sábado, 30 de novembro de 2013

Fifa é eleita a pior empresa do mundo

 Notícia inserida na Internet salienta a escolha da Public Eya Aweards, conhecida como “Nobel” da vergonha corporativa mundial, que incluiu a Fifa na lista para votação, como a “pior empresa do mundo”. Esse prêmio vergonhoso tem como base a empresa que está sendo acusada de incentivar violações de direitos e mau uso do dinheiro público.

Criado no ano de 2000, o Public Eye Awards é concedido por voto popular em função de denúncias de problemas sociais, ambientais e trabalhistas. A notícia salienta que no ano passado, a vencedora foi uma empresa mineradora brasileira, eleita pelo público por violação de direitos humanos e impactos ambientais causados por suas operações. Para 2014, a Fifa concorre com empresas do ramo bancário, empresa petrolífera e empresa produtora de sementes e agrotóxicos.

A empresa promotora do futebol mundial, conforme a notícia, foi indicada após a onda de manifestações que tomou conta do País durante a Copa das Confederações, e acusada de incentivar a violação de direitos humanos e mau uso de dinheiro público nos países que sediam a Copa do Mundo de futebol, em favorecimento de empresas parceiras e com anuência de governos locais.

 Considerando a “anuência” dos governos que, muitas vezes levados por vaidades ou politicagens, jogam-se em concorrência com outras nações para sediar esse megaevento, jogando pela janela dinheiro que poderia ser bem utilizado em outros projetos de real interesse social, como construção habitacional para populações de baixa renda, construção de hospitais e investimentos na área da saúde e educação. Acreditamos que, também, esses governos deveriam estar inseridos na lista de votação.


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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Como proteger os filhos adolescentes dos perigos da internet

Recentemente, nos deparamos com o caso da adolescente de 16 anos de Veranópolis, que se suicidou após ver uma foto sua publicada na internet pelo ex-namorado. Após seis meses do término do relacionamento, o rapaz divulgou a imagem da moça seminua na rede mundial de computadores. Como consequência, a menina tirou a própria vida quando soube da publicação.

Casos de suicídio de jovens são comuns. No Brasil, desde 2009, 102 adolescentes se suicidam, em média, a cada ano, segundo dados do Sistema de Informações sobre mortalidade do Ministério da Saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos Estados Unidos o suicídio é a terceira causa mais recorrente de morte de jovens entre 10 e 24 anos.

Este é o período da vida em que a pessoa é vulnerável às opiniões externas. Uma situação comum, para um jovem, é extremamente constrangedora e humilhante. Para nos livrarmos do problema, somos tendenciados a arranjar a solução mais rápida. No caso de quem não tem uma personalidade formada é mais grave, pois a incidência de atos impulsivos é maior.

O que preocupa é a exposição através da internet: nunca se sabe quantas pessoas o conteúdo vai atingir. Diferente do bullying sofrido na escola, em que a situação acontece no momento, o que acontece na internet vai para milhares de pessoas. Como a rede é aberta, mais usuários são convidados a acessar o conteúdo.


No caso de alguém que comete suicídio por ser atacado virtualmente, podemos avaliar a situação de diferentes maneiras, mas os casos sempre são parecidos: pessoas enganadas por um vínculo de confiança rompido. A família deve estar atenta aos cuidados emocionais com os filhos.

Prestar atenção nos filhos é se colocar à disposição para resolver problemas e apoiar quando necessário. O suicídio, muitas vezes não noticiado, é um caso que assombra cada vez mais a população, quando, na maioria dos casos, o problema é apenas a falta de amor.



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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Os jovens e as drogas

Nunca foi tão íntima esta relação que destrói o futuro de gerações. É o que revela pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao registrar um fato extremamente grave e preocupante: o uso de drogas ilícitas pelos adolescentes, principalmente entre as meninas, cresceu de 2009 a 2012. 

 Outro ponto que merece destaque na pesquisa é que este fenômeno não é mais exclusividade das capitais, no Interior esta semente da destruição vingou e germina com uma velocidade assustadora.

