domingo, 30 de novembro de 2014

Origem e meio das arrogâncias humanas

Meu deus!  Segundo os cientistas do planeta Terra existem mais de 200 bilhões de galáxias na imensidão do infinito das descobertas conhecidas pelas pesquisas espaciais de tantas dezenas, milhares e bilhares de estrelas dos universos, são elas, muito além de nossas imaginações. Lembre-se, estamos apenas numa galáxia da nossa origem ao fim. De que? Não sei, só sei que me disseram que nasci para evoluir - ser gente do bem, mesmo que sofra pelas armadilhas do mau caráter. 
Diante dessa imensidão de mundos, galáxias e universos afloraram  nas grandezas individuais de cada um de nos, das quais penso eu, não passam de pontos pequeninos e invisíveis, todos, sobreviventes de tantos outros pontos do universo na interação da oportunidade dada pela força motriz de uma nova existência, certamente alimentada pela esperança de uma evolução contínua, às veze perdida, sem sentido e princípio.
Soes espíritos sem corpo para depois nos desígnios da natureza de Deus, sejam do sexo masculino ou feminino poderá ser o meu ou seu que despencarão de algum lugar ao nascimento da vida, numa dupla situação, uma, a compulsória e a outra de livre arbítrio na escala elaborada pelo mundo dos iguais, com ou sem caráter. Assim formou-se a cadeia encorpada por uma capa biológica do ser racional, às vezes nada intelectivo, de certa forma constituída por uma figura mais animalizada do que civilizada. 
Cenários existem nos continentes separados pelos mares, incluindo o nosso, encontraremos os seus atores identificados pelas cores, credos e crenças das suas raças brancas, negras e pardas – a verdadeira desumanização humana no contraste da riqueza e pobreza de uma vida determinada pelo selo de validade.  Nessa dimensão terráquea, megalópoles, cidades, distritos e vilas se formam num cinturão humano, porque não, na competição da comida, do ouro, da digestão indigesta da gula, quase sempre latente sem qualquer distribuição equitativa da produção das suas riquezas.

Nas relações humanas, múltiplas atividades lícitas e mesmo ilícitas fazem parte desse contexto sociológico na formação de uma determinada sociedade, seja ela produtiva ou improdutiva.  
A produtiva, eu posso contextualizá-la como aquela que trabalha pela produção de bens de consumo, materializando as necessidades das demais e as improdutivas, seriam aquelas que não trabalham, apenas atrapalham pela especulação, sendo até mesmo a linha que conduz as práticas ilícitas de qualquer sistema privado ou público.
 Cada elemento dessa rede social tem a sua importância aos olhos dinâmico do mundo material, desde a mais simples participação de um gari ou faxineiro e até mesmo a de um médico, sendo que este último, não faria um procedimento cirúrgico num paciente, sem antes de tudo, contar com a higienização do seu ambiente pelo simples “faxineiro”, mesmo que não seja visto pelo tal “Doutor”.
Diante desta situação, vivemos num país, ainda a meu ver, composto pelas arrogâncias humanas, todas, baseadas pelos desejos do prazer em ter poder familiar, religioso, econômico, jurídico e político, prepotências nascida da energia dos egoístas, vaidosos que se acham nobres.  Pobres almas de espíritos empobrecidos no limite de uma cegueira mental sem vida, vistos pelos olhos com espelhos externos sem coração e sentimento, extraído da inversão dos valores do jeito de ser, somente, pela busca do ter.  Não sabem eles, que um dia tiveram a idade da infância, da adolescência e da velhice no teto máximo de poucos anos na média, da pequena média de vida biológica dos seus 70, 80 anos, não importa que sejam o faxineiro, o padeiro, o médico, o engenheiro e até mesmo os maiores nobres que se acham nobres, os maus políticos que não passam de politiqueiros.  Quadro intrigante do nosso Brasil, iguais aqueles dos papas Nicolau, o “direito” a serviço dos Lalaus. 
Os mais graúdos gostam de tanto dinheiro de que de si mesmos, pois todos eles estão sendo, segundo a imprensa, escrita, falada e televisado engraxado pelo óleo dos poços virgens, por exemplo, da Petrobrás, que antes a moeda de troca, era a concessão de uma rádio e televisão, o título da grilagem de milhares de alqueires, que certamente da mesma forma, serão tragados conforme a sua veia metalizada, suja  de impurezas por suas ações negativas. Agora mesmo tarde do que nunca, reveladas pelas espertezas, descobertas e sabidas por décadas... Que só sob o risco da desmoralização da “segurança dos escudos oficiais”, pôde sair debaixo dos tapetes, das calças e saias de muita gente, tudo, depois que se tornaram evidenciadas para os olhos da sociedade.
 Às Laranjas dos laranjais de plantões, aconselho nesta tônica, que tenham consciência crítica dos seus atos e saibam eles, que qualquer hora dessa a sua bomba atômica imoral explodirão os seus próprios laranjais sem sentido e princípio da origem ao fim da vida. O mais irônico, pensam eles, que ninguém sabe de suas origens de outras épocas, pois continuam empobrecidos pelas suas arrogâncias de antes.
Delírio todos os dias nos sonhos e esperanças de um País diferente, aonde as pessoas irão se abraçar pelo ato da nobreza de uma distribuição de nossas riquezas de forma mais equânime, sem corrupções e injustiças sociais. Onde os bons políticos e empresários, não se permitam às relações ativas e passivas, do corruptor e o corrompido por massa de elementos sem qualquer caráter e, dentro desta prática, quem sabe possa eu e você, ver e sentir toda transformação necessária ao nosso país como um todo, e que seja mais justo para todas as classes e segmentos organizados ou não da sociedade. Para reflexão do meu caro amigo, deixo aqui a seguinte frase, que diz: “O plantio é livre, a colheita e obrigatória...”. Muita Paz!
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O Brasil das esquerdas

Outro dia, analisando os nomes de nossos lideres maiores que emergiram para o cenário nacional depois da ditadura, deu tristeza. Nenhum tipo Nelson Mandela no horizonte! Mais: apenas selecionando as manchetes dos principais jornais brasileiros e das principais revistas deu vontade de chorar diante das dimensões que a corrupção assumiu. Nessa área o ex-presidente Lula teria toda a razão em afirmar: realmente, nunca antes neste País se corrompeu tanto como agora. Até creio que nunca antes em todo o mundo.

