da dor e do problema do outro, só o nosso porque está ligado a nosso corpo.
Valorize-se, conheça suas qualidades, apegue-se a elas, se você não é capaz de saber, pergunte às pessoas e lembre-se delas sempre. Sinta-se especial e não arrogante por possuí-las.
Olhe para o sol, veja o quanto ele é magnífico e está cuidando e aquecendo a todos. Ande com a luz do sol, ilumine as pessoas com atenção e verás que o desprezo desaparecerá.
Professora Francione Sousa.
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Criadores da própria felicidade

Está doente? Pobre? Infeliz no amor? A responsabilidade é toda sua! Por mais dura que a afirmação pareça, esta conclusão é da Ciência, no caso, de pesquisadores da Física Quântica. Mas acalme-se. Ainda que a descoberta possa gerar culpa e desânimo num primeiro momento, no fundo, ela é muito mais positiva que negativa. Afinal, se somos capazes de criar nossos infortúnios, também conseguiremos inverter o processo e construir uma vida repleta daquilo que sonhamos de melhor.

Essa nova forma de enxergar a realidade foi testada e confirmada em laboratório. A experiência que trouxe as primeiras evidências disso - e que possibilitou a criação de todos os aparelhos eletrônicos do nosso tempo - ocorreu em 1802. Batizada de Experimento da Dupla Fenda, a pesquisa pode ser encontrada em qualquer site de busca. Em suma, os testes mostraram que uma única partícula de elétron (um dos tijolinhos que formam a nossa realidade) é capaz de passar por dois pequenos buracos ao mesmo tempo.

A explicação é de que isso só é possível porque o elétron pode se comportar tanto como onda eletromagnética quanto como partícula "material", dependendo da intenção do observador, no caso, os cientistas que realizaram a pesquisa. As fórmulas matemáticas construídas a partir dessa experiência é que possibilitaram o tráfego de informações sonoras em celulares, de imagens pela televisão e de dados geográficos pelo GPS, por exemplo.

Mas as conclusões vão além. Como tudo o que existe no chamado mundo material possui elétrons, a regra vale para qualquer área da vida em qualquer lugar do Universo. Desta forma, pode-se afirmar, por exemplo, que quem acredita que a vida é "martírio", estará atraindo as próprias dificuldades que confirmarão sua crença. E não se trata de esoterismo ou senso comum.

Vários cientistas com títulos de Ph.D., alguns deles participantes do documentário Quem somos nós (disponível no YouTube), são categóricos em afirmar que a consciência humana pode manifestar a própria realidade. Ou seja, considerando certos parâmetros de tempo e espaço, pode-se transformar doença em saúde, atrair relacionamentos felizes e gerar prosperidade, através da união de criação mental e desejo emocional. Pensamento cria, sentimento atrai. 

Tudo começa, porém, com a eliminação, num nível psicológico e mental, de crenças errôneas instaladas pelo atual sistema social, cultural e religioso, que limitam tal manifestação.

A Ciência oferece caminhos seguros para quem decidiu se responsabilizar pela própria felicidade, sem nenhum conflito com o conceito do Sagrado. Quem sentir a relevância do assunto, basta pesquisar os conteúdos sugeridos acima e tirar as próprias conclusões. Se se mostrarem equivocados, ganha-se pelo menos cultura. 

Mas, se se mostrarem corretos, conquista-se saúde, amor e prosperidade.



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domingo, 25 de janeiro de 2015

Indisciplinado, brasileiro ainda não controla gastos

Segundo sondagem do SPC, 37% dos brasileiros não se consideram organizados financeiramente.