Uma dolorosa constatação, a sociedade brasileira está perdendo a batalha contra o uso das chamadas drogas lícitas. Estarrece saber, segunda dados da pesquisa IBGE, que sete em cada dez adolescentes com idades entre 13 e 15 anos já experimentaram alguma bebida alcoólica. 

De nada adiantam as leis quando elas não são aplicadas. Apesar das restrições legais à venda de bebidas a menor de idade, os jovens continuam tendo acesso fácil e se embriagam nas baladas dos finais de semana.

Eis ai uma questão de saúde pública que precisa ser contida. Mas não se vê estímulo nesse sentido por parte das autoridades. Não há políticas públicas claras com esse objetivo. Sequer o tamanho do custo social do uso do cigarro e do álcool entre os jovens tem sido avaliado com a detida e merecida atenção, registra a pesquisa IBGE. 

Se ao fumo estão associadas doenças como o câncer do pulmão, enfisema e um encadeamento enorme de doenças, também o álcool deve ser associado a outras tantas, de problemas mentais a suicídios, câncer e cirrose.

Revela a pesquisa: a droga ilícita traz uma carga maior de risco, individual e coletivo. Mas não há como negligenciar perante a droga lícita. Há de se buscar, em ambos os casos, as raízes do problema e a forma de enfrentá-lo.

Se o Poder Público continuar de costas para o problema, corremos o risco de ver se formarem gerações destruídas pelo vício, criando círculos viciosos - doente porque viciado, viciado porque doente - que impedem as transformações necessárias na saúde pública, capazes de oferecer oportunidades reais a todos de alcançarem melhor qualidade de vida.

Estamos diante de um problemão. Não há como negar o seu tamanho. É fundamental, portanto, buscar suas fontes, identificá-las e na dose certa medicá-la, em toda sua extensão.

 É necessário descobrir formas de levar o jovem a superar a solidão, ater esperança, assim como livrar-se da violência – a de casa, a da rua e a das escolas -, convencê-lo de que há solução para as doenças da sociedade, como a distância que separa os que têm dos que não têm coisa alguma, e com a sinceridade de quem quer realmente combater as injustiças sociais e a corrupção.

Agindo nesta direção as autoridades conseguirão, por exemplo, fazer com que as mobilizações que têm levado milhares de rebeldes sem causas às ruas, tenham consequência. A principal delas, descobrir que é possível superar as dificuldades e ser feliz sem o estímulo das drogas e do álcool.




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Os ganhos e gastos do final do ano

A decoração das lojas já nos remete a pensar que falta um pouco mais de um mês para a chegada do natal e posteriormente o final do ano. Época do décimo terceiro e muitos planos para uso desse dinheiro.

 O comércio se prepara com muitas “promoções” e prazos para pagamento, fazendo qualquer negócio para fechar suas vendas. A competição é acirrada entre as lojas e o sujeito pode ficar um pouco perdido, quanto ao que necessita comprar e o que pode comprar naquele momento.  

O 13º é um dinheiro aguardado com muita expectativa pelas pessoas, visto como uma renda extra, que permitirá adquirir algo que ao longo dos meses não foi possível ou para quitar uma dívida.

As pessoas já ficam planejando onde irão utilizar o valor antes mesmo de receber e já imaginam o que farão com o 13º no próximo ano. Planejar ajuda a pensar na melhor forma de usar este valor, porém quando as pessoas já gastam antes mesmo de receber, muitas vezes é por dificuldade de recusa, no sentindo de não conseguir esperar ter algo pra depois fazer uso deste.

Assim gastam muito mais e quando chega este valor não conseguem desfrutar, assim alguns já ficam queixosos e pensam que o dinheiro que é pouco, o que até pode ser uma verdade, mas esconde uma dificuldade de fazer uso desse valor.

Em dezembro tem as festas de final de ano das empresas, dos amigos, também ocorrem o famoso amigo secreto, as pessoas tem mais gastos neste mês e se não fizerem um planejamento podem ser colocar numa situação delicada.

