segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Menos estresse no trabalho, mais produtividade

No mundo pós-moderno, marcado pela velocidade, por mudanças constantes e pela competição acirrada entre as empresas, a pressão por resultados torna o ambiente de trabalho cada vez mais impregnado de tensão, afetando diretamente a saúde mental e física dos trabalhadores, principalmente os de alto escalão.

Essa competição faz aflorar sentimentos negativos, como soberba, ressentimento, revolta e raiva. Sim, são sentimentos irracionais, mas demasiadamente humanos e que, num ambiente corporativo, se refletem em comportamentos inadequados, provocando mal-estar no trabalho, afetando inclusive a produtividade e o lucro das companhias.

 Como sabemos, os maus exemplos tendem a predominar sobre os bons. Coloque uma pessoa nervosa, muito agitada ou, ao contrário, uma outra, desanimada e sem iniciativa, no meio de uma equipe produtiva e meça os resultados. Certamente serão desastrosos. Mas muitas empresas teimam em não ver isso, pois não levam em conta a necessidade de se administrar as emoções dos executivos para manter o equilíbrio da companhia.

No caso de empresas familiares, a situação tende ser ainda mais grave, já que as emoções ficam à flor da pele, uma vez que é tênue a fronteira entre os interesses da empresa e os da família.

Os empresários precisam entender que, para administrar as emoções de seus executivos, é necessário levá-las em conta. Para isso, é preciso contar com o apoio de especialistas para mapear comportamentos e trabalhar a fonte dos conflitos, a fim de eliminá-los.

 Como resultados, virão maior realização pessoal de patrões e executivos, equipes de trabalho mais felizes e uma empresa mais fortalecida e competitiva. Para isso, estou lançando, junto com a médica psiquiátrica Raquel Heep, o programa Psiquiatria Corporativa. Por meio de minha experiência no meio empresarial e da experiência dela no consultório, queremos levar às empresas e aos seus profissionais um trabalho comprovadamente eficaz de desenvolvimento de competências e estratégias emocionais e comportamentais.

É ingenuidade um presidente de empresa julgar que seus executivos e funcionários são infensos a emoções ou que elas não afetam o desempenho da companhia. Somos movidos por raiva, alegrias, decepções, preocupações. Afinal, como dizia Peter Brucker - o pai da administração moderna -, nenhuma instituição pode sobreviver se precisar de gênios ou super-homens para a administrar.

Ela deve estar organizada de forma a ser capaz de seguir em frente sob uma liderança composta de seres humanos medianos. O que precisamos aprender é verificar o que motiva nossos comportamentos, nos aperfeiçoar e apoiar os demais membros da equipe corporativa.

 Não se trata de um projeto de responsabilidade do RH, psicóloga e médico do trabalho, mas sim de um programa que requer o envolvimento da organização como um todo no estudo das emoções corporativas.



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