Já estamos com escassez de adjetivos para escrever sobre a roubalheira. O que está ocorrendo na Petrobrás não tem precedente na história brasileira. O que fizeram no passado o PTB, o PSP, a Arena, o PFL, o Sarney, o Collor, é coisa de amador, de ladrão de galinheiro perto do esquema montado pelo Partido dos Trabalhadores na nossa maior empresa estatal.

Esse cidadão que não para de jogar serragem no ventilador, o senhor Paulo Roberto Costa, acabou admitindo algo jamais imaginado antes entre nós: disse que foi posto na Petrobrás para irrigar as campanhas políticas de partidos políticos como PT, PMDB e PP. Quem já viu algo parecido? Com o mesmo objetivo foi colocado em posto estratégico da Petrobrás, o senhor Renato Duque.

As dimensões da corrupção talvez jamais quantifiquemos. Prova disso é que o senhor Pedro Barusco, atuando apenas num escalão intermediário (ele nunca esteve no topo, lugar mais confortável para manipular grandes quantias) já se prontificou a devolver mais de 280 milhões de reais aos cofres da empresa. Os envolvidos falam em milhão de dólares como se estivesse tratando do preço da passagem do ônibus urbano.

Para onde caminhamos?

Quando se espera que alguma autoridade situacionista fale algo que nos devolva a esperança a decepção só aumenta, Discursando na tribuna do Senado Federal o líder do Partido dos Trabalhadores naquela casa, o senador pernambucano Humberto Costa consumiu a paciência da gente insistindo na tese de se estabelecer mecanismos de controle para imprensa. Pode?

O homem, acusado de também botar no bolso uma parte dessa grana roubada da Petrobrás, que censurar a imprensa que denuncia a roubalheira ao invés de propor medidas que estanque essa sangria. Isso é antigo, quando a noticia é ruim a gente mata o carteiro.

Num quadro tão deprimente é de se perguntar onde foi parar a postura ética, os valores morais, que as esquerdas diziam possuir durante os anos de chumbo de combate ao arbítrio. Houve caminhada tenaz numa luta de várias frentes, entre estas contra a corrupção que dizíamos ter tomado conta do País durante a ditadura; pessoas morreram, pessoas foram presas, pessoas despareceram, pessoas foram torturadas, pessoas tiveram suas rotinas estropiadas para que, entre outras coisas, a honestidade voltasse a balizar as nossas relações em todos os níveis da sociedade, especialmente entre governantes e governados.

Isso não é coisa pouca, não é questão secundária, pelo contrário. Nada funciona ou se torna duradouro sem irrestrita confiança entre as partes. Instalado o clima de desconfiança, do salve-se quem puder, o futuro fica comprometido.

Assim, não podemos fazer como o avestruz numa hora dessas. É indispensável encarar a dura realidade do que as esquerdas transformaram o Brasil nesses pouco mais de vinte anos de governança. Esse não é o Brasil buscado a todo custo. Os jovens que olham os acontecimentos precisam ter a esperança de que ser honesto vale a pena. É a eles que devemos satisfações. Tanto do futuro, que lhes garanta uma vida digna, quanto do passado, para que não pense que fomos embusteiros quando lutamos por uma nova sociedade, um novo Brasil.



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sábado, 29 de novembro de 2014

Quem está matando o nosso amanhã?

Dentro de um carro roubado, cinco adolescentes promoviam a maior farra verbal,  a tudo filmando com um celular em punho e uma pistola curta (38) na mão do mais focado, o que mais falava – mas um idiota – absurdamente insolente e indecifrável, de tantos termos próprios daquela juventude fria, cruel, zombeteira com um tal de “é nóis!” Como se de fato fossem os donos do hoje e do “amanhã” que talvez nem terão.

Iam por uma estrada de chão (nas proximidades do trevo do Zé Rosário, entre Bonfinópolis e Leopoldo de Bulhões) que não levava a lugar nenhum, senão, talvez, à mais remota distância de qualquer local onde ninguém mais poderia vê-los, senão os olhos mágicos do celular nas mãos de criminosos desumanos e rejeitáveis.

 Pelos termos chulos que usavam, notava que tipo de educação tiveram para se conduzirem, azorragando da sorte de um deles, a quem iam matar quando encontrassem o local adequado sendo escolhido pelo adolescente que estava ao volante.

Um deles contava vantagem de quem e quantos ele tinha eliminado, e voltava para o que seria sua próxima vítima dizendo, zombeteiro: – Daqui a pouco é tu “coisa ruim”, que vai se juntar a teu pai! Porque tu é fi da “misera”, mãe dos que num presta! E ria, sarcástico, diante dos outros que também gargalhavam em meio a palavrões indecifráveis.

Somente o semblante daquele que seria eliminado estava pálido, o garoto não dizia uma sílaba, que seria a razão de mais deboche e ameaça! Entre os demais moleques, era insultado, humilhado e, de vez em quando, recebia um soco, uma coronhada, tudo ao som de algazarra, bebedeira e droga. “Pode despedir da vida, seu…” – e pronunciava outros impropérios – denominações próprias dos tipos inconcebivelmente humanos, desconhecidos, senão por eles mesmos!

– Acho que aqui mesmo está bom. Disse o jovem do volante, enquanto era filmado. E todo movimento ou palavra, no interior do carro, estava sendo registrado pela câmera do celular.

A estrada de chão era estreita e não se via nada nas proximidades do local, senão mato, solidão, pavor e medo. Desceram do carro com o “condenado”, de mãos atadas atrás – pareceu-me – pois estava impossibilitado do mínimo movimento de defesa. E se ajuntaram ali na estradinha vicinal, falando, falando:

 – É nóis! É aqui mesmo, o garoto em silêncio, nada dizia, estava sob pavor. Talvez com a voz presa pelo espanto e pelo medo… O projétil foi disparado na nuca dele. Caído, de lado, ali ficou imóvel, recebendo mais balaços enquanto o atirador examinando o tambor da arma dizia:

 – “Deixô ver se tem mais bala! Tem!” declarou quase num êxtase de alegria e ouviu-se o último tiro que atingiu quem já estava imobilizado pela morte.

– Vai embora seu! Seu! E disse nomes absurdos! Vai pros quintos! Aqui cê num fica mais!
“Nóis é dono do hoje e do amanhã”!

Foram descobertos depois. Mas não foram presos. Eram inimputáveis.

São os donos das nossas vidas! Os donos da liberdade! Os donos de cada dia! De cada destino! Sem nomes, são “dimenores”, sem escola, sem orientação, sem tino e sem consciência. Todos, meninos! Cujos pais não deram conta de criar e as autoridades que se gabam de oferecer o melhor ensino que o país já teve, sugerindo, inclusive, uma cartilha estranha que seria implantada nas escolas, sem palavra para explicar.

Onde se inspiraram para promoverem tão nefando esquema de educação, que somente ensina a libertinagem, não a liberdade?
Enquanto os criminosos não voltarem sua insânia e brutalidade contra as piores autoridades governamentais do país, sofrendo as consequências espúrias desses criminosos “dimenores”, nossa vida não terá paz, nem nossas crianças terão futuro, porque, hoje, nossas esperanças mostram com a nossa fatal ignorância que não sabermos, até o momento, constituir um país sem bandidos inimputáveis, onde agem na marginalidade, desde os mais simples aos mais poderosos regentes da orquestra chamada Brasil: às ordens da corrupção. 

Pior que lá estão – com exceções de nobres governantes, claro – sob a cláusula pétrea da Constituição. 
E agora poderão eles (ou alguém) nos responder. Quem está matando o nosso amanhã?

Iron Junqueira.

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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Lei Antifumo entra em vigor na próxima semana

Entra em vigor na próxima quarta-feira (3) a Lei Antifumo. A medida proíbe, entre outras coisas, fumar em locais fechados, públicos e privados, de todo o País. Para especialistas, a iniciativa é um avanço no combate ao hábito de fumar. Pouco mais de 11% da população brasileira são fumantes. No Dia Nacional de Combate ao Câncer, comemorado nesta quinta-feira (27), a informação vem reforçar as medidas de prevenção à doença.
Com a vigência da Lei 12.546 aprovada em 2011 mas regulamentada em 2014, fica proibido fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como hall e corredores de condomínio, restaurantes e clubes, mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo. Se os estabelecimentos comerciais desrespeitarem a norma, podem ser multados e até perder a licença de funcionamento.

A norma também extingue os fumódromos e acaba com a possibilidade de propaganda comercial de cigarros até mesmo nos pontos de venda, onde era permitida publicidade em displays. Fica permitida a exposição dos produtos, acompanhada por mensagens sobre os males provocados pelo fumo. Além disso, os fabricantes terão que aumentar os espaços para os avisos sobre os danos causados pelo tabaco, que deverão aparecer em 100% da face posterior das embalagens e de uma de suas laterais.
Será permitido fumar em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, em áreas abertas de estádios de futebol, em vias públicas e em tabacarias, que devem ser voltadas especificamente para esse fim. Entre as exceções também estão cultos religiosos, onde os fiéis poderão fumar, caso isso faça parte do ritual.
Nas Américas, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), 16 países já estabeleceram  ambientes livres de fumo em todos os locais públicos fechados e de trabalho: a Argentina, Barbados, o Canadá, Chile, a Colômbia, Costa Rica, o Equador, a Guatemala, Honduras, a Jamaica, o Panamá, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago, o Uruguai e a Venezuela.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão, o mais comum de todos os tumores malignos, estão relacionados ao tabagismo. A instituição estima que em 2012 foram diagnosticados mais de 27 mil novos casos da doença, considerada “altamente letal”.
Segundo o epidemiologista e consultor médico da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, o hábito de fumar está ligado não só a cânceres no aparelho respiratório, mas também a outros como de bexiga e intestino e pode causar outras doenças, como hipertensão e doenças reumáticas.
“A gente sempre associa o hábito de fumar ao câncer, mas não é só o câncer, são quase 50 doenças que ele pode causar, direta ou indiretamente". Scaff lembrou que os males podem atingir a pessoa que fuma e a que está ao lado, o fumante passivo.
O epidemiologista conta que enquanto no fim da década de 80, uma pesquisa apontou que cerca de 35% da população adulta eram fumantes, esse número hoje gira em torno de 11%. Para ele, essa redução também se deve à legislação, que impede que as pessoas fumem em qualquer lugar, e às limitações de propaganda.
“A entrada em vigor da Lei Antifumo vai limitar o lugar onde a pessoa pode fumar, isso já não permite que ela fume a todo momento. Só para lembrar, um tempo atrás, você podia fumar em avião, no ambiente de trabalho, dentro do cinema, em qualquer lugar podia puxar o cigarro”.
O especialista alerta que as pessoas precisam entender que o hábito de fumar é um vício, uma doença que precisa de tratamento. Ele ressalta que a rede pública disponibiliza em todo o Brasil medicamentos e insumos necessários para quem quer parar de fumar.
Para reforçar a importância da Lei Antifumo, a Fundação do Câncer, em parceria com a Aliança de Controle do Tabagismo, lança na semana que vem campanha informativa nas redes sociais. A campanha visa a conscientizar a população sobre o tema e repassar informações sobre a lei.
Agência Brasil.


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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Genes influenciam propensão à infidelidade, diz estudo

O desejo de trair pode ser hereditário, segundo indica um estudo de pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália.

Os pesquisadores concluíram que variações genéticas podem fazer com que tanto homens quanto mulheres tenham maior propensão a cometer adultério.
O estudo, publicado na revista científica Evolution & Human Behaviour, analisou o comportamento de mais de 7 mil pares de gêmeos na Finlândia, com idades de 18 a 49 anos, todos em relacionamentos estáveis.

Os pesquisadores compararam as diferenças de comportamento entre casais de gêmeos: os idênticos, que compartilham todos os genes, e os fraternos, que apresentam diferenças.
Cerca de 10% dos homens e 6,4% das mulheres tinham pulado a cerca no ano anterior.