As tentações são muitas nessa época do ano, o desejo de presentear a todos, de dar algo, pode ficar muito posto no material e ficar sem sentindo algum. Quem não gosta de ser presenteado? Mas a questão é que os presentes podem ficar como o mais importante dessa época e até ficarem fora da realidade de cada um. Assim compram por uma marca ou algo que nem será tão útil assim.

Um dinheiro extra também dá trabalho de pensar em qual a melhor maneira de fazer uso deste e também de ter que escolher algo, pois provavelmente não conseguirá fazer tudo o que havia planejado.

 Assim é um exercício de recusa a algumas coisas para poder ter acesso a outras, assim fazemos com o dinheiro e com muitas outras coisas da vida. 



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terça-feira, 26 de novembro de 2013

As metas e a vida

É preciso ter metas nesta vida (haverá outra?). Não dá para ficar à deriva. Às vezes, especialmente aos olhos alheios, fixamos metas insensatas. Mas a insensatez, em alguma medida, é ingrediente fundamental. Uma necessidade. Pensar e fazer algo que muitos não fizeram e nem cogitaram. Isso me agrada. É divertido maquinar sobre o assunto. Fazer planos, mas, enquanto isso, viver da melhor forma possível.

Em 2008, por exemplo, aquela notícia ficou retumbando na minha cabeça: 2ª Meia Maratona do Servidor Público. Certamente não era para mim, não tinha preparo físico para esse tipo de prova. Mas encasquetei que, por uma questão de honra (?), precisava vencer aquele desafio. Então, busquei informações nas revistas especializadas sobre como me preparar para a prova. 

Sim, porque lesão é a última coisa que os corredores de rua podem se dar ao luxo de adquirir. Quem pratica esse esporte sabe que a prudência manda evitar cachorros e ortopedistas. Cachorros, porque durante o trajeto podem resolver nos perseguir e morder nossas canelas. Já os ortopedistas podem nos dar más notícias que impeçam, temporária ou definitivamente, a prática do esporte. Como gostam de receitar hidroginástica ou pilates! A questão é: quem corre, em geral, ama a corrida e o bem-estar que ela nos proporciona.

Então... Preparei-me como pude. Abreviei o treino indicado pelas revistas. Não havia tempo. Nenhuma lesão. O colega Ubaldo, já mais experiente com longos percursos, me incentivou na empreitada e corremos juntos até o final. Poderia ter deixado passar a vontade de concretizar esse sonho. Felizmente não desisti: atingi minha pouco sensata meta. Guardo as fotografias e a medalha com carinho.

Também gosto de observar os objetivos dos outros, principalmente das pessoas mais velhas do que eu. Isso me anima a projetar anos à frente. O que pretendo fazer? O que poderei fazer? Isso depende, em parte, do hoje. Há o imponderável. Sempre há. Quanto a isso, nada a fazer. A não ser torcer pelo melhor.

Uma colega do Ministério Público, com alguns anos a mais do que eu, anunciou que tinha o sonho de fazer uma reforma na casa, closet amplo e outros itens de puro conforto. Exclusivamente para deleite pessoal. Ela é elegante, inteligente, interessante, antenada e tem planos! Belo exemplo. Ponderaram que, àquela altura da vida, não valia a pena reformar a casa. Para que se incomodar com obras? Enumeraram os muitos óbices. Estava bom assim. Que se conformasse. Ela, sabiamente, concluiu que não estava. Tal como Winston Churchil, ela se contenta facilmente com o melhor.

Outro exemplo. Um médico conhecido vai completar 70 anos no próximo mês. Comprou um terreno na nossa rua, passa aqui em frente, seguido, de bicicleta. Sim, pedala bastante. A meta é comemorar a mudança de idade já na casa nova. Torço para que ele realize também esse sonho. Está feliz da vida! Esses dias estava jantando com o filho, outro respeitável senhor, na nossa churrascaria predileta, a velha e boa Portoalegrense – o melhor vazio de Porto Alegre. Que bonito ver pai e filho assim, já com uma certa idade, no restaurante. Companheiros, papeando descontraidamente. Quem sabe falavam na casa nova?

