sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Reforma política

A propalada reforma política, que por sinal foi defendida por Dilma Rousseff e Aécio Neves durante a campanha, deverá ainda dar muito o que falar. A primeira manifestação da presidente reeleita a respeito, é de promover um plebiscito nacional que opinará sobre o tema, enquanto senadores e deputados consideram que tal fato seria intromissão no Poder Legislativo que, para tanto, defende um referendo popular, ao invés de plebiscito.
Entendemos que a intenção de plebiscito tem como objetivo “melar” qualquer processo de reforma, considerando ser um tema muito polêmico e intrincado para ser decidido pela vontade popular.
A discussão sobre uma reforma, que todos sabemos e entendemos como necessária, não está ao alcance o homem do povo que, em grande maioria, estaria votando sobre um tema que não entende. Tanto assim que é comum observar-se que analistas políticos e outras autoridades do setor – conhecedores do tema com maior profundidade - entram em choque de opiniões quando discutem reforma política.


Assim, o que se pode esperar do homem humilde e simples, muito mais preocupado em trabalhar para prover sua família e pagar suas contas do que entender política partidária.

Acreditamos, ainda, que a melhor proposta foi oferecida pelo senador Cristóvão Buarque, que salientou ser importante uma convocação de notáveis e isentos, para a elaboração de um projeto que possa atender aos interesses políticos da sociedade. O projeto seria então, levado à discussão pelo Congresso.
Buarque defende o afastamento de políticos na elaboração de projeto nesse sentido, dentro da certeza de que, se discutido no meio dos próprios interessados, a tendência será um projeto de reforma totalmente capenga, pela certeza de que os políticos estarão visando aos próprios interesses e, portanto, muito distante daquilo que se poderia esperar em termos de grandes avanços.
A discussão já está iniciando na linha do velho ditado que diz: “se a disposição é de não sair nada do papel, basta recrutar o maior número possível de pessoas para a discussão”. 
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