Os resultados sugerem que 63% do comportamento infiel nos homens e 40% nas mulheres podem ser atribuídos à herança genética.

No caso das mulheres, os cientistas detectaram que variações em um gene chamado AVPRIA estava associado ao comportamento infiel.
Este gene é associado à produção da arginina vasopressina, um hormônio envolvido na regulação do comportamento social e que mostrou ter influência em testes com roedores.

"Nossa pesquisa mostra que a genética influencia a possibilidade de pessoas fazerem sexo com parceiros fora de seu relacionamento", explica Brendan Zietsch, coordenador do estudo.

Origens da infidelidade

A infidelidade é um assunto que provoca mistério na comunidade científica, que tradicionalmente busca explicações na biologia evolucionária. Para homens, a poligamia seria explicada pela necessidade da preservação da espécie: mais sexo resultaria em mais filhos.

No caso das mulheres, porém, há divergências. Trair costuma ser visto como um tipo de "efeito colateral" provocado pelo comportamento masculino; ou então como resultado de uma ação mais instintiva: em tempos mais primitivos, ter filhos com vários parceiros reduziria a possibilidade de infanticídio.

Este debate fez com que os pesquisadores de Queensland examinassem também o comportamento de gêmeos de sexo diferentes. Pelo menos na amostra estudada, eles não identificaram nenhuma correlação significativa de promiscuidade de influência social.

BBC Brasil.


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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Nosso Quarteto Fantástico: Lula, Sarney, Maluf & Collor

Com alguns coadjuvantes de somemos Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), José Sarney (PMDB), Paulo Salim Maluf (PP) e Fernando Collor de Mello (PTB) têm dado as cartas e jogado de mão no mando da política nacional. A sintonia entre eles é tão surpreendente que todas nossas teorias nessa área acabam na cesta de lixo. Inclusive a sentença que diz: diga-me com quem anda que te direi quem és?

Eles possuem tanta afinidade, trocam tantos afagos, colaboram com afinco entre si que a gente fica com pulga atrás da orelha só em imaginar o teor dos diálogos que travam nos bastidores do poder em Brasília.

Que objetivos em comum podem aglutinar o Lula, um jovem espertamente bem comportado durante a ditadura, o Collor, que dava sua cafungadas sem se importar com o que ocorria no mesmo período, o Sarney que pulou de galho em galho desde menino para sempre estar próximo dos poderes (foi fortão durante o arbítrio) e inclusive acabar na Academia Brasileira de Letras e o Maluf, empresário milionário caçado pela Polícia Internacional e que esteve entre os primeiros a apoiar o regime de exceção?

Vocês conseguem imaginar um diálogo na calada de noite entre esses homens que estão entre os verdadeiros senhores do nosso destino? Óbvio que proibido para menores. Por favor, não me venham com o tal de pragmatismo varonil...

Onde estão nossos sábios senhores da academia e nossos vetustos intelectuais que não esclarecem como chegamos a essa polenta sem cunho ideológico explicito. É uma união esdrúxula entre os homens cevados pelo aparato ditatorial e outro que diz ter lutado contra, com características típicas das republiquetas de banana.

Aqui na planície as perplexidades são de toda ordem, especialmente quando se trata de definir se esses senhores são de esquerda ou de direita. Nós sabemos que definir com total clareza quem é de esquerda e quem é direita é questão de fundamental para estabelecer quem é amigo e quem é inimigo. Afinal, quem é o amigo nesse quarteto?

No que Lula se diferencia de Sarney, de Collor e de Maluf? O que diferencia Sarney de Lula, Collor e Maluf? Quais as diferenças entre Collor, Sarney, Lula e Maluf? O que faz Maluf diferente de Lula, Sarney e Collor? Quem tiver alguma paciência vai, sim, encontrar coisas que podem eventualmente diferenciar um do outro, mas a questão não é tão simples. Queremos saber o que diferencia um do outro em algum que podemos chamar de essencial!

Anotem em seus caderninhos para um futuro que chega cobrando-nos mais rápido do que se imagina: as diferenças vão ficar nas firulas. Quando se trata de coisa importante, algo de peso, esses senhores, que também poderiam ser denominados de os “quatro cavalheiros do Apocalipse da ética nacional” tem em comum o fato de nunca antes neste país terem popularizado tanto a palavra corrupção.

Por onde caminham, por onde se movimentam esses quatro senhores a imprensa nacional – quem tenta fazer imprensa, ressalte-se – encontra abundância de material para as páginas policiais, acumula manchetes estrondosas sobre falcatruas, roubalheiras, corrupção, desmandos, malfeitos.

Nosso Quarteto Fantástico cumpre seu papel longe da ficção, que a roubalheira é a coisa mais real do Brasil e engana-se quem crê que ela chegará ao fim enquanto um deles tiver algum comando em Brasília. Está no DNA de cada um deles.



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Rotas para expansão dos veículos elétricos e híbridos

Embora sejam mais complexos, por conta de suas características tecnológicas, os veículos híbridos estão certamente em uma fase mais madura do que os puramente elétricos, em razão da possibilidade de funcionamento parcial ou total com energia proveniente de combustíveis. Pode parecer contrassenso, visto que o objetivo é justamente a substituição dos combustíveis por fontes mais limpas e renováveis, porém o desenvolvimento dos híbridos contribui para a maturidade das baterias com relação ao tempo de recarga e da infraestrutura, para que o recarregamento não seja considerado um impeditivo para a troca de um carro convencional por um elétrico.

Os veículos híbridos estão obtendo uma considerável penetração em mercados onde os governos incentivam fortemente essas tecnologias por meio de reduções fiscais entre outros mecanismos. Mesmo no mercado nacional, onde não existe estímulo, é possível verificar acréscimo gradativo no número de modelos ofertados. Isso é resultado da necessidade de aumentar os volumes de produção para amortizar investimentos que, aliás, são altíssimos. 