Raul Seixas estava certo. Não dá para sentar no trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar. Com igual razão, quem disse que a vida é o que acontece enquanto a gente faz planos. É preciso conciliar o viver o dia a dia e o planejamento dos sonhos. Ainda que muitos deles não se concretizem. Insensato? Com razão.  


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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Afeganistão estuda retomar apedrejamento em caso de adultério

CABUL, 25 novembro 2013 (AFP) - O governo afegão estuda a possibilidade de restabelecer a pena de morte por apedrejamento em caso de adultério, o que marcaria um retorno aos castigos infligidos pelo regime do Talibã, denunciou nesta segunda-feira a organização Human Rights Watch.

O restabelecimento do apedrejamento está previsto em um projeto de emenda ao código penal afegão redigido por um grupo de trabalho do ministério da Justiça, informou a organização de defesa dos direitos Humanos em um comunicado.

Segundo o projeto, os homens e as mulheres casados que cometerem adultério poderão ser "condenados à morte por apedrejamento", enquanto que uma pessoa solteira que manter uma relação com outra casada "receberá 100 chibatadas". As condenações serão executadas em público.

Um funcionário do ministério da Justiça afegão, Ashraf Azimi, confirmou à AFP que o apedrejamento fazia parte de um texto em estudo.

"O ministério, assim como outras instituições judiciais afegãs, trabalham sobre uma lei para punir o adultério, o roubo e o consumo de álcool, de acordo com a sharia, a lei islâmica", declarou.

"É chocante constatar que a administração (do presidente Hamid) Karzaï possa pensar em restabelecer o apedrejamento doze anos após a queda dos talibãs", declarou Brad Adams, responsável da Ásia na Human Rights Watch (HRW), fazendo um apelo ao presidente afegão que "rejeite esta proposta".

"A pena de morte por apedrejamento constitui uma violação de todas as normas internacionais em matéria de direitos Humanos", insiste a organização.

HRW ressalta que os 16 milhões de dólares em ajuda prometidos por funfos internacionais ao Afeganistão durante a conferência de Tóquio em 2012 estão vinculados aos progressos em termos de direitos Humanos.

Os doadores "devem enviar uma mensagem clara que o restabelecimento do apedrejamento no código penal(...) terá um impacto imediato sobre a ajuda concedida ao governo" afegão, declarou a organização.

No Afeganistão, país extremamente conservador, a maior parte dos casamentos são arranjados e as relações extra-conjugais ou antes do casamento podem provocar grandes conflitos entre famílias, que degeneram por vezes em banhos de sangue.

Em julho de 2012, as imagens da execução de uma mulher acusada de adultério na província de Parwan (centro), provocaram grande comoção no mundo inteiro.

Agencia AFP.


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domingo, 24 de novembro de 2013

Eu não sou racista, mas conheço um

Quantas vezes ouvimos frases preconceituosas, falamos coisas preconceituosas, pensamos coisas preconceituosas? De onde vem essa lei invisível de costumes que cria desigualdade entre as raças?

Data escolhida em razão da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, o Dia da Consciência Negra no Brasil. Novembro é o mês de comemorar as conquistas e reforçar o não ao racismo, à discriminação e ao preconceito racial. 

Vale ressaltar, não só neste dia, a dimensão que a raça negra tem no Brasil. Somos o segundo país com maior número de afrodescendentes. 80 milhões de brasileiros se declaram negros.
Ficamos atrás apenas da Nigéria. Em contrapartida, também fomos a segunda maior nação escravista dos últimos séculos, o último país a abolir a escravidão, o penúltimo país das Américas a abolir o tráfico negreiro e o maior importador de escravos da história moderna.

Como mudar esta cultura ainda impregnada, tanto tempo depois, se a raça negra foi incorporada à nossa sociedade por meio da escravidão? O tráfico de negros que aconteceu para nutrir o Brasil de mão de obra é algo imperdoável. Eles foram postos em uma situação de desigualdade que precisa ser desconstruída.