O brasileiro não coloca o controle financeiro como prioridade em sua vida, nem tem disciplina para conter os gastos. Essa é a principal conclusão da pesquisa Educação Financeira do Brasileiro, divulgada ontem pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Feita em todas as capitais, a pesquisa ouviu 662 pessoas maiores de 18 anos, de todas as classes sociais e gêneros.
De acordo com a sondagem, quatro em cada dez entrevistados (37%) não se consideram organizados financeiramente e 69% admitem sentir algum tipo de dificuldade para controlar suas receitas, despesas e investimentos. Segundo a economista-chefe da entidade, Marcela Kawauti, de modo geral, os brasileiros costumam apresentar várias razões para justificar a falta de controle do orçamento pessoal, como preguiça, falta de tempo ou “não sei por onde começar”. Em segundo lugar, os cidadãos ignoram como deve ser feito esse controle, disse ela.
Uma parcela de 21% dos consultados que registram diariamente as informações têm entre 25 e 34 anos. A pesquisa destaca, nesse caso, as classes sociais A e B (23%) e pessoas com maior nível de escolaridade (21%). “Quanto maior a escolaridade, maior o controle”, destacou Marcela. A proporção de pessoas que não se consideram organizadas financeiramente aumenta entre os menos escolarizados (43%) e os pertencentes à classe C (43%).
Marcela ressaltou que, apesar de o brasileiro considerar a disciplina importante para uma pessoa ser organizada financeiramente, esta ainda não é uma característica que ele reconhece em si mesmo. “Ela [disciplina] é, inclusive, uma das principais dificuldades que o brasileiro tem na hora de fazer esse controle efetivo do orçamento”.
Anote
A economista sugeriu que os brasileiros tentem tornar o controle de gastos uma coisa real. Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados disseram fazer controle sistemático do orçamento. Apesar disso, somente 16% anotam os gastos diariamente. “Se não se anota todo dia, o controle pode não ser muito eficiente. Acaba-se esquecendo”.
A intenção parece ser no sentido de fazer um planejamento financeiro, mas as pessoas não praticam isso no dia a dia. É preciso que isso faça parte dos hábitos de consumo, enfatizou Marcela. “Fazer esse controle sistemático no dia a dia e, principalmente, ter perseverança até que isso se torne um hábito. Há muitos ganhos quando essa meta é alcançada”.
Cartão de crédito não é o único vilão
O problema da falta de controle dos gastos tem origem nas despesas feitas tanto com dinheiro vivo como com cartão de crédito. A pesquisa mostra que o orçamento não é registrado para os gastos em dinheiro e, muitas vezes, o brasileiro não fecha a sua conta no final do mês e acaba recorrendo ao cartão de crédito para fazer a conta fechar.
“Aí, quando o brasileiro assume que faz isso de forma recorrente, percebe-se que não ter fechado a conta no primeiro mês não ensinou a ele que é melhor segurar um pouco, pôr o pé no freio no mês seguinte”.
Dois em cada dez consumidores chegam ao fim do mês sem conseguir pagar as contas em dia, enquanto 22% conseguem honrar os compromissos financeiros, mas não sobra dinheiro para poupança ou investimentos, revela a pesquisa.
Entre os 59% que fazem controle de gastos, 23% disseram ter um caderno de anotações.
Ohoje.

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sábado, 24 de janeiro de 2015

Seres inteligentes e outras consciências

Podem dizer o que quiser dos meios de comunicação moderna que nos tende ao afastamento das pessoas, concordo em parte. Creio que tecnologias como os portais de comunicação existentes tais como facebook, youtube entre tantos outros onde tudo se pode partilhar, possuem uma importante função educativa nos planos sócio, econômico, político, científico, filosófico, artístico e espiritual da vida humana.
Uma tecnologia como essa, há alguns séculos atrás, seria taxada de pratica de magia negra e seria motivo para uma bela fogueira em praça pública para o deleite dos sádicos de plantão daquela época, mas mesmo naquela época também havia visionários e pessoas que compreenderam a intenção daqueles que bem intencionados foram reduzidos a cinzas.
Nas novas tecnologias da internet ainda contamos com os mesmo públicos pois há os que se deleitam ainda com barbáries e aqueles que as usam como meio para ampliar suas consciências.
Hoje ainda percebemos que inteligências que pensávamos que estariam orbitando a terra em suas naves, de material desconhecidos pela tabela gravitacional atômica, seriam como Deuses astronautas únicos vendo-nos como olhos que a tudo vê, sim eles existem e também estão entre nós mas isso já faz muito tempo que é uma verdade, mas me refiro a inteligências do nosso convívio que de tanto olharmos para cima deixamos de olhar para baixo e ao nosso redor.
Falo do seu gato, do seu cachorro, do seu papagaio, das abelhas, das formigas, das aves, das baleias e golfinhos, dos ursos, dos macacos e toda a vida animal que por decrescência na visão de uma escala evolutiva ( esta pertencente aos humanos, os mestres em apontar as diferenças mesmo num universo que deveria ser uno, e por não ter uma consciência tão ampliada do sentido de unidade, e por isso há tanta diferença mesmo entre a nossa raça humana.)
Há também de se mensurar essa inteligência que fica abaixo da consciência, por que se inteligência bastasse não poluiríamos o universo. Como diria o sábio Cacique Seatle:
“Quando o último rio secar, a última árvore for cortada, e o último peixe pescado, eles vão entender que dinheiro não se come”.
Graças a estes mecanismos informativos da nova era, podemos acessar conhecimentos que despertam nossas consciências quando vemos um vídeo de um urso salvando um passarinho na água, ou de um golfinho salvando um cão de um voraz tubarão e ainda levando-o nas costas até a o barco e ainda vermos ambos festejando numa língua de unidade que só eles entendem. 
Quando vemos as obras de pessoas que se dedicaram a unidade como os grandes sábios, gurus, e avatares que viveram em prol dessa unidade de paz e bem e que ao morrerem nada de material possuíam porque o universo lhes proveu tudo o que necessitavam para viver, querido São Francisco de Assis que a todos amou sem distinção incluindo nesse amor indistinto os animais e toda a forma de vida.