Já os carros puramente elétricos ainda dependem da superação de desafios relacionados à tecnologia e à infraestrutura.
Postos de abastecimento distribuídos pelos grandes centros urbanos são fundamentais, assim como soluções para abastecimento em residências, condomínios, shoppings e empresas. Algumas tecnologias já existem, porém o investimento versus retorno ainda deve ser equacionado, para garantir o necessário retorno financeiro com pontos de abastecimento, considerando a atual baixa quantidade de veículos elétricos nas ruas e os cenários de curto, médio e longo prazos. 

Outra questão ainda a ser equacionada diz respeito às legislações de distribuição e venda de energia.
A falta de incentivos governamentais para compra, desenvolvimento e produção, a meu ver, é o principal obstáculo para a expansão dos veículos elétricos e híbridos no Brasil. Mas acredito também que a ausência de empresas automobilísticas puramente nacionais e a apresentação do álcool ou dos motores a álcool como a tecnologia ainda preferida pelo governo como solução para a diminuição da dependência do petróleo são fatores que dificultam bastante essa expansão. 

Como já exposto, tratam-se de novas tecnologias que requerem e já consumiram grandes investimentos iniciais que devem ser amortizados. No geral, os veículos elétricos e híbridos possuem preços mais altos do que os convencionais. São necessários incentivos para a compra como bônus diretos ou reduções significativas nos impostos que incidem nesses produtos. Seriam importantes também incentivos similares para a instalação de pontos de abastecimento.

Ambas as tecnologias estão em processo de consolidação, no qual as empresas ainda buscam o melhor balanço entre custo e benefício de cada componente-chave, como baterias, sistemas de controle e recarregamento e tipos de hibridização para cada nível de veículo e usuário, a fim de convencer o cliente a trocar de tecnologia na próxima compra. A evolução para uma popularização mais abrangente é notória. Considerando a grande mudança tecnológica e de mentalidade do consumidor comum, o avanço observado até o momento é rápido e consistente.

Esses e outros assuntos foram discutidos no 11º Simpósio SAE Brasil de Veículos Elétricos e Híbridos, dia 11 deste, em São Paulo. Profissionais renomados da indústria, academia e governo levaram novos conteúdos ao encontro que não só contribui para o desenvolvimento da engenharia automotiva local como alavanca assuntos e discussões-chave que nos ajudarão a vencer os desafios da implementação dos veículos elétricos e híbridos no mercado brasileiro e mundial.



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domingo, 23 de novembro de 2014

Conversa para boi nanar

Muitas primaveras não fazem - muitos invernos, também! - a corrupção, do latim "corruptione", o ato ou efeito de corromper, era um pecado em si mesmo. Nenhuma pessoa definia a acepção, mas também a absolvia. Ninguém dava colher de chá. Ela era execrada, quase sacrílega, e os corruptos eram exibidos ao ódio popular. Era assim e pt saudações!

Caso houvesse certo encantamento com o berço do Partido dos Trabalhadores, nascido na cabeça de alguns filósofos e sacramentado nos portões das montadoras de automóveis na região do ABC paulista - e, por certo, havia - era a repugnância incisivamente manifesta pelo partido da estrela solitária contra o demônio da corrupção. 

Jovem, barba cerrada, testa encrespada, cara de poucos amigos, exsudando aparente indignação, Lula malsinava as maracutaias. Dizendo-se patrono da moralidade, parecia que o inconteste líder do PT - mas apenas parecia, desgraçadamente! - lideraria de fato uma novíssima agremiação partidária disposta a denunciar e a exterminar a ladroeira e a rapina, exercícios teimosamente usuais na terra brasilis a partir do desembarque de Cabral e da malfadada carta de Caminha. Era lógico que esse novo ente político assim travestido captasse a simpatia da juventude e logo o apoio de milhões de brasileiros, afadigados da maranha comum.

Em 2002, após três tentativas frustradas - uma contra Collor e duas contra FHC - Lula é eleito chefe da nação. Oba! O PT agora é governo. O demônio da corrupção será expulso do país. Com ar assustado, mas com a esperança n´alma, crente no feroz combate à corrupção, o Brasil aguarda a faxina prometida. E o que deu? Desilusão geral! Para desagrado dos brasileiros de boa fé, a corrupção granjeia agora nova roupagem, um novo olhar. Mais grave: uma nova ética.

 O conceito se flexiona. Se contorce. Se relativiza. De início, refuta-se a ladroeira e a rapina; logo se apequena a dimensão do bailarico. Gente! O dano não era tão extenso como pensavam as oposições e a mídia, asseveram os cardeais petistas.

No caso do mensalão - aliás, já os chefões em liberdade! -, que escandalizou a nação pela ousadia e pela dimensão do golpe financeiro, embora com aversão, se considerou o buraco negro de milhões de reais surrupiados, mas era simples desvio de comportamento pessoal de alguns ingênuos companheiros, ou se hospedou o fato do malfeito, todavia o todo, isto é, o PT, não poderia ser infectado pela minoria negligente. Por óbvio, Lula desconhecia o fato; a afilhada, também!

Mas não ficou só aí. Utilizou-se, ainda, o pretexto caradura de que "todos fazem malfeitos". A turma do PSDB fez, disseram. Descaradamente, eles, os tucanos, ocultavam os malfeitos sob o tapete. De 2002 a 2014, em 12 anos de hospedagem no Planalto, o PT repisou exaustivamente a arenga da ladroeira e da rapina na era FHC. Mas o que fez o PT? Nada. Não fez nada, absolutamente nada, para prová-la - se é que realmente existiu! -, e muito menos para levar os possíveis réus às barras dos tribunais. 

A baboseira contra a corrupção era menos árdua. Melhor: era, eleitoralmente, uma inesgotável fábrica de votos!

Na mais descocada das explicações, dita em voz sussurrante, quase pudibunda, afirma-se que os malfeitos, as maracutaias, no dizer das lideranças petistas, são, entrementes, praticados por um governo preocupado com os pobres, que faz justiça social e que promove a distribuição de renda. Desconsidere-se, portanto, a roubalheira nos ministérios, na Petrobras, no Banco do Brasil e outros órgãos governamentais. É corrupção? É, sim. Mas a corrupção do bem. A corrupção virtuosa. E, se virtuosa, deve ser absolvida. E, porque não, enaltecida!