Em recente Seminário na Universidade Federal do Rio Grande (Furg), ouvi a palestra da professora Olga Pereira, do IFSul, sobre A fragilidade das legislações de amparo ao negro no Brasil. Sobre os apontamentos de Olga, ressalto alguns pontos para reflexão: No século XIX, as mulheres negras eram usadas em experiências da medicina porque eram consideradas seres que não sentiam dor. Uma mesma mulher chegou a passar por 30 cirurgias sem anestesia. As mulheres virgens eram obrigadas a ter relações com homens brancos que estavam doentes de sífilis porque a crença era de que dessa forma eles eram curados e a doença era passada a elas.

Seres humanos passam por situações constrangedoras todos os dias por conta da cor de sua pele. Ainda é preciso reafirmar que a história oficial, escrita pelos brancos, não é a verdadeira.

 Negro não é sinônimo de futebol e samba e a África não é sinônimo de miséria. A realidade é outra, as políticas públicas estão sendo outras e precisam avançar. A Lei Áurea os libertou simbolicamente, mas paralelo a isso não foram criadas políticas públicas de compensação de direitos e inclusão.

Com a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no governo Lula, começam a se efetivar resultados. O Programa Brasil sem Racismo, o reconhecimento das terras dos quilombolas, a criminalização do racismo, o sistema de cotas para acesso às universidades, entre outras atitudes, têm feito a diferença.

Para vencer o racismo, penso que é preciso constituir na escola as condições para tratar da formação de valores que perpassam todos os conteúdos. Conscientizar sobre a discriminação e preconceito através da interdisciplinaridade.

 Só uma escola de turno integral tem condições de estabelecer a formação de valores para mudar, para que não mais constatemos ocorrências de violência. É preciso lembrar como machuca quando somos excluídos, discriminados, quando sofremos preconceito. Isso nos diminui, nos tira a autoestima.

Paralelo a isso, dizer não às atitudes racistas do nosso dia a dia. O Brasil tem uma dívida a pagar. Que esta data seja de alegria, de exaltação da origem, de unidade de luta por direitos e igualdade de oportunidades. Seja de liberdade de manifestação religiosa e cultural e também de renovação de energias para conscientizar cada brasileiro da riqueza que é a diversidade racial do nosso País.

Como disse Nelson Mandela, ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e se podem aprender a odiar podem ser ensinadas a amar.

Por: Miriam Marroni. - Deputada Estadual PT-RS

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Coisas que as novelas nos ensinam


Lixo é cultura

Uma das formas de convencimento, consoante alguns afirmam, é a persistência. E é exatamente isso que tenho feito com relação ao tratamento com o lixo. Podemos fixar o tema no recolhimento e destinação do lixo domiciliar. Deixemos o tratamento relativo ao industrial para outro dia.

Comecemos pelo comportamento das pessoas em geral. Jogar lixo na rua, sem qualquer cerimônia, é bastante comum. Isso demonstra a incultura de um povo. A Capital Nacional de Literatura não é diferente de outras cidades. Tem lixões clandestinos e a coleta pública é deficiente. E outros resíduos sequer são coletados. Ficam na rua, nos riachos e rios ou nos terrenos baldios.

O vidro não está sendo recolhido para reciclagem. A indústria quer o vidro moído e puro. E ninguém vai fazer isso em casa. Colocamos na lixeira e fica lá, sem destinação alguma.

ONDE VAMOS COLOCAR O VIDRO PARA RECICLAGEM?

Esta é a primeira de muitas perguntas.

A coleta e destinação do óleo de cozinha estão sendo realizadas? Não. Raros são os casos de reaproveitamento desse resíduo. E sabem onde ele vai parar? Lá no rio, na barragem. Sabem de onde vem a água que bebemos? Dos rios e barragens. Depois de um ciclo relativamente curto, podemos estar bebendo esse óleo. É uma pergunta para o poder público: quem coleta o óleo vegetal, depois de utilizado? Será que não é possível fazer a coleta pública desse resíduo?