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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Plantas que perderam o poder

Por que uma planta perde seu Poder? — Porque perde seu rito, ou seja, sua tradição, o seu canto original. No uso diário indiscriminado, em que o corpo assimila e resiste ao seu efeito transcendental, passando a alterar somente o humor e a sua disposição geral.
Desgasta-se, perdendo o Poder transcendental ao ser domesticada e misturada com outras coisas, tornando-se saborosa ao paladar. Como o Café, que atualmente pode ser ingerido em grande quantidade causando, no máximo, insônia e excitação.
O Tabaco e o Chá mate perderam também sua força. Quando estive em Cuba pude ver a imagem símbolo dos nativos que cultivavam o tabaco e foram exterminados. Depois disso a humanidade passou a ser escrava de algo a princípio sagrado, que tornou-se um vício mortal, preço pago pela violação, como a coca nos Andes e o açúcar.
O mesmo ocorreu com as folhas de Louro, tão populares nos Templos de Apolo, usadas pelas Pitonisas. O último a usá-las adequadamente foi Nostradamus. Hoje em dia são utilizadas apenas como condimento nas cozinhas de todo o mundo, assim como a casca da Noz Moscada. Quem sabia como usar e invocar o seu Poder, presente nos idos de 1500, eram os nativos, naturalmente.
Na mesma época, os Alquimistas, animados com os progressos que alcançaram, criaram o Álcool Destilado, na busca de achar algo mágico. Da mesma forma como hoje os cientistas estão atrás de criarem artificialmente algo transcendental e acabaram criando os grãos transgênicos, que não se reproduzem como os grãos naturais.
AS PLANTAS QUE NÃO DEGENERARAM
As plantas de Poder que não degeneraram - não são muitas - diferem em muito dos alucinógenos criados pelos laboratórios químicos existentes no mundo urbano, por várias razões. A principal delas é o rito, a presença dele, a forma como é feito, eliminando qualquer prejuízo a quem delas se serve corretamente — é o que determina ou não o sagrado e os ensinamentos provenientes de seu autocontrolado uso, mesmo por nativos na selva, sendo que nem todos eles podem tomar. Em algumas tribos somente o pajé; em outras ele e os seus amigos, e nas mais liberais somente os homens. O xamanismo inovou no sistema urbano ao permitir a presença das mulheres.
Mesmo que um princípio ativo de uma planta esteja contido num produto químico, ele poderá agir quase igual a planta, mas não fará o mesmo efeito, pelo simples fato que TRANSE e ALUCINAÇÃO são coisas diferentes. O primeiro traz informações verdadeiras e úteis; o segundo apenas mostra imagens e sons fora de sintonia com a realidade, criados pela imaginação.
Alguns antibióticos produzem alucinações. O princípio ativo presente às vezes é semelhante ao da planta, mas no caso dos remédios, este é misturado junto a outros componentes químicos, mudando tudo. Por isso os chamamos de drogas, mesmo que necessárias, drogas de drogaria de farmácia. É o caso dos anabolizantes que criam dependência; sedativos e estimulantes: são DROGAS quando misturadas com álcool, tornando-se fonte de dor e sofrimento para muitas pessoas.