É a causa do PT, pois, que orienta, de fato, a ética. Não o contrário. Lembro o célebre Maquiavel. O bem que se acossa inocenta a roubalheira, a rapinagem, a lambidela, as selvagens investidas predatórias à burra da viúva. Como as finalidades são nobres e justas - caramba! - urge fazer olhar de paisagem para a ilegalidade dos meios. Imaculada e altiva, a ótica vigente é a de que os fins, não interessa se positivos ou negativos, se bons ou maus para o país, justificam os meios. Salve Maquiavel!

Tema que retorna à liça política, em meio a todo o escândalo do petrolão, talvez até mesmo para distrair a opinião pública, a reforma política é piada para morrer de rir. É conversa para boi nanar. É lero-lero inconsequente. Sem proselitismo, ninguém vencerá a carência de vergonha na cara definhando e tornando palatável, em nome de intenções virtuosas, a roubalheira que faz do erário público a sua guaiaca singular. 

Per Bacco! Enquanto caminho nas areias brancas da praia de Jurerê, penso cá com os meus botões: não rapinam para auxiliar os pobres; rapinam, isso sim, para se eternizar no poder.



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sábado, 22 de novembro de 2014

Um olhar sobre o endividamento do brasileiro

O Banco Central (BC) estuda os motivos pelos quais os brasileiros se endividam mais. Dados preliminares de pesquisa foram recém-divulgados pelo BC e apontam três causas principais: fatos inesperados, falta de planejamento e empréstimo para outra pessoa. Para o levantamento, com caráter qualitativo e não quantitativo, foram formados oito grupos de discussão, tendo, cada um, de oito a dez pessoas em situação de endividamento. Os grupos debateram o assunto em quatro capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Porto Alegre.

Perda de emprego, doença própria ou de alguém da família, morte do responsável pela renda da casa, gravidez não programada e separação conjugal estão entre as causas do endividamento. Quanto à falta de planejamento, os consumidores mencionaram a realização de compras ou abertura de crediário por impulso. Eles disseram acreditar que as linhas de crédito são benéficas, se utilizadas de forma consciente.

 Segundo divulgou o BC, muitos entrevistados fizeram o meia culpa e se reconheceram como os principais responsáveis pela situação de endividamento, mas consideram que as instituições financeiras também têm sua parte nisso. De fato, há ofertas de crédito que escondem "armadilhas", como, por exemplo, a falta de informações claras e de alerta sobre os riscos, concessão ou aumento do limite de crédito acima das condições e o recurso do pagamento mínimo.

Aguardar a prescrição não parece ser uma estratégia premeditada de pagamento das dívidas, de acordo com o BC, já que os consumidores consideraram longo o prazo para que os débitos expirem, com consequências materiais e emocionais negativas. 

Eles também deram dicas para prevenir o endividamento excessivo: controlar o orçamento por meio de planilha, manter no máximo um cartão de crédito, poupar e ter reserva financeira, não parcelar as compras em muitas vezes e aceitar propostas de renegociação apenas se o credor reduzir os juros.

A questão, no fundo, é de educação financeira da população. O Banco Central ressalta que os dados podem ajudar no estímulo a boas práticas na concessão de crédito por bancos e outros credores. Os resultados também vão servir de base para uma pesquisa quantitativa sobre o assunto, já que as conclusões do estudo atual não têm valor estatístico. Os grupos de discussão foram formados por homens e mulheres com idades entre 20 e 80 anos. Eles foram selecionados entre consumidores que procuraram o auxílio de Procons ou Defensoria Pública em razão de endividamento excessivo, cujos nomes têm restrições cadastrais junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou Serasa.

O Banco Central (BC) estuda os motivos pelos quais os brasileiros se endividam mais. Dados preliminares de pesquisa foram recém-divulgados pelo BC e apontam três causas principais: fatos inesperados, falta de planejamento e empréstimo para outra pessoa. Para o levantamento, com caráter qualitativo e não quantitativo, foram formados oito grupos de discussão, tendo, cada um, de oito a dez pessoas em situação de endividamento. 

Os grupos debateram o assunto em quatro capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Porto Alegre.

Perda de emprego, doença própria ou de alguém da família, morte do responsável pela renda da casa, gravidez não programada e separação conjugal estão entre as causas do endividamento. Quanto à falta de planejamento, os consumidores mencionaram a realização de compras ou abertura de crediário por impulso. Eles disseram acreditar que as linhas de crédito são benéficas, se utilizadas de forma consciente. Segundo divulgou o BC, muitos entrevistados fizeram o mea culpa e se reconheceram como os principais responsáveis pela situação de endividamento, mas consideram que as instituições financeiras também têm sua parte nisso. De fato, há ofertas de crédito que escondem "armadilhas", como, por exemplo, a falta de informações claras e de alerta sobre os riscos, concessão ou aumento do limite de crédito acima das condições e o recurso do pagamento mínimo.

Aguardar a prescrição não parece ser uma estratégia premeditada de pagamento das dívidas, de acordo com o BC, já que os consumidores consideraram longo o prazo para que os débitos expirem, com consequências materiais e emocionais negativas. Eles também deram dicas para prevenir o endividamento excessivo: controlar o orçamento por meio de planilha, manter no máximo um cartão de crédito, poupar e ter reserva financeira, não parcelar as compras em muitas vezes e aceitar propostas de renegociação apenas se o credor reduzir os juros.
A questão, no fundo, é de educação financeira da população.

 O Banco Central ressalta que os dados podem ajudar no estímulo a boas práticas na concessão de crédito por bancos e outros credores. Os resultados também vão servir de base para uma pesquisa quantitativa sobre o assunto, já que as conclusões do estudo atual não têm valor estatístico. Os grupos de discussão foram formados por homens e mulheres com idades entre 20 e 80 anos.

Eles foram selecionados entre consumidores que procuraram o auxílio de Procons ou Defensoria Pública em razão de endividamento excessivo, cujos nomes têm restrições cadastrais junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou Serasa.