As garrafas pet ainda poluem os nossos rios. Se elas podem ser recicladas e tem valor comercial, porque elas não são coletadas integralmente?
Acho que seria o momento adequado para voltarmos ao velho sistema: garrafas retornáveis. Elas são de vidro, mais higiênicas e saudáveis. E podem ser reutilizadas. As pessoas que jogam essas garrafas pet na rua devem saber que elas acabarão nos rios, riachos e barragens. É a lei da gravidade. O vento e a chuva ajudam a acelerar esse processo.

UM POVO CULTO NÃO TEM OS RIOS POLUÍDOS DESSA MANEIRA.

Também não temos coleta adequada de pneus, baterias de celulares, lâmpadas fluorescentes queimadas e pilhas comuns. Sei que não é novidade escrever ou falar sobre esse tema. Essas falhas podem afetar gravemente a nossa saúde. Ainda tem mais.

Nosso bairro não tem containers para recolher o lixo. Temos de esperar o caminhão aparecer três vezes por semana. Quando tem feriado nos dias pares da semana, ficamos sem o recolhimento de lixo. Também não temos pessoas que fazer o recolhimento do papelão. O caminhão não recolhe papelão, latinha ou garrafas pet. Como não temos catadores, esse material acaba na rua. Por último, o caminhão não leva mais o lixo orgânico.

 O QUE FAZEMOS AGORA?
Estou levando papelão para o centro.

ONDE COLOCO O LIXO ORGÂNICO? POR ISSO O TRATAMENTO DO LIXO É CULTURA. SERÁ QUE A NOSSA SAÚDE AGUENTA?



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sábado, 23 de novembro de 2013

Quem mente mais, homens ou mulheres?

Entrar em um consenso sobre quem mente mais, se o homem ou a mulher, é uma tarefa difícil, apesar das diversas pesquisas que já existem sobre o tema. Em algumas, os homens mentem mais que as mulheres pela internet, em outras, as mulheres mentem mais entre si, enfim são muitas as abordagens, a maior parte delas baseada na opinião das pessoas sobre o tema. Segundo o psicólogo social Wadson Arantes Gama, ser um mentiroso é uma questão de caráter, não de sexo.

A mentira pode ser proferida para causar o mal ou simplesmente para não haver um desacordo social, como quando você diz que alguém está bonito (a), mas na verdade não está. Essas mentiras causam certa discussão entre as pessoas.

 Algumas concordam que elas existem para o bem e outras já preferem dizer logo a verdade, por mais dolosa que ela seja.

De acordo com o portal Anita Mulher no livro Por que os Homens Mentem e as Mulheres Choram?, de Bárbara e Allan Pease, algumas verdades devem sim ser ditas. Segundo os autores, todos mentem o tempo todo, independente de ser homem ou mulher. Numa passagem do livro, eles citam um exemplo: “Oi, Maria. Como os seus seios estão caídos. Por que não põe um sutiã novo ou procura um cirurgião plástico?” ou “Oi, Adam. Você está precisando ver a razão do seu mau hálito e por que não corta esses pelos do nariz?”

Homens mentem por duas razões básicas: obter um ganho e evitar uma dor, segundo Bárbara e Allan. “Existe a mentira branda, benéfica, maliciosa e a dolosa. A branda faz parte de convívio social e impede insultos ao próximo. A benéfica é usada pelas pessoas com a intenção de ajudar. A dolosa é a mais perigosa, porque a intenção do mentiroso é ferir ou tirar vantagem da vítima em benefício próprio. Mentiras maliciosas são motivadas por vingança ou para obter vantagens”, diz os autores.

Para o psicólogo social Wadson Arantes Gama, quanto às pesquisas realizadas sobre quem mente mais, os homens ou as mulheres, é preciso averiguar quanto aos lugares e às pessoas pesquisadas, os índices podem ser diferentes entre países ou regiões diferentes. 