Poucos cientistas e pesquisadores hoje em dia conhecem os segredos das Plantas de Poder. Seus cantos, sons e gestos, parecem funcionar como chaves para abrir os PORTAIS da mente, quando esta se encontra em estado Alfa. Estamos aprendendo o que fazer com elas, coletando dados de observadores dedicados e capazes de fazer uma análise objetiva. Muitas informações deverão ser trocadas por mais uns 10 anos, e não podemos prescindir das informação do xamã.
Tratando-se de plantas especiais, pois operam num nível mais sutil da natureza, o cuidado do nativo é redobrado; colhendo e preparando de maneira especial, como os produtos Homeopáticos e os Florais de Bach. Lembro-me que meu bisavô receitava Homeopatia no princípio do século passado e era chamado de “médico espírita”. O que já não acontece hoje em dia, quando tanto a Homeopatia como a Psicologia e a Acupuntura são reconhecidas como Ciência.
A energia das Plantas de Poder, de forma geral, tem a capacidade de expelir do corpo humano substâncias estranhas a ele. Entendendo como estranha qualquer entidade ou energia que não faça parte do universo natural do corpo humano.
A natureza das Plantas de Poder é essencialmente transformadora, agindo de forma tríplice. Assim é no plano material, imaterial — astral, etéreo — fluído, invisível; ensinando a regeneração do ser humano no plano espiritual, fortalecendo a vontade, e enobrecendo todas as faculdades anímicas. Tão úteis e necessárias como as Plantas de Poder Alimentar, capazes de transformar em horas a química do corpo.
Há muito pouco tempo, a política de pesquisa no Brasil vem se desenvolvendo, dando atenção à nossa reserva florestal como um BEM, em que o nativo a vê como VALOR (temos de nos orgulhar por eles terem preservado este conhecimento...) para nós. Isso sem falar das plantas que crescem no fundo das cavernas, dos rios e dos mares. Muito ainda temos que APRENDER em como nos relacionar com o PODEROSO REINO VEGETAL.
O xamanismo de Planta de Poder espiritual é muito variado, sendo impossível enumerá-lo. O dado mais importante é o que se refere à linguagem cantada, e à língua em que é cantada.
Vamos nos deter apenas na AYAHUASKA, que é a planta MESTRA de todas as plantas da Floresta Amazônica (apesar de existir outra, mas que ainda permanece secreta, e acredito ficar assim por mais tempo do que imaginamos pensar).
PLANTA MESTRA é a que tem o Poder de revelar (contar, falar, comunicar) ao xamã como agem outras plantas quando misturadas a ela. Justifica-se este respeito uma vez que a selva é cheia de mil plantas venenosas e é a Ayahuaska que faz o papel do laboratório de análise avançada, ajudando a distinguir as plantas de cura e as comestíveis, daquelas mortais.
Daí vem o hábito (assimilado pelo caboclo ao ver o xamã misturar plantas no chá da Ayahuaska), de fazer o mesmo. Mas os caboclos não sabiam, como a maioria continua não sabendo, que essa ação consiste apenas num teste, não sendo uma norma para todos e nem uma prática usual..."
Ana Vitória Vieira Monteiro.
Trecho do Livro "Xamanismo A Arte do Êxtase"