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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A cada três mulheres no mundo, uma sofre violência conjugal

Dados foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde
Segundo uma série de estudos divulgada nesta sexta-feira(21) pela Organização Mundial da Saúde, uma em cada três mulheres no mundo sofre de violência conjugal. Os dados foram divulgados na revista médica The Lancet. 

Mesmo com uma maior atenção dispensada à violência contra mulheres e meninas, os casos ainda se mantêm em níveis 'inaceitáveis' segundo a OMS, que disse serem insuficientes os esforços feitos. 

No mundo, entre 100 e 140 milhões de mulheres jovens e adultas sofreram mutilações genitais; e aproximadamente 70 milhões de meninas se casaram antes dos 18 anos, na maioria das vezes contra sua vontade, enquanto 7% das mulheres correm risco de serem vítimas de estupro ao longo da vida, disse autores dos estudos. 

Segundo a OMS, a violência exacerbada durante os conflitos e as crises humanitárias, gera consequências dramáticas para a saúde mental e física das vítimas. 
A professora da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Charlotte Watts, disse ser possível melhorar esse quadro em pouco tempo: "Nenhuma varinha de condão poderá suprimir a violência contra as mulheres. Mas temos provas de que são possíveis mudanças na mentalidade e no comportamento, e estes podem se realizar em menos de uma geração". 

A ONU tem reivindicado um maior investimento por parte dos países e dos doadores para reduzir a discriminação contra as mulheres, ressaltando que não se trata apenas de um problema social e criminal, mas também de saúde pública.

Segundo a doutora Claudia García Moreno encarregada da pesquisa de violência contra as mulheres na OMS, o pessoal da área de saúde precisa de uma formação adequada: "O pessoal de saúde costuma ser o primeiro contato que as mulheres vítimas de violência têm".
Os estudos sugerem que os Estados deveriam consagrar mais recursos para que o combate à violência contra a mulher se torne uma prioridade. Ao mesmo tempo, todos os elementos que perpetuam a discriminação entre os sexos, tanto nas leis quanto nas instituições, deveriam ser eliminados. 

Os autores afirmam que a promoção da igualdade, dos comportamentos não violentos e a não estigmação das vítimas é uma necessidade. A adoção de leis preventivas apoiadas na saúde, na segurança, educação e justiça também permitiriam a evolução das mentalidades. 

Por fim, os estudos sugerem que os países deveriam favorecer e pôr em prática com mais rispidez as medidas que se revelarem mais eficazes na luta contra a discriminação de gênero. 

OMS.


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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

"Teste da virgindade" é obrigatório para todas candidatas à polícia na Indonésia

Classificada como 'traumática' e 'arcaica', prática examina condição do hímen das mulheres que têm interesse em ingressar na instituição do país asiático.
Na Indonésia, mulheres que quiserem se aliar à força policial do país são obrigadas a se submeter a “testes de virgindade”. Classificada como “humilhante” e “arcaica” pela ONG Human Rights Watch nesta terça-feira (18/11), a prática consiste em um exame que mede se o hímen está intacto a partir da inserção de dois dedos com gel na vagina da candidata.

Trata-se de um pré-requisito para entrar na instituição, descrito por muitas entrevistadas pela ONG internacional de direitos humanos como “traumático” e “doloroso”.
"Eu temia que, depois de realizado o teste eu não seria mais virgem. Uma amiga até desmaiou”, relata uma entrevistada. "Eu não quero me lembrar dessas experiências ruins. Foi humilhante", comenta outra, de 19 anos, segundo a Al Jazeera.

Para o porta-voz da polícia indonésia, Maj Gen Ronny Sompie, o teste é utilizado com o intuito de analisar se os candidatos têm algum tipo de infecção sexualmente transmissível. Em 2010, um ex-chefe da polícia do país chegou a concordar em abolir o exame. Apesar das frequentes queixas das mulheres em relação à prática, o teste continua a ser realizado da mesma maneira há décadas.
"Os chamados ‘testes de virgindade’ são discriminatórios e uma forma de violência de gênero. Não é uma medida de elegibilidade das mulheres para uma carreira na polícia", criticou Nisha Varia, uma das diretoras da ONG, ao Guardian.

Para a Human Rights Watch, a prática viola os princípios da polícia nacional da Indonésia, bem como a política internacional de direitos humanos.

Além dos exames vexatórios, a força policial ainda exige que as candidatas mantenham um padrão de vida estipulado: devem ser solteiras e não podem se casar até determinado período em que estiverem dentro da instituição.

Com a maior população muçulmana do mundo, a Indonésia é num país majoritariamente conservador, onde muitas regiões louvam e valorizam a virgindade feminina.

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Mulher alemã passou cinco anos dividindo a cama com sua mãe morta

A polícia alemã disse que uma mulher, de 55 anos, que passou cinco anos dormindo ao lado de sua mãe morta, foi enviada a uma instituição psiquiátrica.
De acordo com os policiais de Munique, os vizinhos da mulher disse ao síndico do edifício que eles estavam preocupados com a mãe da vizinha, que não era vista a muito tempo. O síndico tentou visitar o apartamento, mas a filha se esquivou das tentativas de marcar uma reunião com sua mãe.
Então, a polícia e os bombeiros foram chamados e eles forçaram a entrada ao apartamento, descobrindo que a mulher vinha dividindo a cama com o corpo da mãe desde sua morte, em 2009, aos 83 anos. Ainda segundo os policiais, o corpo passou tanto tempo na cama que entrou em estado de mumificação.
A filha admitiu que sua mãe havia falecido em março de 2009, e foi enviada para ser tratada em uma instituição psiquiátrica. Foi realizada uma autópsia no corpo, indicando que a mãe morreu de causas naturais.
EFE.
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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Menos tempo

Deslocamentos no eixo do planeta causados pela movimentação de massa podem interferir na duração dos dias