“Não temos como comprovação de nenhuma pesquisa realmente científica quanto a esse tema. A mentira pode ser social, usada para não prejudicar ou ajudar uma pessoa, ou o inverso disso, ser criado para causar o mal, de forma a destruir ou até mesmo causar intrigas”, explica.

Para o psicólogo, algumas pessoas mentem até mesmo como uma forma de proteção ou para parecerem ser o que não são. 

“Tem quem acredite que mentir sobre sua condição social, ou sobre detalhes de suas vidas, trará mais aceitação do outro. O que não é verdade, devemos ser sinceros”. Ele ainda ressalta que mentir muito pode sim se tornar um transtorno, pessoas que mentem por qualquer coisa devem ficar atentas. “Se isso for algo compulsivo, elas não conseguirem falar a verdade quase nunca pode começar a prejudicá-las.

 Nessa hora é preciso parar e procurar ajuda de um profissional. Neste caso um terapeuta seria o ideal”, ressalta.

Síndromes relacionadas à mentira

Existem duas síndromes que podem estar relacionadas à mentira. No entanto não há propensão de um sexo que tenha tido mais que o outro. 

A síndrome de Münchausen e de Ganser. Ambas estão relacionadas a pessoas que querem estar doentes para ter algum tipo de benefício, como, por exemplo, chamar a atenção de uma ou mais pessoas.

Segundo o portal Info Escola, a síndrome de Münchausen, também conhecida como transtorno factício, é uma desordem psiquiátrica, na qual os indivíduos acometidos simulam estar doentes ou com algum trauma psicológico para conquistarem atenção e simpatia das pessoas.

Tal distúrbio foi estudado pelo médico inglês Richard Asher, no ano de 1951. Inicialmente, este termo era utilizado somente para desordens fictícias, hoje, é considerada como um amplo grupo de patologias fictícias, sendo o termo síndrome de Münchausen utilizado para a forma mais severa da doença, na qual o fingimento torna-se a atividade central da vida do indivíduo.

Na síndrome de Ganser, o transtorno se torna dissociativo e surge voluntariamente, com o indivíduo agindo como se possuísse alguma doença mental, quando, na realidade, não apresenta nenhuma desordem desse tipo. 

Segundo Info Escola, a doença é rara e foi descrita pela primeira vez por um psiquiatra alemão: Josef Maria Ganser Sigbert. Neste caso sim há uma propensão maior para acometerem homens que mulheres, mais frequentemente no final da adolescência e início da vida adulta. A causa desta síndrome ainda não foi completamente elucidada.

Especialistas acreditam que indivíduos que agem de tal maneira objetivam escapar de alguma situação mental ou fisicamente constrangedora.


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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Voto facultativo. Por que não?

Está em andamento no Congresso, para ser votada nos próximos dias, uma emenda constitucional que pretende estabelecer o voto facultativo.

Atualmente, o voto é obrigatório para os cidadãos em geral. Só é facultativo para os eleitores que têm entre dezesseis e dezessete anos, para os que alcançaram setenta anos e para os analfabetos.

 Aos eleitores muito jovens e aos analfabetos dispensa-se a obrigatoriedade para que exerçam o direito de votar se estiverem motivados para fazê-lo.

Aos idosos faculta-se a decisão de votar ou não votar porque, na idade provecta, o comparecimento às urnas pode ser um grande sacrifício. Fica assim a critério dos eleitores dessa faixa etária avaliar as próprias condições de saúde para exercer ou não exercer o sufrágio.

 Quanto aos analfabetos, apenas em 1985 conquistaram o direito de voto, quando o Congresso, sob pressão da opinião pública, removeu parte do lixo autoritário da ditadura.

São deveres cívicos, dentre outros: votar; participar das mesas de votação e de apuração de votos, se ocorre convocação para este encargo; fazer parte do júri, se para esta honrosa missão for escolhido; pagar os impostos devidos; cumprir o serviço militar ou o serviço civil que o substitua, salvo dispensa legal; prestar depoimento em juízo quando convocado.