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Entenda: direita e esquerda

Um dos mais surrados lugares comuns do debate político é o de que a distinção entre esquerda e direita já não tem mais cabimento no mundo contemporâneo. Será mesmo? Observando-se o atual cenário político brasileiro é possível aferir tal questão, vislumbrando até que ponto este lugar comum – como tantos outros – não passa de preconceito ou, quem sabe, descreva bem a realidade.
Para que tal observação seja possível e faça sentido, faz-se necessário, primeiro, fixar um critério do que se entende como direita e esquerda. Afinal, no debate de senso comum sobre a política não há um entendimento consensual sobre isto. Uma definição minimalista, mas que me parece útil para dar conta de situações muito variadas, é de que enquanto a esquerda propugna pela igualdade, a direita propugna pela desigualdade – e daí é possível extrair uma série de derivações.
Voltando às origens da distinção, na Assembleia Nacional Francesa durante o período revolucionário, os que se sentavam à direita de seu presidente eram os apoiadores do antigo regime e das desigualdades que lhe caracterizavam, alicerçadas nas distinções estamentais que conferiam privilégios aos ocupantes dos estratos sociais superiores. À sua esquerda sentavam-se os que defendiam o fim do antigo regime e, com ele, das distinções estamentais que engendravam desigualdades.
Desse modo, não só foi estabelecida ali a terminologia, como também a associação entre os dois termos e as preferências em relação à dicotomia igualdade/desigualdade. A direita se compunha dos conservadores, defensores da manutenção da velha ordem; a esquerda era integrada pelos liberais, que advogavam pela mudança simbolizada pelo lema “liberdade, igualdade, fraternidade”.
Com o advento da industrialização, do movimento operário e do socialismo, o espaço da esquerda passou a ser ocupado por este último, deslocando para a direita (talvez para o centro) o liberalismo. O socialismo postou-se à esquerda do liberalismo por defender mais igualdade do que ele, agregando à equivalência de honra social (possibilitada pela superação da sociedade estamental) a demanda por igualdade econômica.
Ao longo do século XX, nos países em que se estabeleceu a política competitiva inaugurada pelo liberalismo, agregando-se a ela o sufrágio universal sem distinções censitárias (primeiramente de renda e propriedade, depois de gênero), emergiram as democracias representativas. Nelas, a disputa entre esquerda e direita tornou-se o principal balizador das contendas políticas, tanto nos órgãos representativos, quanto nas eleições. E como as organizações cruciais de tais disputas eram os partidos políticos, os sistemas partidários passaram a se organizar ao longo da dimensão esquerda-direita. Tal estruturação dos sistemas partidários facilitava muito a vida dos eleitores, já que lhes fornecia atalhos cognitivos para que fizessem escolhas baseadas em suas preferências de valores com respeito à questão da maior ou menor igualdade e das políticas adequadas para lidar com ela.
Todavia, a política democrática pregou uma peça naqueles que tomavam a dimensão esquerda-direita de forma estática e simplista. A preocupação dos eleitores com soluções práticas para seus problemas cotidianos, para além de considerações abstratas em relação aos valores últimos, fez com que a maioria dos cidadãos não se posicionassem de forma categórica num dos dois polos da dicotomia. Assim, embora muitos desejassem mais igualdade econômica, não entendiam que a forma de alcançá-la fosse pela socialização dos meios de produção; embora muitos se mantivessem apegados à hierarquia social estabelecida, não acreditavam que essa devesse ser completamente imutável. Noutros termos, a maior parte dos cidadãos não era puramente de direita, nem de esquerda.
E como para vencer as eleições é preciso agradar ao maior número de eleitores possível, os partidos com anseios mais amplos passaram a moderar suas posições, de modo a arrebanhar um número cada vez maior de votos junto àqueles que não compartilhavam inteiramente de suas posições à esquerda ou à direita.
Tal movimento dos partidos mais dispostos a se tornarem majoritários fez com que tanto a direita como a esquerda se moderassem, assumindo mundo afora uma feição cada vez mais mediana – de centro-direita, ou centro-esquerda. O caminho rumo à moderação não implica uma abdicação completa do posicionamento à direita, ou à esquerda, mas uma relativização dele. Nos sistemas bipartidários (como os EUA, ou a Inglaterra) é a própria dinâmica eleitoral que leva os partidos a posições de maior moderação em relação àquilo que é a sua forma de polarização, de modo que o comportamento parlamentar e governativo irá apenas refletir um processo que já ganhou corpo na disputa eleitoral.
Nos sistemas multipartidários (como o nosso) a dinâmica eleitoral ainda possibilita um posicionamento ideológico mais claro, ao menos nas eleições proporcionais – como aquelas para o Legislativo. Contudo, tanto as eleições majoritárias (como as para a Presidência) quanto a formação de coalizões (de governo ou eleitorais) levam os partidos a uma moderação de suas posições originais. Afinal, é bem provável que eles tenham de se aliar a agremiações de orientação ideológica diferente da sua e a convivência será impossível se uns e outros não fizerem concessões aos parceiros – inclusive as de caráter ideológico.
No Brasil, tal dinâmica é responsável por assemelhar de maneira significativa os principais contendores partidários – principalmente no âmbito nacional. Isso não significa que não haja diferenças relevantes (de política econômica, política externa, políticas sociais, etc.), mas tal relevância está longe de corresponder a uma polarização radical – razão pela qual os principais contendores habitualmente têm rotativamente os mesmos aliados em suas coalizões. No Brasil, a radicalização ideológica não está no sistema partidário, mas na opinião pública – com os blogs sujos de um lado e os liberais intolerantes do outro.


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