Uma das frases mais pronunciadas e ouvidas nos últimos dias tem sido “como os dias estão passando rápido”. A dúvida que fica é: será que o tempo realmente está indo mais rápido que o normal ou nós é que estamos correndo mais? Conforme o diretor do Planetário da Universidade Federal de Goiás e astrofísico, Juan Bernardino Marques Barrio, o encurtamento do tempo pode ser reflexo dos pequenos deslocamentos que o planeta sofre.
De acordo com Juan Barrio, esse deslocamento no eixo da Terra é algo natural e não é uma situação que precise de tanta preocupação. Conforme o profissional, os eventos que geram uma movimentação das placas tectônicas são os principais causadores do deslocamento do eixo do planeta, os exemplos mais comuns são os terremotos.
O astrofísico afirma que este deslocamento altera a velocidade de rotação do planeta e isto pode fazer com que o tempo encurte um pouco. Juan Barrio afirma que “os deslocamentos do eixo de rotação da Terra podem mudar a posição relativa das massas dela e produzir uma pequena aceleração”. Ele ainda completa afirmando que “provavelmente haverá uma pequena variação na duração do dia, algo que depois volta ao normal, quando a Terra se recuperar deste deslocamento”.
Deslocamentos
Para ilustrar melhor este deslocamento imagine uma bolinha de plástico parada com um pouco de areia dentro. Qualquer movimento leve capaz de fazer a areia se concentrar mais em outro lugar vai fazer com que a pequena esfera mude sua posição. Desta forma acontece com a Terra. A concentração de massa ocasionada pela movimentação das placas tectônicas fará com que ela tenha um leve desvio da linha do equador.
Mesmo que nenhum desastre natural aconteça, a Terra pode sofrer um pequeno desequilíbrio no eixo, já que as placas estão sempre se movimentando. Porém, com o passar do tempo o planeta vai se recuperando do desequilíbrio e voltando à posição normal.
Juan Barrio afirma que não existe um fenômeno natural que possa ser citado como o que mais deslocou a Terra. Algumas pessoas falam muito sobre o deslocamento que aconteceu em 2011 por conta de uma das maiores catástrofes naturais que aconteceu no Japão. Entretanto, o astrofísico afirma que até hoje o que mais pode ter deslocado o planeta foram os impactos de meteoros durantes o processo de formação.
Ele ressalta também que quando analisamos o comportamento dinâmico da Terra e os fenômenos como o magmatismo e o vulcanismo, a sedimentação, o metamorfismo, os terremotos e a formação de recursos naturais, nós percebemos que isto interfere na própria distância entre os continentes. É claro que esta mudança só pode ser percebida após dezenas de milhões de anos, mas ao interferirem na posição dentro do planeta acaba interferindo no eixo por conta da concentração de massa.
Uma situação que parece não interferir muito, mas que caso continuem acontecendo podem gerar deslocamentos mais constantes são as secas, inundações e mudanças climáticas inesperadas. Sobre esta questão o astrofísico afirma que nós “temos que mudar nossas atitudes e não esperar que os outros o façam. O convite é individual e intransferível, pode ter certeza”.
Tempo
Para exemplificar a relação entre a posição do planeta e o tempo Juan Barrio usou os movimentos de uma patinadora. Conforme ele, a velocidade de rotação da Terra é semelhante com o momento em que a patinadora “recolhe os braços durante um giro, para virar mais rápido no gelo. Quanto mais próximo da linha do equador está o deslocamento de massa durante um tremor, mais ele irá acelerar a rotação da Terra”.
Quando um terremoto acontece a distribuição da massa no planeta é deslocada e isso faz com que a velocidade de rotação aumente mais e com isso o dia de 24 horas perde alguns microssegundos. Ele garante que o tempo é encurtado muito pouco o que é quase imperceptível, mas que o acúmulo de pequenas alterações acontecendo constantemente podem ganhar grandes proporções, bem acima das que são observadas hoje.
Outra questão interessante é com relação à quantidade de descarga elétrica que incide sobre a Terra por conta de raios. Juan explica que essa intensa atividade altera a ionosfera (a camada mais externa da atmosfera) e acaba “acelerando o tempo à medida que aumenta o numero dos ciclos magnéticos, fazendo o dia parecer mais curto”.
Como a Terra se recupera do deslocamento depois de certo período, o tempo também volta a seguir normalmente até que outro “desequilíbrio” aconteça. O astrofísico afirma que a interferência é tão pequena que é difícil até para ser medida, mas que esta alteração no tempo relativo do planeta “traz consequências a nossa percepção de que realmente o tempo está passando mais rápido”.
Catástrofes e mudanças
Em dezembro de 2004 a costa oeste de Sumatra, na Indonésia, sofreu um terremoto de aproximadamente 9,1 de magnitude registrado pela escala Richter. O tremor que ficou conhecido com Terremoto de Sumatra-Andaman gerou vários tsunamis e vitimou milhares de pessoas em vários países.
O abalo foi um dos mais violentos já registrados desde 1960 e foi responsável por um deslocamento no eixo da Terra de 7 centímetros. O dia sofreu, depois desta catástrofe, um encurtamento de 6,8 microssegundos. Os reflexos deste terremoto afetaram a Ilha de Samatra na Indonésia, o Sri Lanka, Estados da Índia, estâncias turísticas da Tailândia, Malásia, Ilhas Maldivas e Bangladesh.
No fim do mês de fevereiro de 2010 o Chile sofreu com um terremoto que atingiu uma magnitude de 8,8 registrado na escala de magnitude do momento (MMS). Os tremores foram sentidos em algumas cidades argentinas e 53 países receberam alertas de possíveis tsunamis.
O terremoto, que teve aproximadamente três minutos, deslocou o eixo da Terra em cerca de 8 centímetros. Esta alteração resultou em uma aceleração no tempo de rotação do planeta que acabou reduzindo o tempo em cerca de 1,3 microssegundos. O tremor aconteceu por conta do choque entre a Placa de Nazca e a Placa Sul-Americana.
No ano de 2011 o Japão sofreu as consequências de um dos maiores terremotos que já atingiu a região. O tremor acabou gerando um enorme tsunami que deixou algumas cidades devastadas e resultou na morte de milhares de pessoas. Além de deslocar o eixo da Terra, a catástrofe deslocou uma das principais ilhas do país em aproximadamente 2,4 metros.
A catástrofe foi uma das que mais deslocaram o eixo do planeta. O terremoto foi o responsável pelo deslocamento de 17 centímetros e por conta disto o tempo sofreu uma redução de 1,8 microssegundos. 


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