Ao comparecer perante a urna para votar, o eleitor pode votar em branco se nenhum candidato lhe parecer merecedor de escolha e pode votar nulo, como forma de protesto e rebeldia.

Tanto o voto em branco, quanto o voto nulo merecem respeito, se a consciência do cidadão indicar este caminho como acertado. Muito diferente da aceitação do voto branco e do voto nulo, como forma de expressão da vontade, é a tese de admitir o voto facultativo, como se comparecer para o voto não fosse um dever de cidadania.

O voto facultativo insere-se dentro de uma filosofia de absenteísmo político e estimula a apatia à face do interesse coletivo. Consagra o descompromisso ético, o isolamento social, o egoísmo.

Em vez da instituição do voto facultativo, que é um retrocesso, medidas opostas a esta devem ser adotadas: ampliar o contingente de eleitores através de uma ampla campanha de alistamento; promover a educação política, de modo que todo o eleitorado vote consciente e bem informado; estimular o debate no rádio, na televisão e ao vivo perante as comunidades; impedir o abuso do poder econômico nas eleições; adotar um conjunto de medidas que aprimorem a participação popular na vida política, a partir dos municípios, passando pelos Estados, até alcançar todo o edifício da nacionalidade.

A Democracia não se constrói a toque de caixa, mas através de etapas. 

A superação das falhas existentes deve ser celebrada.

 Os recuos não merecem aplauso.


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Os Mensaleiros, os eleitores e o cárcere brasileiro

A determinação dos condenados do caso “Mensalão”, em provar que são inocentes, que foram injustiçados, é no mínimo preocupante. Se estes elementos criminosos não têm consciência das atrocidades que provocaram ao povo brasileiro, então eles são piores que imaginávamos.
 Roubar de um povo que passa extrema miséria, é algo que não lhes causa remorso. Como podem ter tamanha cara de pau, em continuar a persuadir seus militantes, se esta miséria da população é a bandeira do programa bolsa família? Como desviam quantias volumosas deste programa para custear seus caprichos pessoais? O que surpreende é o cinismo e a falta de caráter em querer jogar a justiça contra o povo, dizendo-se inocentes.
Roubaram das crianças famintas que morrem raquíticas em várias cidades brasileiras. Roubaram dos hospitais, onde morrem os pacientes do SUS sem receber atendimentos, roubaram os recursos que foram destinados às escolas, à habitação e, além de tudo, roubaram a nossa ética política.
Mas, com impressionante empáfia o José Dirceu nos mostra o quão acima de nós ele imagina-se estar.
Para ele, somos nada mais do que uma plebe desorientada e necessitando de um líder político burguês como ele se autointitula.
Porém, vão-se uns e ficam outros, não melhores, mas com o mesmo vício do poder e, estarão em sintonia com os prisioneiros, para eles definitivamente não somos capazes de interferir em seus interesses e o que tem importância são as avaliações externas, porque lá fora há quem os apóiam; quando o dever do Estado torna-se pesquisa de mercado internacional, vai por água abaixo toda a iniciativa de olhar para dentro do País com responsabilidade.
Sob esta premissa, os índices de qualidade de vida são mais importantes que a qualidade real de vida do cidadão brasileiro. E grandes monopólios internacionais continuarão a explorar nosso País de índios e mestiços europeus.
 E, nossos ilustres prisioneiros sabem que de onde estão continuarão a liderar as suas facções criminosas.

Esta afirmação torna-se óbvia, quando os militantes políticos, ainda em coro, ovacionam estes grandes mafiosos. Pior ainda, estes militantes viverão em piores condições de vida aqui fora, do que eles, os criminosos encarcerados em celas confortáveis.
Lembre-se de que eles são cultos e nobres. Alguém sóbrio e bem informado acredita mesmo que o circo irá apagar as luzes?
Como um povo pode se deixa ludibriar por uma ideologia que não atende os seus interesses?
Neste País há miséria extrema e muitos escândalos de corrupção.
E quando se condena com justas provas, não havendo nenhuma possibilidade de defesa, como o partido ainda cresce nas pesquisas eleitorais?

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