quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Formação recebida é o núcleo da sociedade

Pesquisas demonstram que os casados vivem mais, são mais resistentes a imprevistos; adoecem menos e são mais imunes a chiliques. Um pouco mais tolerantes e protetores, principalmente se tem filhos, por trabalharem à miúde a necessidade de exercer a compreensão.

Já os solitários, por opção ou não, preferem cuidar de animais, por não terem paciência para lidar com gente. Optam por cuidar de gato, cão, pássaro, peixe, tartaruga e outros, no singular ou no plural.

Também há os que se desdobram em cuidados por plantas, de preferência orquídeas, samambaias, avencas, antúrios e outras, tentando substituir o insubstituível: a família.

Há variações como preferências por fontes, móbiles, aparelhos de TV distribuídos por toda a casa, algo que se movimente ou faça barulho, para disfarçar a solidão do morador.

Mas, como diz o cancioneiro popular, “é preciso aprender a ser só”. Antes de tudo, distinguir solidão de isolamento. A solidão é necessária quando acontece por opção. Quando se coloca o pensamento em ordem. Estuda-se, escreve-se, ouvem-se músicas que nem sempre agradam a todos, no volume preferido.

Isolamento é escolha por não estar no meio de pessoas que falam, riem, bebem, dançam, cantam e comem juntas, divertindo-se sem que o ‘difícil-de-se-inteirar’ consiga ver motivo para tanta animação; o que prefere estar, no máximo, numa solidão acompanhada por quem goste de curtir mais no silêncio do que no pipocar dos risos fáceis alimentados pela enxurrada de piadas que parece não ter fim.

Há famílias que se divertem todos juntos, frequentando outras famílias e amigos, oferecendo ambiente social aos filhos.

A época que vivemos é bem desafiadora, com tragédias acontecendo todos os dias em lares não saudáveis.

O que poderá tornar um núcleo familiar mais amigo, mais sólido? Onde exista amizade, respeito, e afetividade será mais fácil a interação entre toda a equipe familiar, para que todos cresçam em seus dons, orientados por princípios éticos, morais e de religiosidade.


A comunicação aberta propicia a edificação de um lar onde os papéis de pai, mãe e filhos são bem definidos hierarquicamente, com transparência e boa aceitação. Pessoas solidárias, fraternas são elementos chave para uma sociedade mais equilibrada.

Desde o século passado (1950) vem sendo alteradas as condições sociais, econômicas e culturais na família. O ingresso da mulher no mercado de trabalho é apontado como uma das causas do aumento do número de divórcios.

Consequentemente, a educação dos filhos teve que ser terceirizada. A família nuclear sofreu com o aumento da jornada de trabalho e com a influência da mídia na vida cotidiana. Bens de consumo, de supérfluo passaram a necessidade real. Descartáveis, rapidamente ultrapassados, são trocados e substituídos por outros jogados no mercado em velocidade vertiginosa. Novidade é ser diferente e mostrar-se mais importante na ostentação de produtos de ponta.

É mais ou menos como o círculo vicioso acontecido: alguém trocou de carro e a nova aquisição, por não combinar com a casa antiga, exigiu a mudança de residência, que por sua vez não combinou com o cônjuge antigo, que também foi trocado. O resultado foi uma briga judicial onde os bens são interesses prioritários e os filhos, peças descartáveis, entregues ao deus-dará.

O que dificulta a construção de um clima de estabilidade e segurança no instituto da família? Despreparo? Repetição de histórias malfadadas? Oposição declarada à formação recebida?


Comente este artigo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário